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Guias e Dicas
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Silvicultura: Benefícios, Classificação e Situação Florestal no Brasil., Manuais, Projetos, Pesquisas de Silvicultura

Uma introdução à silvicultura, incluindo conceitos básicos, classificação de florestas e a situação florestal no brasil. A silvicultura é a ciência que trata da administração técnica de florestas, visando o fornecimento contínuo de benefícios. Os benefícios indiretos incluem conservação do solo, infiltração de água, abastecimento de nascentes, recarga de aquíferos, interceptação de água da chuva, aumento da umidade relativa e diminuição da temperatura local, proteção de fauna e flora, e garantia da sobrevivência de seres vivos na biosfera aquática e terrestre. O documento também discute os benefícios ambientais do setor florestal, incluindo a importância da densa malha de raízes em superfícies com eucalipto e a administração técnica de uma floresta.

O que você vai aprender

  • Quais são as principais classificações de florestas?
  • Como a silvicultura contribui para a conservação do solo?
  • Como a silvicultura afeta a produção de madeira?
  • Qual é a importância da administração técnica de uma floresta?
  • Quais são os benefícios diretos e indiretos da silvicultura?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Miguel86
Miguel86 🇧🇷

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UNIVERSIDADE PAULISTA
Campus de Jaboticabal
MÓDULO 1
Departamento de Produção Vegetal
DISCIPLINA:
TEMA:
PROFESSORES:
EDIÇÃO: 04
Silvicultura
Introdução à Silvicultura: conceitos, classificação
das florestas e situação florestal brasileira.
Sérgio ValiengoValeri
Rinaldo César de Paula
Atualizada e ampliada
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1.CONCEITO DE SILVICULTURA
Silvicultura é a ciência que trata da administração técnica das florestas,
visando o fornecimento contínuo de benefícios.
O fornecimento é contínuo porque a demanda por produtos de origem
florestal é alta e a floresta é a garantia da sobrevivência humana no planeta. As
árvores são culturas perenes e não compensa formar uma povoamento florestal por
pouco período, por exemplo 7 anos e depois instalar uma cultura agrícola, pois o
custo de destoca é alto.
Os benefícios são classificados em diretos e indiretos. Os benefícios diretos
são os produtos que as florestas fornecem diretamente ao homem e suas diversas
formas de uso.
unesp
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
Fonte: comunicação pessoal
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Baixe Silvicultura: Benefícios, Classificação e Situação Florestal no Brasil. e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Silvicultura, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE PAULISTA

Campus de Jaboticabal

MÓDULO 1

Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: EDIÇÃO: 04 Silvicultura Introdução à Silvicultura: conceitos, classificação das florestas e situação florestal brasileira. Sérgio ValiengoValeri Rinaldo César de Paula Atualizada e ampliada

1.CONCEITO DE SILVICULTURA

Silvicultura é a ciência que trata da administração técnica das florestas, visando o fornecimento contínuo de benefícios. O fornecimento é contínuo porque a demanda por produtos de origem florestal é alta e a floresta é a garantia da sobrevivência humana no planeta. As árvores são culturas perenes e não compensa formar uma povoamento florestal por pouco período, por exemplo 7 anos e depois instalar uma cultura agrícola, pois o custo de destoca é alto. Os benefícios são classificados em diretos e indiretos. Os benefícios diretos são os produtos que as florestas fornecem diretamente ao homem e suas diversas formas de uso.

unesp

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS Fonte: comunicação pessoal

Os benefícios indiretos são os valores indiretos ou sociais fornecidos pela floresta, como conservação do solo, infiltração da água no solo e abastecimento de nascentes, recarga de aquíferos, interceptação de água da chuva, aumento da umidade relativa e diminuição da temperatura local, proteção de fauna e flora, garantia da sobrevivência dos seres vivos na biosfera aquática e terrestre. A seguir segue um exemplo de projeto de reflorestamento que visa benefícios indiretos, como conservação do solo, nascentes e recarga de aquífero: Fonte: Vasconcelos ([2014?])

Com relação aos benefícios ambientais do setor florestal, estima-se, por exemplo, que os 7,8 milhões de hectares de área de plantio florestais no Brasil são responsáveis pelo estoque de aproximadamente 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO 2 eq) − medida métrica utilizada para comparar as emissões dos vários gases de efeito estufa, baseada no potencial de aquecimento global de cada um: Fonte: Plantar Carbon e Poyry (2015), apresentado por Ibá (2016) Papel da floresta plantada no ciclo hidrológico: A. Escoamento superficial. Os plantios florestais, intercalados com as florestas naturais, garantem a regulação do fluxo hídrico. Por isso é fundamental a preservação dos entornos das nascentes e cursos d'água e a conservação dos solos. B. Lençol freático. A densa malha de raízes em superfícies com eucalipto melhoram a estruturação física e porosidade do solo, permitindo melhor infiltração de água e maior abastecimento do lençol freático. C. Microbacias As ações de manejos agrícola e florestal devem focar a proteção das áreas críticas das microbacias, a fim de garantir sua resiliência. A manutenção das matas ciliares é o fator-chave para a integridade da microbacia. D. Rios A serapilheira formada por folhas e galhos caídos no solo e mantidos durante a colheita contribui para a retenção de água, e isso diminui a quantidade de sedimentos carregados aos corpos d'água, mantendo o fluxo e a qualidade da água Fonte: Ibá ([2016?]).

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A administração técnica de uma floresta consiste da adoção de métodos científicos que permitem a formação, condução, proteção, exploração, regeneração e utilização da floresta. Fonte: https://www.google.com.br/search?q=Silvicultura&rlz=1C1XBRQ_enBR592&espv= &source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=vPTbU- DpKOLesAST5IGgDQ&ved=0CAYQ_AUoAQ&biw=1366&bih= Fonte; Silvicultura do eucalipto (ESPECIAL, 2014) Regeneração de eucalipto por brotação das touças. A regeneração florestal pode ser natural ou artificial. A artificial consiste geralmente em plantar muda no campo e promover a brotação das touças. Silvicultura do Pinus : desrama e exploração da madeira sem nó.

O Conceito de Floresta: estratificação vertical e classes de dominância das árvores Ecossistema é qualquer unidade que inclua a totalidade dos organismos (comunidades) de uma área determinada, que atuam em reciprocidade com o meio físico de modo que uma corrente de energia conduza a uma estrutura trófica, a uma diversidade biótica e a ciclos biogeoquímicos (ODUM, 1977). No ecossistema florestal há predomínio de árvores, em termos de biomassa, e o dossel se encontra fechado pela copa das árvores dominantes (Dom), codominantes (Cod) e intermediárias (Int). As árvores dominadas (dm) são aquelas cujas copas se encontram abaixo do nível geral do dossel. Árvores dominantes são aquelas cujas copas atingem os níveis mais elevados do dossel e dominam as árvores de menor vigor. A copa dessas árvores recebe luz vinda de cima e em parte lateralmente, ficando à sombra apenas os galhos mais baixos da copa. Árvores codominantes são aquelas cujas copas recebem plena luz pela parte superior e relativamente pouca luz das partes laterais. Juntamente com as dominantes, constituem a parte mais importante do dossel florestal. Árvores intermediárias são aquelas cujas copas se localizam entre os espaços deixados pelas copas das árvores dominantes e codominantes. As copas destas árvores, embora tenham altura próxima ao nível das duas classes anteriores, geralmente são pequenas e comprimidas, recebendo um pouco de luz na parte superior e nenhuma luz dos lados. Árvores dominadas , cujas copas se encontram abaixo do nível geral do dossel florestal, não recebem nenhuma luz direta, nem de cima e nem dos lados.Assim, essas árvores dominadas recebem luz filtrada e juntamente com as árvores e plantas do sub-bosque fazem parte do grupo dos indivíduos jovens. Essas plantas de pequeno porte são conhecidas como regeneração pela importância que exercem no processo de regeneração florestal. A regeneração inclui o banco de plântulas (recém germinadas). O banco de sementes é composto pelo grupo de sementes presentes na serapilheira (manta orgânica florestal) e nas primeiras camadas de solo (5 cm de profundidade).

Dossel

Sub-bosque

Regeneração

Banco de sementes

e serapilheira

Cod Int^ Dom

dom

Os Biomas Terrestres são caracterizados pelas formas de crescimento dominantes da vegetação que também dependem do meio físico (CAIN et al., 2011 ), e suas principais características relacionadas à Silvicultura são estas:  Os biomas são grandes comunidades biológicas modeladas pelo ambiente físico onde se encontram. Eles refletem às variações climáticas e edáficas que ocorrem nas diferentes latitudes e altitudes do planeta.  Os biomas são classificados pelas formas mais comuns de organismos, geralmente plantas, distribuídas ao longo de extensas áreas geográficas. Um mesmo bioma pode ocorrer em diferentes continentes.  Os biomas Savana aberta, Campos subtropicais e temperados, Deserto e Tundra não possuem ecossistemas florestais, pois não há predomínio de árvores.

Os biomas variam com as médias anuais de temperatura e precipitação. Quando representados em um gráfico de temperatura e precipitação, os nove principais biomas terrestres formam um triângulo (CAIN, 2011). Florestas tropicais pluviais ocorrem em regiões de baixas latitudes( entre 10ºN e 10ºS) com precipitação acima de 2.000 mm e em algumas florestas mais de 10.000 mm, onde as temperaturas são quentes, sazonalmente invariáveis, com predomínio de árvores latifoliadas perenifólias e decíduas. Florestas tropicais estacionais e savanas ocorrem entre os Trópicos de Câncer (23,5ºN) e de Capricórnio (23,5ºS), com grande variação de precipitação que se torna sazonal, com pronunciadas estações úmidas e secas associadas com o deslocamento da zona de radiação solar máxima, denominada como zona de convergência intertropical ou ZCIT, dentro dos limites da zona tropical quando a Terra orbita o sol. A ZCIT se move da latitude 23,5ºN em junho para 23,5ºS em janeiro, levando a estação chuvosa para onde ela for, conhecido como deslocamento da ZCIT. Essa região é caracterizada por um extenso gradiente no clima em função da sazonalidade da precipitação. Nas savanas, onde há maior abundância de gramíneas e arbustos com menos árvores o ecossistema não é florestal. No Brasil, a savana é conhecida por cerrado. O cerradão e alguns trechos de cerrado (capões) são florestas e o campo cerrado não é floresta. Savana é uma transição entre Floresta Tropical e Deserto. Desertos quentes contêm populações esparsas de plantas e animais, refletindo as limitações causadas pelas altas temperaturas e baixas disponibilidades de

água. Campos temperados ocorrem por toda América do Norte e Eurásia (as Grandes Planícies e as estepes da Ásia Central) em latitudes entre 30º e 50ºN. Campos do hemisfério Sul (pampas argentinos) e de latitudes similares nas costas leste da América do Sul, Nova Zelândia e África. Essas vastas extensões são dominadas por gramíneas e se parecem a um oceano terrestre, com “ondas” de plantas impulsionadas pelo vento, curvando-se às rajadas de vento que sopram através delas. Bosques arbustivos e bosques temperados ocorrem em regiões com um regime de precipitação predominante no inverno. Ocorrem em climas do tipo mediterrâneo nas costas ocidentais das Américas, África, Austrália e Europa, entre 30º e 40ºN e 30º e 40ºS. Esses climas do tipo mediterrâneo são caracterizados pela assincronia entre a precipitação e a estação de crescimento no verão. A precipitação ocorre principalmente no inverno, e o tempo quente e seco ocorre em todo o final da primavera, verão e outono. A vegetação é caracterizada por arbustos perenifólios e árvores. As folhas perenes permitem às plantas serem ativas durante os períodos mais frios e mais úmidos e também reduzirem suas demandas por nutrientes, pois elas não têm que desenvolver novas folhas a cada ano. Muitas plantas desse tipo de clima possuem folhas esclerofilas, duras, coriáceas e resistentes. As plantas são adaptadas a solos secos e podem fazer fotossíntese e crescer a taxas reduzidas durante o verão. Bosques arbustivos são encontrados na Austrália ( mallee ), na África do Sul ( fynbos ), no Chile ( matorral ), ao redor do Mar Mediterrâneo ( maquis ) e na América do Norte ( chaparral ). Os bosques arbustivos não são florestas, mas nesses climas do tipo mediterrâneo trechos desses bosques são substituídos por florestas de carvalhos, pinheiros, zimbros ou eucaliptos (Austrália). Florestas temperadas decíduas são restritas ao Hemisfério Norte, ocorrem na zona temperada entre 30º e 50ºN,nas bordas leste e oeste da Eurásia e no leste da América do Norte, onde ocorrem longos períodos de tempo de frio intenso e com neve. Suas árvores possuem folhas decíduas, sensíveis ao congelamento. Ocorrem em áreas com precipitação suficiente para sustentar o crescimento de árvores (500 a 2.500 mm ano-^1 ) e onde os solos são férteis suficientemente para suprir os nutrientes perdidos quando as folhas caem no inverno. Nesse bioma florestal ocorrem carvalhos, bordos e faias nos dois continentes. A estrutura vertical da floresta inclui um dossel de espécies arbóreas bem como árvores mais baixas, arbustos e ervas de folhas largas que ocorrem debaixo do dossel. O bioma de floresta temperada decídua foi explorada para produção de madeira e trechos foram desmatados para o desenvolvimento agrícola por séculos devido aos solos férteis. Desde o início do século XX a agricultura gradualmente foi transferida das zonas temperadas para os trópicos e no local foram feitos reflorestamentos. Florestas temperadas perenifólias ocorrem em uma ampla gama de condições ambientais na zona temperada, desde zonas costeiras quentes até regiões continentais frias e climas marítimos tanto no Hemisfério Norte como no Sul entre as latitudes 30º e 50º. A precipitação varia de 500 a 4.000 mm por ano. Na América do Norte, as espécies arbóreas incluem coníferas como sequoia-gigante ( Sequoiadendrongiganteum ) associada a pinheiros com folhas aciculadas conhecidos como abetos-de-douglas ( Pseudotsugamenziesii ) na Califórnia e

  • Floresta Subtropoical: ombrófila mista (coníferas e folhosas) e estacional semidecidual. Serapilheira composta por "litter" novo e "litter" velho, e camada de fermentação.
  • Algumas variações de savanas: Cerradão, alguns trechos de Cerrado e trechos de Caatinga (savana estépica). Floresta Equatorial (CAMPOS, 1926): a) das Várzeas e b) das Terras Firmes Classificação das vegetações brasileiras como base em Veloso (1991) e IBGE (2012): IBGE (2012).

Classificação das Florestas Quanto à Origem Florestas Naturais: são as florestas formadas naturalmente, como resultado da sucessão vegetal, onde diferentes comunidades vegetais vão ocupando a mesma área. Assim, através da evolução natural, origina-se a floresta natural ou primária. Florestas Artificiais: também conhecidas como florestas implantadas, são aquelas que se originam em consequência da atividade humana, quer através da semeadura, do plantio de mudas ou da brotação de touças. Floresta tropical é considerada um mosaico de clareiras em diferentes estágios de sucessão. Esse tipo de sucessão é resultante da regeneração natural que ocorre após a queda de uma árvore. As florestas que sucedem naturalmente à floresta primária, quando esta é destruída, recebem a denominação de florestas secundárias. À esquerda é apresentado um exemplo de floresta artificial: cultura de eucalipto ou povoamento de eucalipto em fase de exploração. Luis Antônio, SP,

Fonte: Ab'Sáber e Marigo ( 2009 ) Nota: fotografia de Luiz Claudio Marigo

Classificação das Florestas Quanto à Função Fonte: Grupo Feltre (2009) Florestas Comerciais ou de Produção: exemplo de uma cultura de eucalipto. No Brasil, as culturas de espécies madeiráveis mais plantadas são dos gêneros Eucalyptus e Pinus. Cadastro Ambiental Rural - CAR foi instituído pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e é um dos principais instrumentos do novo Código Florestal Brasileiro (Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012) e fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Trata-se de um registro permanente que permitirá conhecer as áreas produtivas e as áreas preservadas – Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e de Reserva Legal (RL). Florestas de Proteção: exemplo de matas ciliares às margens de represas, nascentes e cursos d'água que constituem áreas de preservação permanente. Toda propriedade agrícola e florestal precisa incluir informações de seus imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Fonte: IBÁ (2014)

Floresta de Proteção: áreas de preservação permanente ao redor de nascentes e ao longo de cursos d'água no interior de plantações de eucalipto. Fonte: Gupo Feltre (2009) Ocupação de florestal no Brasil em 2008: Fonte: Gupo Feltre (2009)

Fonte: Ab"Sáber e Marigo (2009). Nota: fotografia de Luiz Claudio Marigo Florestas Inequiâneas: árvores de idades diferentes. Classificação das Florestas Quanto à Espécie Existem dois grandes grupos de espécies quanto ás características morfológicas: coníferas e folhosas Floresta dominada por araucária ou pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) na cimieira dos Aparatos da Serra - SC/RS. Fonte: Ab"Sáber e Marigo (2009). Nota: fotografia de Luiz Claudio Marigo Florestas de Coníferas .

Floresta Amazônica Fonte: Ab"Sáber e Marigo (2009). Nota: fotografia de Luiz Claudio Marigo Florestas de Folhosas

4. SITUAÇÃO FLORESTAL NO MUNDO E NO BRASIL

De acordo com FAO (2011), existem cerca de quatro bilhões de hectares de florestas na Terra, cuja distribuição pode ser observada no Quadro 1. A Federação Russa, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América e China são responsáveis por mais da metade da área total. As estimativas indicam que cerca de um bilhão de hectares equivalente a 25% das florestas existentes no mundo, estão na Europa, cerca de 864 milhões de hectares (21%) estão na América do Sul, dos quais cerca de 520 milhões de ha estão no Brasil (13%), 705 milhões de hectares (17%) estão na América do Norte e Central, cerca de 675 milhões de hectares (17%) na África, perto de 593 milhões de hectares (15%) encontram–se na Ásia e 191 milhões de hectares (5%) estão na Oceania. Do total de floresta estimado (4 bilhões de ha), 366 milhões são protegidas com a função de conservação da biodiversidade e 299 milhões para conservação do solo e água, cuja distribuição por regiões são apresentadas no Quadro 2. O Quadro 3 apresenta a distribuição das áreas de florestas naturais para exploração racional (florestas primárias para produção) e das florestas plantadas para fins comerciais. Em todo o planeta, o setor florestal contribui com cerca de 1,0% do PIB mundial, emprega 0,4% da força de trabalho total e é responsável por 2,4% do comércio mundial, (FAO, 2011). O valor das exportações de produtos florestais atingiu US$ 330 bilhões em 2007, devido ao comércio internacional de produtos florestais que tem se expandido no mundo (FAO, 2008). Comparando com a produção agrícola, dados do Instituto Brasileiro de