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Este documento aborda a utilização dos anestésicos locais na área da medicina, com foco na produção de analgesia, bloqueios periféricos, raquianestesia e anestesia peridural. Ele detalha os diferentes tipos de fibras nervosas afetadas pelos anestésicos locais, as vantagens da raquianestesia, como a menor interferência com a função pulmonar e a redução da hipercoagulabilidade, além de discutir as contraindicações e cuidados necessários na realização desses procedimentos, como a suspensão de medicações, monitorização do paciente, sedação e posicionamento adequado. O documento também aborda a toxicidade dos anestésicos locais e as medidas a serem tomadas em caso de intoxicação. Com informações detalhadas sobre as técnicas, indicações e cuidados envolvidos, este documento pode ser útil para estudantes e profissionais da área de saúde que buscam compreender melhor a aplicação dos anestésicos locais em anestesia regional.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
● A principal utilização dos anestésicos locais na área da medicina é para produção de analgesia, para bloqueios periféricos em relação à anestesia, para bloqueios regionais para anestesias raquí e peridural. Existe um anestésico local que é a lidocaína, que é a xilocaína, é o mesmo anestésico o que muda é que xilocaína é o nome comercial.
● Lidocaína → Antiarrítmico também (indicado para quaisquer arritmias ventricular) → Age nas fibras de purkinje → Consta no protocolo de Atls (1 mg/kg) → Utiliza a nível de anestesia BLOQUEIA: tem bloqueador alfa adrenérgico na hora da intubação você ↓ a exacerbação do SNS e ↓ o reflexo de tosse.
Curva compatível ➔ Com base nessas imagens qual a outra utilização da lidocaína?
● As fibras são classificadas de acordo com o tamanho, a velocidade de condução e a função. ● Cada fibra tem uma função, objetivo e característica e possuem mielina, exceto a fibra C que é mais fina e não possui mielina (as demais possuem). ● As fibras pequenas são mais sensíveis que as grandes, e as fibras mielinizadas são bloqueadas mais rapidamente que as não mielinizadas de mesmo diâmetro. → FIBRA A – maior diâmetro e rápida condução → FIBRA B – função autonômica e localização simpática pré-ganglionar → FIBRA C – função de bloqueio autonômico (pós ganglionar simpático → bloqueia o SNS ), responsáveis pela percepção de dor e temperatura, amielínicas “Na raquianestesia em gestantes, é importante corrigir as causas antes de entrar com a medicação, por quê? A primeira causa de náusea e vômito na gestante é bloqueio do sistema nervoso simpático que estimula o centro do vômito, por isso não adianta expor a gestante a um antiemético se eu não excluir a causa. Então na raquianestesia a primeira coisa que acontece é bloqueio do sistema nervoso simpático do paciente, e a fibra mais fina é a primeira a bloquear. Primeiro a Fibra C e subsequente a B, Delta, Gama, Beta e Alfa. Ou seja, a Alfa que é responsável pelo sistema motor e é a última a bloquear .” ● Sucessivamente a ordem em relação às fibras durante a anestesia raqui vai acontecendo da seguinte forma: → FIBRA A DELTA – sensibilidade (formigamento) → FIBRA ALFA – bloqueio motor e propriocepção → FIBRA BETA – bloqueio motor e propriocepção → FIBRA GAMA – tônus muscular ● Ao ser exposto a raquianestesia é esperado episódios de formigamento logo após o paciente se deitar. ● Primeiro bloqueia o SN Simpático, depois bloqueio motor e propriocepção, fibra da sensibilidade (gera formigamento), bloqueio do tônus muscular e, por último, segundo bloqueio motor e propriocepção. ● Quando o efeito da raquianestesia está terminando, o paciente consegue mexer a perna mas não consegue sentir dor, porque o bloqueio vem voltando ao contrário, ou seja, primeiro bloqueia a fibra mais fina depois a fibra mais grossa, mas na hora do retorno é o contrário, primeiro a fibra mais grossa desbloqueando e por último a mais fina (aqui estamos falando de bloqueio de fibras nervosas e não de infiltração).
● Existem dois tipos de peridural, a analgésica e a anestésica , o que diferencia uma da outra é o volume anestésico (a dose da anestésica é muito maior). ● A peridural anestésica vem caindo em desuso, já que é limitada devido às chances de complicações, como a intoxicação, sem falar do risco de perfurar uma raiz nervosa, porque o calibre da agulha da peridural é muito mais calibrosa, já na raqui é super fina. ● É uma anestesia que tem que dominar muito bem a técnica ● É mais usada em analgesia em casos de parto vaginal para amenizar a dor da gestante. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DOS COMPOSTOS ● Através dessas propriedades direciona-se o tempo de duração, a toxicidade e a potência do anestésico: → PKA: quanto menor o PKA, mais rápido é o início de ação dele. → Coeficiente partição: quanto maior o coeficiente de partição, mais potente e mais tóxico o anestésico local é. → Ligação protéica: quanto maior a ligação protéica, mais longa a duração do anestésico local (é o que diferencia um do outro). Juliana Favaretto
somente quando o paciente apresenta resistência a bupivacaína , por exemplo.
● A Ropivacaína é um anestésico local recente, excelente medicação e tem ação vaso constritora. O seu pKa é de 8, ou seja, o início de ação é um pouco demorado, baixo coeficiente de partição, a potência e a intoxicação baixas, a ligação protéica é alta, similar a da Bupivacaína, ou seja, tem duração extremamente longa, e ela tem uma outra particularidade na fibra nervosa, na raiz nervosa porque ela dá mais bloqueio sensitivo do que bloqueio motor.
Lidocaína > 7 Ropivacaína > 2
2mg de bupivacaína possivelmente pode dar uma intoxicação por processo bucal.
7mg de lidocaína, porém lidocaína tem a com vaso e sem vaso, com vasoconstritor a lidocaína é 7 mg/kg e sem vaso 4,5 mg/kg
25 Parada cardiorrespiratória ● Concentração Plasmática Ideal: Juliana Favaretto
→Anestesia ideal →Concentração plasmática 1- →Analgesia ● Durante o ato anestésico é de boa conduta médica observar palavras inapropriadas e gosto metálico na boca, portanto ao administrar anestésico local deve-se fazer essa inspeção. ● O melhor método para evitar intoxicação do anestésico local, além de respeitar a dose, é aspirar à medicação no momento que está infiltrando o anestésico, se a medicação é administrada via intravascular independente da dose causará uma intoxicação.
→ O conceito de bloqueio neuroaxial consiste na interrupção abrupta e temporária da condução das raízes nervosas, nervos espinais e medula espinhal, por meio da adm de um anestésico no espaço subaracnóideo e peridural. Antigamente bloqueio neuroaxial era sinônimo de raquianestesia, conforme os anos foram passando começaram a utilizar o termo raquianestesia para falar bloqueio subaracnoideo e ficou como raquianestesia, mas em teoria bloqueio neuroaxial é sinônimo de raquianestesia. Na Raqui o anestésico é administrado no espaço subaracnóideo, já na Peridural é administrado no espaço peridural. IDENTIFICAR ESTRUTURAS DA COLUNA VERTEBRAL RAQUIANESTESIA X PERIDURAL ➔ Local e volume Peridural: espaço epidural, bloqueio indireto por dispersão: mais volume Raqui: espaço subaracnoideo no espaço da meninge, entre a piamater e a aracnóide. bloqueio direto nas raízes nervosas: menos volume ➔ A Raqui pode ser feita sentada ou deitada (nesta posição, o professor falou que faz em pacientes com mt dor, queimados, impossibilitado de sentar ou se movimentar).
O anestésico é adm no espaço subaracnóideo da meninge (entre a pia máter e a aracnoidea), promovendo bloqueio dos ramos (ou raízes nervosas) anteriores e posteriores dos gânglios posteriores (bloqueio sensitivo, motor e SN Simpático). “Tem duas agulhas, a de cima é a peridural e a de baixo é a raquianestesia que é a punção lombar, bloqueio subaracnoídeo”. Na Raqui o volume de anestésico e o calibre da agulha utilizada são menores que o volume de anestésico e o calibre da agulha utilizada na Peridural, pois o anestésico é administrado basicamente na medula espinal, na cauda equina, por isso não conta muito com a capacidade de dispersão do medicamento, não necessitando de grandes volumes ou agulhas de grande calibre dessa forma, a chance de uma Raqui gerar lesões medulares e repercussão hemodinâmica exacerbada é menor.
O sinal que indica que chegamos no espaço subaracnóideo é o extravasamento de líquor. A raquianestesia é utilizada em procedimentos cirúrgicos (ginecológico, obstétrica, ortopédica, varizes, urológico, perianal, hemorróida) e até mesmo para analgesia pós operatória (às vezes, pode fazer uma anestesia geral associada a raqui em uma paciente obesa, pois vai ser difícil pegar uma peridural em uma cirurgia muito invasiva, então, dá uma anestesia geral para conforto do paciente e do cirurgião e depois, pelo menos por 12 horas após a cirurgia a paciente não terá dor). VANTAGENS →A analgesia excede o tempo da cirurgia →Há uma menor interferência no sistema respiratório →Há menor incidência de TEP ( isso pode ser explicado pois a anestesia gera um bloqueio do SN Simpático, ocasionando uma vasoplegia, a qual diminui hipercoagulabilidade devido a vasodilatação, logo a chance de um evento tromboembólico é diminuído, além disso a função pulmonar está diminuída) →Há menor resposta endócrina metabólica ao trauma cirúrgico → A agulha mais usada para raquianestesia é a Agulha de Quincke, existem vários outros tipos de agulhas, essa grande variação está relacionada com a incidência de Juliana Favaretto
cefaléia pós-raqui, alguns estudos falam que umas agulhas promovem menos cefaléia que outras.
O anestésico é adm em um espaço anterior,uma camada anterior que é o peridural. A agulha é de maior calibre muito mais calibrosa e o volume administrado é maior gerando êxito na sua função através da dispersão do líquido anestésico por difusão das camadas fazendo bloqueio das raízes nervosas. “O volume, ele é bem diferente, na raquianestesia, estamos infiltrando basicamente ali...aliás estamos infiltrando na medula espinhal, né? Na cauda equina, bem embaixo um pouquinho. Na peridural como é antes a gente tem que colocar muito mais volume porque é por difusão, por dispersão do anestésico local. Então essa é a grande diferença da Raquianestesia e da Peridural”. Existem dois tipos de Peridural, a anestésica e a analgésica, a diferença se encontra na dose. Na anestésica é realizada a administração de 50 ml de anestésico. A peridural analgésica tem a sua diferença no volume, deve-se adm menos volume e fazer em um espaço mais baixo, porque um espaço mais baixo? Porque está utilizando uma agulha de grande calibre na peridural, o que dificulta a chance de lesão medular, se fizer muito em cima o risco é maior, devido a isso a peridural é indicada muitas vezes para analgesia no pós operatório. O fármaco entra por dispersão do anestésico local e fica agindo por muito tempo, pois ele não entra em contato direto com as raízes, dá uma analgesia de 24 a 48 hrs. “Eu gosto mais de fazer a nível de T12...L1, L3 e com anestésico volume bem inferior do que seria da peridural anestésica”.
É identificado por pressão negativa, quando chega no espaço peridural o êmbolo da seringa perde a resistência (êmbolo corre pra frente e acopla a seringa normal) logo é adm o fármaco. Um outro sinal é a bolha, quando está no espaço peridural essa bolha não fica deformada, ela mantém do mesmo jeito. CEFALÉIA PÓS-RAQUI A saída do liquor de forma abrupta do espaço extradural ocasionando deslocamento da massa encefálica gerando a cefaléia. Esta, cursa com dor em região cervical que pode disseminar para região frontal e temporal, é em tipo pontada. Os sinais clínicos que possibilitam sua identificação dizem respeito ao desaparecimento em 24 a 48 horas após o início, o paciente obtém melhora quando está em decúbito dorsal e piora quando está sentado, devido a gravidade que aumenta a pressão liquórica. A dor some após hidratação, repouso e uso de analgésicos. Existem alguns estudos que falam que há medicamentos que estimulam a produção de líquor como a aminofilina (broncodilatador). Além da aminofilina a (aceto alina-precisa confirmar) que é uma medicação da hiperplasia prostática benigna. Porém o procedimento padrão é: hidratação, repouso, decúbito dorsal e analgésico. Se a dor é muito intensa é indicado fazer tampão BLOOD PATCH (peridural onde aspira 20 ml de sangue e adm no espaço peridural, isso vai tampar o local de onde o líquor está saindo). Os fatores de risco para ocorrência desse quadro são mulheres até 30 anos, punções difíceis, agulha calibrosa (quanto mais calibrosa, maior o diâmetro para a saída do líquor), desidratação (gera deficiência na produção de líquor) e predisposição genética. Quanto mais grosso o calibre da agulha, maior o furo, mais vaza liquor, maior a chance de cefaléia pós raqui. Antigamente na década de 80 as agulhas eram muito mais grossas do que as atuais, então a incidência de cefaléia pós raqui era maior. Outro fator de risco maior também é a predisposição genética e a desidratação. Porque desidratação? O nosso organismo produz uma média de 400 e 500 ml de liquor em 24hs. Desses 400 a 500ml produzidos por hora apenas 150 a 200 fica ali no espaço subaracnóideo, paciente que é desidratado ele tem uma deficiência na produção de liquor, então consequentemente um pouquinho de extravasamento de líquor que sai para o espaço extradural, as chances de ter ali uma repercussão é muito maior. Juliana Favaretto
Quando o paciente toma uma Raqui, ou até mesmo uma peridural, ocorre bloqueio das fibras, a mais fina e a primeira a bloquear é a C, eu sei que bloqueou devido a queda na pressão (bloqueio de SN Simpático). A última é a fibra a bloquear é a motora, mas também é a primeira a voltar. “Então quando pega a anestesia, aí diminui o batimento? Bloqueio simpático! Uma das repercussões da raquianestesia além do bloqueio motor e sensitivo é o bloqueio, o que? Bloqueio do sistema nervoso simpático, quando bloqueia o sistema nervoso simpático o que acontece? Diminui a pressão e diminui a frequência, entendeu? Eu consigo associar isso, eu fiz a punção, paciente ainda ta mexendo a perna eu olho o monitor caiu 10-20% da pressão, a raqui pegou pegou, claramente que eu vou fazer outros testes também né? Tátil, térmico, doloroso, principalmente porque eu vou avaliar o nível da raqui, mas um dos sinais é esse tá certo? Bloqueia o sistema nervoso simpático, caiu a pressão”. Exame físico, clínica, toda vez que for fazer um procedimento, seja qual for, principalmente no centro cirúrgico uma raquianestesia é necessário examinar o paciente para saber qual é a basal é a normal dele. Acompanhamos o bloqueio das fibras através de testes sensoriais no mamilo (T4), processo xifóide (T6), último arco costal (T8) e região umbilical (T10), faz também teste térmico e doloroso. Eu adoro essa tabela. O dia que vocês chegarem ao centro cirúrgico e presenciarem um anestesista fazendo uma raquianestesia, vocês vão se sintonizar aí porque acontecem as manifestações clínicas. É por conta disso. Quais são os usos clínicos da Raquianestesia? Quando usamos uma Raquianestesia? R: No procedimento cirúrgico e até mesmo para analgesia Quais são as cirurgias que podemos utilizar a Raquianestesia? R: Cirurgias ginecológicas, cirurgias obstétricas, de membros inferiores, de varizes, urológicas, hemorróidas, perineal, anal, analgesia no pós-operatório. Às vezes eu faço uma anestesia geral associada a uma raquianestesia, por exemplo, em uma paciente obesa, vai ser difícil fazer uma peridural. Ela vai fazer uma retirada do cólon transverso por conta de um tumor, é uma cirurgia invasiva e dolorida, que não vai ser possível segurar somente com analgésicos, então é feita a anestesia geral para promover um conforto para o cirurgião e um manejo melhor da paciente no operatório, associado à uma Raquianestesia. É claro que a analgesia não vai ser como na peridural, porque ela tem maior duração dependendo do volume aplicado, no entanto, no pós operatório de, pelo menos 2 horas, a paciente terá uma redução da dor. Uma indicação para a Raquianestesia é quando os riscos da anestesia geral são aumentados. Ao final da aula, veremos que uma das contraindicações da Raquianestesia, é a recusa do paciente. Se o paciente disser que não quer tomar a Raqui, o anestesista tem que fazer outra alternativa, por exemplo, fazer uma anestesia geral. No entanto, o médico anestesista deve esclarecer quais são os riscos da anestesia geral, o custo benefício, exceto na gestante. Não se faz anestesia geral na gestante só porque ela quer. O bebê pode nascer com depressão respiratória. Na gestante, embora seja orientado o jejum, o esvaziamento gástrico é mais complicado, então é necessário considerar sempre que a gestante está com o Juliana Favaretto
estômago cheio, exigindo algumas particularidades, como não expor a paciente à uma anestesia geral, mesmo que ela não queira raqui. Quais as vantagens da Raquianestesia? ● Analgesia que excede o tempo cirúrgico ● Menor interferência com a função pulmonar (importante) ● Menor incidência de TEP → a Raqui bloqueia o sistema nervoso simpático e causa vasoplegia (lembrar da Tríade de Virchow = lesão endotelial, estase venosa e hipercoagulabilidade), assim, ocorre diminuição da hipercoagulabilidade em razão da vasodilatação, diminuindo as chances de ter um evento tromboembólico. A sedação na UTI pode ser tanto imunomoduladora, quanto imunossupressora. É importante saber isso pois é necessário saber qual é a medicação mais indicada na hora da indução anestésica, na intubação no pronto socorro e até na sedação em UTI, como já dito. Existe uma cultura na UTI de sempre utilizar Midazolam e Fentanil, entretanto, é necessário fazer um planejamento de forma individual para o paciente. USO CLÍNICO INDICAÇÕES Procedimentos: ● Ginecológicos ● Obstétricos ● MMII ● Urológicos ● Perineal e anal ● Analgesia pós-operatória ● Abdômen inferior ● Riscos da anestesia geral são aumentos VANTAGENS ● Analgesia normalmente excede o tempo cirúrgico ● Menor interferência com a função pulmonar ● Menor incidência de TEP ● Menor reação endócrino-metabólica ao trauma AGULHAS DE RAQUIANESTESIA ● Agulha de Quincke : bisel cortante, é muito utilizada – temos calibres 25G, 27G e 29g ● Agulha de Sprotte : mostra o desenho da agulha em ponta de lápis, possibilitando maior fluxo de LCR e menor resistência à injeção da solução do anestésico local. No entanto, a ponta é menos resistente quanto a deformação. ● Agulha de Whitacre : também em ponta de lápis. A ponta de lápis provoca menor orifício e que pode se fechar rapidamente. Como o orifício é muito pequeno, necessita de aspiração pois tem dificuldade no escoamento do LCR. Ponta não é cortante mas é afiada. Possui maior resistência à injeção. ● Agulha de Greene : precursora das agulhas ponta de lápis – 1930. Todas essas agulhas são agulhas para punção lombar. A mais utilizada hoje, também em razão do custo benefício, é a Agulha de Quincke. Por qual motivo existem tantas agulhas? Por causa da cefaléia pós raqui. Alguns estudos apontam que com determinadas agulhas, a incidência de cefaléia pós raqui é menor, sendo uma agulha semelhante a uma ponte de lápis, outra tem o bisel mais lateralizado, em outra o forame do bisel é um pouco mais anterior. Tipos de agulha de agulha peridural. A agulha da anestesia peridural é bastante grossa. A última da imagem é uma raqui com peridural, onde é feita uma peridural analgésica com um menor volume e uma raquianestesia mesmo Juliana Favaretto
Imagem de uma Raquianestesia com o paciente deitado ● Raro de ser feito ● Realiza-se em casos de paciente com muita dor, impossibilidade de locomoção, impossibilidade de sentar ou queimado ● É possível, também, realizar a raquianestesia com o paciente em decúbito ventral. ● Ex: paciente colocou prótese de glúteo e foi a óbito. Ao chegar no segundo dia com um processo inflamatório bastante intenso e com áreas de necrose, a paciente não conseguia ficar em decúbito dorsal, com muita dor. Realiza-se, então, a raqui com a paciente de barriga para baixo. ● Desvantagem: necessidade de ficar aspirando o líquido por conta da gravidade. A pressão da saída do líquor é um pouco menor (com o paciente deitado também existe essa dificuldade). ● Quando se vê a gota de líquor sair, sabemos que estamos no espaço subaracnóideo. O que fazer quando for administrar uma raquianestesia? ● Estado físico do paciente = classificação do ASA
nível de L1, 60% a nível de T12 e 10% a nível de L3, então é a linha de tuffier. ● Raquianestesia é a mais utilizada na anestesia local ● Anestésicos mais usados: Bupivacaína e lidocaína (está em desuso por ter complicações como a síndrome da cauda equina). ● Tipos de Bupivacaína: Isobárica e Hiperbárica. A diferença da Hiper para a Isobárica é a presença da Glicose, a Hiperbárica tem glicose. A baricidade do liquor é a mesma do anestésico local.
● Infecção no local da punção: eu não vou fazer uma raquianestesia se o paciente tiver com L3-L4 no local ali uma hiperemia, porque vamos deslocar bactérias para o espaço da meninge e esse paciente pode fazer até uma meningite. ● Recusa do paciente: o paciente tem o direito de recusar a raquianestesia, exceto em algumas circunstâncias. Colocamos na balança o custo benefício. Ah é um joelho, paciente 50 anos sem comorbidades e não quer tomar raqui, vocês vão ter que fazer uma anestesia geral. ● Coagulopatias : você vai puncionar sem saber se ele tem alguma coagulopatia? Paciente com coagulopatia ou Nr alargado, atividade protrombina diminuída, ou tap pode fazer hematoma, de repente você pode pegar um vaso sanguíneo, o que pode acontecer, mais posterior a meninge, as vezes você passa, ele faz um hematoma e pode fazer hematoma ali na região epidural, subaracnóidea. Pode fazer sintomas neurológicos transitórios e ele pode ficar paraplégico alguns meses. Sempre tem que ter um coagulograma, e tem outros pacientes que são anticoagulados, às vezes o paciente faz heparina, faz o uso do clopidogrel que é um antiagregante plaquetário, deveria ser suspenso 7 dias antes. Como que faz o tampão? R: O tampão a gente faz quando tem uma complicação pós raqui, que é a cefaléia pós raqui. Nesse caso de paciente que tem coagulopatia a gente nem faz a raqui. O tampão fazemos se ele tiver cefaléia pós -raqui. Cefaléia pós raqui é uma complicação da raqui. Extravasamento de líquor de forma abrupta para o espaço, então eu coloco o tampão antes alí, mas esse paciente eu só vou fazer a raqui se ele não tiver uma coagulopatia, se ele tiver uma coagulopatia eu não vou nem fazer a raqui, se eu não fizer a raqui ele não vai ter cefaléia pós raqui e muito menos eu vou precisar fazer o blood patch que é o tampão. ● Hipertensão intracraniana: Às vezes chegou um TCE moderado, o paciente está discretamente anisocórico, não coletar o líquor porque você pode exacerbar. Contra-indicação absoluta de punção lombar. ● Estenose aórtica grave, estenose mitral grave : Não podemos fazer devido a repercussão hemodinâmica, parada cardiorrespiratória, por conta do bloqueio do sistema nervoso simpático. ● Estado de choque: Se eu bloquearmos o simpático o paciente para. ● Choque séptico: qualquer estado de choque, paciente instável hemodinamicamente, porque na raqui você perde um pouco do controle do paciente, claro que você tem o manejo das drogas para corrigir a pressão, mas você hesita um pouco, é diferente, na anestesia geral você tem mais controle. CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS ● Sepsis: Síndrome da resposta inflamatória sistémica, Sirs+ Foco infeccioso, tem os critérios, paciente está em sepsis, ele está um pouco hipotenso, então avaliamos, o que vai beneficiar mais ele, uma punção em uma raqui ou uma anestesia geral. ● Déficits neurológicos preexistentes: se o paciente estiver já com uma lesão neural, estiver com uma parestesia, até uma hérnia de disco, é mais pra respaldo, a gente costuma não fazer. ● Alteração Valvar estenótica: tem alguns estudos atualmente que estão falando, estão permitindo fazer a raquianestesia dependendo da fração de ejeção do paciente. ● Deformidades da coluna vertebral: às vezes o paciente é difícil, tem alguma deformidade e pode falar que a deformidade foi causada pela raqui. ● Paciente não colaborativo: às vezes você tá com aquele paciente que não está colaborando, tá mexendo muito, de repente você pode fazer uma punção e de fato fazer um trauma medular. Quais são as complicações? R: Cefaleia pós-punção, fístula liquórica, hematomas, lesões medulares, aracnoidite adesiva, sintomas neurológicos transitórios, síndrome da cauda equina e meningites. ❖ Importante: Cefaléia pós raqui → Anti-inflamatório, dexametasona, volume 2000 de cristaloide, decúbito dorsal, saber identificar. → A Fístula liquórica é uma das complicações, não precisam saber o que que é a fístula liquórica, mas saber que é uma complicação. HEMATOMAS ● Lesões medulares : pouco frequente, é mais com a agulha de peridural. Juliana Favaretto
● Aracnoidite adesiva: é um processo inflamatório onde o paciente apresenta disfunções das raízes nervosas de L2-S5 , disfunção vesical, intestinal e graus variáveis de fraqueza em membros inferiores. Ela geralmente é causada por um processo químico, a hora que você realizar a antissepsia, se você não enxugar bem alí você pode deslocar clorexidina alcoólico no espaço da meninge e pode fazer uma aracnoidite, o paciente pode vir a óbito. ● Síndrome da cauda equina: é similar a aracnoidite adesiva, disfunção das raízes nervosas e alteração da sensibilidade de períneo, disfunção vesical e intestinal. Geralmente a síndrome da cauda equina é causada por processos neurotóxicos e processos traumáticos. Anestésico local, a lidocaína, ela é um pouco neurotóxica nesse caso, paciente que faz uma raqui em cela (quando a gente quer que só instala a raqui em uma região do corpo). Por ex hemorróidas, paciente 70 anos, não pode ter repercussão hemodinâmica e vai fazer a hemorróida, eu faço a punção e deixo ele um pouco sentado 3-4 minutos, não vai subir a raqui, porque ele tá sentado, vai instalar só na região do períneo, só que esse contato muito concentrado do anestésico local com a raiz nervosa, em especial a lidocaína pode gerar a síndrome da cauda equina. ● Meningite: é causada geralmente bacteriana por estafilos ou strepto por conta de anti sepsia inadequada. Juliana Favaretto