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A história da unidade de terapia intensiva (uti), desde sua origem até os dias atuais, e os requisitos necessários para projetar ou modificar uma uti. O texto aborda o desenvolvimento da enfermagem e da uti, as necessidades específicas dos pacientes e as exigências administrativas e educacionais. Além disso, são discutidos os aspectos físicos e funcionais da organização de uma uti, incluindo a localização dos pacientes, a monitorização e assistência médica e de enfermagem, e a necessidade de instalações de apoio e serviços específicos.
Tipologia: Esquemas
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Introdução A Enfermagem surgiu antes mesmo de Cristo – ainda que à época não tivesse esse nome técnico. Sua origem aponta para o trabalho de homens e mulheres abnegados que cuidavam do bem- estar dos enfermos, tentando garantir a eles uma situação digna, de saúde básica e de sobrevivência. É claro que, com o passar do tempo, a profissão começou a ganhar corpo. Entre os séculos V e VIII d.C, por exemplo, alguns princípios da Enfermagem eram aplicados pelos detentores da fé. No caso, os sacerdotes. Mais tarde, por volta do século XVI, a atividade era vista, na Europa, como uma profissão que já começava a se institucionalizar, principalmente a partir da Revolução Industrial. No entanto, foi somente no século XIX, na Era Moderna, que ela, de fato, ganhou notoriedade com as figuras de duas mulheres incríveis. Florence Nightingale Nasceu em 1820, em Florença, e é considerada, por todos, como a mãe da Enfermagem moderna no mundo. Não é para menos. Afinal de contas, Florence realizou façanhas marcantes, especialmente por ser mulher em uma realidade bem diferente da atual. Nascida em uma família rica e cheia de posses, a jovem Nightingale, que viveu boa parte de sua vida em Londres, se rebelou à ordem vigente, de que as mulheres deveriam se tornar esposas submissas, responsáveis pelas tarefas doméstica e cuidados dos filhos. Decidiu, então, se dedicar à caridade. Em uma viagem ao Egito para conhecer hospitais, Florence sentiu despertar em si uma vocação para ser enfermeira. Paixão essa pela profissão de cuidar dos outros que só aumentou depois dela visitar, em 1846, o Hospital de Kaiserswerth , local fundado e administrado por freiras alemãs. Na ocasião, a futura enfermeira se impressionou positivamente com o tratamento dado aos pacientes e com o rigor religioso que as freiras guiavam seus atendimentos. De volta à Inglaterra, Florence foi indicada para trabalhar em um hospital de caridade da região, mas foi durante a Guerra da Crimeia que a enfermeira deu a sua principal contribuição. A Dama da Lâmpada Atendendo feridos das batalhas no Campo de Scutari, Florence Nightingale e uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias treinadas por ela conseguiram baixar o índice de mortalidade de 40% para menos de 5%.
Florence e suas colegas são consideradas heroínas de guerra e a enfermeira líder recebe o apelido carinhoso de “Dama da Lâmpada”. Isso porque ela percorria todas as alas com um pequeno objeto de chamas em suas mãos para melhor atender aos feridos. Não é à toa, portanto, que a lâmpada acabou virando o símbolo do curso de Enfermagem. A primeira escola de Enfermagem de Londres Embora responsável pelo atendimento durante a guerra, a colaboração de Florence para a Enfermagem não se encerra aí. Depois de contrair febre tifóide no período das batalhas e ficar com algumas sequelas, a enfermeira teve que se abdicar da aplicação prática de seus conhecimentos. Mas não encerrou a sua missão. Ela passou a se dedicar ao ensino da arte de cuidar do próximo aos demais. Foi então que, em 1860, fundou a Escola de Enfermagem do Hospital Saint Thomas, em Londres. Lá, era promovido um curso com duração de um ano , coordenado por uma enfermeira e com aulas teóricas e práticas ministradas por médicos. O reconhecimento da Rainha Vitória Todo o esforço e a dedicação de Florence Nightingale foram reconhecidos pela Rainha Vitória que, em 1883, concedeu à enfermeira a Cruz Vermelha Real. Anos depois, em 1907, a imperatriz também conferiu a ela a Ordem do Mérito. Florence Nightingale se tornou, então, a primeira mulher a receber tamanha honraria. Até hoje o Dia Internacional da Enfermagem é comemorado em 12 de maio, aniversário de Florence. Ana Neri A representatividade que Florence Nightingale tem para a Enfermagem internacional, Ana Neri, guardada as devidas proporções, tem aqui no Brasil. Nascida na cidade de Cachoeira, interior da Bahia, em 1810, Ana Neri tem uma história semelhante com a de Florence. A afinidade, no entanto, não é a mesma no quesito financeiro. Afinal, a enfermeira brasileira teve uma origem humilde. O que aproxima as duas é, na verdade, a relação com grandes guerras. Guerra do Paraguai Ana Neri também se voluntariou para defender as cores da bandeira de seu país , só que na Guerra do Paraguai.
A profissão de enfermeiro começa a ganhar força com a atuação, especialmente, em hospitais militares. O trabalho consistia em dar suporte durante as grandes guerras do período, muito em função da criação da Cruz Vermelha Brasileira. Foi nesse período também que as primeiras escolas de Enfermagem foram inauguradas. E a atenção médica, por sua vez, desvinculada um pouco da religião. Passado o período de Guerras, se inicia o desenvolvimento da educação em Enfermagem no Brasil. Mais escolas são abertas, especialização criadas, conselhos, associações e sindicatos de classe organizados, entre outras medidas. A própria profissão de enfermeiro é regulamentada no último ciclo. Além disso, mudanças importantes na saúde, de um modo geral, também foram implementadas. Dentre elas: a criação do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Sistema Único de Saúde (SUS). No final da década de 50 em Los Angeles, foi desenvolvida a primeira unidade de choque e foi introduzida a monitorização cardiovascular invasiva dos pacientes em estado crítico e com traumatismo. Em 1962, estabeleceu-se em Kansas City, a primeira unidade de vigilância a pacientes vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio, precursora das atuais Unidades Coronarianas. Aos poucos foram surgindo unidades especiais para pacientes cirúrgicos, neurológicos, vítimas de queimaduras, portadores de crises respiratórias, renais, metabólicas agudas e outras. Mais tarde definiu-se a terapia intensiva especializada das áreas de obstetrícia, pediatria e neonatologia. As enfermeiras enfrentaram muitos desafios durante os anos de fundação das unidades intensivas e coronárias. A pesquisa e as aplicações clínicas aconteciam tão próximas que não havia tempo para o desenvolvimento de novas equipes de enfermagem. Além do crescimento da necessidade de atendimento aos pacientes, o equipamento também exigia boa parte de atenção da enfermeira. Apesar da transformação e rápido desenvolvimento destas unidades, o alto risco dos pacientes internados, as enfermeiras praticavam a humanização no ambiente de terapia intensiva, visando um melhor atendimento ao paciente, bem como aos seus familiares e redução do stress vivenciado pelo profissional que faz o cuidado integral a este paciente. No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), teve início na década de 70, atualmente é uma unidade presente dentro do contexto hospitalar. O surgimento da prática em U.T.I. Marcou um dos maiores progressos obtidos pelos hospitais de nosso século, visto que, antes dela, o cuidado ao doente grave realizava-se nas próprias enfermarias, faltando, assim, área física adequada, recursos materiais e humanos para melhor qualidade desse cuidado. Planta Física UTI Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das normas dos agentes reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. Revisões periódicas devem ser consideradas na medida em que a prática da terapia intensiva evolui. O projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar composto de diretor médico, enfermeiro
chefe da UTI, arquiteto principal, administrador hospitalar e engenheiros. Esse grupo deve avaliar a demanda esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus pacientes, nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. É necessário análise dos recursos médicos, pessoal de suporte (enfermagem, fisioterapia, nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos serviços de apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros). Planejamento da área de uma UTI O Planejamento e projeto devem ser baseados em padrões de admissão de paciente, fluxo de visitantes e funcionários, e na necessidade de instalações de apoio (posto de enfermagem, armazenamento, parte burocrática, exigências administrativas e educacionais) e serviços que são peculiares à instituição individual em questão. Segundo normas para projetos físicos de estabelecimentos Assistenciais de Saúde (E.A.S.), 1995, a organização física funcional de internação de paciente em regime de terapia intensiva deve: proporcionar condições de internar pacientes críticos em ambientes individuais e ou coletivos conforme grau de risco, faixa etária, patologia e requisitos de privacidade; executar e registrar assistência médica e de enfermagem intensiva; prestar apoio diagnóstico-laboratorial, de imagem e terapêutico 24 horas; manter condições de monitoramento e assistência respiratória contínua; prestar assistência nutricional e distribuir alimentos aos pacientes; manter pacientes com morte encefálica, nas condições de permitir a retirada de órgãos para transplantes, quando consentida. Localização Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia. Número de Leitos Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes gravemente doentes num hospital, dependem da população do hospital, quantidade de cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administração do hospital, pelos médicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais. Um método empírico frequentemente relatado é que um hospital geral deveria destinar 10% da capacidade de leitos para UTI. Uma UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais com capacidade para cem ou mais leitos. A instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa, com rendimento insatisfatório em termos de atendimento. Estabelecimentos especializados em cirurgia, cardiologia e em emergência devem fazer cálculo específico. Forma da Unidade A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mistos. A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a
Localizado na área de internação da unidade (geral) ou anexo ao quarto (isolamento). Todos os banheiros e sanitários de pacientes internados devem ter duchas higiênicas e chuveiro. Sala de Serviços Gerais Sala destinada à guarda de materiais e soluções utilizadas na limpeza e desinfecção da Unidade. Deve ser provida de tanque e prateleiras suspensas. Armazenamento de Equipamentos Uma área para guardar os equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser planejada. A localização deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta localização e remoção do equipamento desejado. Deve ser previsto, tomadas elétricas aterradas em número suficiente para permitir a recarga dos equipamentos operados à bateria. Laboratório Todas as U.T.Is. Devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte e quatro horas pôr dia. Quando o laboratório central do hospital não puder atender as necessidades da UTI, um laboratório satélite dentro da, ou adjacente à UTI deve ser capaz de fornecer os testes químicos e hematológicos mínimos, incluindo análises de gases do sangue arterial. Sala de Reuniões Uma área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo de U.T.Is., deve ser projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e discutir os casos dos pacientes. Um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado deve estar presente para permitir a observação simultânea de uma série de radiografias. Área de Descanso dos Funcionários Uma sala de descanso deve ser prevista em cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover um local privado, confortável e com ambiente descontraído. Devem existir sanitários masculinos e femininos dotados de chuveiro e armários. Uma copa com instalações adequadas para armazenamento e preparo de alimentos, incluindo uma geladeira, um fogão elétrico e ou forno micro-ondas. A sala de descanso precisa estar ligada à U.T.I. por um sistema de intercomunicação. Conforto Médico e de Enfermagem Deve ser próximo à área de internação, de fácil acesso, com instalações sanitárias e chuveiro. A sala deve ser ligada à U.T.I. por telefone e ou sistema de intercomunicação. Recepção da U.T.I. Cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma área para controlar o acesso de visitantes. Sua localização deve ser planejada de modo que os visitantes se identifiquem antes de entrar. Pôr ser uma unidade de acesso restrito é desejável que a entrada para os profissionais de saúde, seja separada dos visitantes e um sistema de intercomunicação com as áreas da U.T.I. Efetivo. Sala de Espera de Visitantes
Área indispensável, deve ser localizada próximo de cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is., destinada aos familiares de pacientes, enquanto aguardam informações ou são preparados para visita na unidade. O acesso de visitantes deve ser controlado pela recepção. Um bebedouro e sanitários devem ser localizados dentro da área ou próximos a ela. São desejáveis para este ambiente cores vivas, carpete, janelas, iluminação indireta e suave. Deve ser previsto telefones públicos, sofás, cadeiras retas e reclináveis, terminais de circuito interno de TV e materiais educativos. Infecção na Unidade de Terapia Intensiva A tecnologia aplicada à assistência hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) viabiliza o prolongamento da sobrevida do paciente em situações muito adversas. Este fenômeno altamente positivo por um lado, por outro, é um dos fatores determinantes do aumento do risco de Infecção Hospitalar (IH) em pacientes críticos. Na UTI concentram-se pacientes clínicos ou cirúrgicos mais graves, necessitando de monitorização e suporte contínuos de suas funções vitais. Este tipo de clientela apresenta doenças ou condições clínicas predisponentes a infecções. Muitos deles já se encontram infectados ao serem admitidos na unidade e, a absoluta maioria, é submetida a procedimentos invasivos ou imunossupressivos com finalidades diagnostica e terapêutica. A associação de doenças e fatores iatrogênicos faz com que os pacientes sejam mais susceptíveis à aquisição de infecções. A resposta imunológica do paciente em terapia intensiva frente ao processo infeccioso é deficiente. Os seus mecanismos de defesa estão comprometidos tanto pela doença motivadora da hospitalização quanto pelas intervenções necessárias para o diagnóstico e tratamento. Embora, os leitos destinados para terapia intensiva representem menos de 2% dos leitos hospitalares disponíveis no Brasil, eles contribuem com mais de 25% das infecções hospitalares, com significativo impacto nos índices de morbidade e mortalidade. Em muitos serviços as taxas chegam a ser 5 - 10 vezes maior neste grupo de pacientes. Prevenção e controle A enorme importância deste tipo de intervenção está patente no fato de, que cerca de 50% de infecções nosocomiais que podem ser prevenidas, a grande maioria são as que resultam diretamente de cuidados prestados aos doentes. É dever de todos os profissionais de Saúde promover um ambiente biológicamente seguro. Infecção respiratória Promover uma boa higiene orotraqueal, especialmente nos doentes com sondas nasogástricas (os micro-organismos proliferam com grande facilidade num meio descuidado); Cumprir um correto esquema de hidratação, tendo em conta o tipo de doente e suas características (especialmente em doentes com a sua capacidade motora dimínuida, pois facilmente aparece estase de secreções e a consequente infecção das vias respiratórias);
Estes procedimentos são apenas uma pequena parte do que se deve efetuar. Todos os profissionais de Saúde são responsáveis por um pequeno contributo, desde o seu vestuário até a manutenção do ambiente. Humanização em UTI Segundo a AMIB – Associação Médica Intensiva Brasileira (2004), humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo, englobando o contexto familiar e social. Esta prática deve incorporar os valores, as esperanças, os aspectos culturais e as preocupações de cada um. É um conjunto de medidas que engloba o ambiente físico, o cuidado dos pacientes e seus familiares e as relações entre a equipe de saúde. Para que haja humanização total em uma UTI, três diferentes aspectos devem ser considerados (AMIB, 2004): O ambiente físico. O cuidado com o paciente e seus familiares; A atenção ao profissional da equipe; Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais tranquilo. Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao máximo os ruídos dos equipamentos e da equipe. Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do sol e o verde das árvores. O Ambiente Físico na UTI Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos profissionais, além de maior privacidade para o paciente. Separar pacientes mais graves para que os conscientes não vejam ou ouçam as intervenções que se processam ao seu redor, gerando menos ansiedade. O cuidado com o paciente e família. O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito essencial para humanizar Monitorização Hemodinâmica A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, terapêutica, e até mesmo fazer prognóstico com os dados obtidos. A finalidade é reconhecer e avaliar as possíveis complicações do estado hemodinâmico do paciente e intervir em tempo hábil com terapia adequada, prevenindo maiores complicações. A monitorização hemodinâmica não invasiva consiste em: Pressão arterial não invasiva : que é a verificação da Pressão Arterial, através do método escutatório, com esfigmomanômetro e estetoscópio, ou através do método automatizado que tem como base a medida da pressão arterial através de curvas de medidas, realizada por software validado para tal fim. Frequência cardíaca : que é a verificação dos batimentos cardíacos, representada pelo número de vezes que o coração bate por minuto.
Temperatura : mensuração da temperatura corporal através dos termômetros. Essa pode ser mensurada de três maneiras: a temperatura retal e neste caso o valor obtido é um grau Celsius acima da temperatura axilar; a temperatura central, que pode ser obtida com termômetro esofágico, cateter de pressão intracraniana com dispositivo de temperatura e também com cateter de artéria pulmonar através da termodiluição. Frequência respiratória: é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto. Oximetria de pulso : é a mensuração da saturação de oxigênio da hemoglobina arterial e o pulso cardíaco. Vem otimizando os cuidados com o paciente e minimizando o potencial de episódios de hipóxia. Como monitorização hemodinâmica não invasiva específica temos: Capnografia : é o registro do gás carbônico no final da expiração. Os capnógrafos analisam e registram a pressão parcial de co2 durante o ciclo respiratório por um sensor aplicado nas vias áreas do paciente ou pela aspiração de uma amostra de ar nas vias aéreas processada por um sensor. Monitorização eletrocardiográfica : através do eletrocardiograma, para detecção de arritmias e outras complicações, tais como: isquemias, alterações do marca-passo e distúrbios eletrolíticos graves. A monitorização hemodinâmica invasiva consiste em: pressão arterial invasiva, pressão venosa central, pressão da artéria pulmonar, débito cardíaco, saturação venosa mista e outros parâmetros derivados do cateter de Swan Ganz. Essas fornecem informações qualitativas e quantitativas das pressões intravasculares. Pressão arterial invasiva : A pressão por este método é medida através de um cateter introduzido na artéria, o qual é conectado em uma coluna liquida. A medida da pressão é obtida através do transdutor de pressão que faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e média. Pressão Venosa Central (PVC): mensura à pré-carga do ventrículo direito (VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. Para a mensuração da PVC, é necessário o posicionamento de um cateter em veia central (veia cava superior), comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. É checado radiologicamente para certificar-se que o cateter esteja bem posicionado e não esteja dentro do átrio direito. Pode-se utilizar para a mensuração da PVC, um manômetro de água graduado em cm ou um transdutor eletrônico calibrado em mmHg. Espera-se que haja oscilação da coluna d'água ou do gráfico no monitor, acompanhando os movimentos respiratórios do paciente valores normais:
Pressão de Artéria Pulmonar Ocluída (POAP) ou Pressão de Capilar Pulmonar (CAP) 8 a 12 mmHg A diminuição da PAOP indica hipovolemia. Pressões elevadas são causadas por sobrecarga de volume, falência do VE, estenose ou insuficiência mitral, tamponamento cardíaco ou derrame pericárdico. Assistência de enfermagem cateter de Swan-Ganz Preparar kit de instalação Materiais e soluções para antissepsia Anestésico local Posicionar o paciente em DDH Observar permeabilidade do cateter Observar presença de sinais flogísticos Atentar para fixação do cateter Anotar os valores obtidos em impresso próprio Comunicar ao enfermeiro alterações nos valores Intubação endotraqueal A intubação traqueal é a passagem de um tubo através da boca ou do nariz até a traquéia. Está indicada nos casos em que se deseja manter as vias aéreas eficientes, a aspiração de secreções traqueobrônquicas, a ventilação assistida e/ou controlada com pressão positiva, evitar aspiração de conteúdo gástrico e diminuir o espaço morto anatômico e o trabalho respiratório. Ela pode ser realizada através das narinas (via nasotraqueal), boca (via oratraqueal) ou abertura na parede da traquéia (transtraqueal). Indicações
Atentar para alteração do nível de consciência; Aplicar escala de sedação de Ramsay e atentar para sinais de agitação psicomotora; Manter cliente em monitoração de pressão de PA, eletrocardigráfica e frequência respiratória; Registrar início e retirada da droga; Indagar sobre o cliente ser portador de miastenia e insuficiência renal ou hepática; Realizar auxílio durante deambulação para prevenir quedas; IV: uso exclusivo hospitalar; a medicação deve ser administrada somente sob supervisão médica e mediante emprego de medidas de apoio, nos casos de insuficiência cardiorrespiratória. Medicamentos Vasoativos Drogas vasoativas são aquelas que atuam sobre o coração e os vasos. Amiodarona (antiarrítmico) Indicação: Arritmias supraventriculares; Arritmias ventriculares; Prevenção de morte súbita; Fibrilação atrial. Cuidados de Enfermagem: No início da terapia ou durante o ajuste da dose, monitore: PA, FC e RC, diante de qualquer alteração, comunique o médico; Durante a terapia monitore: função pulmonar, funções tireoideanas e hepática. VO: medicação deve ser administrada durante as refeições para diminuir a intolerância gastrointestinal (GI); IV: durante a infusão, monitore a Função cardíaca; Não administrar a medicação em casos de bradicardia, bloqueio atrioventricular, bloqueio sinoatrial; Registrar características da função intestinal; Incentivar aceitação da dieta; Registrar aspecto da coloração da pele, atentar para cefaléia e artralgia; Evitar exposição da medicação a luz solar. Dobutamina (cardiotônico não digitálico) Indicação: Choques de origem cardiogênico ou em ocasiões em que o comprometimento cardiogênico se fizer presente; Insuficiência cardíaca congestiva; Baixo débito cardíaco; Tratamento em curto prazo da insuficiência cardíaca descompensada, após cirurgia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva e infarto agudo do miocárdio; Cuidados de enfermagem :
Cuidados de enfermagem: Observar e registrar frequência cardíaca, PA; Registrar traçado eletrocardigráfico no momento da administração do fármaco; Observar sinais de palidez cutâneo-mucosa, tremores musculares e náusea; Indagar sobre o cliente ser portador de glaucoma, angina pectoris e aterosclerose; Registrar glicemia capilar e dosagens de hormônios tireoidianos; Administrar medicação o mais proximal possível da inserção venosa Não administrar em veia periférica Escala coma Glasgow A Escala de Coma de Glasgow (ECG) foi criada em 1974, na Universidade de Glasgow na Escócia, e até hoje representa uma das ferramentas de monitorização neurológica mais utilizadas no mundo. A escala combina os principais indicadores-chave de gravidade de uma lesão neurológica de uma forma simples, e visa avaliar o nível de consciência dos pacientes de maneira prática e confiável, além de possuir as vantagens de fácil aplicação e reprodutibilidade. No entanto, possui limitações na análise da resposta verbal em pacientes sedados, com distúrbios de linguagem e em ventilação mecânica. Na escala original, a análise da gravidade do comprometimento neurológico era baseada em três critérios: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora, os quais são pontuados individualmente e sua soma varia de 01 a 15, caracterizando o paciente com lesão leve, moderada ou grave. Grau de lesão de acordo com a pontuação: Entre 13 e 15 LEVE Entre 9 e 12 MODERADA Entre 3 e 8 GRAVE Menor que 3 COMA