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Reflexão sobre a relação Professor-Aluno em Antropologia Filosófica em Enfermagem, Notas de estudo de Evolução

Este documento reflete sobre a abordagem socio-cultural no ensino de enfermagem e a relação professor-alunos na sala de aula, baseado em uma experiência de uma mestranda na disciplina antropologia filosófica da graduação em enfermagem da ufc. O estudo aborda a importância da integração graduação-pós-graduação, a relação assimétrica entre professores e alunos, a necessidade de novos modelos de ensino e a importância da prática pedagógica docente. As palavras-chave deste documento são: ensino de enfermagem, integração graduação-pós-graduação, relação professoraluno.

O que você vai aprender

  • Quais são as desafios e o papel da prática pedagógica docente no ensino superior brasileiro?
  • Como a relação professor-aluno pode ser melhorada na sala de aula?
  • Qual é a importância da abordagem socio-cultural no ensino de enfermagem?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Saloete
Saloete 🇧🇷

4.6

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RELATO DE EXPERIENCIA
VIVENCIANDO
UMA
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NO
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: Relata-se experiência de ensino integrando graduação-pós-graduação sensu stricto.
Objetiva-se refletir
sobre
a
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sócio-cultural
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de
enfermagem
e a relação
professora-alunos em sala de aula . O estudo envolveu alunos e professora da disciplina Antropologia
Filosófica (graduação) e mestranda. cursando a dlSclpijna do Mestrado, Metodologia do Ensino de
Enfermagem A metodologia
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diversificada A mestranda acompanhou a diSCiplina utilizando a
observação partiCipante e ministrou oito horas de aula. Na observação participante aplicou os
conceitos de Paulo Freire quanto
ii
relação professor-aluno e a concepção de ensino-aprendizagem.
Na avaliação da experiência, em seu todo, tivemos a
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ião satisfatória de alunos e professora da
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plina, bem como da própria mestranda
PALAVRAS-CHAVE: ensino de enfermagem, integração graduação-pósgraduação, relação professor-
aluno
INTRODU
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A NECESSI
DADE
DE INTEGRAR GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
Segundo
Patrício
(
1995)
o
ensino
da
graduação
em
enfermagem
do
pais
tem
desempenhado um papel importante
na
fOnTlação
do
enfermeiro.
Embora concordemos com essa afirmação percebemos que a fundamentação teôrico-
metodolôgica e a pratica docente em sala
de
aula ainda são fortemente in
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uenciadas por
abordagens tradicionais de ensino-aprendizagem e por uma relação assimétrica entre professor-
alunos. Isso se agrava se acrescentarmos a evolução científica e tecnológica, bem como a
introdução
do
computador em todos os contextos de atividade humana determinan
do
um novo
estilo
de
vida em que a micro-eletrônica domina e invade as relações
de
trabalho.
Entende-se que o docente de
enfermagem
precisa se
empenhar
na busca
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novos
modelos, novos olhares, novas abordagens. Para isso é preciso adotar postura critica
de
discussão
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Sabemos que não são
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nos contextos politico,
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carreira e salários, capacitação e condições
de trabalho dos docentes, qualificação para a carreira
do
ensino superior, estímulo à pesquisa.
I Aluna do Curso de Mestrado em Enfermagem -U
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Baixe Reflexão sobre a relação Professor-Aluno em Antropologia Filosófica em Enfermagem e outras Notas de estudo em PDF para Evolução, somente na Docsity!

RELATO DE EXPERIENCIA

VIVENCIANDO UMA ABORDAG EM SÓCIO-CULTURAL NO ENSINO

DE ENFERMAGEM

EXPER IENCINGASOC IA-C ULTU RA LAPPROACH lN NU RS ING

EDUCATION

PARA VIVIR UN ENFOQUE SOC IOC ULTURAL EN LA EN S EN ANZA DE

E NF ERM ERiA

Maristela Ines Osawa Chagas '

Maria Grasiela Teixeira Barroso^2

Zulene Maria de Vasconcelos Varela '

RESU MO : Relata-se experiência de ensino integrando graduação-pós-graduação sensu stricto. Objetiva-se refletir sobre a abordagem sócio-cultural no ensino de enfermagem e a relação professora-alunos em sala de aula. O estudo envolveu alunos e professora da disciplina Antropologia Filosófica (graduação) e mestranda. cursando a dlSclpijna do Mestrado , Metodologia do Ensino de Enfermagem A metodologia fOI diversificada A mestranda acompanhou a diSCiplina utilizando a observação partiCipante e ministrou oito horas de aula. Na observação participante aplicou os conceitos de Paulo Freire quanto ii relação professor-aluno e a concepção de ensino-aprendizagem. Na avaliação da experiência, em seu todo, tivemos a OPin ião satisfatória de alunos e professora da dis ci plina, bem como da própria mestranda

PALAVRAS-C HAVE: ensino de enfermagem, integração graduação-pósgraduação, relação professor- aluno

INTRO DU ÇÃO

A NECESSIDADE DE INTEGRAR GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Segundo Patrício ( 1995) o ensino da graduação em enfermagem do pais tem

desempenhado um papel importante na fOnTlação do enfermeiro. Embora concordemos com essa afirmação percebemos que a fundam entação teôrico- metodolôgica e a pratica docente em sala de aula ainda são fortemente in fl uenciadas por abordagens tradicionais de ensino-aprendizagem e por uma relação assimétrica entre professor- alunos. Isso se agrava se acrescentarmos a evolução científica e tecnológica, bem como a introdução do computador em todos os contextos de atividade humana determinan do um novo estilo de vida em que a micro-eletrônica domina e invade as relações de trabalho. Entende-se que o docente de enfermagem precisa se empenhar na busca de novos

modelos, novos olhares, novas abordagens. Para isso é preciso adotar postura critica de discussão

e re flexão sobre os modelos pedagógicos atualme nte utilizados ou propostos. Sabemos que não são de hoje os grandes problemas que atetam o ensino superior brasileiro , nos contextos politico, de investimentos , plano de carreira e salários, capacitação e condições

de trabalho dos docentes, qualificação para a carreira do ensino superior, estímulo à pesquisa.

I Aluna do Curso de Mestrado em Enfermagem - U FG. : Professora-Emênt~UFC , litular-UFC. Membro do Programa de Pós-graduaçtjO DENF-UFC. J Professora Titular DENF-FFOE-UFC, Membro do Programa de Pós -graduação DENF-UFC. profess ora de Antropologia Filosófica

R. Bras. Enferm ., Brasilia, v, 53, n. 1, p. 87- 93, jan.lmar 2000 87

CHAGAS. Manste/a Inês Osawa et ai

Em decorrência dos problemas evidenciados surge uma educação apontada como precária e de má qualidade. Também não é de hoje que estudiosos dialelizam o processo ensino-

aprendizagem na busca de uma síntese que represente a pedagogia ideal (Gadotti. 1996.

Freire.1988, Demo, '997. Fazenda,1998).

O Mestrado em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará - UFC desenvolve uma atividade que integra graduação e pós-graduação. Cada mestranda escolhe uma disciplina na graduação para acompanhar. analisando-a sob um

determinado enfoque teórico. Além de expor-se à oportunidade de desenvolver competência e

atualização dicfático-pedagógica, discute esses aspectos com os envolvidos na experiência .. Este estudo descreve a experiência de uma meslranda no acompanhamento da disciplina Antropologia Filosófica do curriculo de graduação do Curso de enfermagem - UFC.

A PRÁTICA PEDAGÓGICA E A RELAÇÃO PROFESSOR-AlUNO

Freire (1988 , p.57) comentando os princípios ainda presentes na pedagogia diz que :

~ Quanto mais analisamos as relações educador-educandos, na escola , em qualquer de se us níveis. mais podemos nos convencer de que estas relações apresentam um caráter es pecial e marcante - o de serem relações fundamentalmente narradoras. dissertadoras. Na rração ou dissertação que implica um sujeito - o narrador- e objetos pacientes, ouvintes - os educa ndos·. Eis então, a concepção de educação ban cária para Freire.

Já o educador Demo (1997) enfoca a necessidade de prom over o processo de pesqui sa

entre os alunos , que desla forma. deixam de ser objelo de ensino para tornarem-se parceiros de trabalho.

Em uma pesquisa realizada por Becker (1998) sobre o que o professor pensa ser o

conhecimento qua ndo ele ensina que re lação existe entre esta sua concepção epistemológica e sua prática pedagógica. constatou que a epistemologia subjacente ao trabalho docente é a empirista e que só em condições especiais o docente dela se afasta. voltando a ela assim que a condição especial tiver sido superada. O autor relata que os professor es cobram ações de seus alunos com a finalidade ún ica da reprodução: o aluno deve executar açôes a fim de atingir o objetivo delineado pelo professor: as ações programadas pelo professor são mecanicamente reproduzidas; perpetua-se o autoritarismo do professore a sua arrogância didática , em que ele acredita que seu ensino tem

poder ilimitado para produzir aprendizagem : se esta não ocorr e, a cul pa é d o aluno. Como

resultado desta relação didático-pedagógica temos a morte da criatividade.

Segundo Demo (1997. p. 2) "0 problema principal não está no aluno. mas na recuperação

da competência do professor, vítima de todas as mazelas do sistema, desde a precariedade da formação original, a dificuldade de capa citação permanente adequada, até a desvalorização profissional extrema -o Pesquisas recentes têm-se voltado para a análise da prática pedagógica docente. indagando porque. nas práticas pedagógicas. praticam-se teorias outras que não são aquelas

produzidas pelas recentes investigações das ciências da educação (Becker, 1995). Como

resultado foi apontada a própria formação dos professores. Segundo Pimenta (1998), os cursos de formação de professores têm um curriculo formal com conteúdos e atividades de estágio distanciados da realidade das escolas. numa perspectiva burocrática que não dá conta de captar as contradições presentes na prática social de educar e pouco têm contribuido pa ra for mar urna nova identidade do profissional docente. Para a autora "a natureza do trabalho docente é ensinar como contribuição ao processo de humanização dos alunos historicamente situados. Portanto espera-se, pois, dos docentes, que mobilizem os conhecimentos da teoria da educação e da didática necessários á compreensão do ensino como realidade social. e que desenvolvam neles a capacidade de investigar a própria

(^88) R Bras. Enferm .. Brasllla. v, 53. n. 1. p. 87-93. jan.lmar. 2000

CHAGAS. Maristela Inês Osawa el ai.

necess id ades p sicossociai s e es piritua is fund ame nt ais da p essoa humana.

As doe n ças a ntropog ené ti cas. A enfe rmag em humaní s tic a como m edia ção

no c uid ado da p essoa em pro cesso de at ualiz açã o do se r. A co n st r uçã o da

c id ada ni a.

Ao concebermos a disciplina nos colocamos como profissional de enfermagem diante

da filosofia da profissão e dentro das concepções do Curso de Enfermagem da UFC. O Curso

de enfermagem qualifica uma pessoa para cuidar de outras pessoas e de grupos. Portant o,

seria de se esperar que essa formação se iniciasse estimulando-se o aluno a refletir sobre

questões como <quem sou eu?>, <q ue sentido faz para mim , o que me rodeia?> , <como se

constrói a realidade?> , <quem são as pessoas que me rodeiam?> , <De onde vim?>. <Para

onde vou?> ,< Qual a minha contribuição para a construção da realidade , da consciência politica

e sanitália. do bem estar da humanidade?>. Decorre dai a importãncia da disciplina Antropologia

Filosófica no curriculo da graduação em enfeffi1agem.

Essa disciplina proporciona ao aluno ambiente psico-pedagógico e expeliências de ensino-

aprendizagem que o estimulam a refletir sobre si como pessoa em processo de aprendizagem

e auto-desenvolvimento interatuando na família e na sociedade para a construção do bem estar

da humanidade e a qualidade de vida no Planeta. Ê nas dimensões cognitiva, é ti ca e afetiva que

a disciplina Antropologia Filosófica se relaciona com as demais. Isto é, entendemos que todas

as disciplinas visam a formação de um profissional harmonioso nessas três dimensões.

A abordagem metodológica que orienta o processo ensino-aprendizagem utilizado em

sala de aula é a rogeliana. A professora coloca-se como facilitadora da aprendizagem centrada

no grupo sem perder de vista a pessoa e suas necessidades como tal. A professora lança

estimulas e aproveita o feedback para mantero grupo motivado para o auto-desenvolvimento.

AS PERC EP ÇÕ ES DA MES TRANDADURANTEA O BSERVAÇÃO

Ao assistir as aulas da disciplina superei , juntamente com os outros alunos, a visão de

que as aulas são enfadonhas, que antropologia e filosofia são disciplinas que ninguém consegue

compreendere de que não se gosta , e que. a sa la de aula serve apenas como espaço geográfico

de encontro entre professores e alunos. Vi uma professora gratificada ao realizar a docência

sem que esta lhe fosse um fardo nem fonte de tantas frustrações.

A visão de mundo da professora. bem como sua concepção do processo ensino-

aprendizagem, enfatiza o papel que cabe a ela e do que cabe ao aluno , para se desenvolverem

as habilidades de comunicação e a competência politica : permite integrar teoria e prática ,

ciência e realidade cotidia na. mostrando que a aula é si m um pequeno mundo onde, nas ações

e interações professor-aluno-conteúdo programático , realiza-se a ve rdadeira educação,

estimulando-se a flexibilidade de pensamento para que o aluno se mante nha aberto à crítica e

à experiência de auto-desenvolvimento.

A EXPERIÊNCIA OE ENSINO NA GRADUAÇÃO

Apôs lera Programa da disciplina e conversar com a professora entramos em en tendimento

de como seria minha participação em sala como "mestranda- professora~.

Inicialmente foi elaborado o Plano de Ensino para 8 horas-aula a partir do conteúdo de

uma das unidades do Programa da disciplina. Competiria á mestranda trabalhar a temática :

família, cultur a, crenças, valores e mitos para o que traçaram-se os objelivos: di sc utir sobre o s

c on c ei t os de famili a, c ultura, cren ças, va lor es e m i to s a pa rtir da exper iênc ia de cada

est u dant e; id e nt if ica r as es truturas, tip os e fun ções da famíli a; refl e tir so br e os ritu ais e

va lores f am i li ares da pr ó pria famili a.

90 R. Bras. Enferm., Brasilia , v. 53, n 1, p. 87-93, jan./mar. 2000

V/vendando uma abordagem ..

A dinâmica para essa temática foi desenvolvida a partir de material posto ã disposição

dos alunos para que construíssem seu conheci mento sobre o assunto e o apresentassem em painéis. Para a avaliação final da experiência a mestranda solicitou que os alunos lhe escrevessem cartas expondo seus sentimentos e percepções. Como resultado da atividade em sala de aula categorizamos as discussões em três temas:

  • Unidade importante: a familia.
  • Metodologia criativa e dinãmica. -A pr esença da mestranda na graduação

Unidade importante: a família

A família provedora de orientação , de amor. de educ ação parece dar lugar ã família

desaj ustada , cheia de desentendimentos, abandono, conflito s. levando se us membros muitas vezes a se sentirem excluidos. Diante de acontecimentos sociais como a violência doméstica , cada vez mais presente em nossos dia s, devem os refletir sobre o que está acontecendo com as familias.

Vivemos em uma sociedade capifalista, ego/sta, onde nAo se valorizam as relações

pessoais desinteressadas. O dinheiro acaba ditando normas na formaçtJo familiar e até mesmo

nas relações familiares. Na fala dos alunos percebemos que eles sentiram a importáncia de

renetir sobre esta unidade. considerando que: A nossa unidade da Família foi muito importante.

Aprofundou em alguns pontos como a importância da comunicação dent ro da fam ília. Tema importante sobre os valores, funções e es trutura familiar que enriqueceram e amadureceram as

nossas opini ões (n o. 24 , 30);

Provocar estas reflexões nos futuros profissionais enfermeiros é de fundamental

imp ortância , pois eles deverão t er a capacidade e a sensibilidade para cuidar da saúde da familia, família esta, vista como uma totalidade , inserida num contexto sócio-econômico-cultural.

Metodologia criativa e dinâmica

Os alunos ao vivenciarem esta metodologia ex pr essara m as seguintes opiniões:

Metodologia criativa e dinâmica. desenvolvendo nossa capacidade de expressao, fazendo com

que a turma interagisse. (n° 2, 3, 5, 9. 19. 22, 27); Metodologia muito boa, pois os alunos nao

fem a obrigaç~o de decorar e sim compreender e entender bem o que a professora quer nos

passar (n O 4. 11. 23); Metodologia dinâmica, expositiva, onde podemos parliciparcomo sujeitos

e nao como objetos (n O 6, 29. 13).

A presença da mestranda na graduação

Aprendemos a conviver uns com os outros, dialogar, trabalhar conjunlamente e

conjuntamente aprender a construir conhecimentos e sentir-se cidadaos. Podemos observar

isso pelas falas dos alunos: A presença da meslranda em sala de aula mostra a experiência da

mestranda e favorece o co nh ecimento do aluno de graduação e vice-versa. Sua co ntribuição f oi

indispensavel ( n° 17 , 18. 22 , 24); Quando present e às aulas de Antropologia Filosófica você

acrescentou informações , expôs opiniões e incentivou nossa participação. Numa disciplina que trata da vida e da compreensão do homem em geral , s ua participação foi significativa (nO 28).

Essa experiencia de uma mestranda ministrar aulas para alunos da graduaçtío utilizando uma

abordagem pedagógica diferente da tradicional, fortaleceu o conhecimento em várias direç6es:

cientifico, metodológico, cultural e de relações inter-pessoais.

R. Bras. Enferm., Bras ili a. v. 53, n. 1. p. 87-93. j an .l mal. 2000 9 1

_Vivenclando uma abordagem ___

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Re cebido emjullJo de 1999

Aprovado em maio de 2000

R. Bras. Enferm , Blasilia, v 53 , n.1, p. 87-93, lan .lmar 2000 93