Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
UDESC OESTE , 2025, VIVENCIA EM
Tipologia: Esquemas
1 / 18
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Relatório apresentado ao Curso de Zootecnia da Universidade do Estado de Santa Catarina como requisitos para conclusão da disciplina Vivência em Agropecuária. Orientador: Prof. Fernanda Picoli CHAPECÓ, SC 2025
Relatório apresentado ao Curso de Zootecnia da Universidade do Estado de Santa Catarina como requisitos para conclusão da disciplina Vivência em Agropecuária. BANCA EXAMINADORA [Nome do(a) Orientador(a) e Titulação] [Nome da Instituição] Membro [Nome do Membro da Banca e Titulação] [Nome da Instituição] Chapecó, 30 de Abril de 2025
Observar e vivenciar, junto ao produtor, as atividades desenvolvidas e a rotina da propriedade rural da família Smaniotto, com ênfase na criação de frangos de corte e na produção leiteira, analisando as estruturas, o manejo e a contribuição da agricultura familiar para a sustentabilidade rural, visando à aquisição de experiências e conhecimentos relevantes para a formação acadêmica e a futura atuação profissional. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Relatar a trajetória histórica de desenvolvimento da propriedade rural. ● Descrever as práticas de manejo adotadas na criação de frangos de corte e na bovinocultura leiteira. ● Identificar e analisar os recursos estruturais e tecnológicos disponíveis na propriedade. ● Caracterizar a organização e a dinâmica do trabalho desempenhado pela mão de obra familiar. ● Refletir criticamente sobre os principais desafios e as potencialidades da agricultura familiar no contexto da propriedade estudada.
O estágio de Vivência em Agropecuária – 2025/01 foi realizado no município de Paial, no interior de Santa Catarina, na comunidade de Linha Salete. A propriedade era da Sra. Teresinha Lúcia Smaniotto Florianovicz, de 63 anos, que trabalhava como agricultora. A família era formada por seu marido, Sr. Cláudio Florianovicz, de 67 anos, também agricultor, e pela filha, Juliana Florianovicz, de 38 anos, que também ajudava nos trabalhos da propriedade, a mesma possui 15 hectares. Juntos, usavam apenas a mão de obra da própria família. 3.2 HISTÓRICO DA PROPRIEDADE A propriedade foi comprada em 1955, há cerca de 70 anos, por José Smaniotto, que adquiriu o terreno do Sr. Pedro José Franz. Desde então, ela permaneceu na família. Mais tarde, José passou a propriedade para seu filho Olivo Smaniotto, que era casado com Lídia Smaniotto. O casal teve dois filhos que continuaram vivendo na mesma propriedade sendo eles: Teresinha Lucia Smaniotto Florianovicz e Carlos Antonio Smaniotto. 3.3 ATIVIDADES INICIAIS A primeira atividade feita na propriedade foi a criação independente de suínos. No começo, os animais eram levados para a empresa Seara Alimentos, que ficava na cidade de Seara, em Santa Catarina. Com o tempo, a produção passou a ser entregue para a cooperativa Aurora Alimentos, localizada em Chapecó, também em Santa Catarina. Durante todo esse tempo, a criação foi feita no mesmo pedaço de terra da propriedade. Além da criação de suínos, a propriedade tinha um chiqueiro, uma máquina usada para debulhar o milho colhido na roça, que era plantado ali mesmo. Também havia um motor Agrale, que ligava uma forrageira para preparar a comida dos animais. Uma carreta agrícola ajudava no transporte do milho. A família também plantava milho e soja, que eram as principais culturas, e, às vezes, também cultivavam o feijão. Todo o trabalho era feito com a ajuda dos próprios membros da família. No ano de 1996, foi construído um aviário convencional, com 50 metros de comprimento. Com o tempo, essa estrutura foi ampliada e passou a ter 75 metros. Apesar de continuar sendo um modelo convencional, recebeu várias melhorias, como comedouros automáticos e uma estufa. Mais tarde, o aviário mudou de local e, no lugar onde ele ficava, foi construída uma estrebaria e outras instalações para a criação de vacas leiteiras da propriedade.
A propriedade tinha 38 vacas de leite, 8 vacas secas (que estavam sem produzir leite ) e 18 bezerras com menos de um ano, que eram cuidadas para crescerem com boa musculatura, sem excesso de gordura. As raças criadas na propriedade eram holandesa, jersey, girolando e gir.Esses animais foram adquiridos em 4 lotes distintos, todos por meio de financiamento. A alimentação era oferecida em cinco tipos de alimento. A silagem era feita com milho plantado na própria propriedade, e o serviço era feito sob pagamento à prefeitura, já que a família não tinha os maquinários necessários. O feno era comprado, custando 10 reais por fardo. As vacas receberam uma ração especial para o período antes do parto, além de uma ração própria para vacas leiteiras, que foi guardada em um silo com capacidade para 7 mil quilos. Essa ração era peletizada para garantir uma nutrição equilibrada. As vacas que produziram mais leite ganharam mais ração, por conta de seu desempenho. Além disso, elas também tinham acesso ao pasto, organizado em piquetes. A estrutura da propriedade incluía uma sala de ordenha com 4 teteiras, com capacidade para ordenhar 8 vacas por vez, sendo 4 de cada lado. Havia também uma sala de espera, um curral de maternidade, um depósito de insumos e um resfriador de leite com capacidade para 1.500 litros. Um galpão coberto servia de abrigo para vacas de leite e vacas secas, além de piquetes separados para as vacas de leite e para as bezerras com menos de um ano. Entre os maquinários usados, havia uma máquina para silagem, uma carreta para transporte de produção agrícola da propriedade, dois tratores e uma plataforma. A propriedade contava com um poço artesiano para abastecer de água, placas solares que atendiam tanto o aviário quanto a área das vacas, e um gerador de energia. O leite era vendido para a empresa Müller Laticínios, na cidade de Arabutã, em Santa Catarina. O manejo diário das vacas de leite incluía buscá-las nos piquetes e levá-las para a sala de espera, com a ajuda da senhora Teresinha Lúcia Smaniotto Florianovicz. Depois, os animais eram colocados na ordenhadeira em grupos de oito. A ordenha era feita com o auxílio de Juliana Florianovicz. Ao fim da ordenha, abria-se a porta do cocho para que as vacas pudessem se alimentar. Em seguida, os animais eram soltos novamente nos piquetes, e toda a estrebaria era limpa, deixando tudo pronto para o dia seguinte. Tabela 1 – Classificação e Quantitativo dos Animais Categoria de Animais Quantidade Vacas de leite 38 Vacas secas 8 Bezerras (<1 ano) 18 Fonte: Elaborado pela autora, 2025.
Figura 3 – Bezerra tomando leite. Fonte: Elaborado pela autora, 2025. Figura 4 – Piquete de vacas de leite Fonte: Elaborado pela autora, 2025.
Figura 7 – Silagem para alimentação Fonte: Elaborado pela autora, 2025. Figura 8 – Auxiliando esparamar Aveia e Azevem nos piquetes para fazer pastagem de inverno Fonte: Elaborado pela autora, 2025
O aviário foi construído no ano de 2011. Ele era climatizado e media 107 metros de comprimento por 14 metros de largura. Era usado para a criação de frangos de corte. Cada lote de pintinhos ficava no local por até 45 dias e, depois desse período, era levado para a empresa BRF. Durante o estágio, os pintinhos tinham 5 dias de idade, ao final do mesmo com 12 dias. A estrutura tinha capacidade para abrigar até 25 mil pintinhos por lote; no ciclo observado, estavam sendo criados 21 mil. A alimentação era feita por dois silos de ração: um para a ração inicial, com capacidade de 12 mil quilos, e outro para a ração de crescimento e final, com capacidade de 16 mil quilos. Na semana do estágio, os pintinhos estavam sendo alimentados com a ração inicial. Os pintinhos comiam por meio de comedouros automáticos, distribuídos em quatro linhas ao longo do aviário. A água era oferecida por cinco linhas de niple, garantindo acesso igual para todos os animais. A água vinha de um poço artesiano da própria propriedade. A fornalha usava lenha de eucalipto, também produzida no local. O aviário contava com dois ventiladores que ajudavam na circulação do ar e com 8 exaustores que renovam o ar interno e mantinham a temperatura. Cortinas automáticas se abriam conforme a necessidade, com base nos sensores. A iluminação era controlada, e o local tinha isolamento térmico. Havia também ferramentas importantes para o manejo, como rastel para mexer a cama e uma máquina batedor de cama. O manejo diário incluía movimentar os pintinhos, recolher os que haviam morrido, manter o fogo aceso nos dias frios para regular a temperatura e abrir os vãos quando necessário. Todas essas tarefas eram feitas junto com o Sr. Cláudio Florianovicz. Também se batia a cama do aviário quando era preciso. Tabela 2 – Características Estruturais e de Manejo do Aviário da Propriedade Smaniotto. Item Descrição Ano de construção 2011 Tipo Climatizado Dimensões 107 metros de comprimento x 14 metros de largura Capacidade total 25.000 pintinhos por lote Quantidade no estágio 21.000 pintinhos com 7 dias de idade Duração do lote Até 45 dias Destino dos frangos Empresa BRF Silo de ração inicial Capacidade de 12.000 kg Silo de ração de crescimento/final Capacidade de 16.000 kg Alimentação Comedouros automáticos (4 linhas)
Figura 10 – Silos de 16kg e 12kg para ração de frangos de corte. Fonte: Elaborado pela autora, 2025
A realização do estágio foi uma experiência muito importante, pois permitiu conhecer de perto a rotina da propriedade da família Smaniotto, que conta com mão de obra totalmente familiar. Durante esse período, foi possível acompanhar as atividades desenvolvidas na produção de leite e nos frangos de corte, observando como a família se organiza para cuidar dos animais e enfrentar os desafios do dia a dia. Foi possível perceber que a família conseguia manter uma produção eficiente graças ao trabalho em equipe, à dedicação e ao conhecimento acumulado ao longo dos anos. A propriedade da família Smaniotto mostrou que é essencial para o sustento de muitas famílias. Além disso, o estágio ajudou a compreender melhor as dificuldades que muitos produtores enfrentam. Por outro lado, também ficou evidente o comprometimento, união e esforço. Essa vivência trouxe aprendizados que vão além. A convivência com o produtor e sua família, foi uma oportunidade valiosa para refletir sobre a realidade do campo. Por fim, deixo um agradecimento especial à família Smaniotto e a todos os seus integrantes, que me acolheram com carinho e disposição durante todos os dias de estágio. Agradeço por cada ensinamento, e pela paciência, além da generosidade em compartilhar conhecimentos na vivência e na prática do campo.
