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Um estudo sobre a capacidade de detecção de manchas de sangue usando corantes benzazólicos, especificamente hb-7, hb-9 e hb-11. O documento inclui figuras que demonstram a revelação de manchas de sangue em diferentes materiais, como madeira, vidro, alumínio, poliestireno e polipropileno, utilizando esses corantes. Além disso, o documento discute a importância da análise de manchas de sangue em contextos criminais, como a identificação de áreas de convergência e origem de manchas, tipos de materiais e direções de impacto, mecanismos de formação de manchas e movimentos e direções de vitimas, agressores ou objetos. O documento também discute as interferências possíveis na análise com luminol e a necessidade de cuidados específicos na aplicação dos corantes.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
1 / 105
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Figura 1: Representação do grupo heme e da hemoglobina. A) átomo de ferro com as 4 ligações com os nitrogênios no plano. B) ligações perpendiculares do ferro com o grupo His da proteína e a ligação com o oxigênio. C) Hemoglobina. (6)^ ........................................................................................................................... 17 Figura 2: Rompimento das estrutura quartenárias, terciárias e secundárias da proteína devido aos desnaturantes. (A) Proteína sem desnaturante, (B) proteína com desnaturante fraco, (C e D) proteína com desnaturante moderado e (E) Proteína com desnaturante forte. (8)^ ................................................................. 18 Figura 3: Diferença do volume das gotas de sangue em materiais de diferentes tamanhos e formas. ............... 21 Figura 4: Relação do ângulo de incidência com o formato da mancha de sangue na superfície. ........................ 22 Figura 5: Formato da mancha de sangue após atingir a superfície em diferentes ângulos (elipses A e B) e cálculo do ângulo de incidência da gota de sangue na superfície. ................................................................................ 22 Figura 6: Método de formação dos respingos de satélite. ................................................................................ 23 Figura 7: Reação de oxidação da Benzidina. ..................................................................................................... 24 Figura 8: Reação de oxidação da o-Tolidina. .................................................................................................... 25 Figura 9: Reação de oxidação da Tetrametilbenzidina. ..................................................................................... 25 Figura 10: Kit de 50 fitas de Hemastix® (13). ...................................................................................................... 26 Figura 11: Reação de oxidação da Fenolftaleína em meio básico...................................................................... 27 Figura 12: Reação de oxidação do Leuco Verde Malachita ............................................................................... 27 Figura 13: Diagrama de Jablonski simplificado. ................................................................................................ 29 Figura 14: Estrutura química do Luminol. ........................................................................................................ 29 Figura 15: Mecanismo de oxiredução do Luminol e do Ferro na presença do peróxido de hidrogênio. ............. 30 Figura 16: Mecanismo de oxidação do Luminol. .............................................................................................. 30 Figura 17: Aplicação do Luminol para identificação de sangue latente em uma banheira (29). ........................... 31 Figura 18: Aplicação do BlueStar® para revelação de sangue latente em uma pia (27)........................................ 31 Figura 19: Etapas da rota sintética do Luminol................................................................................................. 35 Figura 20: Estrutura química da Fluoresceína e a sua aplicação na revelação de sangue dentro de um veículo (49). ....................................................................................................................................................................... 35 Figura 21: Cristais formados no resultado positivo do teste de Teichmann (50).................................................. 36 Figura 22: Cristais formados no teste de Takayama para sangue (51). ................................................................ 37 Figura 23: Estrutura química do Amido Black e sua aplicação na revelação de uma impressão digital com sangue. ........................................................................................................................................................... 39 Figura 24: Exemplo da dificuldade de visualização da impressão digital quando revelada com Amido Black em superfícies escuras. ......................................................................................................................................... 39 Figura 25: Interação do Amido Black com os grupos catiônicos da proteína (representados por R). R= histadina, lisina ou arginina (5). ........................................................................................................................................ 40 Figura 26: Estrutura química do vermelho da Hungria e sua aplicação na revelação de uma pegada com sangue. Na superior a revelação com fluorescência e na inferior na luz visível (55). ........................................................ 40 Figura 27: Estrutura química do Leuco Violeta Cristal e sua aplicação na revelação de uma pegada com sangue (57). .................................................................................................................................................................. 41
Figura 28: Estrutura química do Azul Brilhante de Coomassie e sua aplicação na revelação de uma pegada com sangue (59). ...................................................................................................................................................... 42 Figura 29: Estrutura dos dois corantes usados na Dupla Coloração de Crowle e a sua aplicação na revelação de marcas com sangue em um azulejo branco (1). ................................................................................................. 42 Figura 30: Utilização da suspensão de Dióxido de Titânio para revelar digitais com sangue em um disquete de computador (61). .............................................................................................................................................. 43 Figura 31: Estrutura química do Amarelo Ácido 7 e sua aplicação na revelação de uma digital com sangue usando filtro (inferior) e sem filtro (superior) (62). ............................................................................................ 44
Figura 32: Classificação das impressões digitais pelo sistema de Vucetich (64). .................................................. 45 Figura 33: Identificação das minúcias de uma impressão digital (63). ................................................................. 45 Figura 34: Estrutura genérica de um corante benzazólico. ............................................................................... 47 Figura 35: Esquema da transferência protônica entre as estruturas ceto-enol por ESIPT (65). ............................ 48 Figura 36: Estrutura geral dos corantes HB-7, HB-9 e HB-11 (65). ....................................................................... 49 Figura 37: Corantes HBs no estado sólido. A- sob luz visível e B- sob luz UV (65). ............................................... 49 Figura 38: Corantes HBs em solução aquosa. A- sob luz visível e B- sob luz UV (65). ........................................... 50 Figura 39: Revelação de digital latente em superfície adesiva de fita isolante elétrica preta (Tectape®) (65)....... 50 Figura 40: Reação de nitração do anidrido ftálico na síntese do Luminol. ......................................................... 56 Figura 41: Reação com a hidrazina para formar o produto 3-nitroftalhidrazina. ............................................... 57 Figura 42: Reação de redução do grupo nitro para a síntese do Luminol. ......................................................... 58 Figura 43: Nitração da ftalimida para a síntese do Isoluminol. ......................................................................... 59 Figura 44: Reação de redução do grupo nitro para a síntese do Isoluminol. ..................................................... 60 Figura 45: reação da 4-aminoftalimida com a hidrazina para a síntese do Isoluminol. ...................................... 60 Figura 46: Resultado das diferentes soluções fixadoras coradas com HB-7 e reveladas sob luz UV 254nm. Da esquerda para a direita: A) solução aquosa 2% de ácido 5-sulfosalicílico, B) solução metanólica 2% de ácido 5- sulfosalicílico, C) solução etanólica 2% de ácido 5-sulfosalicílico, D) solução 2% de ácido 5-sulfosalicílico em etanol:água (40:60), solução E) etanol:água (40:60), F) metanol P.A., G) etanol P.A.. ....................................... 64 Figura 47: Revelação de uma pegada do solado de um calçado impregnado com sangue usando HB-7 com borrifador. ...................................................................................................................................................... 67 Figura 48: Revelação de machas de sangue feitas com dedos revelado com HB-7 por submersão .................... 67 Figura 49: Imagem do cabo de uma faca manchado com sangue revelado com HB-7 por lavagens utilizando uma pipeta pasteur......................................................................................................................................... 67 Figura 50: Revelação de manchas de sangue em poliestireno com HB-7. ......................................................... 68 Figura 51: Revelação de manchas de sangue em alumínio pintado (lata de refrigerante) com HB-7.................. 68 Figura 52: Revelação de manchas de sangue em cerâmica (piso) com HB-7. .................................................... 68 Figura 53: Revelação de manchas de sangue em polipropileno com HB-7. ....................................................... 69 Figura 54: Revelação de manchas de sangue em Aço INOX com HB-7. ............................................................. 69 Figura 55: Revelação de manchas de sangue em garrafa PET com HB-7. .......................................................... 69 Figura 56: Revelação de manchas de sangue em vidro de cor preta com HB-7. ................................................ 69 Figura 57: Aplicação dos corantes HB-7, HB-9 e HB-11, respectivamente, em madeira crua. ............................ 70 Figura 58: Aplicação dos corantes HB-7, HB-9 e HB-11, respectivamente, em vidro.......................................... 70 Figura 59: Aplicação dos corantes HB-7, HB-11 e HB-9, respectivamente, em madeira MDF............................. 71 Figura 60: Aplicação dos corantes HB-7, HB-9 e HB-11, respectivamente, em polietileno. ................................ 71 Figura 61: Aplicação dos corantes HB-7, HB-9 e HB-11, respectivamente, em alumínio. ................................... 71 Figura 62: Deposição sequencial de manchas de sangue em madeira crua. Revelada com HB-7. ...................... 72 Figura 63: Zoom das digitas sequenciais 7ª e 8ª da Figura 62. .......................................................................... 73 Figura 64: Manchas de sangue depositadas vinte e duas vezes seguidas, em vidro, antes de revelar com o HB-7. ....................................................................................................................................................................... 73 Figura 65: Manchas de sangue depositadas vinte e duas vezes seguidas, em vidro, após revelação com o HB-7. ....................................................................................................................................................................... 73 Figura 66: Manchas de sangue depositadas vinte e duas vezes seguidas, em vidro, antes de revelar. ............... 74 Figura 67: Manchas de sangue depositadas vinte e duas vezes seguidas, em vidro, depois de revelar com o Amido Black. ................................................................................................................................................... 74 Figura 68: Imagem de marcas sequenciais de sangue em madeira. .................................................................. 74 Figura 69: Imagem das marcas sequenciais de sangue em madeira. Revelação das marcações da fileira inferior com Amido Black. ........................................................................................................................................... 75 Figura 70: Revelação das manchas de sangue da fileira superior com HB-7. ..................................................... 75 Figura 71: Comparação das últimas marcações das duas fileiras, uma revelada com HB-7 (esquerda) e outra com Amido Black (direita). .............................................................................................................................. 75
Figura 103: RMN-^1 H ampliado do Luminol sintetizado via rota 2 com altas temperaturas. Análise em DMSO deuterado e 400MHz. ..................................................................................................................................... 94 Figura 104: RMN-^13 C do Luminol sintetizado via rota 2 com altas temperaturas. Análise em DMSO deuterado e 75MHz. ........................................................................................................................................................... 94 Figura 105: RMN-^13 C ampliado Luminol sintetizado via rota 2 com altas temperaturas. Análise em DMSO deuterado e 400MHz. ..................................................................................................................................... 95 Figura 106: Imagem do cabo da faca, sem nenhum tratamento químico, identificando o local de possíveis digitais. ........................................................................................................................................................... 96 Figura 107: Foto da esquerda aplicando o corante. Foto da direita: visualização da faca após aplicar o corante HB-7, sob luz negra. ........................................................................................................................................ 96 Figura 108: Marcação das digitais tingidas pelo HB-7. ...................................................................................... 97 Figura 109: Foto da faca revelada com Amido Black. ....................................................................................... 97
Tabela I: Formulações para o preparo das soluções de uso do Luminol segundo Grodsky e Weber (1, 16). .......... 34 Tabela II: Composição dos compostos expelidos pelas glândulas sudoríparas, sebáceas e apócrinas. Principal composição das impressões digitais latentes (67). ............................................................................................. 46 Tabela III: Ordem de aplicação das técnicas de revelação em cada lata. ........................................................... 55 Tabela IV: Resultado obtido variando os tipos de soluções fixadoras e o tempo de contato delas com o sangue. Todas reveladas com HB-7 por 3 minutos de contato. ..................................................................................... 66 Tabela V: Resultado obtido variando o tempo de aplicação do corante utilizando diferentes soluções fixadoras. A fixação foi realizada por 1 min...................................................................................................................... 66
determinados tipos de superfície. Entre tantos, o que mais se destaca e que é amplamente
utilizado nesses casos é o Amido Black. O solvente utilizado na preparação da solução de uso
determina a superfície na qual ele pode ser aplicado (porosa ou não porosa). Este apresenta
coloração azul escura, desta forma não é recomendado o seu uso em superfícies escuras
pela falta de contraste. O único limitante deste corante é sua aplicação em superfícies
escuras, pois não há contraste. Este motivo é fundamental para o desenvolvimento de
outros corantes.
1.2. OBJETIVO GERAL
Analisar a capacidade de detecção de manchas de sangue usando corantes.
1.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A) Aplicar corantes do tipo benzazólicos, fluorescentes por ESIPT, para tingir manchas
de sangue presentes em cenas de crime; B) Testar a aplicação de novos corantes fluorescentes em manchas de sangue;
C) Estudar a seletividade e eficácia para sangue; D) Comparar os resultados, a eficiência e limitações com o Amido Black;
E) Verificar possíveis combinações entre diferentes técnicas sem perder a evidência
criminal;
F) Comparar a eficiência da síntese dos reagentes.
Figura 1: Representação do grupo heme e da hemoglobina. A) átomo de ferro com as 4 ligações com os nitrogênios no plano. B) ligações perpendiculares do ferro com o grupo His da proteína e a ligação com o oxigênio. C) Hemoglobina. (6)
Locard: “Todo contado deixa uma marca”. A ciência forense se baseia nessa Lei para revelar
e analisar vestígios do criminoso. Existem alguns profissionais que são responsáveis por
realizar a perícia criminal como o perito, papiloscipista e o médico legista (10).
Os peritos precisam reunir evidências que auxiliem na compreensão do que e como
ocorreu o crime. Existem alguns roteiros que podem auxiliar o investigador a entender o que
ocorreu na cena do crime. A análise cientifica oferece o suporte da investigação confirmando
ou excluindo suspeitos através das análises das provas (material coletado no local do crime
que possa estar ligado ao crime e que possua informações importantes como material
genético e digital. Um exemplo de roteiro a ser seguido está escrito abaixo (1, 11):
Cada busca por vestígios de um crime segue uma sequência para não ocorrer perdas
ou contaminação das evidências. As etapas realizadas na busca por manchas de sangue
seguem a seguinte ordem (1):
Além de desenhos e registros escritos ou audiovisuais do local;
Examinar minuciosamente todo o local para encontrar evidências de sangue;
Na obtenção de possíveis manchas de sangue: aplicar teste preliminar para a
identificação de sangue;
identificação de sangue latente;
Coletar material suspeito com swab estéril para futura análise de material genético;
Realizar um teste específico para sangue;
Determinar a origem biológica: animal ou humano;
Para manchas de sangue com pouca visibilidade: aplicar corantes para sangue;
Análise de DNA.
2.3. ANÁLISE DO PADRÃO DAS MANCHAS DE SANGUE Em uma cena de crime é possível encontrar uma diversidade de evidências físicas sendo
elas biológicas (sangue, sêmen, cabelo, por exemplo) ou não. Entre essas provas, uma das
mais significantes e que é frequentemente encontrada em locais com morte e/ou violência é
o sangue (1, 2, 12).
A análise do sangue como tentativa de individualiza-lo iniciou em 1901 com o estudo do
sistema ABO. Este estudo foi utilizado por muitos anos, o que gerou alguns casos de erros
nas condenações de criminosos. Apenas no final dos anos 70 é que foi possível realizar a
identificação do suspeito através da caracterização das isoenzimas das células vermelhas e
dos marcadores genéticos (ácido desoxirribonucleico - DNA), que são únicos para cada
indivíduo. Dessa forma, manchas de sangue coletadas no local, nas roupas da vítima ou do
acusado contribuem para a reconstituição, podendo relacionar uma pessoa a cena do crime
(1).
A identificação e individualização do sangue humano faz parte da análise do padrão das
manchas de sangue (bloodstain pattern analysis - BPA). Este estudo avalia o tamanho, a
forma e a distribuição das manchas provenientes de eventos com derramamento de sangue.
Dessa forma, pode-se determinar os tipos de atividades e mecanismos que os originaram.
Também são utilizados modelos matemáticos e programas computacionais para elaboração
da BPA (1, 11, 12).
Em conjunto, os estudos de BPA, DNA e necropsia constitui a base da reconstrução de
cenas de crime e permite-se esclarecer fatos como homicídio, suicídio, acidente ou morte
natural. Além disso, o estudo BPA possibilita a identificação de fatos importantes como (1, 11):
crime;
suspeita.