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Investigando a Promoção da Cultura Leitora em Escolas de São Cristóvao, Sergipe, Notas de estudo de Pedagogia

Um estudo sobre como escolas no bairro rosa elze, são cristóvao, sergipe, estimulam o gosto pela leitura e, consequentemente, promovem a cultura leitora entre seus alunos. O autor realiza observações em aulas, conversa com alunos e professores e analisa as concepções de leitura. O estudo também discute a importância de permitir aos alunos várias formas de informação e a dificuldade de leitura observada em alguns alunos.

O que você vai aprender

  • Quais atividades de leitura foram observadas nas escolas?
  • Quais concepções de leitura foram analisadas no documento?
  • Quais desafios foram identificados em relação à leitura em algumas escolas?
  • Como a importância de permitir aos alunos várias formas de informação foi apresentada no documento?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Luiz_Felipe
Luiz_Felipe 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
DEIDYANE VIEIRA MELO SILVA
A FORMAÇÃO DE LEITORES NA REDE PÚBLICA DE ENSINO
NO BAIRRO ROSA ELZE/SE
SÃO CRISTOVÃO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

DEIDYANE VIEIRA MELO SILVA

A FORMAÇÃO DE LEITORES NA REDE PÚBLICA DE ENSINO

NO BAIRRO ROSA ELZE/SE

SÃO CRISTOVÃO

DEIDYANE VIEIRA MELO SILVA

A FORMAÇÃO DE LEITORES NA REDE PÚBLICA DE ENSINO

NO BAIRRO ROSA ELZE.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado junto ao Curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Sergipe, como parte dos requisitos para obtenção da Graduação na área da Pedagogia.

Orientador: Prof. Fábio Alves dos Santos

SÃO CRISTOVÃO

AGRADECIMENTOS

Nesse momento emocionante, em que concluo uma etapa tão esperada em minha vida, não poderia deixar de agradecer às pessoas que de alguma forma contribuíram para que esse momento acontecesse. Primeiramente a Deus que nunca deixou que meu desespero fosse maior do que a minha esperança, pois acreditei que ao final tudo daria certo. Ele não permitiu que eu desistisse no meio do caminho. Aos meus pais Claudinicio e Geilda, grandes responsáveis por eu ter chegado até aqui. Não tem nada que eu possa fazer para demonstrar o quanto os amo! Meu agradecimento ainda mais especial, pois, acompanharam-me quando foi possível e necessário nessa pesquisa! Ao meu esposo Leilson que sempre esteve do meu lado, sei que não foi fácil acompanhar esses anos de vida acadêmica, mas sei que está tão feliz quanto eu, pois a vitória não é somente minha; é nossa!Meu muito obrigado, amor! Aos meus avôs paternos José e Dalva e aos maternos Francisco e Conceição que tanto os admiro e amo. Fico muito feliz de poder compartilhar com vocês minha alegria, eu sou a pessoa mais sortuda do mundo! Aos meus irmãos Deinyde, Deivyane e Deinyele que me ajudaram e sei que ajudarão sempre que necessário, vocês são tão importantes na minha vida que não imagino esse momento sem nenhum de vocês, meus amores. À minha princesinha Sophia que trouxe tanto amor e alegria para nossas vidas, você foi essencial para titia perceber que na vida tudo é possível, basta ter essa família linda que nós temos ao lado. À minha sogra Ivanilde que sempre me auxiliou quando pedi, muito obrigada você me tirou do sufoco muitas vezes. Às minhas colegas de turma Andréia, Tati, Niqueli, Flávia, Ricleia, Tâmara, Camila, Josinete, Crislaine, Jeise pelos momentos inesquecíveis desses últimos cinco anos. E o meu agradecimento, mais que especial, às minhas curicas Anizia e Daiane, vocês foram simplesmente fundamentais nessa caminhada, apesar de não estarmos tão próximas nessa reta final. Tenho certeza que estamos presentes uma na oração da outra.

Ao meu orientador Prof. Dr. Fábio Alves que foi fundamental para que essa pesquisa acontecesse, muito obrigada pela paciência, pela aprendizagem e pela dedicação. Só tenho que agradecer. Não posso me esquecer de agradecer ao Prof. Dr. Itamar Freitas que me indicou e me apresentou Prof. Fábio para orientação da pesquisa. Às Secretarias de Educação tanto Estadual quanto Municipal; às escolas que me receberam e que muito contribuíram para essa pesquisa; e às professoras que permitiram que eu assistisse a suas aulas. Enfim, agradeço imensamente a todos que torceram e torcem pelo meu sucesso!

RESUMO

Esta pesquisa monográfica apresenta discussões sobre a cultura leitora na rede pública. O objetivo principal da pesquisa é investigar como as unidades escolares do bairro Rosa Elze, no município de São Cristóvão, no Estado de Sergipe, têm desenvolvido atividades que estimulem o gosto pela leitura e consequentemente como estão promovendo a cultura leitora em seus alunos. Para alcançar o objetivo foi necessário ir a campo, primeiramente para caracterizar as escolas, depois para observar a prática das atividades de leitura, de revisão bibliográfica e de conversas sistematizadas com alunos e professores. O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro fala sobre a trajetória da pesquisa em que está dividido em três subtítulos onde a primeira seção está composto pela caracterização das escolas possibilitando ao leitor conhecer todas as escolas visitadas, já a segunda apresenta o Programa Nacional de Biblioteca Escolar e, por fim, o terceiro tópico delineia o Projeto Trilha. O segundo capítulo fala sobre as concepções de leitura e é composto por um subtítulo que traz as análises das atividades em que serão apresentadas as atividades de leitura desenvolvidas no dia de observação das aulas. Ficou evidente que se tem pensando políticas públicas voltadas para esse campo e que a maioria das escolas está se empenhando em desenvolver um bom trabalho, porém ainda há muito que se fazer.

Palavras-chave: Leitura, Formação de Leitores, Escola pública.

ABSTRACT

This research monograph presents discussions about culture reader on the public network. The main objective of the research is to investigate how school units Rosa Elze neighborhood, in São Cristóvão, in Sergipe State, have developed activities that encourage a love of reading and consequently as the reader are promoting culture in their students. To achieve the goal it was necessary to go into the field, first to characterize the schools, then to observe the practice of reading activities, literature review and systematic conversations with students and teachers. The work is divided into two chapters. The first talks about the trajectory of research that is divided into three sections where the first section is composed of the characterization of schools enabling the reader to know all the schools visited, while the second presents the National School Library Program and, finally, the third topic outlines the Trail Project. The second chapter discusses the concepts of reading and consists of a caption that brings the analyzes of the activities that will be provided reading activities developed on the day of observation of classes. It was evident that thinking has focused on this field and public policies that most schools are striving to develop a good work, but there is still much to do.

Keywords : Reading, Readers Training, Public Schools.

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como discussão a formação de leitores na rede pública de ensino. Seu objetivo principal consiste em investigar as práticas de leitura desenvolvidas na escola e, consequentemente, como estão promovendo a cultura leitora em seus alunos. Para tanto, toma como espaço de investigação as escolas públicas do bairro Rosa Elze, na cidade de São Cristóvão, no Estado de Sergipe. O interesse por este tema surgiu após a experiência de estágio não obrigatório realizado na biblioteca do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Esta experiência despertou a curiosidade sobre como as escolas públicas utilizavam esse espaço de leitura, se o utilizavam: o que a princípio fazia com que esta pesquisa fosse intitulada “A biblioteca escolar na perspectiva de ensino aprendizagem”. Porém, com o andamento da pesquisa, o interesse foi se modificando, porque se percebeu que com esse foco de análise a pesquisa não daria conta de todas as nuances que envolvem a questão. Se por um lado a maioria das escolas não possui biblioteca, a curiosidade foi aguçada pelo que as escolas públicas estão fazendo para instigar em seus alunos o gosto pela leitura independentemente de utilizarem algum espaço específico (seja ele denominado de sala de leitura, cantinho da leitura ou biblioteca), ou não. Sendo assim, o foco principal se tornou como as escolas têm estimulado seus alunos a lerem, pois como diz Hardman; Albuquerque (2005) leitura é um instrumento importante no processo de desenvolvimento da civilização, uma vez que ela possibilita a aquisição do conhecimento, sendo também responsável pela evolução do pensamento (HARDMAN; ALBUQUEQUE, 2005). Para atender as finalidades desta pesquisa, o primeiro passo foi realizar um levantamento do quantitativo de escolas públicas, tanto municipais quanto estaduais existentes no bairro Rosa Elze, no município de São Cristóvão, Estado de Sergipe. Por meio da consulta às Secretarias Estadual e Municipal, foram identificadas dezessete escolas, sendo seis estaduais e onze municipais. Na Secretaria Estadual, além de levantar dados sobre as escolas, também foi possível conhecer o Programa Nacional de Biblioteca

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Escolar (PNBE) que será apresentado ao longo do texto, bem como o Projeto Trilha que está sendo desenvolvido nas escolas municipais. A pesquisa busca responder como está sendo criada a cultura leitora, ou seja, o hábito de leitura voluntária, nas escolas. Em princípio, esperava-se encontrar professores que planejassem atividades voltadas para leitura; escolas empenhadas em desenvolver atividades de leitura a partir da realidade dos alunos; e desenvolvendo projetos de leitura utilizando interdisciplinaridade. Para isso foi preciso observar aulas com atividades de leitura, conversar com professores sobre o desenvolvimento dessas atividades e falar com os alunos sobre leitura. A escolha por este tema de trabalho guarda direta relação com a relevância da leitura no mundo contemporâneo, tendo em vista que a desigualdade econômica e educacional e a dificuldade de sua superação se devem ao baixo índice de leitura da população brasileira como afirma Rosa; Oddone (2006). A definição da localidade se deve ao fato de que São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país, além de ser vizinha da capital do Estado de Sergipe. A preferência pelo bairro se deve ao fato de ser o mais importante da cidade, demonstrando ser mais desenvolvido que o próprio município. Para comprovar isto, foi preciso ir até a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, localizada na cidade, em que a informação dada foi que Rosa Elze é responsável pela maior parte da arrecadação de impostos do município, pois é onde se encontra o maior número de estabelecimentos comerciais, além do grande crescimento imobiliário na região. No entanto, segundo a Secretaria não existe nenhum documento que comprove isso, pois estavam em fase de recadastramento desses estabelecimentos. O responsável pelo órgão gestor afirmou que a única forma de ajudar a comprovar isso era disponibilizando as plantas dos imóveis que estão prontos ou previstos para construção, o que se considerou desnecessário. Para desenvolver o projeto foi necessário ir a campo, primeiramente para caracterizar as escolas, depois para observar a prática das atividades de leitura, de revisão bibliográfica e de conversas sistematizadas com alunos e professores. O trabalho está dividido em dois capítulos em que o primeiro está dividido em três subseções. A primeira apresenta a caracterização das escolas possibilitando o leitor acompanhar o começo da pesquisa e como tudo foi acontecendo até chegamos ao tema presente. A segunda seção

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1 TRAJETÓRIA DA PESQUISA

Agora apresentar - se a trajetória da pesquisa desde seu primeiro tema até o tema atual, mostrando a relevância dessa mudança a fim de enriquecer o estudo. Tudo começou em um estágio não obrigatório realizado na biblioteca do SENAI, em que a curiosidade foi aguçada em conhecer como as escolas públicas estavam fazendo uso desse espaço com o objetivo de melhorar a educação de seus alunos, proporcionando assim conhecerem o mundo da leitura. Antes, porém, foi preciso conhecer um pouco da história desse espaço que não é uma temática atual. Por volta de 1860, surge uma apreensão em relação à conservação de materiais como manuais didáticos e murais impressos que foram produzidos com grandes custos e que logo ficaram inutilizados. Pois, segundo Menezes (2004), os professores não sabiam manter seu patrimônio de trabalho conservando do tempo e do uso dos alunos, e isso deveria ser solucionando. Dessa forma, foi decretado por Gustave Rouland, ministro de instrução pública e dos cultos da França, que cada prefeito se esforçasse para instalar uma pequena biblioteca- armário, destinada à conservação dos livros, dos cadernos e dos quadros impressos para uso da escola. Ainda, reforçando o decreto, ordenou que no futuro toda escola devesse contemplar em seu projeto despesas com a implantação de biblioteca. Após dois anos, em 1862, o ministro promulga um decreto em que transforma o armário-biblioteca em biblioteca escolar. Com isso, o responsável pelo espaço é o professor primário e, agora além de guardar os materiais, a biblioteca também realizará empréstimos às crianças e às suas famílias. Em 1866, foi perceptível que as bibliotecas eram criadas com o objetivo de instruir, como escreve um inspetor de biblioteca:

O gosto pelas leituras sãs se desenvolvem nos mais humildes tetos, a vigília torna-se uma escola de moralidade, a instrução penetra na família, graças as bibliotecas escolares (MENEZES, 2004, p. 57).

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Vimos então até agora, um pouco da história da biblioteca que surge, a princípio, com o objetivo de preservar os materiais didáticos; logo após já se pensa em emprestar livros para os alunos e seus familiares; depois é vista como possibilidade de instruir o povo. Pense-se agora no papel da biblioteca atualmente. O que será que mudou com o tempo? Bezerra (2004) avalia a biblioteca escolar como indispensável, um lugar que deve ser bem gerenciado, organizado e prazeroso. Um espaço que se difere dos outros ambientes da escola, pois é capaz de promover interação entre o aluno, professor e bibliotecário, além de ser vinculada à variedade de informações, operando como um laboratório de auto aprendizagem (BEZERRA, 2004). A autora faz ainda uma reflexão de que mesmo sendo comprovados os benefícios que a biblioteca traz, há anos, bibliotecas de escolas de qualquer rede se encontram fechadas ou, para utilizá-las, precisa-se de agendamento. A partir dessa afirmação, é relevante destacar que durante a realização da pesquisa, a maioria das escolas que possui um espaço denominado de biblioteca ou sala de leitura, quando era pedido para visitar o espaço, os gestores sempre tinham uma desculpa para o local estar fechado naquele dia. Bezerra (2004) explica isso ao fato dos responsáveis pela educação nas escolas, inclusive os bibliotecários, não terem a consciência de que para muitos estudantes a biblioteca escolar é a única maneira de ter acesso a uma variedade de texto e que esse ambiente colabora de certa forma com a aprendizagem desse sujeito. Segundo Bezerra (2004) é possível encontrar em algumas bibliotecas de escolas públicas professores readaptados atuando no lugar do profissional bibliotecário. Sobre isso, Rodrigues (2013) destaca a importância do profissional bibliotecário na biblioteca escolar, visto que esse tem formação para facilitar o acesso ao material desejado, além de poder proporcionar leitura informativa e prazerosa, colocando à disposição obras de interesse do leitor, seja esse individual e/ou coletivo. Ainda sobre essa temática, durante as visitas nas escolas, foi possível notar que nenhuma escola possui bibliotecário atuando e todas contam com professoras readaptadas, sejam com problemas de saúde, ou sejam à espera de aposentadoria. Dessa forma, falta aos responsáveis pela educação repensar essa visão sobre a biblioteca escolar.

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necessárias políticas públicas mais eficazes para esse campo da educação, além de investimento em renovação e atualização do acervo, pois existe uma necessidade de informações recentes e atualizadas, principalmente aos estudantes, visto que essas informações são indispensáveis para complementar seus estudos e formação, além de despertar o interesse em frequentar a biblioteca, quando se sabe que sempre tem novidades. Chegando a essa conclusão, em conversa sistematizada, os responsáveis pelas bibliotecas escolares estaduais questionam se para o estudo de leitura desenvolvido é mais importante as escolas terem um espaço denominado para leitura, mesmo que esse não funcione, ou saber que a escola esteja de fato oportunizando o gosto pela leitura em seus alunos, mesmo sem ter um espaço específico para isso, visto que leitura pode ser realizada em qualquer lugar. É a partir daqui que a pesquisa toma outro rumo, tendo como objeto de pesquisa a formação de leitores na rede pública de ensino com o objetivo de investigar como as unidades escolares têm desenvolvido atividades que estimulem o gosto pela leitura e consequentemente como estão promovendo a cultura leitora em seus alunos. Sem com isso deixar de levar em conta a importância e o papel da biblioteca. A seguir, o trabalho apresenta as escolas pesquisadas, ambiente onde foram desenvolvidas as observações.

1.1 Caracterização das escolas

Para quantificar e localizar as escolas distribuídas do bairro Rosa Elze, foi necessário visitar a Secretaria Municipal de Educação, localizada na sede de São Cristóvão. Foram identificadas dezessete escolas, sendo seis estaduais e onze municipais. A definição da localidade se deve ao fato de que São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país, além de ser vizinha da capital do Estado de Sergipe. A preferência pelo bairro se deve ao fato de ser o mais importante da cidade, demonstrando ser mais desenvolvido que o próprio município.

1.1.1 Escolas municipais

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A primeira escola visitada foi Escola Municipal Lauro Rocha de Andrade que obteve média 3,6 no Ideb de 2011, localizada na Rua José Prado Barreto, nº460, no bairro Rosa Maria. Ela possui quatro salas e doze turmas, distribuídas nas séries do 1º ao 5º ano e a EJA. A escola possui em torno de 360 alunos e doze professores. Como a maioria das escolas da rede municipal, essa escola não possui biblioteca, porém participa do Projeto Trilha, em que todas as sextas-feiras são utilizadas para os cantinhos de leitura, onde os professores levam os livros do projeto para a sala de aula. Dentro da secretaria, tem um pequeno acervo com dicionários ilustrados e paradidáticos disposto em uma estante. Esses livros são enviados para escola tanto pelo Projeto Trilha quanto pelo PNBE. Logo após conhecer a primeira escola, foi a vez de visitar a EMEF^1 Francisco da Costa Batista, localizada na Rua Elpidio Batista Neri, nº 665, no bairro Rosa Elze. A escola conta com onze salas que comportam dezessete turmas, totalizando 388 alunos, de 1º ao 5º ano, e treze professores. Ela também não possui biblioteca e participa do Projeto Trilha, onde agora estão trabalhando com histórias acumulativas e depois vão para histórias repetitivas. A diretora enfatizou bastante que o projeto cobra relatório da escola e são feitas reuniões periodicamente. A escola recebeu do projeto vinte livros que estão dentro da secretaria em uma prateleira e optou por trabalhar somente com o 1º ano. Não há um dia fixo para as atividades, pois são as professoras que inserem o projeto em seu planejamento, ou seja, organizam-se durante as aulas para desenvolve-lo. A próxima escola a ser visitada foi a EMEF DR Martinho de Oliveira Bravo, Rua Grugim, nº 673, situada no Rosa Elze, que obteve no Ideb de 2011 média de 2,7. Ela possui cinco salas de aula, que comportam doze turmas, 229 alunos e doze professores, ofertando do 1º ao 5º ano. Esse estabelecimento de ensino se encontra na mesma situação das escolas acima, porém ainda vai começar o projeto. A diretora relata que a Secretaria do município disse que os livros para desenvolver o projeto já foram entregues, contudo esses livros não chegaram na escola. A gestora disseque os livros, possivelmente, devem ter sido desviados. A EMEF Madalena de Gois, localizada na rua B, nº 20, Conj. Lafaete Coutinho, no bairro Rosa Elze, possui oito salas de aula com dezesseis turmas distribuídas em dois turnos, manhã e tarde, totalizando 356 alunos e quatorze professores, ofertando do 1º ao 5º ano. A escola não possui o espaço físico da biblioteca, porém conserva um pequeno acervo

(^1) Abreviação para Escola Municipal de Ensino Fundamental.

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construção de uma sala de recursos e um laboratório de informática.Atualmente possui quatro salas, nove turmas, 240 alunos e oito professores. Ela obteve média 2,8 no Ideb e oferta o ensino do 1º ao 5º ano. Conta com equipe diretiva composta por uma diretora e um secretário. Essa foi a única escola que soube explicar o que era o projeto Trilha. Esclareceu que não era um projeto elaborado pelo município, mas uma parceria do Instituto Natura com o MEC. Além de ser a única escola a mencionar o material de apoio como os jogos que afirmam utilizar. A escola não tem um dia pré-definido da semana para desenvolver as atividades do projeto, pois essas atividades são executadas pela professora da turma do 1º ano, à tarde, ou seja, eles não quiseram estender às demais turmas. A EMEF Maria de Oliveira Santos está localizada na travessa D, s/n, no Loteamento Madre Paulina. Conta com duas salas, seis turmas, 105 alunos e três professores. A escola não possui espaço físico reservado para leitura, porém trabalha com o projeto Trilhas que é desenvolvido pela professora do 1º ano. Por fim, a EMEF Agnaldo Silva Santana fica localizada na av.K, nº 333, Várzea Grande na Zona Rural, em uma região muito distante, em que não passa transporte pela suas proximidades. Dessa forma, não houve condições de visitá-la e conhecer seu trabalho, sendo a única escola da região em que não foi possível desenvolver a pesquisa.

1.1.2 Escolas estaduais

A primeira escola estadual a ser visitada foi a Escola Normélia Araújo Melo que obteve média 4,4 no Ideb e está situada a rua A, s/n, Conjunto Lafayete Coutinho, bairro Rosa Elze. A escola funciona em dois turnos, ofertando o ensino fundamental do 1º ao 5º ano, totalizando 248 alunos. A equipe é composta por quinze professores, sendo duas professoras readaptadas realizando funções administrativas na secretaria, 21 servidores, uma diretora, um coordenador pedagógico e uma secretária. A escola atende a uma clientela, em sua maioria de classe baixa, advinda de loteamentos e conjuntos residências das proximidades. Quanto à estrutura física, o prédio escolar possui seis salas de aula, uma sala da direção e a secretaria, ambos os ambientes com banheiro destinado aos funcionários. Possui cozinha com dispensa, dois banheiros destinados aos alunos, sendo um masculino e um feminino, um depósito de materiais e um laboratório de informática. A

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escola não dispõe de sala de professores, sala de coordenação, quadra, refeitório, biblioteca e sala de recursos pedagógicos. Quanto ao laboratório de informática, só existe a estrutura, pois nunca foram instalados os computadores. Vale ressaltar que a escola está passando por uma reforma. A escola tem um pequeno espaço que funciona como biblioteca, em que, segundo a coordenadora, funciona de forma precária. Nas palavras da coordenadora, a escola faz o que pode. Na biblioteca, os alunos podem pegar livros emprestados. Além disso, na escola, o projeto de leitura funciona dentro dos programas PNAIC- Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa, Se liga e acelera e Mais Educação com a oficina letramento.Segundo a coordenadora, a escola nunca recebeu livros do PNBE, mas ao visitar a biblioteca foi observado livros do PNBE de 2011. Ao perguntar se já tinha havido a reunião do conselho escolar no corrente ano, a gestora disse que a escola não possui conselho escolar, mas sim comitê comunitário. Quando foi pedido para ler a ata de reunião, ela perguntou o que se queria ver na ata, foi respondido que só queria ver os pontos que são discutidos na reunião, então a gestora disse que não havia tal necessidade. Ela mesmo disse que eram discutidos a importância da presença dos pais na escola; o cuidado com os livros que os filhos recebem; e como aproveitar os recursos que a escola recebe. Dessa forma, foi perguntado se a comunidade não se interessa em discutir formas de promover a leitura na escola, a resposta obtida foi que a comunidade só se interessa se tem merenda escolar e professor - para os filhos não ficarem em casa. A segunda escola a ser visitada, Escola Neyde Mesquita que obteve média 3,8 no Ideb,fica na rua A,s/n, Conjunto Lafayete Coutinho, Bairro Rosa Elze, possui sete salas de aula e oferta do 1º ao 6º ano. Possui 300 alunos, equipe diretiva composta por uma coordenadora, uma diretora e uma secretária. A escola atende a uma clientela, em sua maioria, de classe baixa advinda de loteamentos e conjuntos residências das proximidades. A escola possui uma sala que funciona como biblioteca e sala de aula do programa Mais Educação. No âmbito da biblioteca, a escola faz empréstimo de livros aos alunos. Funciona a partir das 02h:40min e a catalogação é feita através de cores e sequência numérica. A escola também desenvolve o projeto “ler é bom”. A ideia do projeto surgiu através da dificuldade de leitura e escrita observada nos alunos. Para a elaboração do projeto, a pedagoga da escola fez um levantamento do gosto literário dos alunos e propôs parceria com duas professoras de português. Após a elaboração do projeto, houve uma reunião com