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Uveítes - Oftalmologia, Notas de estudo de Oftalmologia

Resumo contém - Introdução - Alterações - Nódulos de Koope e Bussacca - Biomicroscopias - Esclerites - Uveítes intermediárias - Toxoplasmose ocular - Uveítes posteriores - Doença da arranhadura do gato - Tuberculose ocular - Endoftalmite - Doenças sistêmicas, etc...

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 08/11/2022

Stellamazioli
Stellamazioli 🇧🇷

27 documentos

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Não perca as partes importantes!

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Oftalmologia
Uveítes
Stella C. Mazioli
Introdução
Uveíte significa inflamação da úvea. Mas
também é usado para inflamações na retina,
vítreo, nervo óptico e esclera.
As uveítes podem ser classificadas de
diversas formas:
- Anatomicamente
- Curso clínico
- Etiologia
- Aspecto clínico
Classificação anatômica
1- Uveíte anterior - Acometem a CA: irite,
ciclite e iridociclite
2- Uveíte Posterior - Acometem a retina e a
coróide.
3- Uveíte intermediária - Acometem o vítreo
e a retina periférica.
4- Pan-uveíte - Acometem todos os
segmentos dos olhos.
As esclerites e Coroidites não são
classificadas, mas são associadas as uveítes
posteriores
Alterações oftalmológicas na uveíte
Baixa Acuidade Visual + dor
Ectoscopia dos anexos oculares - ptose e
madarose.
Aumento da PIO.
Biomicroscopia da Conjuntiva: quemose e
hiperemia
Biomicroscopia da Córnea: edema, dobras
de Descemet precipitados ceráticos (PKs
aumento celular que empreguina no
endotélio corneano), ceratites e ceratopatia
em faixa.
Biomicroscopia da Câmera Anterior:
hifema, hipópio e celularidade
Biomicroscopia da Íris: tumefação,
congestão vascular, atrofia e
despigmentação, nódulos, sinéquias
(inflamação da íris) e membrana pupilar
Sínéquia anterior íris inflama e vai até a
córnea
Sínéquia posterior íris inflama e vai até
o cristalino
OBS a dor da uveíte é devido a
inflamação da íris que não é capaz de fazer a
miose e a midríase. Além de causar a baixa
de visão
Nódulos de Koope e Bussacca
Koope nódulos múltiplos na borda da
íris (hanseníase)
Bussacca nódulos individualizados no
estroma irirano (tuberculose e sarcoidose)
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Uveítes

Introdução

➡ Uveíte significa inflamação da úvea. Mas também é usado para inflamações na retina, vítreo, nervo óptico e esclera.

➡ As uveítes podem ser classificadas de diversas formas:

  • Anatomicamente
  • Curso clínico
  • Etiologia
  • Aspecto clínico

➡ Classificação anatômica

1- Uveíte anterior - Acometem a CA: irite, ciclite e iridociclite 2- Uveíte Posterior - Acometem a retina e a coróide. 3- Uveíte intermediária - Acometem o vítreo e a retina periférica. 4- Pan-uveíte - Acometem todos os segmentos dos olhos.

➡ As esclerites e Coroidites não são classificadas, mas são associadas as uveítes posteriores

Alterações oftalmológicas na uveíte

➡ Baixa Acuidade Visual + dor

➡ Ectoscopia dos anexos oculares - ptose e madarose.

➡ Aumento da PIO.

➡ Biomicroscopia da Conjuntiva: quemose e hiperemia

➡ Biomicroscopia da Córnea: edema, dobras de Descemet precipitados ceráticos (PKs – aumento celular que empreguina no endotélio corneano), ceratites e ceratopatia em faixa. ➡ Biomicroscopia da Câmera Anterior: hifema, hipópio e celularidade ➡ Biomicroscopia da Íris: tumefação, congestão vascular, atrofia e despigmentação, nódulos, sinéquias (inflamação da íris) e membrana pupilar

➡ Sínéquia anterior – íris inflama e vai até a córnea ➡ Sínéquia posterior – íris inflama e vai até o cristalino

➡ OBS a dor da uveíte é devido a inflamação da íris que não é capaz de fazer a miose e a midríase. Além de causar a baixa de visão

Nódulos de Koope e Bussacca

➡ Koope – nódulos múltiplos na borda da íris (hanseníase) ➡ Bussacca – nódulos individualizados no estroma irirano (tuberculose e sarcoidose)

Uveítes

Biomicroscopia de vítreo

➡ Vitreíte e Snowballs

➡ Causa descolamento do vítreo posterior (moscas volantes) seguida de uma inflamação do vítreo

Biomicroscopia de retina e coróide

➡ Vasculites, descolamento de retina e focos de inflamação

Biomicroscopia de disco óptico

➡ Edema, hiperemia e neovascularização

Uveítes reumáticas

➡ Espondilite Anquilosante

↪ É uma doença inflamatória crônica, acometendo as articulações sacroilíacas e coluna vertebral (dor ao repouso)

↪ Atrofia iriana, escleral ↪ Sínéquia posterior

➡ Síndrome de Reiter

É caracterizada por artropatia inflamatória associada a: uretrite, diarreia aguda, doença

inflamatória ocular e acometimento mucocutâneo (balanite, úlcera oral, ceratodermia).

➡ Artrite psoriásica ↪ É a artrite em portadores de psoríase com FR- ↪ A uveíte está presente em 20% dos pacientes (sinéquia posterior)

➡ Artrite reumatóide juvenil ↪ Artrite em uma ou mais articulações, com início até os 16 anos. Se manifesta com rigidez matinal e dor noturna. É a doença reumatológica mais comum na infância. ↪ Uveíte (sinéquia)

➡ Hanseníase ↪ É uma doença infecciosa crônica que compromete principalmente a pele e nervos periféricos ↪ As principais alterações são: madarose, nódulos de Koope e de Hansen, pérolas irianas, irite aguda e paralisia facial. ↪ Tratamento :1-Tratamento clínico (rifampicina, clofazima e dapsona).

  • 2-Tratar especificamente cada alteração ocular.

Uveítes

↪ Geralmente é unilateral, e possui uma tríade clássica: heterocromia, iridociclite crônica e catarata.

↪ Sinais: PKs, atrofia iriana, RCA, glaucoma e nódulos.

↪ Tratamento: corticóide tópico, trabeculectomia e FACO

Uveítes Posteriores

Toxoplasmose

➡ A Toxoplasmose é responsável por cerca de 70% das uveítes no Brasil

➡ Como proceder na gestação?

↪ Solicitar em todas as gestantes sorologias IgG e IgM, no 1º trimestre

↪ IgM- e IgG -: Paciente susceptível, repetir nos 3 trimestres.

↪ IgM - e IgG+: Acompanhar, infecção antiga.

↪ IgM+ e IgG+: Solicitar teste de avidez (somente no 1° trimestre). Se alto, não fazer nada, se baixo, tratar com espiramicina.. Repetir o exame, se persistir, continuar até o fim da gestação.

↪ IgM+ e IgG -: Infecção recente. Iniciar espiramicina, e repetir exame, em 3 semanas. Se persisti, manter espiramicina e no 3° trimestre, fazer tratamento tríplice

➡Toxoplasmose congênita: Tétra de Sabin (hidro/microcefalia), calcificações cranianas, retardo mental e retinocoroidite) ↪ Quando a criança nasce:**

  • Sorologia do cordão umbilical
  • TC
  • Fundoscopia
  • USG de abdome

Toxoplasmose ocular

➡ Doença de caráter redicivante

➡ Lesão em roda de carroça = toxoplasmose congênita** (pega mácula, causa baixa de visão) ➡ Criança - BAV, estrabismo, nistagmo e leucocoria

➡ Adolescentes e adultos - embasamento visual, BAV e deslocamento de vítreo posterior. OBS: Nem toda toxoplasmose causa cegueira, só se pegar a mácula e o nervo óptico

➡ O diagnóstico laboratorial é de grande relevância, sendo o método sorológico o principal marcador. (Sorologia IgG e IgM)

Fazer ao nascer de mãe com doença sistêmica

Uveítes

➡ A Angiofluoresceinografia (AGF) é importante para catalogar e acompanhar as lesões.

➡ Tratamento

1- Pirimetamina 2- Ácido folínico 3- Sulfadiazina 4- Prednisona (se toxoplasmose ocular)

OBS se recidiva, é perilesional (na borda da lesão)

  • Na gestação é difícil o tratamento da doença sistêmica devido ao efeito teratogênico das drogas
  • Os esquemas mais usados são:

1º trimestre: Espiramicina + Sulfadiazina.

2º trimestre: Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido Folínico.

3º trimestre: Espiramicina + Pirimetamina + Ácido Folínico.

Obs :Na presença de sorologia IgM + na gestação e ausência de comprometimento ocular, deve-se tratar com espiramicina 1g até a 36 semana.

OBS: Se acomete CA = Maxidex, Mydriacyl e encaminha para o oftalmo (para tratamento de toda uveíte anterior – BAV, dor ocular, hiperemia, sem secreção)

Uveítes posteriores

➡ É uma infecção causada peloToxocara

canis

➡ A cisticercose é causada pela larva da

Taenia solium

➡ É causada peloSchistosoma mansoni

Doença da arranhadura do gato

(bartolenose)

➡ É uma infecção sistêmica causada pela

bactériaBartonella henselae. É transmitido ao

homem por mordida ou arranhadura de um animal infectado ➡ Se apresenta com pápula, pústula ou eritema nodoso no local de 3 a 10 dias após o contato, podendo evoluir com quadro gripal e linfadenopatia. O envolvimento ocular ocorre em 5 a 10%.

➡ Gera a Síndrome de Parinaund: febre, linfadenopatia e conjuntivite folicular

➡ A Neurorretinite (gera edema de nervo óptico e na mácula – estrela macular)** é a manifestação ocular mais comum.

➡ Tratamento: Doxiciclina ou Rifampicina ↪ Se acometimento na parte anterior = Maxidex, Mydriac

Uveítes

Uveítes difusas

Sífilis

➡ Pode ser classificada em: primária, secundária ou neurosífilis.

➡ Manifestações: Blefarite, Madarose, Neurorretinite, Vitríte, Nódulos de íris, Coriorretinite e Uveíte anterior.

➡ O diagnóstico pode ocorrer por meio de pesquisa direta, testes sorológicos) ou imunoenzimáticos

➡ TTO: sífilis primária – penicilina benzatina

↪ Sífilis ocular – penicilina cristalina + maxidex

Uveítes difusas

Doença de Behçet

➡ É uma doença inflamatória multissistêmica, que se caracteriza por úlceras orais e/ou genitais, lesões cutâneas, uveíte, artrite e SNC

➡ Acometimento ocular em 70%, sendo bilateral e assimétrico.

➡ Sinais: hiperemia conjuntival, PKs, RCA, hipópio, Vasculite retiniana, vitreíte e retinite focal.

➡ TTO: Maxidex e Mydriacyl + predinisona

Endoftalmite

➡ É a pior coisa que pode ocorrer no olho

➡ É uma reação inflamatória e infecciosa intra-ocular grave causada por bactérias, fungos, vírus ou protozoários, devido a trauma ou cirurgia prévia ➡ Sinais e Sintomas: Dor intensa, BAV, hiperemia conjuntival difusa, quemose, hipópio e com edema corneano.

➡ Diagnóstico: USG e cultura do material.

➡ TTO: Injeção intra-vítrea (Ceftadizeme e/ou Vancomicina) + Ciprofloxacino

Doenças sistêmicas

➡ Síndrome de Sjögren- é caracterizada por uma inflamação auto-imune e destruição das glândulas lacrimais e salivares. ↪ Sinais: redução na produção de saliva e fissuras na língua, ressecamento das mucosas, fenômeno de Raynaund e olho seco. ↪ TTO: Esteróides sistêmico + Lubrificantes oculares.

Uveítes

➡ Síndrome de Stevens-Johnson - é uma doença vesicubolhosa mucocutânea, causada por uma reação de hipersensibilidade: drogas (sulfonomidas, dipirona, AINs e penicilina), infecções e herpes.

↪ Sinais: bolhas orais e nasais,rash pápulo-

eritematoso e conjuntivites.

↪ TTO: Esteroides sistêmicos e retirada do que causou

➡ Lúpus eritematoso sistêmico - é uma doença do tecido conjuntivo auto-imune, caracterizada por inúmeros auto-anticorpos, que geram vasculite e dano tecidual.

↪ Sinais: mucocutâneo, renal, cardiovascular e neurológico.

↪ Oftalmológicos: madarose, olho seco, esclerite e vasculites.

↪ TTO: AINs, esteróides e agentes citotóxicos.

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