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Ventilacao mecanica invasiva, Resumos de Medicina

ventilacao mecanica invasiva...

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 08/12/2023

eduardosoares
eduardosoares 🇧🇷

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Ventilação Mecânica Invasiva
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Ventilação Mecânica Invasiva
1. Interação Pulmão-Coração na VM
Coração Direito
sofre com
Pressão Positiva
→ Redução do
retorno venoso
→ Redução do
volume diastólico
final de VD
→ Compressões
de vasos
alveolares
(sobredistensão)
→ Aumento da
resistencia
vascular pulmonar
→ Sobrecarga de
VD
Efeito
terapêutico
no Coração
Esquerdo
→ Redução
do retorno
venoso
→ Redução
do volume
diastólico final
do VE
→ VE trabalha
com menores
pressões
Com aumento da pressão intratorácica ocorre compressão de veias diminuindo
o retorno venoso e ocorre compressão e capilares (principalmente os intra-
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Ventilação Mecânica Invasiva

1. Interação Pulmão-Coração na VM

Coração Direito sofre com Pressão Positiva → Redução do retorno venoso → Redução do volume diastólico final de VD → Compressões de vasos alveolares (sobredistensão) → Aumento da resistencia vascular pulmonar → Sobrecarga de VD Efeito terapêutico no Coração Esquerdo → Redução do retorno venoso → Redução do volume diastólico final do VE → VE trabalha com menores pressões Com aumento da pressão intratorácica ocorre compressão de veias diminuindo o retorno venoso e ocorre compressão e capilares (principalmente os intra-

alveolares) aumentando a resistência vascular periférica (pós-carga) → ⬇ Débito Cardíaco O aumento do volume pulmonar (volume corrente) aumenta a compressão nos barorreceptores e nos receptores pulmonares → ⬇ FC → ⬇ Débito Cardíaco Portanto, disfunções em VD, o aumento da pressão na VM pode piorar a função cardíaca do paciente já que diminui o volume (retorno venoso por compressão intratorácica) e aumenta a resistência vascular pulmonar (diminuindo o debito sistólico de VD), ja no VE o aumento na PIT pode beneficiar sua função, através da diminuição da pós-carga e do alívio da pressão transmural sistólica, favorecendo a contractilidade miocárdica. Portanto o uso da pressão positiva, principalmente a PEEP ou CPAP, pode ser um recurso adicional nos casos de falência do VE. Além disso, a de ventilação mecânica, quando bem utilizada, aliviará a sobrecarga cardíaca, pois irá diminuir a demanda de O2 dos músculos respiratórios.

2. Insuficiência Respiratória

Definição: Incapacidade em manter uma troca gasosa adequada Diagnóstico: anamnese + clínica + gasometria + exames complementares Tipos: Hipoxêmica (Tipo I) Hipercápnica (Tipo II) Mista (ambas) Sinais Clínicos:

Obs: Shunt é a redução da ventilação em relação a perfusão, ou seja, o sangue chega com a hemoglobina para carrear O2 porem não há pressão suficiente para haver a troca. Já no espaço morto a integridade alveolar esta preservada porem há uma perfusão reduzida ou obstrução do capilar fazendo com que o sangue não chegue e não haja troca. morto PaCO2 > 45 (50) e pH < 7,*

# Relação PaO2/FiO

Primordial para estadiamento da gravidade da injúria pulmonar, diretamente relacionado a mortalidade Mais utilizado na SDRA So deve ser calculada em dispositivos pressurizados, para aferição fidedigna não pode haver variação de FiO2 → VM, VNI, CNAF Obs: tudo que ventila mas não perfunde é espaço morto (shunt).

2.3) Indicações de VMI

Incapacidade de manter adequada a troca gasosa (⬇ PaO2) Piora da acidose respiratória (pH < 7,2; RNC; hipotensão) → obs : a retenção do CO2 causa RNC e vasodilatação Desconforto respiratório não otimizado nos primeiros 30 minutos (com VNI por ex) Proteção de VA (ECG ≤ 8) em causas irreversíveis → causas reversíveis: carbonarcose, hipoglicemia, convulsão * Obs: não postergar a IOT, pois piora o prognóstico.

3. Ciclo Mecânico Artificial e Modos

Convencionais

3.1) Termos

PEEP

Pressão positiva no final da expiração, ou seja, quantidade de volume remanescente nos pulmões após a exalação, o que mantém estabilidade alveolar (volume que fica dentro do pulmão para manter os alvéolos abertos) Obs: Auto PEEP → represamento de ar com aumento das pressões pulmonares, gerando uma pressão maior que a desejada, ocorre diminuição do vol min e aumento do tempo expiratório Volume Corrente Quantidade de ar (O2 + mistura) que entram no trato respiratório em um ciclo respiratório Fluxo Velocidade de deslocamento do gás Ex: 500 ml de VC com T insp de 1s = 30L/min de Fluxo Ex2: 500 ml de VC com T insp de 0,5s = 60L/min de Fluxo Pico de Pressão Inspiratório (PIP) É a pressão máxima atingida durante a inspiração no ciclo de ventilação mecânica Auto-PEEP

Obs: modos assistido e espontâneo usa-se mais a modalidade PCV , ja pacientes que necessitam de um controle maior da mecânica respiratória usa-se o modo controlado em VCV

4. Oxigenoterapia Convencional

Quando suplementar O2? Falência fisiológica responsável pela ventilação alveolar ou pela função de troca gasosa, podendo haver alteração primária nos gases arteriais e secundárias no trato respiratório, ou seja no paciente que está dessaturando Não suplementar O2 só porque o doente esta cansado, se ele não dessaturar, encontre a causa do esforço respiratório ou da fadiga (cardíaco?) Cuidado ao suplementar O2 no IAM, apenas institua o O2 caso o doente dessature, pois hiperóxia faz vasoconstrição periférica e aumento da PA Segunda a Respiratory Care, os critérios de oxigenoterapia são: PaO2 < 60 ou SatO2 < 90% Dessaturação durante os exercícios, doenças respiratórias graves ou do sono Intoxicação por gases ou por cianeto (Nipride*) Causas de hipoxemia: Primárias : atelectasia, pneumonia, SDRA, fibrose pulmonar Secundárias : ELA, pós-op (atelectasia por dor), embolia pulmonar, edema agudo de pulmão

O que o paciente precisa? Alto, médio ou alto fluxo? Pressão positiva, ventilação não invasiva, intubação endotraqueal?

  1. Consegue sustentar uma saturação alvo apenas com O2?
  2. Necessita de máscara de venturi ou não reinalante?
  3. Precisa de pressão positiva?
  4. Está com esforço respiratório e dessaturação que ameaçam a vida?

4.1) Dispositivos Convencionais

Cateter Nasal

Oferta baixo fluxo (até 6L/min) Proporciona melhor conforto em claustrofóbicos Pode gerar ressecamento de mucosa e epistaxe Dispersa aerossóis até 1 metro (cuidado com pacientes em isolamento por precaução para aerossóis) Não garante FiO

Máscara Convencional

Oferta até 15L/min Gera grande perda de O Não garante FiO Gera ressecamento oral e irritação ocular

Máscara Não-Reinalante

Oferta até 15L/min Investigando uma Insuficiência Respiratória

Complacência dinâmica (no ventilador) Saturação periférica No EAP, adeque valores de PEEP entre 8 - 12 cm H2O Risco de aerofagia: pressões inspiratórias > 30 cm H2O podem vencer o esfíncter esofágico e gerar aerofagia, com risco de vômitos e broncoaspiração retrógrada. Sempre orientar o paciente a fechar a boca. Orientações gerais: sempre explicar o paciente a necessidade da VNI, inicie com baixos parâmetros, antes de fixar permita que o paciente sinta o fluxo de ar próximo ao rosto evitando desconforto, faça uso de coxins e hidrocoloides em pontos de maior pressão, uso de próteses pode gerar dor e lesões orais.

4.2) Desmame e Extubação

Coordene o despertar diário com TRE (terapia de respiração espontânea) Monitore o paciente de perto durante os 5 minutos iniciais Oriente o paciente sobre o processo de transição para a respiração espontânea Reconheça sinais precoces de insuficiência respiratória Detecte a necessidade de reinstituir suporte ventilatório Continue o TRE por pelo menos 30 min ou ate 2 horas, desde que não haja sinais de insuficiência respiratória A ventilação controlada causa atrofia rápida do diafragma, portanto devemos evitar fadiga muscular respiratória durante o desmame (se sinais de desconforto respiratório durante a TRE, devemos coloar o paciente de volta ao suporte ventilatório para diminuir as chances de causar lesão muscular sustentada).

Lembrar da mobilização precoce (bundle ABCDEF) para melhorar a força e reduzir dias em VMI. Cuff Leak Test: realize a aspiração de secreções traqueais e orais, ajuste o ventilador para o modo assisto-controlado em VCV, desinsufle o balonete, observe o VCexp durante 6 ciclos, na qual este deve ser < 90% do VCinsp programado, ou seja deve haver escape (situação em que o teste está adequado) Quando falhar devemos fazer hidrocortisona e reavaliar em 6 horas após