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Tipologia: Notas de estudo
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Curso Superior de Tecnologia em Aqüicultura - Disciplina de Biologia de Animais Aquáticos – 2º Período Profº César Ademar Hermes 1 Caracterização Geral do Zooplâncton O zooplâncton de água doce é constituído predominantemente por Rotifera e Crustácea, este último composto, principalmente, por Copepoda e Cladocera. 1.1 Rotifera Classificação científica: Domínio: Eukariota Reino: Animal Subreino: Metazoa Phylum: Rotifera Classe: Digononta Ordem: Seisonidea Ordem: Bdelloidea Classe: Monogononta Ordem: Ploimida Família: Asplanchnidae Família: Birgeidae Família: Brachionidae Família: Clariidae Família: Colurellidae Família: Dicranophoridae Família: Epiphanidae Família: Euchlanidae Família: Gastropodidae Família: Lecanidae Família: Lindiidae Família: Microcodonidae Família: Mytilinidae Família: Notommatidae Família: Proalidae Família: Synchaetidae Família: Trichocercidae Família: Trichotriidae Ordem: Flosculariacea Família: Conochilida Família: Filiniidae Família: Flosculariidae Família: Hexarthridae Família: Testudinellidae Família: Trochosphaeridae Ordem: Collothecaceae Família: Collothecidae Família: Atrochidae Rotíferos são animais aquáticos microscópicos que constituem o filo Rotifera. O seu nome deriva do latim para “roda”, com referência à coroa de cílios que rodeiam a boca destes animais e que se movem rapidamente, para captar as partículas de alimento, parecendo uma roda a girar. Conhecem-se cerca de 1700 espécies de rotíferos de vida livre, que vivem na maior parte das massas de água doce, incluindo pequenas poças de chuva, no solo úmido e também se encontram em musgos e liquens que crescem em troncos de árvores e pedras, ou mesmo sobre fungos, crustáceos ou larvas aquáticas de insetos. Algumas espécies nadam livremente na água, mas outras são sésseis, agarrando-se a qualquer substrato, seja ele fixo ou flutuante. Os membros da classe Bdelloidea encontram-se ocasionalmente em água salobra ou marinha. Estes rotíferos são capazes de sobreviver à dessecação, um processo chamado criptobiose (ou anidrobiose), assim como os seus ovos. Por causa do seu pequeno tamanho e falta de componentes duros, os rotíferos não fossilizam facilmente e o mais antigo que se conhece foi encontrado em âmbar da República Dominicana e data do período Eoceno, mas
Curso Superior de Tecnologia em Aqüicultura - Disciplina de Biologia de Animais Aquáticos – 2º Período Profº César Ademar Hermes são comuns fósseis da espécie Habrotrocha angusticollis em turfa com 6000 anos (período Pleistoceno) no Ontário, Canadá. Aspectos gerais do grupo Os rotíferos são encontrados em todos os biomas terrestres desde poças de água de chuva até grandes lagos de água fresca, também no meio de grãos de areia e poucos em água salgada. Eles são animais protostômios e são multicelulares. A maioria das espécies é planctônica e pode contribuir com até 30% da biomassa total do plâncton. Em conseqüência disso, o conhecimento sobre a biologia dos rotíferos é baseado nas espécies planctônicas. Os rotíferos são facilmente reconhecidos por suas características morfológicas. Seu corpo é segmentado em três partes: cabeça, tronco e pé. A extremidade anterior ou “cabeça” possui um órgão ciliado chamado coroa que pode circundar a boca do animal ou estar em outras posições. Este órgão é característico de todos os membros do filo e pode estar modificado na forma de cerdas ou cirros, além de poder possuir faixas com maior densidade de cílios que são chamadas troco. O batimento dessas faixas assemelha-se a uma roda em movimento, que gerou o nome do grupo. As funções da coroa são locomoção e obtenção de alimento. A boca pode ser central, ventral ou sub-terminal à coroa e pode ser modificada na forma de um funil. O ânus se localiza dorsalmente na base dos pés. Esses últimos contêm glândulas chamadas podais que secretam uma substância adesiva que serve para ligações temporárias com o substrato. O corpo pode ser dotado de espinhos, cerdas e esporões que servem para proteção contra predadores. Estas peças externas podem ser modificadas durante a vida do animal e geralmente a presença de predadores faz com que os espinhos cresçam em algumas espécies. Este fenômeno é chamado ciclomorfose e é desencadeado também por fatores genéticos. Uma estrutura que também é característica do grupo é o mástax que constitui a faringe muscular do animal e é composto por sete peças duras chamadas trofos. Estas peças são modificadas de acordo com o tipo de nutrição do animal. A função do mástax é a de triturar os alimentos para posterior digestão. A fisiologia destes animais é simples; respiram por difusão, têm aparelho excretor amniotélico, digestão química simples que termina em uma cloaca multifuncional. Eles são em sua maioria dióicos, reproduzem-se tanto sexuadamente quanto assexuadamente (por partenogênese). O estudo da reprodução da classe Bdelloidea mostrou que seu genoma é bem diferente de genomas de classes do mesmo grupo, pelo fato dos mesmos só se reproduzirem por partenogênese. Esta capacidade de se reproduzir apenas assexuadamente é um paradigma para a teoria da evolução moderna, pois não ocorre o intercâmbio de genes. Os rotíferos são considerados uma fonte altamente rica em energia na cadeia alimentar, pois mesmo sendo pequenos sua carga calórica é alta, por apresentarem taxa reprodutiva muito rápida, eles disponibilizam permanentemente grande quantidade de alimento renovável, através da eficiente conversão da produção primária em tecido animal assimilável para os consumidores. Além disso, a função detritívora de muitas de suas espécies tem papel depurador fundamental em ambientes submetidos à poluição orgânica (Projeto Biota Fapesp www.biota.org.br/iRead). Seus principais alimentos são bactérias, ciliados e algas, também existem espécies parasitas e comensais. Sua principal função na cadeia alimentar de lagos é a de ser alimento de larvas de peixes, pois são o grupo dominante da população zooplanctônica. O principal uso desses animais na economia atual é o de alimento para larvas de peixes, pois os rotíferos têm ciclo de vida rápido e tem um alto teor energético, sendo mais eficientes na alimentação de larvas de peixes do que dietas artificiais. Outro importante
Curso Superior de Tecnologia em Aqüicultura - Disciplina de Biologia de Animais Aquáticos – 2º Período Profº César Ademar Hermes Classificação e filogenia dos rotíferos Com base em certas similaridades morfológicas, os rotíferos e os acantocéfalos (os vermes parasitas que constituem o filo Acanthocephala) foram durante muito tempo considerados como parentes e estudos recentes das sequências do gene rRNA 18S corroboraram este parentesco. Estes dois grupos foram durante algum tempo classificados como pseudocelomados, juntamente com uma série de outros vermes, mas as últimas análises filogenéticas puseram em causa esta hipótese dos Pseudocoelomata serem um grupo natural. De facto, muitos animais pseudocelomados, como os priapulídeos e os nemátodes, parecem ter relações muito mais próximas dos artrópodes num grupo chamado Ecdysozoa, enquanto que outros animais com um pseudoceloma, como os rotíferos e os acantocéfalos, parecem estar mais próximos dos moluscos, anelídeos e braquiópodes, num grupo denominado Lophotrochozoa. O filo Rotifera é dividido em três classes: Monogononta, Bdelloidea e Seisonidea, entre os quais o maior é o primeiro, com cerca de 1500 espécies, seguido pelos Bdelloidea, com cerca de 350 espécies. Conhecem-se apenas duas espécies de Seisonidea, que são normalmente consideradas como mais "primitivas". Base de consulta: http://pt.wikipedia.org/ Philodina sp. Brachionus calyciflorus Keratella cochlearis
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Curso Superior de Tecnologia em Aqüicultura - Disciplina de Biologia de Animais Aquáticos – 2º Período Profº César Ademar Hermes condições alimentares tornam-se desfavoráveis, a produção partenogenética cessa e são produzidos machos em vez de fêmeas. Ao mesmo tempo, as fêmeas adultas formam diferentes tipos de ovos, os ovos de resistência. Estes são de coloração opaca, escuros, e são liberados juntamente com parte da carapaça, formando uma estrutura chamada efípio (Figura 5.3). Os cladóceros são encontrados em todos os tipos de água doce, mas geralmente os lagos, reservatórios e viveiros contêm uma densidade muito maior do que os rios. A Figura 5.4 mostra algumas espécies de cladóceros utilizadas em cultivo. A sistemática dos cladóceros encontra-se em plena revisão e nos últimos anos têm sido introduzidas várias modificações, principalmente, devido a estudos mais cuidadosos de morfologia em nível populacional. Taxonomia de Cladocera segundo Paggi (1995): Domínio: Eukariota Reino: Animal Subreino: Metazoa Phylum: Arthropoda Classe: Cladocera Ordem: Ctenopoda Família: Sididae Família: Holopedidae Ordem: Anomopoda Família: Ilyocrytidae Família: Daphnidae Família: Bosminidae Família: Macrothricidae Família: Chydoridae Família: Moinidae Figura 5.3. Tipos de ovos em cladóceros (A – ovos normais; B – ovos de resistência no efípio). Figura 5.4^ Espécies de Cladocera adequadas para cultivo.
Curso Superior de Tecnologia em Aqüicultura - Disciplina de Biologia de Animais Aquáticos – 2º Período Profº César Ademar Hermes 1.3 COPEPODA E.Haeckel: Kunstformen der Natur , 18??. Classificação científica Domínio: Eukariota Reino: Animalia Filo: Arthropoda Classe: Maxillopoda Subclasse: Copepoda Ordem: Calanoida Ordem: Cyclopoida Ordem: Gelyelloida Ordem: Harpacticoida Ordem: Misophrioida Ordem: Monstrilloida Ordem: Mormonilloida Ordem: Platycopioida Ordem: Poecilostomatoida Ordem: Siphonostomatoida