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Versao Final de Monografia Ivaristo Americo Mboa Junior, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

Monografia Ivaristo Mboa

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 06/08/2017

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Ivaristo Américo Mboa Júnior
Eficiência da calda de alho no controlo da lagarta-do-cartucho (Spodopterra frugiperda).
Caso de cultura de milho.
Licenciatura em Ensino de Agro-pecuária com Habilitação em Extensão Rural
Universidade Pedagógica
Chongoene
2017
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Ivaristo Américo Mboa Júnior

Eficiência da calda de alho no controlo da lagarta-do-cartucho (Spodopterra frugiperda)****. Caso de cultura de milho.

Licenciatura em Ensino de Agro-pecuária com Habilitação em Extensão Rural

Universidade Pedagógica Chongoene 2017

Ivaristo Américo Mboa Júnior

Eficiência da calda de alho no controlo da lagarta-do-cartucho (Spodopterra frugiperda)****. Caso de cultura de milho.

Universidade Pedagógica Chongoene 2017

Monografia Científica a ser apresentada, no curso de Agro-pecuária, Departamento da ESTEC, Universidade Pedagógica Delegação de Gaza, para obtenção de Grau académico de Licenciatura em Agro-pecuária minor em Ensino. Supervisor: Eng. Hermenegildo Novela

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Lista de acrónimos e abreviatura DBCC DMS IIAM INE INIA TA TB TC TD TE Pmf NE Pm Rme

Delineamento de Blocos Completamente Casualizados Diferenças Mínimas Significativas Instituto de Investigação Agrária de Moçambique Instituto Nacional de Estatística Instituto Nacional de Investigação Agronómica Tratamento testemunha Tratamento de 120g/l da calda de alho Tratamento de 150g/l da calda de alho Tratamento de 170g/l da calda de alho Tratamento de Cipermetrina 20 EC 1ml/l Percentagem média de folhas atacadas Número médio de espigas atacadas Peso médio de espigas em gramas Rendimento médio de grãos em gramas

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Declaração Declaro que esta monografia científica é resultado da minha própria investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original, todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na Bibliográfica final. Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico.

Xai-Xai, 11 de Julho de 2017


(Ivaristo Américo Mboa Júnior)

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Agradecimentos Em primeiro lugar, agradecer a Deus Criador pelo dom da vida, pelas múltiplas bênções derramadas sobre mim, pois estou certo de que o seu amor é tão grandioso e a sua graça dura para sempre.

Aos meus pais Ivaristo Américo Mboa e Lúcia Zefanias Bila, pela educação de forma a busca um filho digno socialmente.

Meus irmãos Américo Mboa, Júlio Mboa, Salvador Mboa, Lourenço Mboa, Joaquim Mboa, Ester Mboa, Olga Mboa, Palmira Mboa, Lúcia Mboa, Elisabete Mboa, pela força que me deram em todos os momentos da minha vida estudantil.

Á minha família no geral pelo carinho, apoio moral, material prestado durante o decorrer do curso e principalmente pela força trazida durante a realização do trabalho.

A todos os docentes do curso de Agro-pecuária: MSC. Augusto Júnior, Eng. Jorge Dgedge, Eng. Hermenegildo Novela, Enga. Clemência Chitsondzo, dr. Confúcio Matsena, dr. Nélio Ualema, pelo esforço empreendido durante o processo de leccionação.

Minha profunda gratidão ao meu querido supervisor, Eng. Hermenegildo Novela, pela disponibilidade, paciência e dedicação na acessória ao meu trabalho.

Quero endereçar o meu muito obrigado aos colegas de carteira: Alda Jacob, Iolanda Bombi, Celina Julião, Reginalda Paulino, pelas sugestões, conversa valiosas e ricas contribuições desenvolvidas ao longo do curso.

Amigos: Alberto Tamele, Quinito Mussacate, Arsénio Nhembe e Josefa António, pelo apoio moral e espiritual prestado em todos momentos na minha vida estudantil.

Ao encerrar mais uma etapa académica, gostaria de agradecer em especial ao eng. Jorge Dgedge por ter cedido o espaço onde foi conduzido o ensaio, ao sr. Boaventura Mugabe pelo apoio moral e em geral a todos que, directa ou indirectamente contribuíram para realização deste trabalho. A todos o meu MUITO

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Resumo O constante uso de pesticidas químicos no controlo de pragas agrícolas têm causado intoxicações aos seres vivos e danos ao meio ambiente. Face a este cenário, surge a necessidade de desenvolver o trabalho, com o objectivo de estudar a eficiência da calda de alho como alternativo aos pesticidas químicos no controlo da lagarta-do-cartucho ( Sptodopterra frugiperda ) na cultura do milho, no bairro de Madjone, no Distrito de Chongoene, na Província de Gaza nos períodos de Janeiro a Maio de 2017. Foi usado o Delineamento de blocos completamente casualizados (DBCC), constituído por cinco (5) tratamentos e quatro (4) blocos. O primeiro tratamento foi testemunha (TA), os três (3) tratamentos seguidos foram, as diferentes dosagens da calda de alho (TB=120g/l, TC=170g/l e TD=200g/l) e o último tratamento a Cipermetrina (TE). No ensaio foram recolhidos os dados referentes a percentagem média de folhas atacadas, o número médio de espigas atacadas, o peso médio de espigas e o rendimento médio de grãos, onde os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), pelo teste de TUKEY a 5%, usando o pacote estatístico ASSISTAT versão 7.7 pt (2017). Contudo houve diferenças significativas no rendimento médio de grãos, entre o tratamento testemunha (TA) com 139g em relação aos restantes tratamentos. Nos tratamentos usando a calda de alho (TB=281g, TC=323g e TD 288g) deferiram significativamente no rendimento médio em relação a Cipermetrina (TE) que obteve 351g. Referir que não houve diferenças significativas no rendimento médio de grãos entre os tratamentos usando a calda de alho. Palavras-chave : Calda de alho, Lagarta-do-cartucho ( Sptodopterra frugiperda ), Milho ( Zea mays ), Controlo.

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1.1. Problema O grande desafio da agricultura mundial é produzir grandes quantidades de alimentos com alta qualidade, produzindo alimentos livres de contaminações (tanto por pragas, assim como por pesticidas), garantindo a saúde pública e maximizando a produção. O milho é uma das culturas mais produzidas no nosso país, mais é alvo de fortes ataques de pragas e doenças, sendo geralmente mais afectado o sector familiar (GASPART, 2010).

Segundo Waquil et al. (1982), a lagarta-do-cartucho ( Spodopterra frugiperda ) constitui uma das pragas que mais causa graves problemas à cultura do milho, para o seu controlo desta os agricultores usam pesticidas químicos, que apesar de serem eficientes, são os prováveis causadores de doenças neurocomportamentais, depressão, suicido ao aplicador (intoxicação durante a aplicação, no manuseio e no consumo). O sector familiar normalmente usa a Cipermetrina no controlo de lagarta-do-cartucho (SOUZA & SOARES, 2010).

Os pesticidas químicos envolvem elevados custos de aquisição, são tóxicos ao Homem por ingestão de alimentos contaminados, destroem os predadores de pragas e são tóxicos ao meio ambiente através da poluição das fontes de águas, da atmosfera e da desertificação dos solos (GUERRA, 1985).

O constante uso do mesmo tipo de pesticida químico em várias épocas ou campanhas agrícolas, pode causar resistência ecológica. O pesticida passa a não ter nenhum efeito quando exposto repetidamente aos organismos indesejáveis. As pragas não morrem, ganham resistência e passam a sua capacidade as novas gerações, facto que leva os agricultores, aumentarem o número de pulverizações, agravando ainda mais o problema.

Face a esta situação surge a seguinte questão:  Será que a calda de alho é uma alternativa viável no controlo da lagarta-do-cartucho (Spodopterra frugiperda) na cultura do milho?

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1.1.2 Justificativa A crescente evolução da ciência e o aumento da população, impulsionaram o Homem, à busca de soluções e estratégias para o aumento da produção e produtividade. O que levou o Homem a adopção de processos que aceleram o desenvolvimento das plantas, usando os adubos ou fertilizantes e pesticidas para o controlo de pragas agrícolas (GASPART, 2010).

Actualmente os pesticidas químicos são alvos de grandes críticas, debates em todo o mundo, envolvendo, os ambientalistas e os engenheiros Agrónomos. Devido ao impacto negativo destes à saúde pública e ao meio ambiente. Na tentativa de consciencialização da população sobre o efeito do uso dos pesticidas químicos, constantemente são criados novos mecanismos alternativos para o controlo de pragas, através do uso de pesticidas orgânicos conhecidos normalmente como caldas ou extractos vegetais (GUERRA, 1985).

Os pesticidas orgânicos são compostos naturais biodegradáveis, podendo ser rapidamente degradáveis naturalmente em relação aos químicos. Não são tóxicos ao meio ambiente, são facilmente solúveis, não acumulam-se nas cadeias alimentares, garantem uma boa saúde humana, são benéficos comparativamente aos químicos, pois permanecem pouco tempo na planta e também não empobrecem os solos, nem destroem os predadores de pragas (VENTUROSO, 2009).

Diversos estudiosos, defendem que o uso de pesticidas orgânicos constitui uma fonte alternativa economicamente viável, na redução de riscos de contaminação ao Homem e ao meio ambiente (SOUZA & SOARES, 2010). Dada a grande importância da cultura do milho, foi feito um estudo para avaliar a eficiência da calda de alho no controlo da lagarta-do-cartucho ( Spodopterra frugiperda ) na cultura do milho, como forma alternativa na minimização do ataque de pragas e na melhoria da produção.

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CAPÍTULO II

2. Referencial teórico 2.1. Características gerais de cultura do Milho Segundo EMBRAPA (1997), O milho ( Zea mays ) é de origem Americana (Mexico), a data de sementeira depende do calendário de cada região. Para a zona Sul de Moçambique a época de sementeira é nos meses de Outubro a Dezembro, plantado a 10cm de profundidade, (25x70) cm de compasso (NUNGULU, 2014).

De acordo com Santos (1990), Os solos mais ideais sãos os Argilo-arenosos ou areno- argilosos por serem férteis e de boa drenagem. Embora também pode ser plantados em solos argilosos ou arenosos. As Temperaturas médias óptimas variam entre 18º C a 30o^ C e a precipitação média de 600mm. As infestantes prejudicam muito a cultura do milho, sendo necessário o seu controlo através das sachas (GASPAR, 2010).

De acordo com a IIAM (2006), recomenda-se o uso do N-P-K: adubo composto, pois o Nitrogénio (N) estimula o desenvolvimento vegetativo, aumenta o período de maturação e garante bons rendimentos. O fósforo (P) estimula o desenvolvimento das raízes, diminui o período de maturação e dá o equilibro ao Nitrogénio. O potássio (K) aumenta o vigor do caule, garantido a resistência em ocasião de secas ou na inclusão de doenças.

2.1.1 Fases do desenvolvimento do milho Fase vegetativa Para a semente germinar, precisa de humidade, arejamento e de controlo adequado da temperatura. Controlados esses factores a emergência ocorre dos 7 a 10 dias após a sementeira, esta fase influência as fases seguintes (GASPAR, 2010).

Fase da floração É a fase de preparação para a produção do grão e é um período crítico, a falta de qualquer mecanismo de controlo, reflecte directamente na produção. Nesta fase ocorre a formação das espigas, a emergência total da bandeira, das barbas, ocorre a polinização e a fecundação (GASPAR, 2010). Se ocorrer falhas nesta fase, as barbas não aparecerão e a fecundação não irá ocorrer, consequente pode ocorre falhas na formação dos grãos nas espigas (NUNGULU, 2014).

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Fase maturação Esta fase começa com o aparecimento do grão, a falta de humidade nesta fase, pode reduzir o rendimento e até pode comprometer a colheita. O grande problema é a secagem rápida do grão antes de uma boa maturação (GASPAR, 2010).

2.1.2 Importância económica do milho Segundo a EMBRAPA (1997), O milho é um cereal que ocupa um lugar de destaque entre as culturas produzidas no mundo, pode ser utilizado na alimentação animal, assim como nas indústrias de alta tecnologia. Este cereal constitui uma boa fonte de energia, proteínas e outros nutrientes, bastante importante na alimentação das populações rurais. A cultura do milho é o principal alimento, fonte de receitas para milhões de pessoas em toda a África Austral, surgindo nos diferentes sistemas agrícolas predominantemente consociado com outras culturas como feijão, mandioca e batata-doce (NUNGULU, 2014).

De acordo com Santos (1990), o milho ( Zea mays ) é considerado a cultura alimentar mais importante em Moçambique. De outro lado, IIAM (2006), vem destacar ainda que o milho faz parte das primeiras duas culturas juntamente com a mandioca que totalizam 50% do valor da produção da agricultura em pequenas e médias empresas em Moçambique.

Em Moçambique, o sector familiar destaca-se mais na produção de milho, com aproximadamente 95% da área cultivada. Esta é a principal cultura alimentar e de rendimento para o sector familiar em Moçambique representando 35% a 50% da dieta média em todo país (MOISÉS, 2002).

2.1.3 Principias pragas que afectam o milho De acordo com IIAM (2006), As principais pragas de controlo de milho são: Broca ( Bussela fusca, Sesamia calamistis e Chilo partelluus) , Roscas (Agrotis ssp) e a Lagarta-do-cartucho (Spodopterra frugiperda ). A lagarta e a Rosca baixam o rendimento mais estes dependem da infestação e da severidade de ataque pelas mesmas (MOISÉS, 2002).

Para o controlo mais eficiente da Broca recomenda-se semear o milho antes da época chuvosa, aumentar o número de sementes na sementeira, desbaste das plantas atacadas (inteirar ou queimar), rotação de cultura com plantas não gramíneas (GASPAR, 2010).

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Onde deixam orifícios que constituem-se porta de entrada para fungos, bactérias e outros agentes causadores de várias doenças, que acabam diminuindo o potencial de produção e a qualidade dos grãos (GALLO, 2002). O estádio mais sensível ao ataque é o de 8-10 folhas. A época ideal de realizar para o controlo é quando 17% das plantas estiverem com o sintoma de folhas raspadas (MONTEIRO, 2004).

2.2.3 Importância económica da lagarta-do-cartucho Segundo Monteiro (2004), A lagarta-do-cartucho, ( Spodoptera frugiperda) é a principal praga da cultura do milho ( Zea mays ), capaz de reduzir entre 17,7 a 55,6% o rendimento de grãos. Seu controle tem sido realizado essencialmente com insecticidas, cujo grupo químico nem sempre é selectivo aos agentes de controlo biológico, além do elevado número de aplicações, em alguns casos, de 10 a 14.

O plantio sucessivo da cultura do milho, promove o aumento da lagarta-do-cartucho, ( Spodoptera frugiperda ) por causa da sua ocorrência generalizada e por atacar todos os estágios desenvolvimento da planta (CRUZ, et al ., 1995). O ataque na planta ocorre desde a sua emergência até o pendoamento e espigamento. As perdas devido ao ataque da lagarta podem reduzir a produção em até 34% (ALVES, 1992).

2.3 Uso de Pesticidas químicos Segundo Machado e Cabral (2007), é frequente o uso de produtos químicos no controlo de pragas agrícolas, pois estes são mais eficientes para matarem os organismos que causam prejuízos as culturas, porem são tóxicos para o homem e assim como para o meio ambiente.

2.4. Uso de Pesticidas botânicos Segundo Buss & Brown, (2002), é extremamente relevante o uso de produtos alternativos, menos agressivo ao homem e à natureza, com função de repelência, insecticida e fungicida. Aliado ao maneio adequado do solo, planta e água, garante a produção de alimentos orgânicos, sem resíduos tóxicos e que preserva a saúde do produtor. Dessa forma, os sistemas de controlo assim concebidos procuram não eliminar, mas contribuir para o equilíbrio entre doenças, pragas e seus inimigos naturais (KATHRINA & ANTONIO, 2004).

A produção orgânica, têm como objectivo a preservação do meio ambiente, da saúde humana, pelo uso de meios naturais que garantam a produtividade económica das culturas sem causar,

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danos expressivos ao solo, à água e sobre tudo a qualidade dos alimentos (BUSS & BROWN, 2002). Neste sistema de produção o controle de doenças e pragas pode e deve ser feito sem o uso de agrotoxicos sintéticos, os quais contribuem, significativamente para a contaminação do ambiente e dos alimentos produzidos (WIESBROOK, 2004).

2.4.1 Vantagens dos pesticidas botânicosDegradação rápida : são rapidamente degradados pela luz solar, ar, humidade, chuva e enzimas desintoxicantes (BUSS & BROWN, 2002);  Acção rápida: Embora a morte possa não ocorrer em poucas horas ou dias, os insectos podem parar de se alimentar quase que imediatamente após a aplicação do insecticida botânico.  Baixa a moderada toxicidade : Muitos insecticidas botânicos têm baixa a moderada toxicidade aos mamíferos, baseando-se na DL50 oral;  Selectividade: os insecticidas botânicos mais selectivos a certos insectos praga e menos prejudiciais aos insectos benéficos (WIESBROOK, 2004);  Fitotoxicidade. Muitos insecticidas botânicos não são fitotóxicos (tóxicos para as plantas) nas dosagens recomendadas (KATHRINA & ANTONIO, 2004);  Custo e disponibilidade : podem ser fabricados na propriedade rural a baixo custo quando se dispõe de material vegetal e que as substâncias sejam solúveis em água.

2.5. Calda de alho A calda de alho é um biopesticida natural de fabrico caseiro com efeito insecticida e repelente no controlo de pragas tais como: pulgas, mosquitos, besouros, formigas, cochonilhas, brocas, roscas e lagartas, etc., (SOUZA & SOARES, 2010). Para reduzir a dependência do uso de pesticidas químicos no controlo de pragas agrícolas, pode-se usar caldas ou extractos vegetais (WIESBROOK, 2004).

2.5.1 Acção insecticida da calda de alho Segundo Souza & Soares (2010), o alho ( Allium sativum ) possui duas substâncias distintas alinase e aliina que são tóxicas e repelentes sobre várias pragas agrícolas, essas substâncias são armazenadas de formas distintas. Ao romperem as membranas celulares, as duas substancias formam a alicina, substancia que da o aroma característico da planta e que também actua na defesa da mesma (MASUM, 2009).