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Análise do Mini-Voleibol: Um Jogo Inclusivo e Divertido, Notas de aula de Educação Física

Este documento discute o mini-voleibol, um jogo adaptável e divertido para crianças, que desenvolve técnicas e táticas básicas do voleibol. O texto aborda as regras, os passes obrigatórios, a utilização de bolas de diferentes pesos e tamanhos, e a importância da inclusão. Além disso, são apresentados vários jogos alternativos para praticar o mini-voleibol, como 'quem toca na bola sai' e 'voleibol caçador'.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Carnaval2000
Carnaval2000 🇧🇷

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ARTIGO DE REVISÃO
ESTUDOS E REFLEXÕES
RECEBIDO EM: 00-00-0000
ACEITO EM: 00-00-0000
V 4 - Nº 7 - 1º SEM 2002
PÁG. 31 A 56
BRANDL NETO, I. Voleibol: práticas alternativas frente aos
novos paradigmas. Caderno de Educação Física: estudos
e reflexões. Marechal Cândido Rondon, v. 4, n. 7, p. 31-
56, 2002
VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS
FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS
VOLLEYBALL: ALTERNATIVES PRACTICES
AND THE NEWS PARADIGMS
Inácio BRANDL NETO
Professor Assistente do curso de Educação
Física da UNIOESTE e Membro do GEPEFE
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ARTIGO DE REVISÃO

ESTUDOS E REFLEXÕES

RECEBIDO EM: 00-00- ACEITO EM: 00-00-

V 4 - N º 7 - 1º SEM 2002 PÁG. 31 A 56

BRANDL NETO, I. Voleibol: práticas alternativas frente aos novos paradigmas. Caderno de Educação Física: estudos e reflexões. Marechal Cândido Rondon, v. 4, n. 7, p. 31- 56, 2002

VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS

FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS

VOLLEYBALL: ALTERNATIVES PRACTICES

AND THE NEWS PARADIGMS

Inácio BRANDL NETO Professor Assistente do curso de Educação Física da UNIOESTE e Membro do GEPEFE

V 4 - N º 7 - 1º SEM 2002 PÁG. 31 A 56

32 VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS

ARTIGO DE REVISÃO

RESUMO: O texto mostra práticas alternativas de caráter recreativo com a idéia do voleibol que podem ser aplicadas na iniciação, nas aulas de Educação Física e no tempo livre. Porém, levando em conta paradigmas que respeitem o ser humano em sua individualidade e diversidade, observado, a princípio, os aspectos de “inclusão” (no lugar da exclusão) e de “cooperação” (não só competição). UNITERMOS: Voleibol; Paradigmas; Práticas alternativas.

ABSTRACT: The text shows alternative volleyball practices that can be applied in the initiation of the sport, in Physical Education classes, in recreational activities. However, it takes into account paradigms that respect the human being in his/her individuality and diversity, observing, at first, aspects of “inclusion” (instead of exclusion) and of “cooperation” (instead of competition). KEY WORDS: Volleyball; paradigms; alternative practices.

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34 VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS

ARTIGO DE REVISÃO

recreativo para o voleibol. As atividades podem ser aplicadas na iniciação, nas aulas de Educação Física e em atividades recreativas, sem distinção.

  1. MINI-VOLEIBOL2. MINI-VOLEIBOL2. MINI-VOLEIBOL2. MINI-VOLEIBOL2. MINI-VOLEIBOL

          1. 1 Considerações preliminaresConsiderações preliminaresConsiderações preliminaresConsiderações preliminaresConsiderações preliminares Quem lançou esta variação estruturada do voleibol foi BAACKE. Ela chegou até nós em língua portuguesa em 1977 através de publicação de artigo na Revista Brasileira de Educação Física e Desportos. No meu modo de ver, este autor organizou o mini-voleibol (MV) totalmente direcionado para a competição, como um meio adaptado para a criança aprender mais rápido. Sem dúvida respeitou algumas características das crianças como: a visão sincrética (partir do todo/jogo para as partes técnicas/táticas), o amadurecimento anátomo-fisiológico e de pensamento, e com isso as noções espaço-temporais necessárias para a prática. Tam- bém percebeu que a criança aprende fazendo e brincando (quanto mais fizer, mais aprende). Contudo, baseou-se em paradigmas tradicionais da época, pois, nessa proposta existem divisões de fases e idades (como se todas as crianças fossem iguais) e adaptação dos praticantes às dimen- sões da quadra e rede (não ao contrário), não levando em conta aspectos humanos como a participação em decisões, a individualidade e a diversi- dade. Em outras palavras: os participantes tinham que se adaptar as regras e dimensões (ao já estabelecido). Isso traduz uma forma inflexível de prática realizada com regras pré-definidas, orientando e moldando o iniciante para o voleibol competitivo também pré-fixado. Procura-se na apresentação a seguir flexibilizar o MV, deixando a idéia da iniciação em fases com a sugestão de um processo de aprendizagem que provavelmente facilitará a incorporação, todavia, respeitando o conheci- mento prévio (aquilo que o aprendiz já sabe) de quem pretende praticar. Na verdade, o MV pode se tornar uma brincadeira agradável para quase todas as idades, mesmo utilizando-se do jogo “bola sobre a rede”, que é uma brinca- deira de agarrar a bola sem deixá-la cair. Retiraram-se também as idades fixadas para cada fase, mas, propõem-se algumas sugestões de dimensões. Introduziu-se a idéia do MV para as aulas de Educação Física.
          1. 2 Mini-voleibol: Iniciação 09 aos 12 anosMini-voleibol: Iniciação 09 aos 12 anosMini-voleibol: Iniciação 09 aos 12 anosMini-voleibol: Iniciação 09 aos 12 anosMini-voleibol: Iniciação 09 aos 12 anos Em relação ao mini-voleibol propriamente dito (iniciação 09 aos 12 anos), antes de apresentar as fases, realizo alguns comentários.

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O tipo de pensamento que a criança tem nestas idades (operacional concreto), faz com que ela não se interesse muito por detalhamentos técnicos. Ela tem uma visão sincrética, ela olha o todo, e só assim obser- va algum objetivo na atividade. Na verdade elas querem brincar, e no caso, brincar de voleibol. É isso que o mini-voleibol permite, isto é, aprender brincando (que é uma característica dela). Também aprende melhor, pois no mini-voleibol o número de vezes que a criança toca na bola é muito maior do que no jogo 6 X 6. Assim, as crianças aprendem as noções espaço/temporais, os deslocamentos, as dimensões da rede e da quadra, enfim, todas as noções necessárias para a prática do jogo, de maneira agradável e recreativa e de forma que atenda suas características e necessidades. Nessa forma de iniciação, os infantes vão percebendo, aos poucos, a necessidade da aplicação das técnicas básicas (fundamen- tos) do voleibol. O mini-voleibol é um jogo onde se pode jogar 1 x 1, 2 x 2 e 3 x 3, em quadras menores de diferentes dimensões e altura da rede variando de 2 metros a 2 metros e 20 centímetros, sendo que no início segura-se a bola e esta pode ser um pouco mais pesada.

2.3. Fases do mini-voleibol2.3. Fases do mini-voleibol2.3. Fases do mini-voleibol2.3. Fases do mini-voleibol2.3. Fases do mini-voleibol 11111 ªªªªª^ Fase:Fase:Fase:Fase:Fase: Inicia-se com a brincadeira “bola sobre a rede”, jogando 1 x 1 e/ou 2 x 2, simplesmente arremessando a bola para o outro lado da quadra, de qualquer maneira, tentando fazer com que ela caia no solo. Esta fase serve para a criança aprender a arremessar, receber e movimen- ta-se na quadra em direção a bola. Deve ser jogado em quadras pequenas e podem ser utilizadas bolas um pouco mais pesadas (ex.: bola de basque- te; bola de medicinebol redonda de 300 a 500 gramas). A altura da rede deve ser em torno de 2 metros. 22222 ªªªªª^ Fase:Fase:Fase: A criança deve aprender a passar e movimentarFase:Fase: colocan- do-se sob a bola, com a utilização do jogo “bola sobre a rede”. Depois pode-se exigir que a bola seja segura na posição de toque (bola na altura da testa e posicionamento das mãos e dedos). Devem-se usar bolas um pouco mais pesadas e outras de diferentes pesos e tamanhos. Pode-se jogar 1 x 1, 2 x 2, 3 x 3, com a altura da rede por volta de 2,25 metros e dimensão da quadra conforme o número de alunos/as (ex.: 1 x 1: reco- menda-se quadra de 2 x 2 metros). 33333 ªªªªª^ Fase:Fase:Fase:Fase:Fase: Inicia-se o ensino dos fundamentos básicos de forma mais sistematizada: saque (por baixo), manchete (recepção); toque (levan- tamento), ataque (cortada), defesa (básica de manchete), e deve-se intro-

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2.5.2 Posições para recepção do saque:

a)a)a)a)a) Com dois jogadores b)b)b)b)b) Com três jogadores

B:B:B:B:B: Levantador^ BBBBB ou CCCCC: Levantador C:C:C:C:C: Cortador BBBBB ou CCCCC: Cortador

2.5.3 Posições para as defesas:

a)a)a)a)a) Sem bloqueio

  1. Sem cortada 2) Cortada forte 3) Cortada fraca

b)b)b)b)b) Com bloqueio simples e cobertura

  1. Cortada forte 2) Cortada fraca ou largada

B

C A C B

A

B

C

A

C B

A

B C A B C A

B

C

A

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38 VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS

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2.5.4 Posições para ataque e cobertura

a)a)a)a)a) Sem bloqueio b)b)b) Com bloqueiob)b)

B:B:B:B:B: Levantador B:B:B: LevantadorB:B: C:C:C:C:C: Cortador C:C:C: CortadorC:C: BBB e A:BB A:A:A:A: Cobertura

2.6 O mini-voleibol na Educação Física Escolar2.6 O mini-voleibol na Educação Física Escolar2.6 O mini-voleibol na Educação Física Escolar2.6 O mini-voleibol na Educação Física Escolar2.6 O mini-voleibol na Educação Física Escolar O Mini-voleibol pode e deve ser aplicado nas aulas de Educação Física em qualquer série. Inclusive, conforme o desenvolvimento das crianças, já nas 3a^ e 4 a^ séries do ensino fundamental. Recomenda-se fazer algumas adaptações e discutir as regras e dimensões com os participan- tes. Sugere-se estender uma corda no sentido do comprimento da quadra ou área disponível e dividi-la em vários pequenos “campos”. Para as séries iniciais normalmente começa-se segurando a bola. Isso significa a utilização de qualquer bola, mesmo vazia. Pode-se brincar com até 4 praticantes em cada lado. Assim, todos poderão participar ao mesmo tempo, e melhor ainda, cada grupo criando suas próprias regras e opi- nando sobre as dimensões. O professor deverá intervir sugerindo desafi- os mais difíceis e complexos à medida que as pessoas forem “dominan- do” as técnicas e as táticas. Deverá propor brincadeiras que desenvolvam as técnicas e táticas, na própria área do jogo, ou até utilizando o próprio jogo, caso este seja o objetivo da aprendizagem. Particularmente, sugiro que os gestos sejam melhorados na medida do possível, pois, penso sem- pre num sentido estético amplo, onde todas as pessoas deveriam buscar um aperfeiçoamento em todos os sentidos da vida (participar/ conhe- cer/fazer mais e melhor). Quando isto não acontece, dá uma sensação de renúncia, de derrotismo muito grande, que provavelmente interferirá/ refletirá negativamente em outras situações da vida. Esta versão do voleibol pode ser também realizada amarrando-se uma corda ou rede entre duas árvores, paredes, etc. Ela é bastante divertida tam-

C B

A

C B

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40 VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS

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que jogou a bola deve entrar na outra equipe pela linha de fundo e não pode participar da jogada que ela iniciou do outro lado.

          1. 3 VVVVVoleibol gigante simples no escuroleibol gigante simples no escuroleibol gigante simples no escuroleibol gigante simples no escuroleibol gigante simples no escurooooo Semelhante ao anterior. Só que se deve colocar uma lona em toda extensão da rede, dificultando a visão das crianças.
          1. 4 VVVVVoleibol gigante tradicional foroleibol gigante tradicional foroleibol gigante tradicional foroleibol gigante tradicional foroleibol gigante tradicional formal (com rmal (com rmal (com rmal (com rmal (com regras jáegras jáegras jáegras jáegras já estabelecidas)estabelecidas)estabelecidas)estabelecidas)estabelecidas) Este jogo foi organizado para que todas as crianças possam pegar na bola em determinado momento do jogo, tendo como pensamento a idéia da inclusão e da aprendizagem, além de outros fatores emocionais. Apesar das regras já pré-estabelecidas que serão apresentadas, com a fina- lidade citada anteriormente, outras poderão ser modificadas para aten- der as especificidades das crianças que participarão da brincadeira.

Regra básicas:

  • O jogo deve ser realizado na quadra de voleibol com a rede na altura de 2 metros e 24 centímetros (feminino) e a bola utiliza- da será a de voleibol oficial;
  • Para iniciar o jogo e durante o mesmo deverão ser utilizadas as duas mãos para executar os passes;
  • Cada equipe deverá ser formada por 12 sujeitos, sendo obrigató- rio estar sempre 09 dentro da quadra;
  • Será realizado um sorteio antes do início do jogo para saber quem começará com a bola e para a escolha do lado da quadra;
  • O reinício do jogo será feito pela equipe que ganhar o ponto;
  • A contagem será simples e o jogo poderá ser por tempo ou por pontos;
  • Serão obrigatórios dois passes (três toques) entre os membros da equipe, sendo que o último deverá ser feito pelo sujeito que se encon- tre na posição 05. Este, para arremessar a bola para o outro lado, não poderá sair de um círculo riscado em sua volta e nem saltar;
  • Caso a bola caia dentro da quadra; toque um ou mais sujeitos e bata dentro ou fora da quadra; caso um sujeito drible (quique) a bola; caso a equipe não consiga devolver a bola por cima da rede e nem executar os dois passes (três toques): será consignado

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ponto à equipe que iniciou ou reiniciou o jogo. Se, ao iniciar ou reiniciar o jogo, a bola não ultrapassar a rede por cima ou cair fora da quadra, será consignado ponto à equipe adversária;

  • Bola na linha é considerada dentro.

Desenvolvimento: Nove sujeitos iniciais tomarão posição dentro de seus respectivos círculos na quadra (ver desenho), enquanto outros três ficarão na entra- da da posição 01. O jogo inicia-se e reinicia-se pelo sujeito que estiver na posição 05. O sujeito da posição 05 deve jogar a bola para o lado contrá- rio na tentativa de fazer ponto. Os sujeitos que receberão a bola (do lado contrário) poderão e deverão sair dos seus círculos para pegar a bola antes que ela toque o solo. O sujeito que pegar a bola deverá passá-la para qualquer colega seu, menos para o que se encontra no círculo número

  1. O colega que recebeu a bola de seu companheiro deverá passá-la para o que se encontra no círculo número 05, e este jogará a bola para o lado contrário, realizando assim os dois passes (três toques). Sempre o sujeito que se encontra no círculo número 05 é que deve fazer o terceiro e último arremesso para o lado contrário. Caso o sujeito que está na posição 05 pegue a primeira bola (que vem do adversário), deverá passá-la para qualquer companheiro seu e este deverá devolvê-la ao colega que se encontra na posição número 05, que por sua vez, jogará a bola para o outro lado da rede. Cada vez que o sujeito da posição número 05 jogar a bola para o lado contrário (iniciando ou reiniciando a partida e durante o jogo) é obrigatório acontecer um rodízio (troca de lugares) dessa forma: o1 0 sujeito que estava fora, entra na posição 01; o que estava na pos. 01 vai para a pos. 02; o que estava na pos. 02 vai para a 03, e assim por diante até o número 09, que sai da quadra e vai rapidamente para o local onde deverá entrar novamente (perto da posição 01)

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A forma cooperativaforma cooperativaforma cooperativaforma cooperativaforma cooperativa também deve ser realizada nestas versões. As regrasregrasregrasregras podem e devem ser mudadas, porém, com a participação dasregras crianças nas sugestões. Muitas vezes de maneira compulsória, para fazer com que a criança pense. Exemplo: Depois de uma forma ser absorvida (incorporada) pelas crianças, propor em sala: “Só sairemos da sala após terem sido sugeridas outras regras para o jogo”. Exemplos de regrasExemplos de regrasExemplos de regrasExemplos de regrasExemplos de regras que fomentam novos e rápidos raciocíni- os: 1) Pode ser executado só um ou dois passes (dois ou três toques); Se o jogador da região central pegar a bola, pode devolver logo para o outro lado sem passar para ninguém.

          1. 7 VVVVVoleibololeibololeibololeibololeibol gigantegigantegigantegigantegigante forforforforformal,mal,mal,mal,mal, comcomcomcomcom variaçõesvariaçõesvariaçõesvariaçõesvariações eeeee cooperativo... no escurocooperativo... no escurocooperativo... no escurocooperativo... no escurocooperativo... no escuro Pratica-se conforme as regras desses jogos (já sugeridas), porém, coloca-se uma lona em toda a extensão da rede, dificultando a visualização da outra equipe.
  1. 8 .3. 8 .3. 8 .3. 8 .3. 8. Aproximações com o voleibolAproximações com o voleibolAproximações com o voleibolAproximações com o voleibolAproximações com o voleibol Muitas crianças de 3a^ e 4a^ séries já têm condições de dominar algu- mas técnicas e táticas básicas do voleibol. E estas podem ser introduzidas no voleibol gigante, inclusive, se possível, com bolas mais leves (emborrachadas). Algumas sugestões serão colocadas a seguir como exemplos. 1) Passar o 2o toque para a criança que estiver no meio na frente (perto da rede) e esta para a que estiver em uma das pontas (na frente), que deverá finalizar o 3o^ toque para o outro lado (fixar uma das pontas para que todas as crianças peguem na bola); 2) Quem pegar a bola que veio do outro lado, deverá jogar a bola alta para quem estiver na frente no meio, e este deverá segurar a bola nasegurar a bola nasegurar a bola nasegurar a bola nasegurar a bola na posição de toqueposição de toqueposição de toqueposição de toqueposição de toque e, passar, na mesma posição, bola alta para uma das pontas; 3) Introduzir o saque por baixosaque por baixosaque por baixosaque por baixosaque por baixo nos momentos de iniciar e reiniciar o jogo (inicialmente pelo aluno da posição central da quadra); 4) A criança que finalizar (3o^ toque) poderá segurar a bola ou rebatê-la para o outro lado (toque, manchete). Após, deverão ser ensinadas outras técnicas e tentativas deverão acontecer para as mesmas serem praticadas no jogo. Depois de al- gum tempo, deve-se diminuir o número de aprendizes na quadra. Estas indicações e muitas outras são interessantes para quem quer introduzir o voleibol e tem pouco material (uma bola qualquer e corda ou barbante), pois alguns fundamentos poderão ser ensinados e, mais importante, em forma de brincadeira (do jeito que a criança gosta), en- volvendo muitos discentes.

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44 4. VOLEIBOL: OUTRAS FORMAS AL 44. VOLEIBOL: OUTRAS FORMAS AL. VOLEIBOL: OUTRAS FORMAS AL. VOLEIBOL: OUTRAS FORMAS AL. VOLEIBOL: OUTRAS FORMAS ALTERNATERNATERNATERNATERNATIVTIVTIVTIVTIVASASASASAS

          1. 1 Considerações preliminaresConsiderações preliminaresConsiderações preliminaresConsiderações preliminaresConsiderações preliminares Serão apresentadas algumas variações do jogo de voleibol, além do mini-voleibol e do voleibol gigante (e suas variações), que podem ser adotadas nas Escolas e nos Colégios, em aulas de Educação Física e/ou em atividades de lazer. Recomenda-se envolver nestas brincadeiras um número maior de participantes. Não existem regras totalmente definidas e muitas devem ser discutidas juntamente com os praticantes, como, o número de toques na bola; a possibilidade de segurar a bola em algum momento do jogo ou por alguém que não saiba rebater; área da quadra; número de praticantes; forma da contagem dos pontos ou não; etc. Mostrar-se-á a idéia básica, as outras situações devem ser decididas pelo grupo que irá participar.
          1. 2 VVVVVoleibol roleibol roleibol roleibol roleibol rede vivaede vivaede vivaede vivaede viva Separa-se o grupo em três (3) equipes. Uma equipe deve ficar no meio da quadra, perto da linha central, em fila (rede viva), tentando pegar a bola, enquanto as outras duas ficam jogando normalmente. Re- gras básicas: - Caso a equipe do meio intercepte (pegue) a bola, a equipe que lançou (jogou) por último vai para o meio e a que estava no meio vai para o lugar dela; - Caso uma equipe cometa um erro (jogando a bola fora da quadra; deixando-a cair no solo; faça quatro toques; ou outras faltas que foram combinadas) deverá ir para o meio, enquanto a outra (que estava no meio) vai para o lugar dela. Esta brincadeira pode ser realizada desde a 3 a^ ou 4 a^ séries (segurando a bola e arremessando) até com adultos, segurando ou rebatendo normalmente. Com adultos suge- re-se aumentar a área de deslocamento da equipe do meio (por exemplo, entre as linhas dos três metros).

Equipe “A” Equipe “B” Equipe “C”

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46 VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS

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          1. 6 VVVVVoleibol históricooleibol históricooleibol históricooleibol históricooleibol histórico É uma brincadeira para os participantes perceberem a evolução das técnicas, táticas e regras. Não tem número definido toques e nem de pesso- as em cada lado. Aplicam-se algumas regras antigas como: sacador tem que estar com o pé sobre a linha de fundo e tem duas tentativas de saque; caso a bola do sacador for tocar na rede, alguém que esteja perto dela, pode fazer um leve toque para o outro lado; bola na linha é fora; bola na rede é considerada morta (fora de jogo); não tem contagem definida; e, para ficar mais divertido, proíbe-se o toque (tem que ser espalmado ou outra forma), a manchete e a cortada. Também não tem forma de rodízio definida. Exis- tem outras regras antigas que podem ser introduzidas.
          1. 7 VVVVVoleibol com roleibol com roleibol com roleibol com roleibol com rede altaede altaede altaede altaede alta Joga-se com a rede bem alta (mais ou menos 3 metros) para propo- sitadamente evitar as cortadas e a bola ficar mais tempo em jogo (rally maior). A quadra pode ser maior e participar mais pessoas. O número de toques pode ser ampliado.
          1. 8 VVVVVoleibol com dois locais de saída e entradaoleibol com dois locais de saída e entradaoleibol com dois locais de saída e entradaoleibol com dois locais de saída e entradaoleibol com dois locais de saída e entrada Esta forma é indicada para a escola, pois pode envolver um grupo maior de discentes. Alguns alunos ficam fora da quadra nas entradas das posições 01 e 04. Os que estão esperando fora da quadra, perto da posição 01, entram na posição 01 e saem na 05, e já se preparam para entrar pela pos. 04. E os que esperam perto da pos. 04, entram na 04 e saem na 02. E já se preparam para entrar pela pos. 01. Estas brincadeiras podem ser praticadas segurando a bola ou em forma de jogo normal. Pode ser realizada com trocas (rodízio) cada vez que a bola é passada para o outro lado ou normalmente (quando se recupera a posse da bola).

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4.94.94.94.94.9 VVVoleibolVVoleibololeibololeibololeibol comcomcomcomcom doisdoisdoisdoisdois locaislocaislocaislocaislocais dedededede saídasaídasaídasaídasaída eeeee entradaentradaentradaentradaentrada cooperativocooperativocooperativocooperativocooperativo Esta maneira de jogar é parecida com a anterior, porém, o prati- cante que sai pela pos. 2, entra pela pos. 4 do lado contrário, participan- do também da outra equipe. Recomenda-se realizar o rodízio somente quando acontecer alguma falta, tanto de um lado como do outro. Outra sugestão é manter os levantadores fixos (pos. 3), passando o participante da posição 4 direto para a 2.

4.10 V4.10 V4.10 V4.10 V4.10 Voleibol com quatroleibol com quatroleibol com quatroleibol com quatroleibol com quatro equipeso equipeso equipeso equipeso equipes Neste jogo a quadra é dividida em 04 quadrantes com uma equipe em cada um deles. Pode ser muito divertido e exige atenção o tempo todo, pois, uma equipe pode jogar a bola para qualquer das outras três equipes. Sugere-se uma contagem negativa para cada vez que a bola cair num quadrante, ex.: menos 1, 2, 3, etc. para a equipe do quadrante “A”. Pode ser jogado com a bola sendo agarrada (iniciação) ou em forma de jogo normal (recomenda-se, inicialmente, sem cortada). Pode-se fazer também um rodízio entre os membros de cada equipe em seu respectivo quadrante. Para fazer as divisões podem-se utilizar duas cordas ou uma rede (nor- mal) e uma corda no sentido do comprimento. Outras variações deverão ser criadas, como torná-lo cooperativo, fazendo com que, cada vez que houver infração, um membro de cada equipe troque de time (numeram- se os praticantes e quem estiver na vez, troca).

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4.12 V4.12 V4.12 V4.12 V4.12 Voleibol “quem toca na bola sai”oleibol “quem toca na bola sai”oleibol “quem toca na bola sai”oleibol “quem toca na bola sai”oleibol “quem toca na bola sai” Esta é uma brincadeira muito divertida, todavia, necessita bastante aten- ção. Recomenda-se que inicialmente seja realizado segurando a bola. Ficam três participantes fora da quadra (em cada lado) e outros seis iniciam normalmente o jogo. O primeiro que tocar na bola de um lado da quadra deve sair imediata- mente e outro que está fora deve entrar rapidamente no lugar dele, durante o jogo. A mesma coisa deve acontecer do lado contrário. Pode ser jogado também, num nível mais avançado, incluindo-se a saída da pessoa que efetuar o segundo toque, e também da pessoa que executar o terceiro toque, logicamente entrando sempre alguém no lugar deles (os que estão momentaneamente fora).

4.13 V4.13 V4.13 V4.13 V4.13 Voleibol com roleibol com roleibol com roleibol com rede móveloleibol com rede móvelede móvelede móvelede móvel Esta é uma atividade recreativa interessante. A rede (que pode ser uma corda) deve ser segura por duas pessoas nas extremidades. À medida que o jogo se desenrola normalmente, estes se deslocam vagarosamente para qualquer direção, levando a rede estendida junto com eles. Os partici- pantes terão que observar estes deslocamentos e tentar continuar o jogo sem deixar a bola cair. Sugere-se o não uso de cortada e, com crianças iniciantes, que a bola possa ser segura. Logicamente, como é uma brinca- deira, as linhas nestes momentos não são levadas em consideração.

4.14 V4.14 V4.14 V4.14 V4.14 Voleibol com sacooleibol com sacooleibol com sacooleibol com sacooleibol com saco Atividade muitíssimo divertida indicada para recreação e para a escola. Cada duas pessoas devem segurar um saco pelos vértices (pontas) dos mesmos, no sentido do comprimento, um de frente para o outro. Várias duplas podem ficar em cada lado. Sugere-se no máximo 05 duplas de cada lado. A brincadeira constitui-se de capturar a bola que vem do lado contrário com o saco, sem deixá- la cair, passar para outra dupla ou para o lado do adversário. Não se pode usar qualquer parte do corpo, só o saco (de linhagem). Algumas regras devem ser criadas pelos grupos, como, por exemplo: a) como iniciar ou reiniciar o jogo (saque); b) quantos “toques” devem ser dados; c) terá ou não rodízio; e outras. Nesta atividade os sacos podem ser substituídos por roupas ou outros materiais. Uma atividade parecida com essa é o voleibol com lençolvoleibol com lençolvoleibol com lençolvoleibol com lençolvoleibol com lençol, no qual mais pessoas seguram um mesmo pano (maior), necessitando de maior coordenação entre os membros para recuperar e passar a bola. Sugere-se, para crianças ou idosos, tanto com saco como com lençol, que se utilize uma bola mais lenta e maior, como é o caso das bolas de plástico.

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50 VOLEIBOL: PRÁTICAS ALTERNATIVAS FRENTE AOS NOVOS PARADIGMAS

ARTIGO DE REVISÃO

Estas brincadeiras também podem ser cooperativas, utilizando-se de algumas idéias já indicadas anteriormente nos outros jogos.

4.15 V4.15 V4.15 V4.15 V4.15 Voleibol por tempo entroleibol por tempo entroleibol por tempo entroleibol por tempo entroleibol por tempo entre a mesma equipee a mesma equipee a mesma equipee a mesma equipee a mesma equipe Esta atividade é indicada para gincanas e para a escola. É de certa forma cooperativa. Uma equipe é subdividida em duas e cada grupo vai para um lado da quadra. Começam a jogar procurando não deixar a bola cair e, no mesmo momento, inicia-se a contagem de tempo. As regras para contagem são variadas. Pode-se marcar o tempo até a bola cair pela primeira vez, ou determinar um período fixo de tempo ( minutos, por exemplo) e verificar quantas vezes a bola caiu ou o jogo foi parado por ter acontecido alguma falta. Após essa equipe jogar, entra a outra (também subdividida em dois grupos) tentando ficar mais tempo com a bola no ar. Para crianças e idosos podem-se utilizar bolas mais leves e maiores (de plástico) ou até segurar a bola em vez de rebatê-la.

4.16 V4.16 V4.16 V4.16 V4.16 Voleibol caçador (queimada)oleibol caçador (queimada)oleibol caçador (queimada)oleibol caçador (queimada)oleibol caçador (queimada) Recomenda-se jogar com a rede na altura do feminino (02 metros e 24 centímetros), se for com adultos, porém, a altura deve ser combina- da com o grupo que for praticar. Joga-se o caçador normal, inclusive com reservas na linha de fundo, todavia, a bola deve ser arremessada por cima da rede quando o grupo do campo estiver de posse da bola. Para incrementar mais o jogo, sugere-se colocar reservas também nas laterais, como no “caçador nas laterais” ou “quatro cantos”.

4.174.174.174.174.17 Caça-vôleiCaça-vôleiCaça-vôleiCaça-vôleiCaça-vôlei Nesta atividade a turma é separada em dois grupos, e cada um deles deve ficar num lado da quadra. Não tem número definido de praticantes e é jogado segurando a bola. A equipe “A” escolhe um sujeito de sua equipe para ficar no lado contrário (pivô). A equipe “B” faz a mesma coisa. A altura da rede deve ser definida pelo grupo. A idéia básica da brincadeira é a seguinte: o pessoal da equipe “A” deve tentar passar a bola por cima da rede para seu pivô que está no lado contrário. A turma da equipe “B” procura não deixar a bola chegar até o pivô (deve marcá-lo) da equipe “A”. Caso o pivô da equipe “A” consiga receber a bola que veio de seus colegas do outro lado, deverá tentar “matar” alguém da equipe “B”. Caso tenha sucesso, marcará um ponto para sua equipe. Para isso, após receber a bola, ele tem direito a efetuar dois ou três passos (ou mais ou menos ou nenhum passo, conforme