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VENTILAÇÃO
E
ILUMINAÇÃO NATURAIS
NA OBRA DE
JOÃO FILGUEIRAS LIMA, LELÉ
Estudo dos Hospitais da Rede Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro JORGE
ISAAC
PERÉN
MONTERO
Orientadora:
Profa.
Associada
ROSANA
MARIA
CARAM
Dissertação de mestrado
Universidade de São Paulo / USP
VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO NATURAIS NA OBRA DE JOÃO FILGUEIRAS LIMA, LELÉ
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
JORGE ISAAC PERÉN MONTERO
VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO NATURAIS NA OBRA DE JOÃO FILGUEIRAS LIMA, LELÉ:
ESTUDO DOS HOSPITAIS DA REDE SARAH KUBITSCHEK FORTALEZA E RIO DE JANEIRO.
São Carlos 2006
DEDICATÓRIA
Dedico todas las energias concentradas en este trabajo a mis queridos Padres, Jorge y Elsa de Perén. A mi hermana Jemily por la nueva família que acaba de iniciar junto a Ricardo y a mi lindo sobrino, Carlos Javier, que espero prontamente conocer. Gracias por estimularme con sus pensamientos positivos. Esta nueva con- quista es para ustedes. Los amo.
AGRADECIMENTOS
Obrigado à CAPES e ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da EESC/USP pela bolsa-auxílio e apoio concedidos.
Ao Arquiteto João Filgueiras Lima, Lelé pela abertura e sua disposição. Obri- gado por seu tempo e pelas conversas. Obrigado também por ter disponibi- lizado todo o material do acervo CTRS para esta pesquisa. Saiba que sua sensibilidade e humildade é o meu principal aprendizado. A toda a equipe do Centro de Tecnologias da Rede Sarah em Salvador: A Ana Amélia obrigado pela disposição e paciência. Desculpa por te alugar com tantas perguntas e por me esperar sempre que chegava no final da tarde, principalmente nas sextas-feiras. A Clicia e Eufêmia, secretárias do Lelé, por atenderem todas as minhas liga- ções e pela receptividade nas minhas visitas. A Adriana Filgueiras pelo tempo disponibilizado na minha visita à Obra do novo Hospital Sarah Rio de Janeiro e ao Centro de Reabilitação Infantil. Obrigado também por ter disponibilizado todo o material em obra. A Newton Bacelar, administrador do Sarah Salvador, pelas conversas e pelo tempo disponibilizado. A Roberto Vitorino, engenheiro calculista, obrigado pela sua disposição e simpatia. A George Raulino pela entrevista concedida. Aos técnicos do Hospital Sarah Fortaleza José Francisco e Adriano. Obriga- do pela sua atenção e paciência na minha visita ao hospital. José Francisco obrigado pelo suporte e assistência nas medições in loco. A Eliane Terra por ter permitido minha visita ao Hospital Sarah Fortaleza.
Esta pagina é dedicada exclusivamente à minha orientadora, Rosana Maria Caram: Inteligente, objetiva, mãe paciente, dedicada e de bom astral. Obri- gado pela oportunidade e pela confiança depositada em mim. Espero que sua sala continue transmitindo boas energias e que seu sorriso continue iluminando a entrada e os corredores do SAP.
RESUMO
PERÉN, J. I. (2006). Iluminação e Ventilação Naturais na obra de João Filgueiras Lima “Lelé”: Es- tudo dos Hospitais da Rede Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado)
- Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006.
A conjugação das variáveis luz e vento e sua consideração desde a concepção do edifício são fundamentais para garantir uma eficiente Ventilação e iluminação Natural. A orientação e a forma do edifício também são importantes. No entanto, a Ventilação Natural depende da integração dos seus princípios básicos; por diferença de pressão e pelo efeito chaminé. Os fundamentos da Ventilação e da Iluminação naturais em climas quentes são ilustrados através da obra do ar- quiteto João Filgueiras Lima, Lelé. Economia de energia, boas condições visuais, psicológicas, higiênicas e uma agradável sensibilidade espacial, entre outros aspectos, subjetivos e relativos ao conforto ambiental, caracterizam à eficaz incorporação da luz e da ventilação natural nas suas obras. Analisam-se os Hospitais da Rede Sarah Kubitschek, Fortaleza e Rio de Janeiro, duas das obras que melhor ilustram as soluções técnicas e arquitetônicas, propostas pelo arquiteto, que favorecem a entrada do vento e da luz natural. Evidencia-se o aprimoramento dos sheds e de- mais sistemas de ventilação como as galerias e o piso técnico assim como os sistemas flexíveis de fechamento; o forro de painéis de policarbonato basculantes e os arcos retráteis, os quais, dependendo do tipo de ventilação em funcionamento (natural, mecânica ou artificial), permitem o controle da saída do ar e da Iluminação Natural de maneira independente. A incorporação de jardins internos e dispositivos de climatização passivos, como espelhos d´água e nebulizadores, são também ilustrados. No Hospital Sarah Fortaleza destaca-se a organização dos ambientes especiais e os ambientes flexíveis. Nos ambientes especiais (salas de radiologia, farmácias e centros cirúrgicos), o ar condicionado é fundamental, pois exigem níveis rigorosos e controlados de Temperatura, Umidade Relativa e gradiente de pressão de ar. Já nos ambientes flexíveis (salas de fisioterapia, ambulatórios, enfermarias e áreas de espera), onde o controle é menos rigoroso, a ventilação natural garante o conforto térmico. Cabe salientar que os ambientes flexíveis estão dispostos de maneira a captar os ventos dominantes. Conclui-se que os dispositivos de fecha- mento (janelas, sheds, muros e aberturas) devem permitir o controle independente da iluminação e da ventilação natural.
Palavras-chave: Ventilação Natural; Iluminação Natural; Hospitais da Rede Sarah; João Filgueiras Lima, Lelé; Conforto térmico.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 13 - Diagramas indicativos da distribuição da pressão num edifício de planta quadrada
FIGURA 86 - Ambientes do Hospital........................................................................................... FIGURA 87 - Relação de área verde e área construída............................................................... FIGURA 88 - Ambientes com Ventilação Artificial, Áreas de transição e Áreas Verdes............... FIGURA 89 - Centro de convivência e Jardim Interno do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Desenho do Lelé............................................................................................................................................. FIGURA 90 a – Vista do piso técnico. O nível do hospital está 80 cm sobre o nível de acesso.. FIGURA 90 b Vista do futuro jardim descoberto.......................................................................... FIGURA 90 c – Vista da passagem para manutenção da caixilharia. Do lado o painel de lamelas: Esse painel permite a passagem do ar através do hospital......................................................... FIGURA 90 d - Vista da passagem que liga o bloco de Serviços Técnicos com o de Serviços Ge- rais.............................................................................................................................................. FIGURA 90 e – Vista das passagens para manutenção dos dutos de ar- condicionado (ainda não instalados) e do forro de painéis de policarbonato basculantes. As vigas servem de corredores de passagem.................................................................................................................................... FIGURA 90 f - Vista da rampa de acesso ao segundo nível........................................................ FIGURA 91 a - Estrutura do auditório do Hospital Sarah Rio de Janeiro..................................... FIGURA 91 b - Sistema de abertura do Auditório......................................................................... FIGURA 91 c - Maquete da cúpula do Auditório........................................................................... FIGURA 91 d - Vista da montagem do Auditório (14 de Março de 2006).................................. FIGURA 92 - Evolução dos sheds dos Hospitais Sarah (Brasília, Salvador, Fortaleza, Lago Norte (Br) e Rio de Janeiro.......................................................................................................................... FIGURA 93 - Evolução dos sistemas de ventilação propostos por Lelé (Natural, mecanico e artifi- cial)........................................................................................................................................
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
- FIGURA 1 – DISBRAVE (1965-1985) DF......................................................................................
- FIGURA 2 – Escolas transitórias - Corte.............................................................................................
- FIGURA 3 – Corte e Detalhe.........................................................................................................
- FIGURA 4 – Vista .........................................................................................................................
- solar (I), evaporação (E), convecção (CV), radiação de onda longa (R) e condução (CD)............ FIGURA 5 - Fenômenos que intervem no balanço térmico da camada superficial da Terraʟ radiação
- FIGURA 6 - Variação tipica da temperatura do ar no decorrer do dia............................................
- FIGURA 7 - Espectro eletromagnético: Mostra a ampliação dos espectros térmico, solar e visível.....
- FIGURA 8 - Mapa do Brasil com seis regiões climáticas...............................................................
- FIGURA 9 – Carta Bioclimática adotada para Brasil......................................................................
- FIGURA 10 - Efeito aerodinâmico produzido pelo vento numa placa.............................................
- FIGURA 11 - Efeito aerodinâmico do vento, em volumes. Ventilação cruzada..............................
- FIGURA 12 - Efeito Venturi.......................................................................................................
- lhores resultados na ventilação.................................................................................................... quando muda a direção do vento. A distribuição uniforme da pressão positiva e da sucção dá me-
- aberturas na cobertura.................................................................................................................. FIGURA 14 - Metodologia CSTB – Impacto das características externas da edificação: Efeito de
- FIGURA 15 - Diferença de pressões na cobertura.........................................................................
- FIGURA 16 - Funil de vento. A arborização canaliza o vento e aumenta sua velocidade..............
- FIGURA 17 – Influência das aberturas na ventilação cruzada.......................................................
- FIGURA 18 a - Gráfico típico da velocidade do vento perto da superfície da terra........................
- FIGURA 18 b - Associação entre velocidade e direção do vento...................................................
- FIGURA 19 - Camada Limite atmosférica - Gradiente de vento.....................................................
- FIGURA 20 - Brisas diurnas e Noturnas........................................................................................
- FIGURA 21 a e 21 b - Rodoviária de Ribeirão Preto - Maquete e Corte. ....................................
- FIGURA 22 a e 22 b – Sistema de Ventilação da sala do Lelé no CTRS - Salvador.................
- saídas de ar com nebulização de água..................................................................................... FIGURA 23 a e 23 b – Farmácia do Hospital Sarah Salvador. Sistema de refrigeração evaporativa;
- evaporativa (móvel), exaustores e ventiladores......................................................................... FIGURA 24 – Corte esquemático da Farmácia do Hospital Sarah Salvador. Sistema de refrigeração
- FIGURA 25 - Sistemas de Iluminação Natural...........................................................................
- FIGURA 27 - Esquemas dos sheds dos Hospitais Sarah.....................................................................
- FIGURA 28 a - Fixação das divisórias de argamassa armada – Corte e Planta........................
- FIGURA 28 b - Painéis de argamassa armada...........................................................................
- FIGURA 28 c - Fixação no piso da divisória de argamassa armada...........................................
- mento..................................................................................................................................... FIGURA 29 a - Fechamento do Tribunal de Contas da União - Cuiabá. Vista externa do estaciona-
- mento e o jardim interno. Vista interna..................................................................................... FIGURA 29 b - Tribunal de Contas da União - Cuiabá. Delimitação de acesso entre o estaciona-
- FIGURA 29 c - Fechamento externo. Permite a iluminação lateral do corredor........................
- FIGURA 30 a - área de recreação infantil do Centro de Reabilitação Infantil de Rio de Janeiro..
- Fortaleza................................................................................................................................ FIGURA 31 a, b e c - fechamentos externos dos Hospitais Sarah Macapá, Brasília (Lago Norte) e
- FIGURA 32 - Modificação do modelo de movimento do ar por meio do paisagismo...................
- FIGURA 33 a - Jardim interno. Tribunal de Contas da União – Cuiabá....................................
- FIGURA 33 b - Jardim interno. Hospital Sarah Fortaleza.........................................................
- FIGURA 34 a - Vista do bonde. Passagem do Hospital Sarah Salvador..................................
- FIGURA 34 b - Vista do jardim entre o Sarah Salvador e o CTRS...........................................
- FIGURA 35 - Àrea externa com “unigrama”. Hospital Sarah Amapá.........................................
- ventos para dentro da edificação............................................................................................ FIGURA 36 a - Tribunal de Contas da União – Cuiabá. Vista da abertura lateral que direciona os
- FIGURA 36 b - Vista interna da abertura lateral.......................................................................
- FIGURA 37 a - Janela flexivel; abertura para ventilar, iluminar e integração visual.................
- FIGURA 37 b - Peitoril Ventilado................................................................................................
- FIGURA 38 - Luminosidade num quarto com aberturas em shed sobre céu claro.......................
- FIGURA 39 - Esquema de luminosidade num quarto com abertura lateral...............................
- FIGURA 40 - Termas de Badenweiler, aprox 70 dC.................................................................
- FIGURA 41 - Xenodochium Bizantino.......................................................................................
- FIGURA 42 - Hospital Santo Espiritu de Lubeck, 1286................................................................
- FIGURA 43 - Ospedalle Maggiore de Milão, 1456. Tratado de arquitetura de Fiori.....................
- FIGURA 44 - Royal Naval Hospital 1756-1764. Arq. Rovehead...................................................
- franca.......................................................................................................................................... FIGURA 45 - Hospital Lariboisiere, 1846-1854. Arq. Pierre Gaultier, doc Monumentos Históricos de
- FIGURA 46 - Enfermaria Nightingale St. Thomas Hospital. ........................................................
- FIGURA 47 - Belfast Royal Victoria Hospital, 1903 Arq. Henman & Cooper................................
- FIGURA 48 - Modelos de Hopitais..........................................................................................
- temas artificiais de ventilação e iluminação acarretaram. ..........................................................
- FIGURA 50 - Morfologia dos Hospitais da Rede Sarah: Flexibilidade e extensibilidade..............
- FIGURA 51 - Hospital Sarah Brasília .........................................................................................
- FIGURA 52 - Hospital Sarah Fortaleza.......................................................................................
- FIGURA 53 - Várias situações do elemento pré-fabricado de laje / montagem........................
- FIGURA 54 - Hospitais da Rede Sarah.......................................................................................
- FIGURA 55 - Forma dos sheds de Brasília. ...............................................................................
- FIGURA 56 - Forma dos sheds de Salvador.................................................................................
- FIGURA 57 - Forma dos sheds de Brasília Lago Norte. .............................................................
- FIGURA 58 - Forma dos sheds de Fortaleza................................................................................
- FIGURA 59 - Forma dos sheds de Rio de Janeiro - Centro de Reabilitação................................
- FIGURA 60 a - Shed do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia.....................................................
- FIGURA 60 b - Parte da cobertura do Hospital Sarah Rio de Janeiro.......................................
- FIGURA 61 - Modelos A, B e C. .............................
- FIGURA 62 - Simulação de Ventilação no CFX – Shed do hospital Sarah Salvador...............
- FIGURA 63 - Vista aérea do Hospital Sarah Fortaleza. ..............................................................
- vindos do litoral........................................................................................................................... FIGURA 64 - Localização do Hospital Sarah Fortaleza, orientado para receber os ventos dominantes
- de bosque. ................................................................................................................................ FIGURA 65 – Dados do terreno e variáveis climáticas: Ventos predominantes, Norte magnético, área
- FIGURA 66 – Relação de área construída e área verde. ...........................................................
- pectivos solários......................................................................................................................... FIGURA 67 - Corte do Hospital Sarah Fortaleza. Mostra o bloco vertical de enfermarias e seus res-
- FIGURA 68 - Ambientes do Hospital.......................................................................................
- FIGURA 69 a - Vista do corredor-espera. No fundo, acesso à sala de radiologia........................
- FIGURA 69 b - Vista do corredor-espera. No fundo, à recepção.................................................
- FIGURA 70 a - Área de fisioterapia às 13hs do dia 23 de Agosto. Sem as luzes acessas..........
- FIGURA 70 b - Área de fisioterapia às 13hs do dia 23 de Agosto, com luzes acessas................
- FIGURA 70 c - Níveis de iluminação natural na sala de fisioterapia às 13hs do dia 23 de Agosto...
- FIGURA 70 d - Níveis de iluminação natural no foyer do auditório às 14hs do dia 23 de agosto...
- FIGURA 71 a - Área de fisioterapia e recreação - Jardim coberto...............................................
- FIGURA 71 b - Vista do ginásio contíguo à área de fisioterapia...................................................
- FIGURA 71 c - Vista do Jardim coberto desde o último andar.....................................................
- FIGURA 71 d - Vista do ginásio ao atardecer...............................................................................
- FIGURA 72 a - Desenho das enfermarias e apartamentos..........................................................
- FIGURA 72 b - Posto de enfermaria...........................................................................................
- FIGURA 72 c - Enfermarias.........................................................................................................
- FIGURA 72 d - Corredor lateral...................................................................................................
- FIGURA 73 a e b- Vista dos Solários..........................................................................................
- FIGURA 74 a - Vista do jardim desde o último andar...................................................................
- FIGURA 74 b - Vista do jardim desde o térreo.............................................................................
- FIGURA 75 a - Vista de frente das galerias de ventilação. .........................................................
- FIGURA 75 b - Bocas de entrada de ar. Observam-se os nebulizadores na frente das bocas....
- FIGURA 75 c - Corte esquemático das galerias de ventilação.....................................................
- FIGURA 75 d - Vista das galerias de ventilação...........................................................................
- FIGURA 75 e - Vista dos exaustores do interior das galerias.......................................................
- FIGURA 75 f - Bocas de saída do ar de dentro para os ambientes do hospital...........................
- FIGURA 75 g - Boca de saída de ar nos ambulatórios.................................................................
- FIGURA 75 h - Boca de saída de ar nos corredores....................................................................
- FIGURA 75 j - Bocas de saída do ar de dentro das galerias para os ambientes do hospital.......
- FIGURA 76 a - Corte esquemático das galerias de ventilação.....................................................
- FIGURA 76 b - Software de monitoramento do sistema de ventilação automatizado.....
- FIGURA 77 - Fotomontagem do Hospital Sarah Rio de Janeiro..................................................
- FIGURA 78 - Localização do Hospital e do Centro de Reabilitação da Rede Sarah....................
- Infantil Sarah Rio de Janeiro. ..................................................................................................... FIGURA 79 a - Maquete do Primeiro projeto para a Ilha Pombeba. Hospital e Centro de Reabilitação
- FIGURA 79 b - Vista aérea do Centro de Reabilitação Infantil Sarah Rio de Janeiro..................
- FIGURA 80 - Corte do Hospital. ...............................................................................................
- FIGURA 81 - Sistema de Ventilação do Hospital Sarah Rio de Janeiro.......................................
- FIGURA 82 - Cobertura em formato de Sheds. Vista da Maquete do Hospital Sarah Rio de Janeiro...
- FIGURA 83 a - Corte do sistema do forro basculante..................................................................
- do Hospital Escola de São Carlos.......................................................................................... FIGURA 83 b - Vista do sistema de painéis (automatizados) basculantes. Forro do corredor lateral
- Carlos. Forro sobre o ambulatório.......................................................................................... FIGURA 83 c - Vista do sistema de painéis basculantes já instalados no Hospital Escola de São
- do)......................................................................................................................................... FIGURA 84 a - Corte mostrando o jardim interno com a cobertura em arco móvel (automatiza-
- FIGURA 84 b - Vista da rampa desde o segundo nível, sob a cobertura em arco móvel..........
- FIGURA 84 c - Vista dos arcos móveis sob a cobertura...........................................................
- FIGURA 85 - Sistema Construtivo do Hospital Sarah Rio de Janeiro - Desenho do Lelé. ..........
- Tabela 1: Categorias taxonômicas da organização geográfica do clima...............................
- Tabela 2: Velocidade do vento e seu impacto.......................................................................
- Tabela 3 - Cronología dos Hospitais da Rede Sarah .........................................................
- Tabela 4 - Temperaturas de Projeto para o período de Verão - Cidade de Fortaleza.........
- Tabela 5 - Temperaturas de Projeto para o período de Inverno - Cidade de Fortaleza.......
- Tabela 6 - Temperaturas de Projeto para o período de Verão - Cidade de Rio de Janeiro...
- Tabela 7 - Temperaturas de Projeto para o período de Inverno - Cidade de Rio de Janeiro...
- INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. LISTA DE TABELAS
- OBJETIVOS...................................................................................................................................
- 1.1- JOÃO FILGUEIRAS LIMA LELÉ”................................................................................................. Capítulo 1 - UMA PESSOA, UMA CARREIRA = UMA CONSCIÊNCIA...
- 1.1.1- Sua vida.........................................................................................................................
- 1.1.2- Lelé e sua consciência climática....................................................................................
- 1.1.3- Concepção de projeto x obras........................................................................................
- 1.1.4- Hospitais da Rede Sarah Kubitschek..............................................................................
- 2.1- CLIMA E CONFORTO TÉRMICO.......................................................................................... Capítulo 2 - UM CLIMA, UMA CONS+CIÊNCIA = UMA ARQUITETURA...
- 2.1.1- Clima......................................................................................................................
- 2.1.2- Elementos climáticos..............................................................................................
- 2.1.2.1- A temperatura do ar.............................................................................................
- 2.1.2.2- A radiação solar...................................................................................................
- 2.1.2.3- A umidade...........................................................................................................
- 2.1.2.4- O vento...............................................................................................................
- 2.1.3- Classifi cação climática...........................................................................................
- 2.1.3.1- Clima quente-úmido............................................................................................
- 2.1.3.2- Micro-clima..........................................................................................................
- 2.1.4- Clima x homem......................................................................................................
- 2.1.4.1- Zona de conforto..................................................................................................
- 2.1.4.2- Carta bioclimática................................................................................................
- 2.2- VENTILAÇÃO NATURAL...................................................................................................
- 2.2.1- Tipos de ventilação ................................................................................................
- 2.2.1.1- Critérios da ventilação natural.............................................................................
- 2.2.1.2- Ventilação natural térmica e ventilação natural dinâmica.....................................
- 2.2.1.3- Ventilação natural dinâmica.................................................................................
- 2.2.2- Estratégias para uma ventilação natural efi caz.......................................................
- 2.2.2.1- Importância da ventilação natural...................................................................................
- 2.2.2.2- Ventilação natural para melhorar a qualidade do ar interno............................................
- 2.2.2.3- Ventilação natural para melhorar o conforto térmico.......................................................
- 2.2.3- O vento na climatização do edifício....................................................................................
- 2.2.3.1- O vento e seu caráter variável.........................................................................................
- 2.2.3.2- Camada limite..................................................................................................................
- 2.2.3.3- Brisas produto da presença de massas de água.............................................................
- 2.2.4- Recursos complementares à ventilação natural..................................................................
- 2.2.4.1- Refrigeração evaporativa.................................................................................................
- 2.2.4.2- Interação da ventilação natural com a artificial e a mecânica...........................................
- 2.2.5- Ventilação natural em hospitais..........................................................................................
- 2.2.5.1- Edifícios enfermos...........................................................................................................
- 2.2.6- Métodos preditivos da ventilação natural............................................................................
- 2.2.6.1- Simulação gráfica de Ventilação Natural..........................................................................
- 2.3- ILUMINAÇÃO NATURAL...........................................................................................................
- 2.3.1- Importância da iluminação natural.......................................................................................
- 2.3.1.1- Fontes luminosas.............................................................................................................
- 2.3.1.1.1- A luz do sol...................................................................................................................
- 2.3.1.1.2- A luz da abóbada celeste..............................................................................................
- 2.3.1.2- Conforto visual.................................................................................................................
- 2.3.1.3- Diretrizes e soluções técnicas..........................................................................................
- 2.3.1.4- Formas de iluminar e controlar a insolação excessiva......................................................
- 2.3.1.5- Métodos preditivos da iluminação natural........................................................................
- 2.3.1.5.1- Simulações com modelos físicos e eletrônicos............................................................
- 2.4- CLIMA X ARQUITETURA.........................................................................................................
- 2.4.1- Eficiência energética em edifícios......................................................................................
- 2.4.2- Orientação e forma dos edifícios.......................................................................................
- 2.4.3- Material envolvente: cor e textura......................................................................................
- 2.4.4- Influência da vegetação....................................................................................................
- 2.4.5- Aberturas..........................................................................................................................
- 2.4.5.1- Flexibilidade nas aberturas............................................................................................
- 2.4.5.2- Shed..............................................................................................................................
- 3.1- HOSPITAIS - ANTECEDENTES E MORFOLOGIA..................................................................... Capítulo 3 - UMA INSTITUIÇÃO, UMA ARQUITETURA = UMA POSSIBILIDADE.
- 3.2- AMBIENTES HOSPITALARES - CONSIDERAÇÕES GERAIS...................................................
- 3.2.1- Aspectos subjetivos........................................................................................................
- 3.2.1.1- Luz , Cor e estímulo.....................................................................................................
- 3.2.2-Vantagens da Ventilação e Iluminação Naturais...............................................................
- 3.3- HOSPITAIS DA REDE SARAH KUBITSCHEK............................................................................
- 3.3.1- A Instituição e sua Filosofia - Associação das Pioneiras Sociais......................................
- 3.3.2- Centro de Tecnologias da Rede Sarah – CTRS..............................................................
- 3.3.3- Hospitais da Rede Sarah Kubitschek..............................................................................
- 3.3.3.1- Diretrizes dos Hospitais...............................................................................................
- 3.3.3.1.1- Assepsia....................................................................................................................
- 3.3.3.1.1.1- Ambientes especiais...............................................................................................
- 3.3.3.1.1.2- Ambientes flexíveis.................................................................................................
- 3.3.3.2- Formas dos edifícios.....................................................................................................
- 3.3.3.3- Sheds dos Hospitais....................................................................................................
- 3.3.3.3.1- A Forma e Ventilação dinâmica: Simulação dos sheds ..............................................
- 3.4- HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK FORTALEZA.......................................................................
- 3.4.1- Características climáticas da cidade...............................................................................
- 3.4.2- Localização e características do terreno........................................................................
- 3.4.3- O hospital.......................................................................................................................
- 3.4.4- Ambientes do hospital......................................................................................................
- 3.4.4.1- Área de fisioterapia.......................................................................................................
- 3.4.4.2- Ginásio - Área coberta..................................................................................................
- 3.4.4.3- Enfermarias.................................................................................................................
- 3.4.4.4- Solários........................................................................................................................
- 3.4.4.5- Jardim............................................................................................................................
- 3.4.5- Sistema de ventilação......................................................................................................
- 3.4.5.1- Galerias de ventilação..................................................................................................
- 3.4.5.2- Sistema de ventilação artificial automatizado...............................................................
- 3.4.6- Sheds.............................................................................................................................
- 3.4.7- Cobertura metálica do jardim..........................................................................................
- 3.4.8- Plantas, Cortes e Elevações do Hospital.........................................................................
- 3.5- HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK RIO DE JANEIRO.................................................................
- 3.5.1- Características climáticas da cidade…………...............................…...............................
- 3.5.2- Localização e características do terreno.........................................................................
- 3.5.3- Diretrizes e Partido arquitetônico.....................................................................................
- 3.5.4- Sistema de ventilação do hospital...................................................................................
- 3.5.4.1- Sistemas flexíveis.........................................................................................................
- 3.5.4.1.1- Forro de painéis basculantes de policarbonato..........................................................
- 3.5.4.1.2- Forro em arco móvel..................................................................................................
- 3.5.5- Sistema Construtivo.........................................................................................................
- 3.5.6- Ambientes do hospital......................................................................................................
- 3.5.6.1- Fisioterapia e Centro de Convivência............................................................................
- 3.5.6.2- Jardins..........................................................................................................................
- 3.5.6.3- Solários.........................................................................................................................
- 3.5.6.4- Auditório........................................................................................................................
- 3.5.7- Plantas, Cortes e Elevações do Hospital.........................................................................
- Capítulo 4 - Considerações finais...........................................................................................
- 5- Referências............................................................................................................................
- 6- Anexos...................................................................................................................................
- 6.1 - Ficha técnica Hospital Sarah Fortaleza..............................................................................
- 6.2 - Ficha técnica Hospital Sarah Rio de Janeiro......................................................................
- 6.3 - Fotos de Luis Carlos Alcântara – Paciente da Rede Sarah................................................
- 6.4 - Plantas e cortes do Hospital Escola de São Carlos..............................................................
INTRODUÇÃO
Para viver em harmonia com a natureza, é preciso respeitar e entender o que ela nos oferece, para obter dela o melhor proveito sem prejudicá-la. A carência de água e o conseqüente raciona- mento de energia são hoje problemas do Brasil e de outros países. É um dos resultados do uso indiscriminado dos recursos naturais pelo homem, que exige uma séria reflexão.
Nos anos 1970, a crise do petróleo e as conseqüentes preocupações ambientais relativas à ex- ploração dos recursos naturais suscitaram discussões sobre eficiência energética nas edificações. Aproveitar as fontes de energia da natureza – água, luz do sol e vento, entre outros - para garantir o abrigo do homem de acordo com suas necessidades e em sintonia com o meio ambiente é um dos objetivos de um projeto, que deve fazer uso de sistemas passivos de climatização, que aproveitam a luz do sol e o vento.
A incorporação nos projetos arquitetônicos elementos da natureza como árvores, jardins, luz solar e vento, gera espaços mais humanizados e estimula psicologicamente os sentidos do usuário, resultando uma agradável sensação espacial e de conforto, fruto de boas condições visuais, higiênicas e térmicas.
As questões relativas à iluminação e à ventilação naturais devem fazer parte da concepção do edifício, para garantir sua eficiência e sua interlocução integral com a arquitetura proposta ҟuma arquitetura aberta e dinâmica, pouco condicionada a sistemas de climatização artificial que indu- zam o confinamento e o hermetismo dos ambientes internos, que reduz os custos da obra assim como os de sua manutenção.
No Brasil, um dos melhores arquitetos, e com uma consciência ambiental, é sem duvida João Fil- gueiras Lima, o conhecido Lelé. Suas obras são verdadeiros modelos de arquitetura bio-climática e, dentre elas, destaca-se a Rede de Hospitais Sarah Kubitschek como um interessante objeto de estudar, seja por seu contexto, pelo próprio programa, pela assepsia e pelo Centro de Tecnologias da Rede Sarah (CTRS), entre outras razões. Sobre o Hospital Sarah Salvador, o primeiro da Rede construído pelo CTRS, afirmam Corbella e Yannas (2003, p.119) que “pode-se projetar, hoje, com a tecnologia disponível no Brasil, uma arquitetura bio-climática que funciona perfeitamente, inte- grada ao clima e à tradição local e com baixo consumo de energia convencional”.
Como o Sarah Salvador era o “embrião da Rede”, já se vislumbrava nele uma proposta diferen-