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Peça teatral utilizando as variações diatópicas
Tipologia: Notas de estudo
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 28/11/2012
4.5
(2)2 documentos
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Homem 1 - Opa meu querido tudo bem?
Homem 2 - Tudo tranqüilo!
Homem 1 – Que milagre ver você aqui na feira rapaz.
Homem 2 – Sabe como é? Solteiro, sem ninguém pra ajudar em casa, tem que vir né?
Homem 1 – Aquele camarada ali é novo, mas disseram que ele vende tudo no capricho e barato, vamos lá?
Homem 2 – oxe , só se for agora!
Homem 1 – Oi meu amigo, boa tarde?
Homem 3 – Boa tarrrde! ( falando carregado com o “r”)
Homem 1 – Já vi que não é daqui... Cidadão tem Jerimum?
Homem 2 – Não.
Homem 1 – Tem macaxeira?
Homem 2 – Também não.
Homem 1 – Tem laranja cravo?
Homem 3 – Também não!
Homem 2 – Meu amigo! Como é que faço agora, você não vende nada! Ou pelo menos não quer vender!
Homem 1 - Calma relaxa, o cara não entendeu direito, vamos ficar calmos certo? Desculpa awe irmão, relaxa, vamos fazer assim: Vamos pesquisar e comprar em outro lugar, que tal esquecer isso, e chupar Dedé.
Homem 2 – Chupar quem?
Homem 1 – Chupar Dedé, Tu nunca chupou Dedé?
Homem 2 – Você tá tirando onda com minha cara?
Homem 1 – Não pow, num sei, de repente se você desse uma chupada no Dedé...
Homem 2 – Perai! Você tá confundindo as coisas!
Homem 2 – Não , não! Amigo... É... qual o seu nome?
Homem 3 – É Carlos André, mas pode me chamar de Dedé.
Homem 1 – Que isso pow?!
Homem 2 – Perai que agora lascou tudo!
Homem 3 – Vocês vão chupar ou não?
Homem 2 – Não pera awe! Não é isso!
Homem 1 – Falta de consideração pow!
Homem 2 – Calma eu iria perguntar ao amigo aqui, se ele sabe onde tem Dedé!
Homem 3 – Olha eu aqui, serve não?
Homem 4 – Que confusão é essa posso saber?
Homem 1 – É ele pow, mandou eu chupar Dedé...pra começar eu nem conheço esse cabra!
Homem 3 – Cabra, mas não era homem que vocês estavam falando?!
Homem 2 – Ai meu pai do céu! Homem 4 – Ah já tou entendendo o que ta acontecendo aqui! Todos - O que? Homem 4 – Vocês estão sendo vitimas da Variação Diatópica ou Variação Regional! Todos – Como? Homem 4 – Variação Diatópica ou regional, é uma diversidade linguística regional ou geográfica, apresentadas por pessoas de diferentes regiões que falam a mesma língua. As variações diatópicas são responsáveis pelos regionalismos ou falares locais. Esses falares representam os costumes e a cultura de cada região.
Homem 1 – Isso explica muita coisa!
Homem 4 – Por exemplo, se eu falo que o amigo quer chupar Dedé, nós aqui não entenderíamos, já que nosso amigo aqui é o do Rio Grande do Norte, mas se eu falar Dudu, todos iram entender.
Homem 3 – Eu ainda não entendi.
Homem 4 – Bem, você é do interior de São Paulo deve conhecer como sacolé, né verdade?!
Homem 3 – Eita é mesmo! Mas ainda não compreendi o seguinte, eles me pediram: Macaxeira, Jerimum e Laranja Cravo?!
Homem 4 – Na verdade você entenderia melhor, se falassem: Aipim Abobora e mexerica.
Homem 3 – Certo, e esse tal de Cabra?
Homem 4 – Bem no nordeste, principalmente aqui em Pernambuco, Cabra é uma variação que nasceu através da expressão “Cabra da Peste”, que pode ter sentido pejorativo ou qualificativo.
A algum tempo atrás o homem que se alimentada do forte leite da Cabra, lhe trazia forças para enfrentar doenças e “pestes’’dai o nome. Há também outra versão que diz que os portugueses deram o apelido de Cabras aos índios, pelo costume de mastigar Bétel, uma planta com folhas de mascar.
Homem 2 – Nossa muito interessante, quer dizer que isso pode variar de estado para estado?
Homem 4 – Exatamente.
Homem 1 – Portanto os publicitários têm que ter muito cuidado com isso, pode se tornar uma ferramenta muito boa, porém se mal utilizada pode levar a algum entendimento muito diferente, do real, e até o fracasso da campanha.
Homem 2 – Verdade.
Homem 3 – Agora ninguém ira se confundir mais certo?
Homem 2 – “Certo” Sei não...esse jeito dele de falar me tira do sério.
Homem 4 – Isso é mais um exemplo de variação diatópica, o sotaque. Na região onde ele nasceu se fala com o “r” carregado : Porta, parto, participação, particular e etc.
Homem 3 – Já aqui em Pernambuco engolimos sempre as ultimas letras do gerúndio: Fazeno, brincano, quereno e por ai vai.
Homem 4 - Vale salientar que tudo isso foi devido ao processo de colonização e entre outros fatores que nosso país foi submetido, apesar das confusões, isso garante um vocabulário rico de palavras e significados.
Homem 2 – Então eu gostaria de desculpar o “mano” aqui, né isso? E chamar para tomar uma cachaça conosco, depois fazemos as compras.
Homem 3 – Aceito, mas depende.
Todos – De que?
Homem 3 – Se vamos tomar uma caninha, meiota, branquinha, lapada...