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Aplicação da Teoria Holística de Myra Levine no Processo de Enfermagem Comunitária, Notas de estudo de Enfermagem

Este documento discute a aplicabilidade da teoria holística de myra levine no processo de enfermagem comunitária. O autor argumenta que a teoria permite a interação humana entre enfermeira e paciente, promove a adaptação do paciente durante a luta contra a doença e permite a conservação da integridade bio-psico-social do indivíduo. O texto apresenta casos práticos e conclui que a teoria é eficaz e simples, permitindo uma visão clara dos problemas que afetam o paciente.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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MESIAS, A.K:H. - Utilização do "Soro Caseiro" nas doenças diarréicas: um programa de promotores
de Saude do BaIXO Amazonas. Rev. Bras. Enf.: RS, 36: 259-265, 1983.
_ 8. Rep�tir o exercício do MENINO DE LATA . que desta vez, quando o menino tiver
DIARREIA ou VOMITO, você vai repor o líquido que ele perdeu com a solução de SORO CASEIRO.
Vamos ver o resultado:
a) O menino continua com lágrimas?
b) A moleira afundou?
c) O menino continua a urinar bem?
d) O menino ficou desidratado?
e) O que você acha do uso do SORO CASEIRO? ______________
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O PROCESSO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COMUNITÁRIA A PARTIR DA TEORIA DE
MYRALEVINE Norma Carapiá Fagundes
ReBEn/06
F AGUNDES, N .C. - O processo de enfermagem em Saúde Comunitária a partir da Teoria de Myra Le
vine. Rev. Bras. Enf.: RS, 36: 265-273, 1983.
INTRODUÇÃO
A idéia deste estudo surgiu da necessidade sentida durante a realização do Curso de Especia
li.zação em Enfermagem de Saúde Comunitária Interiorana em regime de Residência, promovido pela
UFPe, de se operacionalizar conceitos teóricos nas atividades práticas , de uma metodologia capaz de
orientar a Enfemleira no acompanhamento a pacientes ambulatoriais e nas internações com os indíviduos
e com as famílias na comunidade de um modo geral.
Foi eleita a teoria holística de Myra Levine por ser esquematizada de uma forma bastante didá
tica, de fácil compreensão e permitir uma adaptação eficaz do processo de enfermagem à indivíduos e
famílias dentro da Enfermagem Comunitária.
O objetivo ao se experimentar a colocação desta teoria no processo de enfermagem é contri
buir de alguma forma na aplicação sistemática de mais uma teoria nas ações de enfermagem; justifica
do pelo fato de acreditar-se que à medida que a metodologia científica passa a ser utilizada nestas
ações, a enfermagem está mais próxima à alcançar a autonomia profissional e a melhorar a qualidade
da assistência prestada ao paciente, família e comunidade.
Este trabalho consta da discussão dos conceitos básicos da teoria em estudo, a explicitação da
metodologia aplicada, da apresentação de um dos casos estudados e da identificação da eficácia e da
eficiência desta teoria em enfermagem comunitária.
Este trabalho consta da discussão dos conceitos básicos da teoria em estudo, a explicitação
da metodologia aplicada, da apresentação de um dos casos estudados e da identificação da eficácia e da
eficiência desta teoria em enfermagem comunitária.
I. A TEORIA DE MYRA E. LEVINE
Conceitos básicos:
Em 1967 apareceram os primeiros trabalhos da autora onde ela desenvolve a teoria holística
de Enfermagem. Levine descreve a Enfermagem como interação humana, uma intervenção para
Professora do Curso de Auxiliar de Enfermagem anexo à Escola de Enfermagem da Universida
de Federal da Bahia.
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MES�IAS, A.K:H. - Utilização do "Soro Caseiro" nas doenças diarréicas: um programa de promotores

de Saude do BaIXO Amazonas. Rev. Bras. Enf. : RS, 36: 259-265, 1983.

_ 8. Rep�tir o exercício do MENINO DE LATA. Só que desta vez, quando o menino tiver DIARREIA ou VOMITO, você vai repor o líquido que ele perdeu com a solução de SORO CASEIRO. Vamos ver o resultado: a) O menino continua com lágrimas? b) A moleira afundou? c) O menino continua a urinar bem? d) O menino ficou desidratado? e) O que você acha do uso do SORO CASEIRO? _______________

O PROCESSO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COMUNITÁRIA A PARTIR DA TEORIA DE

MYRA LEVINE

  • Norma Carapiá Fagundes

ReBEn/

FAGUNDES, N .C. - O processo de enfermagem em Saúde Comunitária a partir da Teoria de Myra Le vine. Rev. Bras. Enf. : RS, 36: 265-273, 1983.

INTRODUÇÃO

A idéia deste estudo surgiu da necessidade sentida durante a realização do Curso de Especia li.zação em Enfermagem de Saúde Comunitária Interiorana em regime de Residência, promovido pela UFPe, de se operacionalizar conceitos teóricos nas atividades práticas , de uma metodologia capaz de orientar a Enfemleira no acompanhamento a pacientes ambulatoriais e nas internações com os indíviduos e com as famílias na comunidade de um modo geral. Foi eleita a teoria holística de Myra Levine por ser esquematizada de uma forma bastante didá tica, de fácil compreensão e permitir uma adaptação eficaz do processo de enfermagem à indivíduos e famílias dentro da Enfermagem Comunitária. O objetivo ao se experimentar a colocação desta teoria no processo de enfermagem é contri buir de alguma forma na aplicação sistemática de mais uma teoria nas ações de enfermagem; justifica do pelo fato de acreditar-se que à medida que a metodologia científica passa a ser utilizada nestas ações, a enfermagem está mais próxima à alcançar a autonomia profissional e a melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente , família e comunidade. Este trabalho consta da discussão dos conceitos básicos da teoria em estudo, a explicitação da metodologia aplicada, da apresentação de um dos casos estudados e da identificação da eficácia e da eficiência desta teoria em enfermagem comunitária. Este trabalho consta da discussão dos conceitos básicos da teoria em estudo, a explicitação da metodologia aplicada, da apresentação de um dos casos estudados e da identificação da eficácia e da eficiência desta teoria em enfermagem comunitária.

I. A TEORIA DE MYRA E. LEVINE

Conceitos básicos:

Em 1967 apareceram os primeiros trabalhos da autora onde ela desenvolve a teoria holística de Enfermagem. Levine descreve a Enfermagem como interação humana, uma intervenção para

  • Professora do Curso de Auxiliar de Enfermagem anexo à Escola de Enfermagem da Universida de Federal da Bahia.

FAGUNDES, N.C.^ -^ o^ processo de enfennagem em Saúde Comunitária a partir da Teoria de Myra Le vine. Rev. Bras. Enf. :^ RS,^ 36: 265-273, 1983.

apoiar e promover a adaptação do paciente. Descreve como adaptação: "um sistema verdadeiramente integrante dentro do organismo que responde às mudanças ambientais ".^ (5). A doença é um distúrbio que afeta o sistema, causando desintegração de funções dentro do organismo humano. Sendo o homem um "todo" , todas as funções do corpo devem estar em harmonia e integração para que haja equilíbrio no sistema. A intervenção de enfermagem deve ser no sentido de manter, ou promover este �quilíbrio,. Visando assim a manutenção ou promoção da adaptação do indivíduo às mudanças ambientais.^. Para uma melhor compreensão do processo de adaptação é recomendável ver-se a teoria de Callista Roy, na qual ela descreve esté processo como sendo: "todas as formas consciente e inconscien tes de ajustamento às condições do ambiente (passado, presente e futuro) que o homem confronta. O ambiente consiste no que é interno, e externo ao homem: não são entidades um conflito, mas constituem um processo único, unificado, embora nem sempre harmõnico ". (3).

O L Pos!ulq.dos: (2) "

01 - O homem é um todo dinâmico em constante interação com o ambiente dinãmico:

A autora explica às sistemas de resposta do homem ao meio ambiente em^04 (quatro) níveis:

  • Resposta ao medo:^ Ê^ a primeira e a mais primitiva das respostas, é instantãnea; é o preparo do organismo parq a luta, seja o inimigo conhecido ou desconhecido; a estimulação do sistema nervoso envolve todo o organismo, e em especial entra em funcionamento o sistema nervoso simpático. (3).
  • Resposta inflamat6ria: E uma concentração de energia sistemática para excluir ou remover um material estranho ao organismo, seja este irritante ou patogênico. É um esforço do organismo para manter sua tntegridade. Seja a resposta inflamatória aguda ou crõnica, ela tem sempre o mesmo objeti- w. ��

,

  • Resposta ao "sfre'ss ": É uma resposta a longo prazo. É orgãnica, caracterizada por altera ções e manifestada por 'uma síndrome que consiste de mudanças induzidas não específicas dentro de um sistema biológico. A exposição constante a estados tensionais leva o indivíduo à exaustão de suas energias. (3).
  • Resposta sensorial: O mundo tem significado para o indivíduo à partir de suas experiências. O homem percebe o mundo pelos sentidos , é por meio deles que os dados chegam ao receptor, ao trans missor, ao centro, a uma resposta motora e a um órgão executor. O sistema sensorial não é passivo, ele é ativo e faz com que o homem participe do seu ecossistema, altera o ambiente , mas aprende dele e nele busca informações. (3). Assim, a integridade do homem é conseguida por estes mecanismos de respostas, atuando cada um conforme seus processos funcionais próprios. A interação Enfermeira-paciente depende deste 'conjunto sistemático perc�ptual nos dois indivíduos. Em cada situação particular de anormalidade (quando hospitalizado, por exemplo) o indivíduo deve ajustar-se ao novo ambiente , e em face a muitas novas experiências sua capacidade em se ajustar está intimamente relacionada às infonnações que re cebe. (3).
  1. Do nascimento até a morte, cada indivíduo mantém seu "todo ", sua "unidade".

Cientistas, teólogos e filósofos no passado e no presente dividem o homem; o dualismo corpo espírito; alma-matéria é de certa maneira alimentado pelas ciências como Anatomia, Fisiologia, Biolo gia, Psicologia, etc. ; que acabam por desintegrar o homem em partes e não o recompõem em sua unida de básica. (3). Este modelo teórico é uma tentativa de recomposição do homem em uma entidade única, capaz de dar respostas como um todo do processo da doença.

  1. A EftJermeira é parte do ambiente do paciente,

A enfermagem é consider,ada uma conservadora das energias do paciente , pela avaliação da> respostas dadas por este ao meio-ambiente, atuando de maneira a alterar o ambiente. A Enfermeira situa-se então como uma extensão do sistema perceptual do ser humano, quando nele houver uma le são, (3).

  1. A intervenção de enfermagem deve basear-se no conhecimento científico e no reconhecimento das respostas organt'smicas do indivíduo,

FAGUNDES, N.C. - o processo de enfennagem em Saúde Comunitária a partir da Teoria de Myra Le· vine. Rev. Bras. Enf. : RS, 36: 265-273, 1983.

privacidade, a auto-estima. Quando a Enfenneira faz o paciente participar do seu plano de cuidados, ela está obedecendo a este princípio (2). A doença é um evento que não faz parte da vida nonnal do indivíduo, e por provocar quase sempre uma mudança no ritmo de vida gera tensão e ansiedade, que na Teoria de Crise é identificada na abordagem de crise situacional:^ "A crise situacional^ é^ um evento ou situação não necessariamente parte da vida nonnal, às vezes repentina, inesperada e infeliz que se apresenta maior do que os recur sos imediatos ou a habilidade de competir^ e^ que demanda uma mudança de comportamento. ,Há uma ameaça ou perigo para os objetivos da vida, tensão e ansiedade, são despertados problemils não resolvi dos e crises do passado são reavivados". (14). A compreensão e aplicação deste conceito é impressindí vel na tomada de decisões e estabelecimento de prioridades da assistência de Enfennagem, pois é um parâmetro claro^ e^ objetivo de que a doença não afeta somente a parte física do indivíduo, urgindo por tanto de uma assistência global que o adapte a este evento inesperado em sua vida.

4.° princíPio: A intervenção de enfennagem é baseada na conservação da integridade social do paciente. Cada indivíduo é definido por seu grupo social, cultural, étnico, religioso, familiar. O signifi cado da doença, tratamento, comportamento durante a doença é influenciado por fatores culturais. O próprio hospital é um sistema social. Manter a personalidade social do paciente é problema de ação bá sica de enfennagem. (2). Se observannos estes 04 princípios veremos que estão divididos para fins didáticos, para fa cilitar a compreensão dos conceitos teóricos. O conjunto destes princípios é uma tentativa de recompor o homem em sua integridade bio-psíquico-social; pois a conservação da energia vai depender da integri dade estrutural, pessoal e social, ou vice-versa.

m. RECIPIENTE: Indivíduo que luta por a.c:laj}tar-se à doença (2).

IV - AGENTE: A Enfermeira (2). Na explicação do terceiro princípio foi visto que se deve estimular o paciente a participar da execução do seu plano de cuidados, neste caso o paciente também pode ser considerado um agente.

V - PAPÉIS DA ENFERMEIRA (2): Participadora, Influenciadora, Preconizadora.

Estes papéis assumidos pela �nfermeira a prinCípio pode parecer algo novo, mas olhando-se na prática, vê-se que a Enfenneira sempre os assumiu nas suas intervenções, aparecendo aqui apenas com uma contaçiio diferente. Na assistência à pacientes com tuberculose, por exemplo, ao se esclare cer aos comunicantes sobre os modos de transmissão da doença e sobre a importância da vacinação B.C.G., está se preconizando que agindo assim eles não terão a doença e influenciando no seu compor tamento. Quando a Enfenneira orienta sobre o tratamento do doente, ela participa deste tratamento, preconiza a sua cura e influencia o seu comportamento perante a doem;a. Se a Enfenneira ajuda o indi víduo a se reintegrar à família, ao grupo de convívio e ao trabalho após a cura, ela está também partici pando, influenciando e preconizando a sua reabilitação.

VI - PROPÓSITO: Apoiar o cliente na adaptação durante a luta contra a doença (2).

VII - CONTEXTO: Resposta organísmicas do indivíduo (2).

VIII - PROCESSO: Interposição de habilidades e conheciment9 no curso dos acontecimentos que afetam o paciente (2).

  1. METODOLOGIA

Este estudo é uma tentativa de aplicação dos princípios teóricos descritos por Myra E. Levi ne ao Processo de Enfennagem. O instrumento de coleta de dados utilizado nesta aplicação, foi elaborado por um grupo em um trabalho didático realizado durante o Curso de Especialização em Enfermagem de Saúde Comunitá ria Interiorana em regime de Residência, promovido pela Universidade Federal de Pernambuco (1) e adaptado para este estudo.

�AGUNDES, N.C. - o processo de enfennagem em Saúde Comunitária a partir da Teoria de Myra Le

vme. Rev. Bras. Enf. : RS, 36: 265-273, 1983.

Os dados (ver anexo 1) foram coletados através de visitas domiciliares e organizados obede- cendo aos 04 princípios estabelecidos pela autora:

  • Conservação da energia do paciente
  • Conservação da integridade estrutural do paciente
  • Conservação da integridade pessoal do paciente
  • Conservação da integridade social do paciente.

No modelo apresentado o Diagnóstico de Enfennagem foi apresentado no plano de cuidados de acordo com os J)rincípios propostos por Levine. Porém no estabelecimento de prioridades, não im portou a ordem pela qual estes foram listados, por exemplo, se a Enfermeira se certificou de que era um problema do 4? princípio que estava desencadeando todos os outros, então a intervenção começou a partir deste princípio e não do primeiro que foi identificado. A avaliação das ações de enfermagem foi feita de uma maneira geral de acordo com o conjun to de respostas dadas pelo paciente ao processo da adaptação.

A esta fase de coleta de dados, diagnóstico, intervenção e avaliação de enfermagem , segue

se uma outra fase, a de análise e discussão dos casos onde a eficiência e a eficácia da visualização da teoria de Myra Levine no processo de enfermagem na assistência à pacientes em Saúde Comunitária foram identificados. A população em estudo foi de pacientes portadores de Tuberculose Pulmonar em tratamento Ambulatorial no Hospital João Murilo na cidade de Vitória de Santo Antão-Pe. A escolha de pacientes, para a amostra seguiu o critério de residir na sede do município e foram selecionados os cinco primeiros localizados e acompanhados durante um mês com duas visitas semanais.

  1. ESTUDO DOS CASOS

O trabalho na sua forma inicial consta da apresentação dos históricos e intervenção de enfer magem dos cinco casos selecionados para este estudo, mas pensando-se em uma fonna de condensar mais a apresentação do mesmo, será mostrado aqui apenas um dos casos :

Hist6rico de Enfermagem

Identificação: SGS. ; 4 1 anos, masculino, solteiro, analfabeto, operário de pedreira. Endereço: Centro, Vitória de Santo Antão. Diagn6stico médico: Tuberculose Pulmonar Inicio do tratamento: 20-03-80.

    1. Dados referentes ao 1.0 princíPio: (conservação da energia do indivíduo).

Refere fazer 3 refeições ao dia, diz ter bastante apetite, alimenta-se principalmente de carne de charque , farinha e feijão , ingere 3 a 4 copos de água por dia. Evacua de 2 em 2 dias, urina 4 a 5 vezes ao dia. Passa o dia quase todo deitado ou sentado no leito, refere insõnia.

1 .2. Dados referentes ao 2.0 prindPio: (conservação da integridade estrutural do indivíduo).

Exame Fisico: T = 3 7 ° C , P = 78 bat/min. TA = 1 l0x70 mmHg; não sabe informar pêso e altura, mas sabe que está mais magro do que antes de adoecer; aspecto higiênico satis fatório; pele e mucosas íntegras, hipocrônicas. Queixas: Tosse produtiva, com expectoração amarelada, após os acessos de tosse costuma se sentir bastante cansado.

Medicação que faz uso: I.N .H. (Isoniazida).

1 .3. Dados referentes ao 3.0 princípio: (conservação da integridade pessoal do indivíduo).

Apresenta-se agressivo nõs primeiros momentos da primeira visita, refere não estar gostando do tratamento, queixa-se que a médica não lhe dá atenção, baixo conceito de si mes mo, se sente um inválido não acredita que terá cura, pois com quase um ano de tratlimento

I:\j "'I .......

DIAGNÓSTICO, INTERVENÇÃO E AV ALIAÇÃO DE ENFERMAGEM

PRINCÍPIO I RESPOSTAS ORGANÍSMICAS I^ PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

1? princípio

2? princípio

3? princípio

4? princípio

- Passa o dia deitado ou sentado - Dar apoio emocional ao paciente.

no leito. - Ouvir suas queixas e apoiá-lo nas

  • Insônia suas decisões.
  • Alimentação inadequada.
  • Sinais de anemia:
  • Pele e mucosas hipocrônicas.
  • Perda de pêso
  • Tosse produtiva
  • Cansqço.
  • Agressivo na P visita.
  • Não está gostando do trata- tamento.
  • Queixa-se que a médica não lhe dá atenção.
  • Baixo conceito de si mesmo.
  • Não acredita na cura.
  • Acredita que jamais vai vol- tar a fazer serviços pesados.
  • Se sente um inválido
  • Não está trabalhando
  • Renda familiar baixa
  • Quer se aposentar como in- válido. - Fazê-lo entender que a sua situa ção de doente é transitória, por tanto não é nenhum inválido. - Esclarecer que após completar o tratamento ele ficará sem ne nhuma sequela. - Discutir com o paciente algum· tipo de trabalho que ele possa fazer que não desprenda muitas energias. - Esclarecer ao paciente a necessi dade que ele tem de trabalhar mes mo que consiga a aposentadoria. - Informar ao paciente que não deve ficar o dia todo no leito e sim procurar andar um pouco, ao menos um passeio pela manhã e outro à tarde. - Informar para tomar chá de folha de laranja às 16 ou 17 hs. - Esclarecer quanto à necessidade de uma dieta hiperprotéica e hiper calórica, dentro das condiçôes fi nanceiras do paciente e das suas preferências alimentares (abóbora, leite , carne verde, frutas, verdu ras em geral, doces).
  • Solicitar ·pesquisar de BAAR
  • Comunicar à médica a tosse apresentada pelo cliente.

PAPEL DA ENFERMEIRA AVALIAÇÃO

Preconizadora: (^) Agressividade inicial cedeu quando prevê que : logo após os primeiros con-

  • apoiando e ouvindo o paciente tatos. Na segunda visita mos- estará ajudando este a conseguir trava-se mais confiante e se um melhor equilíbrio psicológico. guro. Porém a tosse não
  • Após o tratamento ficará comple tamente curado.
  • Discutindo os tipos de trabalho e a necessidade de trabalhar este deverá melhorar o seu auto-con ceito e não se sentirá inválido.
  • Com o aumento das atividades físicas e do uso do chá de folha de laranja, aumentará o sono.
  • Com uma alimentação adequada irá readquirir o peso perdido e con tribuir para o desaparecimento dos sinais de anemia.
  • Com o resultado da pesquisa de BAAR e com uma nova consulta à médica poderá se identificar o motivo dá persistência da tosse.

Participadora e lnfluenciadora em todas as intervençôes realizadas.

cedeu, não foi obtido ainda o resultado da pesquisa de BAAR. O paciente ainda não foi visto pela médica, pois a consulta é na próxima semana.

Não conseguimos encontrar j u n t o u m t i p o d e trabalho que este possa de senvolver até o final do trata mento pois este não tem con diçôes físicas de fazer um trabalho mais pesado, nem capital para iniciar algum tipo de pequeno comércio. Porém o paciente está com muita fé de conseguir a apo sentadoria pelo FUNRURAL e juntar algum capital para iniciar um pequeno negócio para ele.

  • Cremos ter contribuído para a adaptação do paciente na medida em que ajudamos este a melhorar o seu auto-conceito e a crer na sua cura e a não se sentir um inválido. A intervenção de enfermagem teve um sentido terapêutico pois contribuiu para a adapta ção do paciente..

FAGUNDES, N.C. - o processo de enfennagem em Saúde Comunitária a partir da Teoria de Myra Le vine. Rev. Bras. Enf.: RS, 36: 265-273, 1983.

CONCLUSÃO

Dentro do contexto geral da Enfennagem Comunitária identificou-se que a aplicação da teo ria holística de Myra Levine ao processo de enfermagem é eficiente e eficaz porque:

Eficácia: proporcionar à Enfermeira uma interação humana com o paciente.

proporcionar uma intervenção de enfermagem que apoia ou promove a adapl:fição do paciente enquanto este luta contra a doença. as intervenções de enfermagem, sendo baseadas no reconhecimento das respostas organísmicas, permite à Enfermeira visualizar o indivíduo como um "todo" e buscar conservar a sua integridade bio-psico-social. permite uma adaptação eficaz do processo de enfermagem à indivíduos e famílias dentro de saúde comunitária. é uma teoria simples e de fácil assimilação que permite que a distãncia entre o mar co conceitual e o planejador e executor das atividades programadas seja o menor possível. permite uma visão clara dos problemas que afeta o paciente , o que facilita o estabe lecimento de prioridades levando em conta a gravidade do dano que o problema acarreta; as possibilidades de solucioná-lo e o prejuízo econõmico acarretado por es te dentro do contexto da família.

Eficiência: pennite à Enfermeira desenvolver um alto padrão de assistência ao paciente e a fa mília, em menos tempo, porque sugere uma forma simples e eficiente de coleta de dados nos quais ela vai basear a sua intervenção.

Conclui-se então que a aplicação deste marco teórico em Enfermagem Comunitária é bastan te válido, apesar de apresentar algumas limitações, quais sejam:

  • Mesmo se contando com a participação do indivíduo e da família nos diversos níveis e fa ses do planejamento, não se contou com a população de um modo geral, quando muito contou-se com participação do grupo de convívio. Fato este que restringe a utilização deste marco teórico à indivíduos e famílias, não podendo ser usado à comunidade como um todo;
  • As medidas de prevenção, também estão restritas ao indivíduo e a família e não à comuni dade de um modo geral, como seria ideal para a Enfennagem Comunitária.
  • Visa somente o indivíduo que luta por adaptar-se ao processo da doença, donde subtende se que o indivíduo considerado sadio esteja adaptado bio-psico-socialmente. Dentro da nossa realidade, com a falta de saneamento básico, a fome e o desemprego, a obtenção deste equilíbrio é quase impossí vel.

BIBLIOGRAFIA

0 1. ALENCAR, Eloine ; PIRES, Elizabeth; FAGUNDES, Norma; COSTA, Silvia, APlicação da teoria de Myra Levine no processo de Enfermagem; trabalho didático realizado durante o Curso de Espe cialização em Enfermagem de Saúde Comunitária Interiorana da UFPe - 1980.

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  3. MURRAY e LEUTNER, Nursing Concepts for Hedth Promotion. En glewood Cliff ,.... New Jersey: Prentice Hall. Inc. 1 975. Título em Português: O processo de Enfermagem e a intervenção de Crise situacional. Tradução de Ottilia ue O. Chaves. Recife - 1978. Material para uso exclusivo em sala de aula.
  4. RIEHEL, Joan; and ROY, Callista. Conceptual Models for Nursing Practice. New York; Appleton. Century. Crofter - 1 974. Título em Português: Teoria de Adaptaçãd na Prática da Enfermagem. Tradução de Therezinha T. Vieira-Recife - 1 978. Material para uso exclusivo em sala de aula.