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Um estudo que determina a prevalência de anomalias de desenvolvimento orofacial em pacientes atendidos na clínica escola de odontologia da universidade federal de campina grande. Os resultados obtidos, incluindo as anomalias mais prevalentes e as fações de risco. As anomalias acometem tecidos moles, dentes e os ossos maxilares e podem apresentar manifestações clinicamente simples ou complexas, implicando em uma abordagem terapêutica que pode ser simples ou complexa. As anomalias de desenvolvimento orofaciais são um grupo diverso e complexo de alterações/defeitos que afetam uma significante proporção de pessoas no mundo.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
Compartilhado em 07/11/2022
4.5
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Patos/PB 2021
Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Odontologia. Orientadora : Profª. Drª. Cyntia Helena Pereira de Carvalho
Patos/PB 2021
Aprovado em 30/04/
Trabalho de Conclus̃ o de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, como parte dos requisitos para obteņ̃ o do t́ tulo de Bacharel em Odontologia.
Profa. Dra.Cyntia Helena Pereira de Carvalho– Orientadora Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Prof. Dr.George João Ferreira do Nascimento – 1 o^ Membro Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Profª. Dra. Keila Martha Amorim Barroso – 2 o^ Membro Universidade Federal da Paraíba – UFPB
Agradecimento Ainda me lembro de cada oração que fiz para chegar aqui, era essa que sempre quis, a minha primeira opção, pedia incessantemente ao nosso bom Deus que permitisse que eu conseguisse entrar na UFCG, mas que se fosse para me afastar dEle que não deixasse meu sonho se realizar, também clamei a Ele que cuidasse de cada pessoa e abençoasse quem fosse cruzar meu caminho na nova cidade e escola. Aqui estão vocês lendo ou me ouvindo, aqui estou eu e essa é a confirmação que Deus atendeu minhas orações.
A grande verdade é que o Senhor superou todos os meus clamores, nem nos meus melhores sonhos imaginei que poderia ajudar pessoas com anomalias semelhantes a minha, e poder fazer bem com pequenos gestos de amor e respeito dentro da odontologia. De mim mesma sei que não aguentaria um milésimo do que passei nesses últimos anos em patos sozinha, mas o Senhor estava lá sempre e ainda mandou anjos na forma turma XV.
E a ti meu Deus e Senhor sou grata, grata por uma trajetória de tantos ensinamentos, evoluções e realizações de sonhos. Obrigada por ter um cuidado tão singular comigo, é como se eu pudesse sentir o Senhor aqui ao meu lado, dando sentido a minha vida nesses últimos cinco anos. Entendo a odontologia como um presente dado por ti, uma maneira de amar ao próximo como a mim mesma e sem esperar nada em troca (Mateus 22:39), compreendi também que o sentido de tudo é fazer o bem enquanto se vive (Eclesiastes 3:12) e que não devemos ficar ansiosos por coisa alguma pois, Salomão com toda sua majestade nunca se vestiu melhor que os lírios do campo (Mateus 6:28.29). Obrigada pela sua existência, misericórdia e amor, Pai.
Agradeço a Minha mãe, Eliane Maria , por me aguentar desde 1996 e se fazer presente mesmo quando distante fisicamente, por todo o amor, abdicação e cuidado, e quanto zelo por nós! Tenho tanta sorte em ser sua filha, uma pessoa integra que não pensa duas vezes antes de abrir mão de coisas para si para dar aos seus. Quero poder fazer um dia tudo o que já fez por mim. Eu te amo muito mãe e esses anos longe conseguiram me fazer ver o quanto é rara no mundo uma humana tão maravilhosa e como te ter por perto é o que me faz sentir segura, você é a base de tudo desde sempre.
e Felipe , as vezes ainda sonho com esses momentos. Sempre que as coisas ficavam difíceis por aqui, voltar a essas memórias traziam-me de volta para mim mesma e davam paz. Obrigada por terem compartilhado tanta coisa boa comigo e contribuído na minha formação de caráter.
Aos meus Irmãos Maria Fernanda , João Victor , Fernandinho e Ilana , agradeço a parceria de sempre, as brigas, as brincadeiras e nosso amor demonstrado da forma mais bruta e debochada possível (kkk). Se cheguei até aqui foi por vocês.
As escolas que passei contribuíram demais para cada pequena conquista, minhas escolas do Rio de Janeiro, Escola Municipal Gabriela Mistral e a Escola Municipal Minas Gerais , que apesar das dificuldades do ensino público são instituições de excelência, estimulam seus alunos de acordo com suas aptidões, quanta saudade de correr no pátio, ler poesias na biblioteca e dos projetos do Minas gerais. No Gabriela Mistral éramos abençoados por estudar ao som do mar batendo no paredão da escola e como era bom passar horas olhando aquelas ondas indo e vindo. Essas pequenas vivências vão nos formando, esses estímulos nos fazem ser quem somos e só vemos sua real importância quando se esvaem. A essas duas instituições toda a minha gratidão e amor.
Agradeço as escolas aqui da Paraíba: Colégio Monsenhor Morais em Bonito de Santa Fé e Colégio Definição em Cajazeiras, por toda receptividade, carinho e compromisso com seus alunos, por me fazerem sentir em casa novamente. Nunca vou esquecer o gesto da Estefany Ramalho , minha amiga, que foi buscar uma cadeira e uma mesinha para mim quando cheguei no meu primeiro dia de aula, isso nunca saiu da minha memória. Naquele instante realmente me senti em “casa” na nova escola e em Bonito. Obrigada!
Sou grata aos meus amigos: João Assis , que foi meu colega de classe por muitos anos, grande amigo e primo, sem a ajuda dele provavelmente eu não teria chegado aqui, sempre nos apoiamos em todos os objetivos, sorrimos muito, choramos juntos e comemoramos cada vitória como se fosse a própria conquista; e Amanda Laysse , sempre esteve ao meu lado em tudo que precisei, independente da circunstância, desde 2010 temos nossa amizade/Irmandade, essa menina tem um coração raro e tão desprendido de julgamentos. Saibam que podem contar com minha amizade sempre. Obrigada por tudo.
Quando finalmente consegui passar para estudar na UFCG, tive o apoio de pessoas extremamente generosas, nunca vou esquecer todo o suporte que Jessica Lucena e sua família me deram, graças as suas indicações consegui alugar meu primeiro apartamento aqui, Jessica foi como uma irmã no primeiro ano da graduação. Jamais esqueceria de agradecer por isso.
A maioria de nós vem de longe, chegamos aqui com bagagens cheias de sonho, esperanças e medos, deixamos nossa casa e o aconchego de um lar. A gente passa por tanta coisa. Mas, tivemos a benção de estar na mesma turma, sinto às vezes que fomos escolhidos para estar juntos. “Amigo ama em todos os momentos, na adversidade um irm̃o” (Provérbios 17:17) posso dizer que durante e sses cinco anos fiz 33 irmãos , que em momentos de aflição no mínimo um estava presente, ajudando-me no que podiam e em algum desses momentos estive ali para ajudar um deles. São minha família desde junho de 2016.
“Chama Gabi e Amanda”, “Onde tá Amanda e Gabi?”, “Pode entrar, Gabi e Amanda”, como vou me acostumar sem isso? nós perdemos um pouco da nossa individualidade (kkkk), mas, tudo bem por mim. Desde o primeiro período é assim, uma ajudando a outra em tudo, literalmente todos os B.O’s, moramos, estudamos, comemos, existimos juntas nesses últimos anos. Obrigada por passar por tanto comigo. Obrigada, Amanda Oliveira , por ser essa cúmplice, por passar todas as minhas crises de ansiedade sem me deixar só. São memórias que vou me lembrar com muito carinho.
Sou grata as minhas amigas: Letícia Brasileiro , por ser nosso pontinho de paz, quando o mundo está desmoronando, a Letisquia está com seu sorriso lindo e coração enorme, com a casa sempre de portas abertas para a gente e com suas “comidas de m̃e”. Agradeço á Deus por ter me dado você de presente; e Lais Maia , por todo apoio, por fazer do seu lar o nosso, todo amor que transmite, essa serenidade que só ela tem.
Minha primeira duplinha, Ana Beatriz , tem um espaço especial em meu coração, quando cheguei nas primeiras pré-clínicas sem o mínimo de instrumentos para fazer o que os professores pediam, Ana nunca se negou em me emprestar nada, agia como se seus materiais fossem meus também, o coração de dela é enorme. Nunca vou me esquecer disso, e deixo registra daqui minha gratidão pela vida dela.
Quero agradecer a todos os projetos que participei, Primeiros Sorrisos (o único que eu realmente fui efetiva) aprendi demais e foi tão gostoso repassar o conhecimento para todas aquelas mamães, agora vamos para os que eu fui intrusa (muitos kkk), Calouros Humanos, Heróis do Sorriso, Liga acadêmica de Diagnóstico Oral.
Não tem como desvencilhar minha vida acadêmica, profissional e pessoal da Liga Acadêmica de Diagnóstico Oral , a minha amada LADO, que eu simplesmente me infiltro desde o meu segundo período, sou paciente eternamente, sou aluna, sou babona mesmo. Nesse projeto aprendi como trato meu paciente, porque eu fui bem tratada, como acolho, pois fui acolhida e, o principal, como realmente me importo, porque se importaram comigo de verdade como paciente. Antes me sentia um nada nas minhas consultas, ninguém me explicava nada, talvez eu até entendesse mais da minha anomalia que os profissionais que me atendiam. Na LADO, senti como um ratinho de laboratório, mas um ratinho feliz, pois sabia que estavam me examinando ali para realmente aprender e poder ajudar outras pessoas como eu.
Agradeço ao meu professor amado, George Nascimento , por todo ensinamento, principalmente por aquelas aulas de tumores em tecido mole (que são tudo para mim), por aquela conversa com minha mãe sobre a cirurgia que até agora não fiz, por ter tido a paciência do mundo todo me explicando que eu não tinha um hemangioma, enquanto, eu do segundo período, teimava que era sim (kkk), por me emprestar seu jaleco na monitoria, deixar toda clínica mais leve e ser esse humano extremamente generoso, acolhedor e com um coração lindo.
Cyntia Helena, com toda certeza, é uma modelo de profissional que quero ser, dedicada, que se esforça para fazer sempre mais e dar seu melhor, que de forma natural impõe sua presença em sala de aula, sem falar na didática incrível. Uma profissional multitarefa e mãe de gêmeos. Sou grata por cada aula, dica, conselho, por ter aceitado ser minha orientadora. Tenho um carinho imenso pela senhora.
Keila Barroso , a perfeita que tem a elegância e delicadeza em tudo que faz, uma profissional extremamente ética, seu trabalho para mim é sinônimo de perfeição. Com certeza é uma professora modelo e que me espelho muito. Como sinto sua falta nas nossas clínicas das sextas-feiras, amava receber seu puxão de orelha. Obrigada por ter feito parte da nossa jornada.
Agradeço também as professoras Barbara Monteiro e Daliana Queiroga , que me acompanharam nas minhas primeiras Laserterapias na Universidade Estadual da Paraíba, sempre com todo carinho, fizeram eu me sentir em casa e deram todo o suporte necessário para que me sentisse bem. Deixaram-me totalmente encantada com o laser e suas possibilidades, isso mudou minha vida desde então.
Expresso minha gratidão aos professores: Marco Antônio, Andressa Costa, Eduardo Dias, Rosana Rosendo, Tassia, João Nilton, Angélica Sátyro, Abraão Alves, Elizandra Penha, Luanna Abílio, Leorik Pereira, George Borja, Veneziano, Fátima Roneiva, Maria Carolina, Rodrigo Alves, Rodrigo Rodrigues, Onaldo Guedes, Faldryene Queiroz, Arthur e todos os demais , obrigada por cada vivência, conhecimento e experiência repassados.
Agradeço a VIAMED , por ter topado nossa parceria, foi muito gratificante poder ter trabalho com a equipe (Seu Lindomar e Armandinho), poder ter conseguido tanto através disso, em especial faço menção ao Arthur Lira , por ter sido meu “colega de trabalho” e amigo, com a ajuda deles e de cada alunos que me procurou consegui comprar meus materiais.
Minha supervisora de estágio, Dra. Aretha Ramos , me ensinou a como ser gentil com meus pacientes, a dar meu melhor mesmo com o pouco que o serviço público pode fazer, sou grata por ter sido tão receptiva com uma aluna do segundo período que não sabia nem o que era um dente (kkk), tenho hoje um carinho enorme por ela, Fagna e Dr. Thiago. Sempre vou lembrar das nossas quintas de cirurgias com muito amor.
Agradeço a Andreyson Marcelino , uma pessoa maravilhosa que me aceitou como parceira de pesquisa, nesse desafio de fazer um levantamento com todos os quase 4000 prontuários, também sou grata por ter sido meu monitor e amigo.
Angelo Medeiros, minha surpresa boa e inesperada. Em pouco tempo conquistou um espaço importantíssimo na minha vida, sempre com muito amor e paciência, demonstra seu apoio e companheirismo em tudo, acredita mais no meu potencial do que eu mesma. Sou grata por recuperar meus arquivos (kkk), ajudar a montar as tabelas do PIVIC (deveria ser meu coautor), permitir mostrar meu lado mais
Por fim, peço a Deus que me dê mais temor, sabedoria, aumente a minha fé e paciência para que eu siga seus propósitos, peço que me faça forte e corajosa, tendo bom ânimo para vencer cada etapa. As orações que fiz á seis anos atrás estendo para hoje, peço que abençoe todos os amigos que fiz aqui e também aos pacientes e colegas que ainda vão cruzar meu caminho.
O Presente trabalho teve como objetivo estabelecer a prevalência de anomalias de desenvolvimento orofaciais em uma população de pacientes atendidos. Foram avaliadas fichas de pacientes adultos e pediátricos atendidos entre os anos de 2012 a 2019, com total de 4.564 prontuários examinados, sendo 624 de pacientes infantis e 3940 de adultos, onde foram recolhidos dados como gênero, idade, a cor de pele e a anomalia orofacial presente. Como resultado, a prevalência das anomalias orofaciais na população paraibana estudada foi de 12,8%, as anomalias mais prevalentes foram: Grânulos de Fordyce (n=; 4,07%), tórus palatino (n=; 2,24%), tórus mandibular(n=; 1,95%) e língua fissurada(n=; 1,66). obtiveram-se 587 (11,5%) pacientes com presença de algum tipo de anomalia orofacial, sendo do gênero feminino 341 (58,0%) e 246 (42.0%) do gênero masculino, com média de idade de 34,32 (± DP) anos de idade em adultos e 7,08 (± DP) anos nos pacientes pediátricos. Esta prevalência é semelhante a outros estudos no mundo, muito embora acredita-se que muitas informações são subnotificadas.
Palavras-chave : Prevalência. Anomalias. Malformações. Face
Tabela 1 - Resultado da prevalência de anomalias de desenvolvimento orofaciais. Patos-PB, 2019.......................................................................................................... 25
Tabela 2 - Resultado da prevalência de anomalias de desenvolvimento em pacientes adultos. Patos-PB, 2019 ........................................................................................... 26
Tabela 3 - Resultado da prevalência de anomalias de desolvolvimento em pacientes pediátricos. Patos-PB, 2019 ..................................................................................... 27
4. APÊNDICE A – Termo de consentimento Livre e Esclerecido (TCLE) .............................................................................................................................. **34
desenvolvimento orofacial em pacientes atendidos na Clínica Escola de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande, localizada na cidade de Patos-PB.
As anomalias de desenvolvimento abrangem alterações de estrutura, função e metabolismo, podendo estar presentes logo no nascimento ou manifestar-se mais tardiamente. Estima-se que 7,6 milhões de crianças ao nascimento sejam portadoras de uma anomalia de desenvolvimento orofacial no mundo. Qualquer alteração no desenvolvimento embrionário pode originar anomalias que podem variar desde pequenas assimetrias até defeitos com maiores comprometimentos estéticos e funcionais. (WHO, 2002; MONLLEÓ et al., 2006; RIBEIRO, 2014). Como fatores de risco das anomalias, temos idade avançada da mãe, uso indevido de fármacos ou substâncias psicotrópicas durante a gravidez, deficiências nutricionais e exposição da gestante a certos produtos químicos, físicos, biológicos, além da história familiar de anomalias congênitas. (MONLLEÓ et al., 2009; NEVILLE et al., 2016) Os defeitos do desenvolvimento da região bucal e maxilofacial representam um número muito significativo, sendo muito diverso e complexo. Dentre os defeitos, destacam-se as anomalidades dentárias (forma, número, tamanho e estrutura), fendas orofaciais, fossetas labiais, lábio duplo, grânulos de Fordyce, leucoedema, anomalias linguais, alterações condilares, cistos de desenvolvimento e anomalias craniofaciais raras como: Hemi-hiperplasia, Atrofia hemifacial progressiva, Sindrome de Crouzon, Sindrome de Apert, Disostose mandíbulofacial, dentre outras. Muitas dessas anomalias podem estar associadas e serem quadros sindrômicos multissistêmicos (NEVILLE 2016). Os grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas ectópicas e assintomáticas, localizadas em diferentes sítios da cavidade oral, principalmente, no vermelhão do lábio superior, na região retromolar e na mucosa oral. Do ponto de vista clínico, manifestaram-se como pequenas pápulas esbranquiçadas ou amareladas confluentes que, ocasionalmente, formam placas (NEVILLE et al., 2016). Essa desordem, que afeta ambos os gêneros, começa a surgir durante a primeira década de vida, no entanto, uma prevalência significativamente mais baixa foi verificada na população
infanto-juvenil em contraposição a 80% dos pacientes adultos acometidos (OCAMPO- CANDIANI et AL., 2003).
Dados sobre as anomalias orofaciais na população brasileira são escassos e dispersos. A principal e mais abrangente é apenas sobre fendas orofaciais e a fonte provém do Estudo Colaborativo Latino-Americano de Mal-formações Congênitas (ECLAMC), que realiza vigilância epidemiológica dessas condições em maternidades voluntárias. De acordo com o ECLAMC, a prevalência de fendas orofaciais no Nordeste e Sul do Brasil varia entre 9,72-11,89/10 mil, enquanto no Sudeste, entre 5,39-9,71/10 mil (CASTILLA ET AL., 1995). Mathew et al. (2008), analisaram as lesões orais, conforme sua prevalência, em 1190 pacientes que procuraram uma faculdade de odontologia na Índia, sendo estes compostos em sua maioria por pacientes do sexo masculino e tendo variação de idade entre 2 e 80 anos. Seu estudo constatou que 41,2% dos pacientes apresentavam algum tipo de alteração e que grânulos de Fordyce eram as mais prevalentes, seguidos por ceratose friccional e língua fissurada. Em relação à idade dos pacientes foi observado que quanto mais avançada maior a prevalência de leucoedema e língua fissurada.
Quando se considera a prevalência total que inclui lesões fundamentais e alterações da normalidade, Hipólito e Martins durante um estudo encontraram um percentual de 85,2%, com 40,68% dos examinados apresentando ou mais de uma lesão ou mais de uma alteração da normalidade, resultado diferente do encontrado por Bouquot, que em 23.616 pacientes, homens e mulheres, constatou que 10,3% da população apresentava algum tipo de alteração, com aproximadamente 25% dos examinados apresentando mais de uma alteração. (HIPOLITO; MARTINS, 2008; BOUQUOT, 1986).
Sofia (2012) realizou um estudo de prevalência de tórus palatino e mandibular onde foram analisados 797 pacientes, sendo 517 do gênero feminino e 280 do gênero masculino. Os pacientes observados tinham idades entre os 22 até aos 77 anos. Foram encontrados 25 tórus, tendo uma prevalência de 3.1%. dos pacientes com presença de tórus. Foram encontrados 20 tórus mandibulares, 13 são mulheres e 12 homens, tendo uma prevalência respectivamente de 2,5% e 4.2%, sendo constatado