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Guias e Dicas
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Uso do sistema de cultivo hidropônico na produção de alface em solos salinizados, Resumos de Engenharia Agrícola

O documento analisa o uso da hidroponia como alternativa à baixa produção de alface em Magude, Moçambique, devido à salinização dos solos. Apresenta as vantagens dessa técnica, como maior qualidade e produtividade, menor uso de mão de obra e agrotóxicos, e a possibilidade de ser realizada em qualquer local. Detalha os requisitos técnicos e avalia a introdução do sistema hidropônico na região.

Tipologia: Resumos

2012

Compartilhado em 23/05/2024

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vasco-matsinhe-3 🇧🇷

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Universidade Save
Vasco de Belém Abel Matsinhe
CÓDIGO DO MÓDULO: EDU056021
REALIZAR ACTIVIDADES DE PESQUISA EDUCATIVA E DE EXTENSÃO EM
FAVOR DA COMUNIDADE
RA.2: DESENVOLVER PROJECTOS IEP COMUNIDADE
Tema:
Introdução do Sistema de cultivo hidropónico como resposta da fraca produção de
alface na vila sede de Magude
Certificação - B
Extensão de Maxixe
2023
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Baixe Uso do sistema de cultivo hidropônico na produção de alface em solos salinizados e outras Resumos em PDF para Engenharia Agrícola, somente na Docsity!

Universidade Save Vasco de Belém Abel Matsinhe CÓDIGO DO MÓDULO: EDU REALIZAR ACTIVIDADES DE PESQUISA EDUCATIVA E DE EXTENSÃO EM FAVOR DA COMUNIDADE RA.2: DESENVOLVER PROJECTOS IEP COMUNIDADE Tema: Introdução do Sistema de cultivo hidropónico como resposta da fraca produção de alface na vila sede de Magude Certificação - B Extensão de Maxixe 2023

Universidade Save Vasco de Belém Abel Matsinhe RA.2: DESENVOLVER PROJECTOS IEP COMUNIDADE Extensão de Maxixe 2023 Trabalho de Pesquisa apresentada ao Centro de Formação Técnico-profissional da UniSave, para Efeitos de avaliação. Formador: Dinis Nhampossa

DEDICATÓRIA

A minha Família Esposa: Ana Tivane Filho: Abel Vasco Matsinhe Pais: Abel Vasco Matsinhe e Regina Vasco Balate. Irmãos: Fáusia Matsinhe, Agar Matsinhe e Mauro Matsinhe. A todos dedico!

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida e por iluminar o meu caminho durante este percurso. Aos meus Formadores, Dinis Nhampossa, Gregório Vilanculo e Dénis Fernando, pela paciência, colaboração e orientação durante a formação. Aos meus pais, Abel Vasco Matsinhe e Regina Vasco Balate, pela educação, amor, apoio moral transmitido de forma incondicional e por sempre me incentivarem a levar os estudos como prioridade. Aos meus irmãos, Fáusia Matsinhe, Agar Matsinhe e Mauro Matsinhe pela amizade e companheirismo e por sempre mostrarem-se disponíveis a me ajudar para o sucesso académico e profissional. Aos colegas de turma de Certificado B 2023 em especial, Ramos Sabonete E a todos que directa ou indirectamente contribuíram para que este momento chegasse. O meu muito obrigado.

1. INTRODUÇÃO

A agricultura encontra-se num lugar de destaque em Moçambique, e em particular no distrito de Magude, pois, aproximadamente a 80% da população economicamente activa está envolvida com trabalhos agrícolas (GELCER et al., 2018). E Segundo (STSAN,2014) A agricultura desempenha um papel importante na segurança alimentar e nutricional das populações, não só como fonte (e diversificação) de alimentos, mas também como fonte de emprego e autoemprego, proporcionando a geração de renda das mesmas. A prática da agricultura constitui um dos pilares para assegurar o crescimento, o desenvolvimento e a melhoria dos índices de produção e produtividade de hortícolas e outras culturas associadas à cadeia de valores de produção agricola. A cultura de alface destaca-se como uma das hortícolas de grande importancia para os produtores da vila sede do distrito de Magude, visto que ocupa a segunda posição na geração de renda destes, depois da cultura da cana-de-açucar. Contudo a sua produção é limitada pelas carateristicas do solo como baixa fertilidade e salinidade dos solos (Montezano & Peil 2006 ). Para (Tavares, 1997) A produção de alface, enquanto actividade empresarial de grande importância sócio - económica no negócio agrícola, busca a modernidade necessária para melhorar o rendimento e a qualidade do produto e, sobretudo, a sua competitividade, condição imprescindível para enfrentar a concorrência externa à medida que o processo de globalização da economia avança. A produção de alface pode ser feita em varios sistemas de produção, desde o cultivo protegido no solo, a hidroponia, a produção de hortícolas orgânicas. O presente trabalho visa promover o uso de sistema de cultivo hidroponico na produção de alface na vila sede de magude como resposta de fraca produçao da mesma, limitada pela salinização dos solos no sistema tradicional de produção.

2. Justificativa

Os agricultores da vila sede do distrito de magude encontram na produção de alface um autoemprego que ajuda na melhoria do seu status economico e segurança alimentar. Contudo essa produção fica perigada com a salinização dos solos. E segundo (Chonguiça 1990) a salinidade encontra-se presente na grande maioria dos solos aluvionares, estes que representam a maior parte dos solos da vila de magude A salinidade interferi com a produção de diversas culturas e em particular o alfce, aumentando o potencial osmótico do solo, fazendo com que a planta gaste maior energia para absorver água e com ela os demais elementos vitais; desenvolve a toxicidade de determinados elementos, principalmente sódio, boro, bicarbonatos e cloretos, que em concentração elevada causam distúrbios fisiológicos nas plantas (BATISTA et al., 2002). Além disso, há um grave desequilíbrio nutricional em virtude da significativa alteração nos processos de absorção, transporte, assimilação e distribuição de nutrientes na planta, por exemplo, o excesso de sodio (Na) inibe a absorção de nutrientes, como o K e Ca (MUNNS & TERMAAT, 1986; RIBEIRO et al., 2003; VIANA et al., 2004; FARIAS et al., 2009; SILVA et al., 2009). Nesse contexto, os valores de pH elevados nos solos também reduzem a disponibilidade de muitos micronutrientes. Nesses solos salinizados encontra-se deficiência de cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (ZN) (TAN, 1993). Desta forma A concentração elevada de sais no solo, condiciona um ambiente hostil à maioria das plantas, proporcionando uma fraca produção e consequentimente baixa renda familiar e segurança alimentar comprometida. Varias são as medidas que podem ser usadas para a fazer face a esse problema, entretanto, neste trabalho destaca-se o uso de sistema de cultivo hidroponico como resposta para continuar a produzir e obter grandes rendimentos, pois a hidroponia é uma tecnica alternativa de cultivo protegido, na qual o solo é substituído por uma solução aquosa, contendo apenas os elementos minerais necessários aos vegetais, e segundo (Sassaki 1997) Um método de produção de vegetais de alta tecnologia e alta produtividade que pode melhor responder a crescentes adversidades verificadas no solo

4. Metodologia

Para a materialização do objectivos deste projecto de recorreu-se ao metodo de extenão grupal e concretamente a Demonstração prática. Inicialmente identificou-se grupos de agricultores da vila sede do distrito de Magude e selecionou-se por meio de preenchimento de um questiorario e entrevista, por forma a selecionar carateristicas como aptidão a novas tecnologias, tendência a participar em trabalhos comunitarios e interesse em participar das actividades a serem eleitas em reuniões. O primeiro objectivo, foi conseguido através da realização de duas reuniões com os agricultores da vila sede, reunidos com a facilitação dos agricultores selecionados. Foram convidados dois formandos com qualificações em agropecuária e expecializados em extenão, para palestrar sobre hidroponia abordando as suas vantagens e também evidenciar os problemas resultantes da salinização. O segundo objectivo foi alcançado, selecionando um grupo de agricultores inovadores, escolhidos para participar da demonstração prática de construção de um sistema hiropónico com recurso a material local e acessivel para o agricultor de baixa renda e de seguida cada um dos selecionados replicou a prática na sua machamba.

5. Referencial Teórico

Salinização dos solos é uma condição do solo que ocorre principalmente nas regiões áridas e semiáridas do mundo. A precipitação pluviométrica limitada nessas regiões, associada à baixa actividade bioclimática, menor grau de intemperização, drenagem deficiente e a utilização de água de má qualidade, conduzem à formação de solos com alta concentração de sais (HOLANDA et al., 2007). A salinização do solo é um problema que vem crescendo em todo o mundo e em particular no distrito de Magude. Estima-se que, cerca de 1 a 5 bilhões de hectares de solos com problemas de salinidade, sofre redução da produção devido ao excesso de sais no solo (RIBEIRO et al., 2003; SOUSA, 2007). O crescimento populacional e a pressão econômica para produção de alimentos têm contribuído sensivelmente para expansão da área de solos degradados por salinidade e sodicidade, possivelmente, em consequência do uso inadequado de terras marginais e do manejo inadequado da irrigação e do solo (RIBEIRO et al., 2003). Um dos grandes desafios da humanidade é tornar as atividades de exploração dos recursos naturais sustentáveis. Atualmente são evidentes os problemas de degradação dos solos relacionados com atividades antrópicas. Um solo se degrada quando são modificadas as suas características físicas, químicas e biológicas. O desgaste pode ser provocado por esgotamento, desmatamento, erosão, compactação, salinização e desertificação (MAJOR & SALES, 2012). Consequencias da salinização no Solo e na Planta O impacto econômico da salinização não é fácil de avaliar, por causa da relação não linear entre salinização e produtividade. Logo, a salinização pode permanecer sem ser detectada durante anos com níveis moderados de salinidade, enquanto um aumento adicional pode causar abandono da terra agrícola em poucos anos. Diante disso, uma das ferramentas mais importantes é o monitoramento da condutividade elétrica do solo em sistemas de produção, que permite de forma simples e eficiente adequações que evitem a ocorrência de processos de salinização do solo e perdas na quantidade e qualidade da produção (QUEIROZ et al., 2009; MAJOR & SALES, 2012)

práticas agrícolas não são realizadas como o preparo do solo, calagem, construção de canteiros, entre outras, que são executadas no cultivo em campo; não há necessidade de rotação de cultura, uma vez que após cada cultivo os materiais podem ser limpos e desinfetados, reduzindo, assim, os riscos de incidência de doenças. Alta produtividade e colheita precoce, pois a circulação da solução nutritiva sem a presença de substratos permite maior disponibilidade de nutrientes às raízes. Menor uso de agrotóxicos, uma vez que muitas pragas e doenças de solo não ocorrem nesse sistema de cultivo. Como não há molhamento foliar pela irrigação e pela chuva (em cultivos em estufas), há uma maior permanência dos produtos sobre as folhas, melhorando, assim, sua eficiência. Além disso, muitas doenças foliares necessitam de água livre na folha para se desenvolverem, situação que não ocorre em cultivos hidropônicos. Maior economia de água e de nutrientes. Maior higienização e controle da produção porque a planta não entra em contato com possíveis agentes contaminantes que ocorrem no solo ou com o próprio solo que gera a necessidade de lavagem das folhosas para comercialização. Melhor apresentação e identificação do produto para o consumo: na embalagem utilizada para acondicionamento dos produtos hidropônicos, pode-se identificar a marca, cidade de origem, nome do produtor ou responsável técnico, características do produto, entre outras informações. Melhor possibilidade de colocação do produto no mercado: por ser um produto de melhor qualidade, aparência e maior tamanho, torna-se um produto diferenciado, podendo agregar melhor preço e comercialização mais fácil. Maior tempo de prateleira: os produtos hidropônicos podem ser comercializados com as raízes, por isso tem maior vida de prateleira. Pode ser realizado em qualquer local, uma vez que seu cultivo não depende da qualidade do solo. Etapas do sistema Hidroponico Estrutura de suporte dos canais Também chamadas de mesas ou bancadas, as estruturas de suporte dos canais devem ser construídas para facilitar o trabalho dos funcionários, evitar a contaminação do sistema com solo e permitir a melhor sistematização da produção e aproveitamento da área sem prejudicar o desenvolvimento das plantas. Podem ser fabricadas de diversos materiais, como madeira, aço galvanizado ou plástico (Figura 6). Para culturas de porte pequeno, como as folhosas, recomenda-se uma altura média de 1 a 1,5 m. Para hortaliças de ciclo longo e conduzidas na vertical (tutoradas), como tomate, pepino e pimentão, a altura das bancadas deve ser menor,

até 0,5 m. Alturas maiores dificultarão a execução de alguns tratos culturais como a condução das hastes e a poda dos ramos excedentes A declividade das bancadas deve ser de 3 a 8% Ou seja, em uma bancada de 10 m de comprimento com 5% de declividade, a altura no início da bancada é de 1,5 m e a final de 1, m. Declividade muito elevada (maior que 12%) pode gerar um fluxo muito rápido da solução nutritiva, podendo afetar a absorção de nutrientes, ferir o sistema radicular e deslocar as mudas, quando pequenas, para o interior da tubulação. Ao contrário, pouca declividade (menor de 2%) pode reduzir demasiadamente o fluxo da solução nutritiva, propiciando o aquecimento mais rápido da solução, a redução no seu teor de oxigênio e a formação de algas e microrganismos causadores de doenças. A largura da bancada deve ser aquela que permita a máxima eficiência do uso da área de cultivo, o fácil alcance das plantas centrais e a melhor sistematização da produção, como a movimentação de materiais, equipamentos e funcionários. Para cultivo de hortaliças folhosas, a largura média das bancadas é de 2,0 m, enquanto que para culturas de porte maior, como tomate, pepino e pimentão, que são tutoradas, a largura irá variar conforme a distribuição das plantas na área. Quando distribuídas em linhas simples, o suporte das canaletas pode ser individual, de

6. Projeto de Intervenção

Demonstração pratica da solução Montagem da bancada Para fazer-se a bancada de suporte da tubulação recorre-se ao uso da madeira ou estacas, e colocar a uma altura de facilitar a realização do trabalho, a bancada apresenta um declive ou inclinação variada de 3 a 8% Depois da bancada coloca-se a tubulação de crescimento que pode ser na base de um tubo PVC ou bambus e usando bambus recomenda-se uma pintura por fora de modo a evitar a danificação pela radiação solar

Produção de alface

6.1. Problematização

Nos últimos anos o crescimento populacional e a pressão econômica para produção de alimentos têm contribuído sensivelmente para expansão de área de solos degradados por salinidade e sodicidade, possivelmente, em consequência do uso inadequado de terras marginais e do maneio inadequado da irrigação e do solo (RIBEIRO et al., 2003). A Salinização dos solos é uma condição do solo que ocorre principalmente nas regiões áridas e semiáridas do mundo, carateristicas climaticas do distrito de magude. Segundo (RIBEIRO et al., 2003; SOUSA, 2007) cerca de 1 a 5 bilhões de hectares de solos com problemas de salinidade, sofre a redução da produção devido ao excesso de sais no solo. A vila sede do distrito de magude regista uma fraca produção de alface devido a problemas de salinidade dos solos nas machambas dos produtores. Os agricultores locais vêem-se obrigados a abandonar as suas machambas e procurar outros locais (bermas do rio) com melhores condições para continuar a produzir o alface. Entretanto as bermas do rio não dão segurança a produçao, pois, quando o caudal do rio aumenta do nível causa inundações que tambem levam a perda parcial ou total da produçao, dando assim enfase a realização deste projecto como proposta de solução.

6.2. Possíveis soluções

Para a resolução deste problema, várias são as soluções: Drenagem A drenagem com fins agrícolas ou de recuperação ambiental tem como finalidade propiciar às raízes das plantas condições favoráveis de umidade, aeração e balanço de sais, e seu objetivo é o de criar um ambiente favorável para o crescimento de plantas e preservar as propriedades físicas e químicas do solo (FERREIRA, 2001; BATISTA et al., 2002). Almeida et al. (2001) destaca que, quando o solo não apresenta boas condições de drenagem natural é necessária a aplicação de técnicas de drenagem artificial não somente para melhorar as características físico-hídricas do solo, mas principalmente para facilitar a remoção dos sais solúveis e impedir a sua acumulação em níveis tóxicos às plantas Uso de corretivos Na região do semiárido nordestino, onde a disponibilidade de água para a lavagem do solo é escassa, a combinação de cultivo de espécies fitorremedadoras juntamente com o gesso, pode ser promissora na remoção dos sais do solo. O aumento da concentração da solução do solo