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Um estudo que testou um modelo teórico sobre intenção de rotatividade, analisando a relação desta com três dimensões de bem-estar no trabalho: satisfação, envolvimento e comprometimento organizacional, moderada pelo capital psicológico. O estudo utilizou análises de regressão linear múltipla hierárquica e identificou que o capital psicológico atua como moderador na relação entre bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade, aumentando a predição de intenção de rotatividade quando adicionado aos modelos compostos por satisfação no trabalho e envolvimento com o trabalho.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
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Não perca as partes importantes!
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Administração da Universidade Metodista de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração.
Área de concentração: Gestão de Organizações
Orientado por: Profª Drª Mirlene M. M. Siqueira
A dissertação de mestrado sob o título “O impacto de bem-estar no trabalho e de
capital psicológico sobre intenção de rotatividade: um estudo com professores”,
elaborada por Angelo Polizzi Filho foi apresentada e aprovada em 6 de outubro de
2.011, perante banca examinadora composta por Prof.ª Dr.ª Mirlene Maria Matias
Siqueira (Presidente / UMESP), Prof.ª Dr.ª Maria do Carmo Fernandes Martins
(Titular / UMESP) e Prof.ª Dr.ª Aurea de Fátima Oliveira (Titular / Universidade
Federal de Uberlândia).
Prof.ª Dr.ª Mirlene Maria Matias Siqueira Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
Prof.º Dr.º Luiz Roberto Alves Coordenador do Programa de Pós-Graduação Universidade Metodista de São Paulo
Programa de Pós-graduação em Administração da UMESP
Área de Concentração: Gestão de Organizações
Linha de Pesquisa: Gestão de Pessoas
Dr. Eduardo Goldstein médico, psicoterapeuta, amigo, orientador e confidente.
Fábio Konishi pelo exemplo e pelas palavras de encorajamento semanal para concluir esta dissertação. Rogermaury Lima dirigente e Babalorixá da Seara de Luz Tupinambá e aos demais irmãos desta Organização Religiosa com crença em um único DEUS.
Ataulpho, Ivone e Laurice sempre perto apesar da distância.
Aos amigos mestrandos Sérgio, Edineide e Luciane pela luta hercúlea pela injustiça acadêmica a nós cometida.
Aos demais professores, colegas mestrandos e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Metodista de São Paulo que, gentilmente, participaram de minha busca pelo norte acadêmico.
Às demais pessoas que direta ou indiretamente me auxiliaram no desenvolvimento deste trabalho.
E, particularmente, àqueles que torceram contra, me perdoem por possíveis faltas que eu tenha cometido. Possa a vossa bondade, SENHOR, tocar-lhes o coração e induzi-los a melhores sentimentos para comigo!
POLIZZI FILHO, Angelo (2011). O impacto de bem-estar no trabalho e de capital psicológico sobre intenção de rotatividade: um estudo com professores. Dissertação de Mestrado, Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP.
A dinâmica acelerada dos negócios, as mudanças constantes nas políticas de gestão de pessoas aplicadas por organizações e as complexas interações empresariais em rede parecem ter mudado visivelmente as ênfases dadas por pesquisadores às facetas do comportamento de profissionais que atuam em organizações. Desse modo, dentre tantos outros temas, o planejamento que cada profissional faz acerca de sua saída da organização, denominado intenção de rotatividade, tornou-se novamente um fenômeno de interesse no campo do comportamento organizacional. Atualmente, a alternativa mais aplicada aos estudos do comportamento organizacional tem sido a elaboração de modelos para representar o escopo de uma investigação científica. O objetivo geral deste estudo foi testar um modelo teórico para intenção de rotatividade, analisando-se sua relação com três dimensões de bem-estar no trabalho (satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo), moderada por capital psicológico, conceito composto por quatro capacidades psicológicas (eficácia, otimismo, esperança e resiliência). Para análise do modelo foram testadas quatro hipóteses relativas às interações das variáveis nele contidas. Participaram do estudo 85 professores, escolhidos por conveniência, que atuavam em uma universidade na Região do ABCD Paulista. A idade média dos participantes era de 45 anos (DP=11,49), sendo a maioria do sexo masculino, casada, com mestrado concluído e tempo de trabalho variando de 1 a 5 anos. Foi utilizado um questionário de auto preenchimento contendo cinco medidas brasileiras validadas e precisas, as quais aferiram as variáveis do modelo teórico. Os resultados descritivos indicaram que os docentes detêm um quadro de bem-estar no trabalho composto por satisfações maiores com colegas, chefias e tarefas e menores com salários e promoções; desse quadro fazem parte também índices medianos de envolvimento com o trabalho e medianos de compromisso afetivo com a universidade em que atuavam. Entretanto, observou-se que, apesar dos índices medianos das dimensões de bem-estar no trabalho, foi revelada baixa intenção de rotatividade por parte dos docentes. O capital psicológico observado entre os docentes situa-se alto. Análises de correlação pelo r de Pearson informaram índices negativos e significativos entre as três dimensões de bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade. Capital psicológico também se mostrou negativa e significativamente correlacionado à intenção de rotatividade. Tais resultados informam que o plano de deixar a universidade onde atuam é inversamente proporcional ao bem-estar vivenciado no trabalho e ao nível de capital psicológico retido pelos docentes. Parece que docentes com elevado capital psicológico e que se sentem bem no trabalho planejam menos deixar a universidade onde atuam, sendo possível interpretar como plausível o inverso. Análises de regressão linear múltipla hierárquica, executadas pelo método enter, informaram que capital psicológico atua como moderador na relação entre bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade: foram observadas aumento na predição de intenção de rotatividade quando se adicionou capital psicológico a dois modelos
POLIZZI FILHO, Angelo (2011). The impact of well-being at work and psychological capital over the turnover intention: a study of teachers. Dissertation. Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, São Bernardo do Campo – SP.
The fast pace of business, the frequent changes on companies’ people management policies and complex business network interactions seem to have visibly changed researchers emphasis on behavior aspects of organizations' personnel. Thereby, turnover intentions – how each professional plan on leaving the organization – became of great interest on the organizational behavior field, among other subjects. The most used method to study organizational behaviors has been the creation of models to represent a scientific investigation scope. The general goal of this study was to test a theoretical model for turnover intentions, analyzing its relation to three dimensions of the well-being at work (job satisfaction, work engagement and organizational commitment), and being moderated by psychological capital, a concept made of four psychological capacities (efficacy, optimism, hope and resilience) In order to analyze the model, four hypothesis related to its interactions were tested. Eighty-Five teachers that work in a University in the ABCD Paulista area were chosen by convenience to take part in this study. The subjects were 45 years old in average (SD=11.49), mostly married man with a master’s degree and 1- 5 years working time. We used a self-completion questionnaire containing five Brazilian validated and precise measures, which measure the variables of the theoretical model. The descriptive results showed that the teachers’ well-being at work is mostly composed by satisfactions with colleagues, bosses and tasks, being less satisfied with salaries and promotions; it also shows that they have an average work engagement and average work commitment with the university. Although we could observe average levels of well-being at work, the results presented a low turnover intention level. The psychological capital observed among the teachers was high. Correlation analysis by Pearson’s r presented negative indexes and significant results comparing the three dimensions of well-being at work and turnover intentions. The relation between Psychological Capital and turnover intentions was also negative and significant. Those results show that the intentions of leaving the university where they teach are inversely proportional to the teachers’ well-being at work and psychological capital. It seems that teachers with a high psychological capital that feel well at work plan less on leaving the university where they work, being possible to understand that the opposite may also be true. Multiple hierarchical linear regression analysis, performed by the enter method, show that the psychological capital acts as a moderator when relating well-being at work and turnover intention: we could observe that the turnover intention prediction raised when the psychological capital was added to two models, one based on job satisfaction, and the other on work engagement. Therefore, the high psychological capital level could multiply the impact of job satisfaction and work engagement over the turnover intentions. On the other hand, the psychological capital caused a low impact reduction on the organizational commitment model, which showed a higher turnover intention prediction. It seems that high level psychological capital teachers are less influenced by their affective commitment to the organization when they plan to leave their jobs. Therefore, the results of this work allow us to realize that a healthy
and positive well-being at work could have its impact over turnover intentions lightly moderated by the psychological capital. Furthermore, there was a debate comparing the descriptive results with other empiric studies with teachers. Finally, we proposed a future investigations agenda, suggesting creating a new research line on the integral concept of psychological capital as a moderator in relations between constructs in organizational behavior in Brazil, based on the national literature here pointed.
Key-words: Organizational behavior model, turnover intention, well-being at work and psychological capital.
de rotatividad cuando se ha adicionado capital psicológico a dos modelos compuestos, respectivamente, por satisfacción en el trabajo y envolvimiento con el trabajo. Por lo tanto, el alto nivel psicológico podría potencializar el impacto de satisfacción en el trabajo y envolvimiento con el trabajo sobre la intención de rotatividad. Por otro lado, en el modelo integrado por el comprometimiento organizacional afectivo, que ha revelado una más grande fuerza de predicción sobre intención de rotatividad, capital psicológico ha conseguido reducir el impacto. Parece que los docentes con alto nivel de capital psicológico actúan menos bajo influencia de su compromiso afectivo con la organización cuando hacen planos de salir de la universidad empleadora. Por lo tanto, los resultados de este trabajo permiten reconocer que el estado positivo y saludable representado por el bien-estar en el trabajo podría tener un impacto sobre intención de rotatividad moderado levemente por capital psicológico. Además de eso, los resultados descriptivos fueron discutidos, comparado a otros estudios empíricos con profesores. Por fin, fue propuesta una pauta para investigaciones futuras y sugerido crear una nueva línea de investigación en Brasil: la del papel moderado del concepto integral de capital psicológico en las relaciones entre constructores del campo del comportamiento organizacional, basada en las lagunas de la literatura nacional apuntadas en este estudio.
Palabras-clave: modelo do comportamiento organizacional, intención de rotatividade, bien-estar en el trabajo y capital psicológico.
Figura 1 – Modelo teórico de bem-estar no trabalho ................................................ 42
Figura 2 – Modelo teórico de capital psicológico ...................................................... 57
Figura 3 – Modelo de relação entre bem-estar no trabalho e intenção de
rotatividade moderada pelo capital psicológico........................................ 67
Figura 4 - Resultados das análises de impacto de BET sobre IR (n=85) ................ 87
Figura 5 - Resultados das análises de impacto de BET sobre IR (n=85) ................ 92
Tabela 1 – Dados dos participantes (n=85) ............................................................. 70
Tabela 2 - Médias, desvios-padrão e valores das escalas de bem-estar no trabalho
dos participantes (n=85) .......................................................................... 76
Tabela 3 – Comparação entre as médias, desvios padrão e valores de t das
variáveis de BET nos trabalhos com professores de Ferraz (2009; n=209), Valente (2007; n=124) e Polizzi (2011; n=85) ......................................... 80
Tabela 4 - Comparação entre as médias e desvios padrão das variáveis: satisfação
no trabalho, comprometimento organizacional afetivo e intenção de rotatividade nos trabalhos Ferreira (2001; n=81) e Polizzi (2011; n=85) .............................................................................. 82
Tabela 5 - Índices de correlação ( r de Pearson) entre capital psicológico, as
dimensões de bem-estar no trabalho e intenção rotatividade (n=85) ..... 84
Tabela 6 – Seis modelos de regressão linear múltipla hierárquica pelo método enter
para intenção de rotatividade (n=85) ....................................................... 89
RAE - Eletrônica - Revista de Administração de Empresas, publicada pela Fundação
Getúlio Vargas de São Paulo
RAUSP – Revista de Administração da Universidade de São Paulo.
SINAES – Sistema Nacional da Educação Superior.
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFU - Universidade Federal de Uberlândia
VD – Variável Dependente
VI – Variável Independente
VM – Variável Moderadora
XXIX ENANPAD - XXIX Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de
Pós-Graduação em Administração
A competitividade constitui o centro das preocupações nas organizações
desde o final do século passado e o foco principal de seus gestores a partir da crise
econômica mundial desencadeada no 2º semestre de 2008. A crise se agravou
recentemente com o rebaixamento da classificação dos EUA pela agência
classificadora de risco Standard & Poor's gerando um impacto imediato e direto na
economia mundial. 1
Mintzberg e Lampel (1999) afirmam que, para enfrentar um ambiente
altamente competitivo, as organizações por questão de sobrevivência, independente
de seu porte ou segmento, são obrigadas a promover mudanças estratégicas cada
vez mais rápidas. Neste contexto, a mudança organizacional se configurou como
rotina, de difícil assimilação no mundo coorporativo.
Masseto (2003) afirma que as universidades brasileiras passam por uma
metamorfose desde o início do milênio, deixando sua natureza social e de caráter
essencialmente pedagógico. A visão de “educação como mercadoria”, adotada por
grupos empresariais que hoje administram a maioria dos congloremados
educacionais no país (TIRADENTES, 2010), aliada à “venda” de facilidades de
colocação rápida de emprego proporcionada pelos cursos tecnológicos e às
comodidades dos cursos de ensino à distância – EAD (BERTARELLO, 2010), se
aproximam das estratégias do mundo coorporativo e, consequentemente, levam
seus professores a conquistar novos e melhores postos em suas estruturas
organizacionais.
Entretanto, a formação contínua destes docentes não contemplou
competências para assumirem esses novos papéis e, muito menos acompanhar o
rápido crescimento da educação, comprometendo sobremaneira a fluência das
relações complexas que habitam o cotidiano da universidade. Segundo MASSETO
(2003), isso despertou “a atenção dos gestores de recursos humanos, há muito
preocupados com os custos relativos à rotatividade de pessoal bem como com a
manutenção de seus talentos, visando à busca de maior competitividade
(FERREIRA; SIQUEIRA, 2005)”, muitos deles formados pela própria instituição.
(^1) Notícia veiculada na mídia mundial a partir de agosto de 2011