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Uma análise detalhada sobre a aplicação da equação dos três momentos em vigas contínuas, incluindo a determinação dos momentos fletores nos apoios e a obtenção do diagrama de momentos fletores para toda a viga. O texto também aborda o caso de engastamentos e a solução do sistema de equações. Além disso, são discutidos os coeficientes de propagação, rigidez ao giro e momentos de engastamento perfeito.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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VIGAS CONTÍNUAS
Prof. JOSÉ LUIZ F. de ARRUDA SERRA
Vamos nos limitar ao estudo de estruturas reticulares, isto é, formada por barras. Todo o estudo será feito segundo o Método Clássico, que se baseia nas seguintes hipóteses:
validade das equações de equilíbrio da Mecânica Geral;
continuidade da estrutura, isto é, as linhas elásticas das barras retas não possuem pontos angulosos e os ângulos entre as tangentes às linhas elásticas de várias barras concorrentes em um nó rígido, se conservam constantes;
aplicabilidade das hipóteses da Resistência dos Materiais para materiais elásticos (conservação das seções planas, proporcionalidade entre tensões e deformações;
superposição de efeitos, isto é, o efeito produzido por vários esforços atuando simultaneamente é igual a soma dos efeitos de cada esforço atuando isoladamente. Dentro do método clássico, diversas marchas de cálculo podem ser estabelecidas para a solução de um problema. A cada uma destas marchas de cálculo dá-se o nome de Processo de Cálculo. Assim, dentro do Método Clássico para solução de estruturas hiperestáticas, podemos usar por exemplo:
O Processo dos Esforços
O Processo dos Deslocamentos
O Processo de Cross etc.. Neste trabalho vamos estudar os dois processos manuais mais usados para solução de vigas contínuas; a equação dos três momentos e o processo de Cross, ambos baseados no Método Clássico.
Inicialmente serão apresentados os fatores de forma e reações fictícias que são os coeficientes fundamentais relativos à barra e a carga. Todos os outros coeficientes: termos de carga, coeficientes de propagação ou transmissão, coeficientes de rigidez e distribuição, assim como os momentos de engastamento perfeito são deduzidos em função dos fatores de forma e reações fictícias.
Após definidos os coeficientes fundamentais – fatores de forma e reações fictícias – e dos termos de carga, deduz-se a equação dos três momentos para solução de vigas contínuas, apresentando-se exemplos. Segue a dedução dos outros coeficientes necessários para o Processo de Cross, em cuja fase será apresentado uma solução simples para os engastamentos elásticos
Dada uma barra AB de eixo retilíneo tem-se os coeficientes fundamentais:
São os giros que aparecem nas extremidades de uma barra simplesmente apoiada, quando submetida a um momento adimensional unitário em uma das extremidades. Positivos quando no sentido indicado nas figuras 2.1.
Figura 2.1 – Fatores de Forma
Aplicando-se a técnica da carga unitária, o PTV fornece as expressões dos fatores de forma:
2 0 2
( x ) dx EI
(^) ò .................................................................................... (2.1)
2 0 2
x dx ò EI
0
x ( x ) dx EI
(^) ò ..................................................................................... (2.3)
Caso a barra seja prismática, EI = constante, obtém-se resolvendo as integrais:
Figura 3.1 - Exercícios
Estes coeficientes são derivados dos coeficientes fundamentais anteriormente deduzidos e são utilizados pela equação dos três momentos no caso de barras prismáticas.
Por definição:
E = A / F ................................................................................................... (4.1)
D = B / F .................................................................................................. (4.2)
Notar que para o caso de barras prismáticas, EI = constante, os fatores de carga não
para barras prismáticas submetidas a diversos carregamentos, que compostos cobrem praticamente todas as combinações de carga, deslocamentos impostos (recalques) e variações de temperatura que podem atuar nas barras em geral.
A solução de um viga contínua pelo processo dos esforços pode ser bastante simplificada quando se adota para incógnitas hiperestáticas os momentos nas seções sobre os apoios. A solução com este esquema estático torna-se bastante simples resultando em um sistema linear de equações onde todas as equações são formalmente iguais e o sistema é tridiagonal. Qualquer equação do sistema é conhecida como equação dos três momentos
A figura 5.1 a), representa uma viga contínua, carregada por um sistema arbitrário de cargas verticais. Os apoios estão numerados da esquerda para a direita, 0, 1, 2,..., i-1, i, i+1,...
Figura 5.1 – Equação dos três momentos
Assim, tem-se a i-ésima equação do sistema reduzida apenas aos três termos:
(^) i, i- 1 M (^) i- 1 + (^) i, i M (^) i + (^) i, i+1 M (^) i+1 = (^) i 0 ............................................... (5.5)
Os índices dos fatores de forma e das reações fictícias indicam a barra respectiva. Substituindo esses valores na i-ésima equação do sistema, obtém-se:
Esta equação (5.10) é conhecida como equação dos três momentos. Cada vez que se aplica a equação dos três momentos para um apoio i, é estabelecida uma relação entre o momento fletor que atua sobre o apoio i, com os momentos fletores que atuam nos nós anterior, i-1, e posterior, i+1,ou seja, três apoios consecutivos da viga contínua. Daí o nome equação dos três momentos.
No caso de viga formada por barras prismáticas, Ei Ii = constante para cada barra
Substituindo na equação (5.6) e multiplicando por 6, obtém-se:
1 1 1 1 1 i i 1 1 1 1
i (^) i 2 i i (^) i i (^) i i i i i i i i i
æç ö÷ æç ö÷
Esta equação é denominada equação dos três momentos caso barras prismáticas. O número de equações do sistema para uma determinada viga, é exatamente igual ao número de apoios intermediários onde ocorrem os momentos incógnitas (mais os eventuais engastes nos apoios extremos). Ter-se-á então que resolver um sistema linear de n equações a n incógnitas, onde n é o grau de hiperestaticidade da viga contínua, que coincide com o número de apoios intermediários mais os eventuais engastes.
O sistema formado constitui uma forma particular de um sistema de equações, uma vez que é tridiagonal, isto é, tem coeficientes não nulos apenas na diagonal principal e nas duas diagonais adjacentes.
mais um apoio móvel - imaginários - tornando nulo o comprimento do tramo fictício entre esses dois apoios.
Na extremidade articulada, obviamente M igual a zero ou M igual ao valor do momento puro aplicado caso exista (positivo quando traciona as fibras inferiores).
Caso ocorra balanço ele deve ser substituído pelos seus efeitos, e neste caso a extremidade resulta articulada e submetida a uma carga concentrada e um momento resultantes do carregamento oriundo do balanço. A força concentrada só afetará a reação neste apoio e o momento, com o sinal respectivo na convenção usual – tração “em baixo” positivo - é computado na primeira ou última equação do sistema, como M 0 ou Mn conforme o balanço ocorra na extremidade esquerda ou direita, respectivamente.
Em síntese, pode-se seguir a seguinte seqüência para análise de vigas contínuas pela equação dos três momentos:
Desenha-se a viga indicando todas as cargas aplicadas. Caso exista engastamento substitui-se por dois apoios, um fixo e o outro móvel, tomando-se o comprimento do tramo entre eles igual a zero. Caso exista um balanço, substitui-se o balanço pelos seus efeitos;
Numera-se da esquerda para a direita todos os apoios, a partir do zero, bem como os tramos a partir do número 1;
Determina-se para cada tramo os termos de carga E e D conforme tabela anexa;
Aplica-se a equação dos três momentos para cada apoio intermediário , montando um sistema tridiagonal de n equações (n = número de apoios intermediários);
Resolve-se o sistema de equações obtido, encontrando os momentos fletores que atuam sobre os apoios da viga contínua;
Através de equações de equilíbrio determinam-se os valores das forças cortantes e momentos fletores nos pontos de descontinuidade do carregamento necessários para o traçado completo destes diagramas.
Figura 5.3 – Exemplo número 1
1 1 1 1 1 i i 1 1 1 1
i (^) i 2 i i (^) i i (^) i i i i i i i i i
æç ö÷ æç ö÷
0 + 2 (0 + 6,4) M 1 + 6,4 M 2 = (0 + 22,00 x 6,4) 6,4 M 1 + 2 (6,4 + 6,0) M 2 + 6,0 M 3 = (22,00 x 6,4 + 17,78 x 6,0) 6,0 M 2 + 2 (6,0 + 4,0) M 3 + 4,0 (-4,0) = (18,22 x 6,0 + 32,00 x 4,0)
Agrupando os termos semelhantes, obtém-se:
12,80 M 1 + 6,40 M 2 = 140,
6,40 M 1 + 24,80 M 2 + 6,00 M 3 = 247,
6,00 M 2 + 20,0 M 3 = 221,
Resolvendo: M 1 = 8,21tm M 2 = 5,59tm M 3 = 9,39tm
c) Cálculo das forças cortantes e reações
Este cálculo pode ser feito em um esquema na própria estrutura, conforme fig. 5.3 c), através das ações dos nós sobre as barras. Como os momentos sobre os apoios e no engastamento são conhecidos, o problema se resume à solução de uma seqüência de vigas simplesmente apoiadas. Calculando-se para cada viga o momento de todos os esforços em torno de uma extremidade, como M = 0, determina-se a força vertical na outra extremidade. Esta força, a menos do sinal, é a cortante na seção. A soma vetorial das forças verticais à esquerda e direita de um apoio, resulta a reação neste apoio.
d) Diagramas de M e Q
Conforme mostra a figura 5.3 d).
Neste exemplo vamos resolver a viga contínua da figura 5.4 a). As barras são de seção retangular, com largura constante e altura variando segundo uma parábola (mísulas parabólicas).
Os valores indicados na figura 5.4 b) foram obtidos através do programa <FATORES.EXE>, de autoria do autor e que faz parte de um pacote de programas que está disponível para os alunos e também podendo ser copiado por qualquer pessoa interessada.
b) Montagem e solução do sistema de equações
ou, 0,996 M 1 + 0,642 M 2 = 8, 0,642 M 1 + 0,996 M 2 = 8,
Resolvendo, obtém-se: M 1 = 5,94 tm e M 2 = 4,53 tm
c) Ações dos nós sobre as barras e diagramas finas na figura 5.4 c) e d).
Figura 5.4 – Exemplo número 2
Seja uma barra articulada-engastada (ou engastada-articulada). Caso se aplique um momento na extremidade articulada, ocorre uma transmissão ou propagação para a extremidade oposta engastada. Pelo princípio da superposição de efeitos, o valor do momento
aplicando-se a superposição de efeitos conforme ilustra a figura 6.1.
O giro real do nó B vale zero. Assim, a equação de compatibilidade de giro do nó B, fica:
daí, AB = F / G ................................................................................................ (6.1)
Caso a barra AB seja engastada articulada, procedimento análogo ao anterior conduz
„ ............................................................. (6.2)