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Hidroxiapatita: uma opção promissora para regeneração óssea na Odontologia, Teses (TCC) de Odontologia

Este documento discute a hidroxiapatita (ha), um tipo de fosfato de cálcio, como uma opção promissora para regeneração óssea na odontologia. A ha pode ser natural ou sintética e apresenta biocompatibilidade relacionada à sua semelhança com a parte mineral do osso, permitindo ligações químicas que culminam na neoformação óssea. A ha é notável por sua excelente biocompatibilidade e propriedades osteocondutoras e osteoindutoras, sendo considerada uma alternativa promissora aos materiais autógenos tradicionais.

O que você vai aprender

  • Qual é a origem da hidroxiapatita natural e como é produzida a hidroxiapatita sintética?
  • Quais são as principais aplicações da hidroxiapatita na Odontologia?
  • Quais são as principais desvantagens da hidroxiapatita em comparação aos outros materiais de regeneração óssea?
  • Quais são as principais vantagens da hidroxiapatita em comparação aos materiais autógenos tradicionais?
  • Como a hidroxiapatita promove a regeneração óssea?

Tipologia: Teses (TCC)

2021

Compartilhado em 17/11/2022

marilia-grecco
marilia-grecco 🇧🇷

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES
INTEGRADAS DE OURINHOS
ODONTOLOGIA
MARILIA CESAR GRECCO
USO DA HIDROXIAPATITA NA REGENERAÇÃO ÓSSEA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
OURINHOS-SP
2021
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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES

INTEGRADAS DE OURINHOS

ODONTOLOGIA

MARILIA CESAR GRECCO

USO DA HIDROXIAPATITA NA REGENERAÇÃO ÓSSEA: UMA

REVISÃO DE LITERATURA

OURINHOS-SP

MARILIA CÉSAR GRECCO

USO DA HIDROXIAPATITA NA REGENERAÇÃO ÓSSEA: UMA

REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia das Faculdades Integradas de Ourinhos como pré-requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Odontologia. Orientador: -----

OURINHOS-SP

AGRADECIMENTO

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus que me deu forças e incentivos para concluir esta etapa da minha vida.

RESUMO

A hidroxiapatita (HA) vem ganhando cada vez mais espaço na Odontologia para uso na regeneração óssea de defeitos ósseos de etiologias variadas. Para o mesmo propósito, existe uma gama de materiais disponíveis no mercado, sendo que, atualmente aquele considerado padrão ouro é o de origem autógena. No entanto, devido a necessidade de um sitio operatório doador e disponibilidade óssea para doação, observa-se a crescente necessidade de buscar um material substituto ósseo com boas propriedades e biocompatibilidade. Nesse sentido, a HA, classificada como material de origem aloplástica, possui propriedades semelhantes ao osso natural e promove uma excelente regeneração óssea, mostrando-se, portanto, uma alternativa promissora. A HA é um tipo de fosfato de cálcio, e pode ser de origem natural, encontrada em corais e osso bovino, ou sintética que apresenta grande semelhança com a HA natural e sua biocompatibilidade está relacionada com a semelhança a parte mineral do osso, permitindo ligações químicas culminando na neoformação óssea com baixos índices de reabsorção. A HA também pode ser utilizada em associação com fosfato tricálcio (TCP) uma vez que o resultado, fosfato de cálcio bifásico, possui capacidade osteocondutora favorável. Portanto, a HA pode ser indicada como uma excelente opção na regeneração óssea dentro da Odontologia. Palavras-chave: Hidroxiapatita. Regeneração óssea. Defeitos ósseos. Aloplástico.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................

2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................

3 METODOLOGIA.................................................................................................

4 RESULTADO E DISCUSSÃO............................................................................

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................

REFERÊNCIAS...................................................................................................

INTRODUÇÃO

Na odontologia, é notável a frequência elevada de situações as quais necessitam de regeneração óssea devido a defeitos estruturais de etiologias variadas, como: reabsorção alveolares, doenças periodontais, sequelas pós- operatórias, remoção de tumores e cistos e reabsorções alveolares derivado a perda do elemento dentário (PETERSON, et al. , 2005). Para realizar a reabilitação estética e funcional desses defeitos ósseos, diversos biomateriais estão disponíveis no mercado para uso do profissional. Algumas características são consideradas ideais para esses materiais, como a biocompatibilidade ou biotolerância, e a capacidade de induzir a formação óssea autógena, tornando possível a regeneração tecidual do local em questão e, consequentemente, viabilizando a reabilitação morfofuncional do indivíduo. O osso autógeno é considerado padrão ouro na substituição óssea, no entanto, existem limitações no uso dessa modalidade, uma vez que, por necessitar de uma região doadora, seu fornecimento é limitado e dependente da disponibilidade óssea do paciente em um outro sítio (HIROTA, et al. , 2009). Ainda, o enxerto autógeno demanda a intervenção em um segundo sítio cirúrgico resultando em maior morbidade pós-operatória e elevando o risco de intercorrências transoperatórias, como hemorragias (GOETZ; PAPAGEORGIOU, 2017). Dessa forma, há uma incessante busca por novos biomateriais que apresentem biocompatibilidade ou biotolerância e propriedades osteogênicas, assim como o osso autógeno. Considerando-se a origem, os biomateriais podem ser classificados em: autógenos, homógenos, xenógenos – também chamados alógenos – e aloplásticos:

  1. Autógenos: são materiais retirados do próprio paciente e possuem proteínas osteomorfogenéticas que podem induzir a formação de nova cartilagem ou novo tecido ósseo quando implantados em locais não ósseos (BEZERRA et al. , 2002).
  2. Homógenos: são tecidos transplantados entre indivíduos da mesma espécie, obtidos através de osso de cadáveres armazenados em bancos de doação, os quais necessitam de um processo de descontaminação e esterilização para que seu uso seja viabilizado. (BEZERRA, et al. , 2002)

Esta revisão de literatura justifica-se pela crescente necessidade de maiores evidências que fundamentem o uso de um material que apresente biocompatibilidade, propriedades osteogênicas favoráveis, reabsorção controlada e morbidade pós cirúrgica aceitável. Assim, o presente trabalho procura trazer uma revisão da literatura sobre a hidroxiapatita, um material sintético promissor na reparação dos defeitos ósseos na Odontologia.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nas últimas décadas, os substitutos ósseos sintéticos receberam grande atenção da pesquisa científica. Em grande parte, essa atenção se deve pois seu uso permite que um sítio cirúrgico doador seja poupado durante o procedimento de regeneração óssea. Soma-se a isso a possibilidade de obtenção de grandes quantidades de material a ser enxertado, o que favorece procedimentos com perdas estruturais extensas. Além disso, a HA é similar ao osso natural, não provocando respostas imunes e apresentando padrões de reabsorção e de degradação bastante lentos, sendo detectadas neoformação óssea ao redor de suas partícula Dentro da ampla gama de substitutos ósseos, a HA sintética tem se mostrado um material com excelentes prospectivas (GOETZ; PAPAGEORGIOU, 2007). Isso porque a HA é considerada biocompatível, não imunogênica, além de possuir propriedades osteocondutoras e osteoindutoras (GOETZ; PAPAGEORGIOU, 2007). Os substitutos de origem aloplástica possuem várias vantagens sobre os aloenxertos, incluindo fornecimento ilimitado, fácil esterilização e armazenamento (OH; SOHN, 2019), características que favorecem o uso em ambiente ambulatorial. Considerando-se a acessibilidade do profissional ao material, formas de apresentação e resultados obtidos com o uso da HA, seu custo-benefício se sobrepõe a outros biomateriais concorrentes. O estudo de Souza e et al (2016) avaliou as características da HA e suas formas de apresentação em enxertos ósseos na área da implantodontia e enxerto de seio maxilar. Segundo esse autor, poucos relatos negativos foram observados em relação à HA, a qual apresenta uma excelente biocompatibilidade e composição química similar à fase mineral do osso, atuando como arcabouço para formação óssea.

As formas mais comuns de apresentação são grânulos ou blocos. Porém, devido a fragilidade de susceptibilidade a fraturas, pode-se fazer a associação com outros biomateriais como o trifosfato de cálcio bifásico (TCB), biocompatível e com excelente osteocondução, característica que representa a capacidade do enxerto em direcionar a neoformação óssea (SOUZA, et al. , 2016). No caso de enxerto com levantamento de seio maxilar, a HA simplifica o procedimento, diminui o tempo cirúrgico e propicia um bom volume para a instalação do implante. O estudo de Oh e Sohn (2007) comparou a HA, fosfato tricálcico, sulfato de cálcio, separadamente e combinados, como alternativa para o enxerto autógeno. Os autores concluíram que não há um biomaterial ideal, uma vez que cada defeito ósseo necessita de uma indicação específica em relação a necessidade clínica. O aloenxerto tem várias vantagens, incluindo facilidade de uso, perfis de segurança aprimorados, vantagens de tempo, disponibilidade em diversos tamanhos e formatos e nenhuma morbidade do local doador, porém apresenta desvantagens durante a fase de esterilização do material e armazenamento que geram mudanças nas propriedades do material, gerando assim a necessidade de um novo substituo ósseo. O substituto ósseo de escolha mais ideal deve atender a condições de osteocondução, osteogênese e osteoindução, não ter risco de rejeição imunológica (biocompatível) ou infecção por doença e atingir a incorporação do enxerto no osso hospedeiro sendo gradualmente substituído por osso regenerado através da semelhança estrutural do material. Hoje, vários tipos de produtos cerâmicos são compostos de fosfato de cálcio, incluindo hidroxiapatita (HA) e fosfato tricálcico (TCP), ou (sulfato de cálcio), ou seus derivados. A cerâmica não apresenta limitações de quantidade, risco de morbidade e infecção da área doadora e é de fácil esterilização e armazenamento, porém a aplicação primária da cerâmica é principalmente focada em defeitos ósseos uma vez que é um material frágil e de baixa resistência mecânica. Como a quantidade de reabsorção da cerâmica varia de acordo com o material, se a reabsorção não ocorrer de maneira adequada, ela pode impedir a remodelação óssea. A hidroxiapatita apresenta uma reabsorção maior que o fosfato tricálcico e por isso a associação dos dois materiais é indicada pois, dependendo da proporção da mistura desses dois componentes, é possível ajustar a velocidade e o grau de absorção e resistência mecânica.

tricálcico (TCP) com propriedades físico-químicas favoráveis de cada composto, porém não osteoindutoras.

3 METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa descritiva sobre a aplicação da hidroxiapatita utilizada em enxertos ósseos na área odontológica. As plataformas utilizadas para o levantamento bibliográfico foram PUBMED e Scielo. Foram considerados os artigos de 2016 a Março de 2021, utilizando-se as palavras-chave “enxertos ósseos (bone graft)”, “substitutos ósseos (bone substitutes)”, “hidroxiapatita (hydroxyapatite)” e “e (and)”. Como critério de inclusão, foram considerados substitutos ósseos odontológicos, estudos de hidroxiapatita na substituição óssea, foram consideradas as revisões sistemáticas, revisões de literatura e análises do biomaterial e artigos de acesso aberto (open access). Como critério de exclusão, foram desconsiderados substitutos ósseos aplicados em áreas paralelas a Odontologia, estudos clínicos e experimentais.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A HA representa uma alternativa para o enxerto autógeno. Ela é o principal componente inorgânico de tecidos, tais como: ossos, dentes e unhas. As biocerâmicas mais frequentemente utilizadas como substitutos ósseos são os fosfatos de cálcio, dentro dos quais encontramos a HA ocupando local de destaque. Com as suas partes porosas, as HAs têm sido utilizadas com sucesso, visto que promovem a adesão celular e, portanto, favorecendo a formação de uma ligação entre o material implantado e o osso remanescente (SOUZA, et al. , 2016). Heinemann et al. (2009) avaliaram o sucesso de implantes, bem como a reabsorção do enxerto no seio maxilar e a perda óssea marginal ao redor dos implantes quando a HA é utilizada como enxerto. Neste estudo, os autores constataram que, decorridos três anos de instalação dos implantes, os mesmos mostravam-se estáveis ao osso marginal e à área do enxerto. As perdas ósseas marginais no primeiro ano foram menores que 1 mm; no segundo ano menores que 0,2 mm e, posteriormente, não houve perda óssea marginal significativa. Outra

recomendação de uso das HAs em enxertos é para se evitar a perda do volume inicial conseguido imediatamente após o procedimento, uma vez que oferecem um arcabouço para o enxerto autógeno e a manutenção da altura (SOUZA, et al., 2016). A HA apresenta características de osteocondução e biocompatibilidade, promovendo uma boa resposta local e sistêmica por se tratar de um material sintético semelhante ao osso natural. Dessa forma, mostra-se como um material seguro e com bons resultados, pois é biocompatível e apresenta padrões baixos de reabsorções e degradações teciduais. Além disso, a HA pode ser indicada para diferentes defeitos ósseos, como levantamento do assoalho do seio maxilar, enxerto imediato associado a colocação de implantes dentários, enxertos ao redor de implantes previamente instalados, entre outros. Outra característica positiva da hidroxiapatita reside no fato de que as áreas enxertadas apresentam um reparo tecidual com boa vascularização, além de rigidez e resistência semelhantes às do tecido ósseo maxilar. Os implantes inseridos também apresentam boa estabilidade primária e aguardam o tempo de osseointegração para serem reabilitados (SOUZA, et al., 2016). Segundo SOUZA et al. (2016) a formação óssea evidente de osso novo pode ser observada em 20% dos casos de implantes, em quatro semanas de pós- operatório, quando utiliza-se HA e fosfato de cálcio granulado, onde a taxa de formação do osso pode chegar a 50% em quatro semanas de implantação. Esses dados ratificam a qualidade osteocondutora da hidroxiapatita em termos de resposta clínica, não produzindo reações celulares diferentes e confirmando a compatibilidade óssea e a boa integração com o tecido ósseo. Uma categoria da HA que também possui boas características é o da marca comercial Bio-Oss, Geistlich®, que é uma hidroxiapatita bovina mineral, apresentando cristalinidade e composição química semelhante ao osso mineral natural e, devido às suas propriedades osteocondutoras, atua também como um arcabouço, favorecendo a neoformação de capilares sanguíneos, de tecido perivascular, além da migração de células do leito receptor. As principais vantagens do uso da HA são: o resguardo de um segundo sítio cirúrgico, sua biocompatibilidade e sua capacidade de formar uma ligação direta

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

FERREIRA, L.C. Avaliação da biocompatibilidade de diferentes biomateriais aplicados na substituição óssea: revisão de literatura. 2010. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. JORDANA, Fabienne; LE VISAGE, Catherine; WEISS, Pierre. Substitutos ósseos. Médicine Sciences. Janeiro, 2017. Vol. 33, n.1, p. 60-5. Disponível em:https://www.medecinesciences.org/en/articles/medsci/pdf/2017/01/ medsci20173301p60.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. SOUZA, Gilberto et al. Hidroxiapatita como biomaterial utilizado em enxerto ósseo na implantodontia: uma reflexão. Revista Odontológica de Araçatuba. Araçatuba, v.37, n.3, p. 33-39, Setembro/Dezembro, 2016. Disponível em: https://apcdaracatuba.com.br/revista/2016/12/5.pdf. Acesso em: 01 abr. 2021. SOHN,Hong-Sang; OH, Jong-Keon. Revisão de enxerto ósseo e substitutos ósseos com ênfase em cirurgias de fratura. BMC BioMed Central. Março, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s40824-019-0157-y. Acesso em: 08 abr. 2021. .