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O objetivo do trabalho foi avaliar o uso de sacolinhas de TNT (tecido não ... Tabela 3 – Biomassa das mudas de Psidium guajava L.em sacolas de TNT com ...
Tipologia: Esquemas
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Marcos Eduardo Poubel
Marcos Eduardo Poubel
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Educação Ambiental e Sustentabilidade, Latu Senso do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo- Campus Ibatiba/ES como requisito de Término de Conclusão de Curso – TCC. Orientador: Prof. Dr. Carlos Henrique Rodrigues de Oliveira IBATIBA -ES 2018
NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE GOIABA (Psidium guajava L.) - (MYRTACEAE) Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Educação Ambiental e Sustentabilidade do Programa de Pós-Graduação do Instituto Federal do Espírito Santo
DECLARAÇÃO DO AUTOR Declaro, para fins de pesquisa acadêmica, didática e técnico-científica, que este Trabalho de Conclusão de Curso pode ser parcialmente utilizado, desde que se faça referência à fonte e ao autor. Ibatiba, 12 de Novembro de 2018. Marcos Eduardo Poubel
Dedico esta monografia a todos que me apoiaram e contribuíram no decorrer do curso e na trajetória de vida.
Resumo O objetivo do trabalho foi avaliar o uso de sacolinhas de TNT (tecido não tecido), natural preto com diferentes números de furos e com a dobra voltada para dentro e para fora, fazendo o papel das estrias que estão presentes nos tubetes, afim de evitar o enovelamento do sistema radicular, na produção de mudas de Psidium guajava L. conhecida popularmente como goiaba. O recipiente de TNT é um tipo de material poroso biodegradável onde permite fazer o plantio direto sem precisar tirar o recipiente e correr o risco de quebrar o torrão, donde as raízes laterais da muda saem com facilidade na cova de plantio no campo, e com o passar do tempo, tem a grande vantagem da biodegradação do material com 1,5 anos e ganho de tempo na hora do plantio, desde que não interfira no desenvolvimento das mudas na fase de viveiro. O experimento foi realizado no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Ibatiba, em casa de vegetação. Considerando todas as sacolinhas, com o mesmo volume de substrato de 236 cm^3 , com dimensões de 5 cm de diâmetro por 12 cm de altura, foram estudados os seguintes tratamentos: sacolinhas de TNT preto sem dobras e sem furos; sacolinhas de TNT preto com dobras externas com 8 furos; sacolinhas de TNT preto com dobras internas com 4 furos; sacolinhas de TNT preto com dobras internas com 8 furos; e como testemunha, sacolinhas plásticas tradicionais com 8 furos. O substrato utilizado foi com 2/3 de terra de subsolo e 1/3 de esterco bovino curtido e como fertilizantes foram utilizados ureia; superfosfato simples; cloreto de potássio e Fritas). O experimento foi instalado em blocos inteiramente casualizados com 3 repetições. Aos 180 dias após o plantio foram avaliadas as seguintes características das mudas de goiaba: altura, diâmetro do coleto, área foliar, biomassa de raiz e parte aérea. Os dados foram submetidos a análise de variância a 5% de significância e quando significativo foram analisadas pelo teste F a 95% de confiança. Em todas as características avaliadas não houve diferença significativa entre os tratamentos. Diante dos resultados o uso das sacolinhas de TNT não influenciaram na qualidade das mudas de goiaba, mantendo suas características semelhantes das mudas produzidas em sacos plásticos, assim é indicado seu uso sem perda na qualidade das mudas. Palavras-chave: Embalagem; Biodegradável; Sistema radial; espécie pioneira
Tabela 1 – Tratamentos de diferentes recipientes na produção de mudas de goiaba Psidium guajava L., em Ibatiba-ES. ------------------------------------------------------------------------ 19 Tabela 2 - Dados de crescimento de mudas de Psidium guajava L. em sacolas de TNT em diferentes condições e sacos plásticos. ---------------------------------------------------------- 22 Tabela 3 – Biomassa das mudas de Psidium guajava L. em sacolas de TNT com diferentes números de furos e dobras e sacolinhas plásticas. --------------------------------------------- 24
sem cuidados provoca quebra e deformação do torrão. Por sua vez as mudas com sacolas de TNT (Tecido Não Tecido) natural, podem ser uma alternativa para eliminar ou diminuir alguns dos problemas acima citados, já que este recipiente não necessita do corte da parte inferior, nem da retirada dos recipientes e nem coleta da sacola plástica ou devolução dos tubetes, com isso, evita-se a contaminação do meio ambiente por estes materiais. A sacola de TNT pode ser uma importante ferramenta para o plantio (NASSER et al., 2009). Além do recipiente, outro fator que influencia na obtenção de mudas de melhor qualidade e melhor desempenho em campo é a suplementação de nutrientes por meio da adição de fertilizantes ao substrato, via água de irrigação ou pela aplicação foliar periódica com solução nutritiva durante o desenvolvimento da muda (BEZERRA et al., 2007). Segundo Cunha et al. (2005), uma das maiores dificuldades enfrentadas por quem trabalha com produção de mudas de espécies florestais nativas é o crescimento lento de muitas delas, principalmente das espécies chamadas de Clímax. Por esse motivo, torna-se relevante a definição de estratégias que favoreçam a produção de mudas com qualidade, em menor espaço de tempo possível e em condições acessíveis aos médios e pequenos produtores.
O objetivo geral do trabalho é avaliar o crescimento das mudas da espécie florestal frutífera silvestre Goiaba ( Psidium guajava ) tanto vegetativo como principalmente radicial, produzidas com diferentes tipos de recipientes de TNT natural de cor preto confeccionadas de várias maneiras quanto a furos e dobras, analisando a comparação com mudas produzidas em sacolinhas plásticas tradicionais. 2.1.OBJETIVOS ESPECÍFICOS Avaliar o efeito de diferentes (quanto a furos e dobras) recipientes de TNT de cor preta – biodegradável, na altura, diâmetro do coleto, área foliar e o IQD (Índice de Qualidade de Dickson) das mudas de Goiaba ( Psidium guajava ). Analisar a influência de cada sacolinha de TNT, recipiente confeccionado de várias formas, em comparação a sacolinhas plásticas, para ver a produção de biomassa da raiz e parte aérea. Verificar o efeito da aplicação do mesmo substrato (Terra + Esterco bovino curtido + Uréia; superfosfato simples; KCL e FTE em igual para todos os recipientes, quanto ao desenvolvimento das raízes em qualidade (enovelamento) para as mesmas condições de ambiente, temperatura e umidade.
A espécie de nome popular, goiaba , goiaba-branca, goiaba-vermelha, goiaba-pera, aracá-goiaba, guaiava, guaiaba, araçá-guaçu com nome científico de Psidium guajava, tem as características segundo LORENZI, HARRI , (1992) como uma espécie pioneira frutífera com altura de 3-6 m, com tronco tortuoso, liso e descamante, de 20-30 cm de diâmetro. Folhas simples, de 8-12 cm de comprimento por 3-6 cm de largura. De ocorrência do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul na floresta pluvial atlântica. Ocorre também de maneira espontânea em quase todo o país. A madeira é moderadamente pesada (densidade 0,80 g/cm³), dura, muito elástica, compacta, dócil ao cepilho, moderavelmente durável com utilização empregada para esteios, moirões, cabos de ferramentas, cangalhas, cangas, lenha e carvão e, outrora muito usada na construção aeronáutica. Os frutos são comestíveis e muito saborosos, sendo consumidos tanto in natura como nas mais diversas formas industrializadas (suco, doce, geléia, goiabada, etc.). É amplamente cultivada tanto em pomares domésticos como em plantações comerciais. É planta indispensável em plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. É uma planta semidecídua, heliófita e seletiva higrófita, característica e preferencial da mata pluvial atlântica. Ocorre principalmente nas formações abertas de solos úmidos. Apresenta intensa regeneração espontânea em capoeiras, graças a ampla disseminação proporcionada pela avifauna. Ocorre de forma espontânea e subespontânea em quase todas as formações abertas da região sul do país. Floresce a partir do final de setembro junto com o aparecimento das novas folhas, prolongando-se até meados de novembro. Os frutos amadurecem de dezembro a março. A obtenção de sementes é colhendo os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Em seguida deixá-los amontoados durante alguns dias e despolpá-los manualmente em água corrente. Após a separação das sementes deixá-las secar à sombra. Um quilograma contém aproximadamente 71.400 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 1 ano. A produção de mudas é c olocar as sementes para germinar, logo que colhidas, em canteiros, ou direto nas sacolas contendo substrato organo-argiloso. A emergência ocorre em 20-40 dias e a germinação geralmente é alta. Transplantar as
mudas para canteiros individuais quando atingirem 4-5 cm, as quais ficarão prontas para plantio no local definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido. 4.2.EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DA GOIABEIRA Embora a goiabeira tenha sido considerada durante muito tempo uma planta rústica (NAKAGAWA, 1988), tolerante à acidez (GUERRERO, 1991) e pouco exigente em termos de solo (PEREIRA & MARTINEZ JUNIOR, 1986; QUEIROZ et al., 1986), requerendo assim, pouca atenção (YADAVA, 1996), a aplicação racional de fertilizantes promove aumentos substanciais na produção de frutos (NATALE, 1993). A adequada nutrição mineral representa para a goiabeira, bem como para todas as frutíferas, um dos aspectos mais importantes para alcançar o sucesso nessa atividade tanto em áreas de recuperação, como voçorocas, matas ciliares, como em pomares economicamente rentáveis. 4.3.QUALIDADE DE MUDAS QUANTO AO SISTEMA RADICULAR As raízes são adaptadas para crescer através do solo e detém a função de absorção de água e nutrientes minerais nos espaços capilares entre as partículas do solo (TAIZ; ZEIGER, 2009). As raízes são importantes fontes de assimilados (reserva) para o crescimento de novas folhas, as quais, posteriormente, contribuirão para a formação de outras folhas e para o crescimento da planta (LARCHER, 2000). Bengough et al., (2011) afirma que os sistemas radiciais extensos são vitais às plantas, principalmente àquelas cultivadas em solos que contêm quantidade de água e nutrientes insuficientes. Lindgren e Robert (2006) apontam que as plantas que são pobres em raízes laterais poderão sofrer consequências em longo prazo em sua fase adulta devido aos problemas com a estabilidade delas no solo. Além disso, existe uma maior propensão à mortalidade devido à menor área total de raízes laterais pelo fato de não disporem de muitas reservas que ajudarão a torná-la mais resistente sob estresse.
etileno, em que baixas concentrações de auxina promovem o crescimento de raízes intactas, enquanto altas concentrações inibem o crescimento. Dessa forma, é provável que as raízes necessitem de uma concentração mínima de auxina para seu crescimento, porém ocorre a inibição do mesmo quando concentrações mais elevadas deste hormônio estão presentes, o qual promove o alongamento de caules (TAIZ; ZEIGER, 2009). 4.4.PARÂMETROS PARA CLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE MUDAS O padrão de qualidade de mudas de espécies florestais varia entre espécies e entre sítios, devido às características edafoclimáticas regionais. Com isso, o ideal é que as mudas produzidas apresentem características que possam oferecer resistência às condições adversas que poderão ocorrer durante seu estabelecimento e crescimento em campo. O aumento da porcentagem de sobrevivência é decorrente da utilização de mudas de melhor padrão de qualidade. Por diversas vezes, o replantio das mudas torna- se desnecessário, devido à pequena taxa de mortalidade constatada mesmo meses após o plantio, o que evita perdas para o produtor (CARNEIRO, 1995). Apesar do sucesso das plantações florestais estar relacionado principalmente às mudas utilizadas, a seleção dos parâmetros que avaliam a qualidade destas mudas ainda não está definida e, na maioria das vezes, a sua avaliação não é operacional em grande parte dos viveiros (GOMES et al., 2002). Entretanto, a qualidade das mudas reflete no crescimento futuro das árvores e, portanto, pode influenciar na produtividade da floresta (SIMÕES, 1987). Dentre os diversos parâmetros utilizados para a determinação da qualidade de mudas de espécies florestais para plantio, estão os fisiológicos e os morfológicos (características internas e externas ou fenotípicas, respectivamente). Entretanto, a qualidade tanto fisiológica quanto morfológica das mudas depende do patrimônio genético (conjunto dos genes do indivíduo) e da procedência das sementes, das condições ambientais e dos métodos e das técnicas de produção, das estruturas e dos equipamentos utilizados e do tipo de transporte dessas para o campo (STURION; ANTUNES, 2000; GOMES; PAIVA, 2004). Tanto os parâmetros fisiológicos quanto os morfológicos apresentam vantagens e desvantagens na avaliação da qualidade das mudas. Por esse motivo, podem ser utilizados sozinhos ou em conjunto, dependendo do nível de qualidade que se quer ter, de acordo com a finalidade da produção das mudas. Juntamente com os parâmetros morfológicos, os índices (resultantes das relações entre estes parâmetros) também
poderão ser usados para a classificação das mudas. Devido à facilidade de avaliações e, ou, visualizações, os parâmetros morfológicos são os mais utilizados, sendo os principais: altura da parte aérea, diâmetro do colo, biomassa seca aérea, biomassa seca radicial e biomassa seca total. Dentre os índices mais usuais estão a relação da altura da parte aérea com o diâmetro do colo e o índice de qualidade de Dickson (GOMES; PAIVA, 2004). Gomes e Paiva (2004) afirmam que a altura da parte aérea é um excelente parâmetro para avaliar o padrão de qualidade de mudas de espécies florestais, ainda que existam controvérsias sobre a definição do tamanho ideal de mudas para o plantio definitivo. Entretanto, a utilização da medição da parte aérea das mudas como único parâmetro pode apresentar deficiências no julgamento quando se espera alto desempenho delas em campo. Há controvérsias de que as mudas têm crescimento diferenciado em campo, independentemente de seu tamanho inicial. Isso pode ser consequência das práticas adotadas em viveiro. Mudas sombreadas, adensadas, estioladas ou com quantidades de adubações, principalmente nitrogenadas, acima do necessário ou desbalanceadas, possuem maiores alturas. Entretanto, na maioria das vezes apresentam haste fina, menor diâmetro de colo e menor biomassa seca, o que acarreta em menor resistência às condições adversas no campo, maior mortalidade e perdas econômicas (GOMES; PAIVA, 2004). No momento do plantio, a altura das mudas é fator influente para a sobrevivência e desenvolvimento dessas durante os primeiros anos. Existem valores de crescimento em altura mínimos e máximos, na fase de viveiro, sendo que as mudas que apresentam valores que estão fora destes, poderão ter desempenhos não satisfatórios depois de plantadas. As mudas devem apresentar um diâmetro de colo mínimo, conforme a espécie e que seja compatível com a altura (CARNEIRO, 1995). Assim, como a avaliação da altura da parte aérea, a medição do diâmetro do colo é um parâmetro fácil, viável e não necessita da destruição da muda para sua obtenção (GOMES et al., 2002). A medição do diâmetro do coleto é considerada como um dos mais importantes parâmetros para estimar a sobrevivência de mudas de diferentes espécies florestais, logo após o plantio. As mudas devem apresentar diâmetros de colo maiores para melhor equilíbrio do crescimento da parte aérea, principalmente quando for necessária a rustificação. Este parâmetro está fortemente correlacionado com o aumento nas taxas de sobrevivência, crescimento no campo e demais características das mudas, chegando a