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Guias e Dicas
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Equações numéricas para a condução de calor em um material unidimensional, Notas de aula de Fundição

Um conjunto de equações numéricas desenvolvidas para a simulação da condução de calor em um material unidimensional, utilizando o método das diferenças finitas. São fornecidos os valores iniciais e de contorno para a temperatura, bem como o valor do coeficiente de difusão térmica.

O que você vai aprender

  • Como são desenvolvidas as equações numéricas para a condução de calor em um material unidimensional?
  • Qual é o método utilizado neste documento para a simulação da condução de calor?
  • Quais são os valores iniciais e de contorno fornecidos neste documento?
  • Qual é o significado do coeficiente de difusão térmica neste contexto?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amazonas
Amazonas 🇧🇷

4.4

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
JOÃO VITOR MOURA DE ANDRADE
ANÁLISE QUALITATIVA DA CONDUÇÃO TRANSIENTE EM UMA PEÇA DE
ALUMÍNIO ATRAVÉS DO TODOS DAS LINHAS
JOÃO PESSOA - PB
2019
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Baixe Equações numéricas para a condução de calor em um material unidimensional e outras Notas de aula em PDF para Fundição, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

JOÃO VITOR MOURA DE ANDRADE

ANÁLISE QUALITATIVA DA CONDUÇÃO TRANSIENTE EM UMA PEÇA DE

ALUMÍNIO ATRAVÉS DO MÉTODOS DAS LINHAS

JOÃO PESSOA - PB

João Vitor Moura de Andrade

ANÁLISE QUALITATIVA DA CONDUÇÃO TRANSIENTE EM UMA PEÇA DE

ALUMÍNIO ATRAVÉS DO MÉTODOS DAS LINHAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Coordenação do Curso de Graduação em Engenharia

Mecânica da Universidade Federal da Paraíba como

requisito para obtenção do título de Bacharel em

Engenharia Mecânica.

Orientador: Prof. Dr. Jacques César dos Santos

JOÃO PESSOA – PB

JOÃO VITOR MOURA DE ANDRADE

ANÁLISE QUALITATIVA DA CONDUÇÃO TRANSIENTE EM UMA PEÇA DE

ALUMÍNIO ATRAVÉS DO MÉTODOS DAS LINHAS

Trabalho de Conclusão de Curso - T.C.C., apresentado pelo acadêmico JOÃO VITOR MOURA

DE ANDRADE, do Curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica da Universidade Federal

da Paraíba - UFPB, tendo obtido o conceito ______________, conforme a apreciação da Banca

Examinadora:

Aprovado em _____ de Junho de 2019

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof. Dr. Jean Pierre Veronese

Membro (Universidade Federal da Paraíba - UFPB)

____________________________________________________________

Prof. Dr. João Pereira Leite

Membro (Universidade Federal da Paraíba - UFPB)

____________________________________________________________

Prof. Dr. Jacques César dos Santos

Orientador (Universidade Federal da Paraíba - UFPB)

Dedico este trabalho primeiramente a Deus,

a minha família e a todos os companheiros

da UFPB

ABSTRACT

This work aims at the qualitative analysis of the cooling of a cast aluminum part with a specific

geometry in order to understand the process and the reasons for the appearance of a defect in

the samples of the experiment that inspired this study. This study was based on the fundamentals

of heat transfer for transient heat conduction and was used numerical and mathematical methods

to create a preliminary model for analysis of the phenomenon. With the model constructed, a

simple mesh was created and through the finite difference method equations were elaborated

for each node of the mesh. Using the method of the lines, an approximation of the problem that

before was composed by a system of partial differential equations for a system of ordinary

differential equations was done, which allowed that a computational solution already present in

the used software was used, which in the case was the SCILAB. After the development of the

algorithm it was necessary to organize the data obtained in a temperature matrix that allowed a

better visualization and analysis of the results.

KEY WORDS: Method of Lines, Transient Conduction, Casting.

LISTA DE FIGURAS

SUMÁRIO

  • Figura 1.1 – Amostras, Visão das Peças Deitadas
  • Figura 1.2 – Amostras, Visão da Parte Inferior
  • Figura 1.3 – Geometria Simplificada............................................................................
  • Figura 2.1 – Modos de Transferência de Calor
  • Figura 2.2 – Exemplo Malha Bidimensional
  • Figura 2.3 – Representação Gráfica de uma Solução Através do Método das Linhas
  • Figura 3.1 - Geometria Simplificada
  • Figura 3.2 – Corte no Solido Estudado
  • Figura 3.3 – Face a ser estudada
  • Figura 3.4 – Condições de Contorno
  • Figura 3.5 – Malha Referente a Face Estudada
  • Figura 4.1 - Gráfico Referente aos Resultados no Instante t=1
  • Figura 4.2 - Gráfico Referente aos Resultados no Instante t=2
  • Figura 4.3 - Gráfico Referente aos Resultados no Instante t=10
  • Figura 4.4 – Amostra que Inspirou o Estudo
  • 1 Caracterização do Estudo
  • 1.1 Introdução
  • 1.2 Objetivos........................................................................................................................
  • 2 Referencial Teórico
  • 2.1 Transferência de Calor...................................................................................................
  • 2.2 Condução de Calor Transiente
  • 2.3 Método das Diferenças Finitas
  • 2.4 Método das Linhas
  • 3 Metodologia
  • 3.1 Método Matemático
  • 3.2 Método de Solução
  • 4 Resultados..............................................................................................................................
  • 5 Conclusão
  • 6 Bibliografia
  • Apêndice A – Equações Diferenciais para os Nós

1 Caracterização do Estudo

1.1 Introdução

Com o desenvolvimento da tecnologia, a vida no mundo moderno tem se transformado

numa velocidade nunca antes vista. As tecnologias hoje têm um tempo de vida extremamente

curto a ponto de as pessoas terem dificuldade para conseguir acompanhar essas inovações.

Grande parte da população sabe utilizar de todas essas novidades, que vem para aumentar o

conforto e a praticidade nas atividades diárias, mas não tem noção da infinidade de processos

de fabricação utilizados para que essas soluções cheguem em suas mãos.

Os processos de fabricação têm sua origem há muito tempo atrás, antes mesmo do

homem aprender como se trabalhar com metal, o homem já era capaz de modificar rochas e

madeira para criar ferramentas que facilitassem a sua vida. Dessa época para cá, houve vários

avanços, o que permite hoje estarmos nesse patamar há grande parte dos processos serem

automatizados. Dentre esses processos, alguns são de extrema importância, pois permitem que

se produza a maioria dos produtos disponíveis no mercado hoje em dia. Esses processos já vêm

de muito tempo apenas tendo melhorias com relação a eficácia e eficiência sem descaracterizar

o processo, por conta de serem soluções viáveis financeiramente e não ter surgido nenhum tipo

de processo que consiga superar seu custo-benefício. Um desses processos que é largamente

utilizado na indústria é a fundição de metais, um processo relativamente barato apesar da

necessidade de acabamento, sem falar que pode trabalhar com geometria simples ou complexas

e permitem a produção em massa.

O processo de fundição é um dos processos mais populares por ser extremamente

versátil e ter um ótimo custo-benefício. Existem vários tipos de fundição que dependendo do

material e do tipo de projeto podem variar, os principais são: por gravidade, sob pressão, por

centrifugação e de precisão. O processo de fundição por gravidade geralmente consiste dessas

8 etapas: confecção do modelo, confecção do molde, confecção dos machos, fusão do material,

vazamento do material no molde, desmoldagem, rebarbação e limpeza. O processo de fundição

por gravidade mais utilizado é o de molde de areia pois tem um custo baixo, mas também pode

ser feito através de molde permanente (normalmente feito de um metal com ponto de fusão

maior do que o do material a ser fundido) e com molde semipermanente que que possui algumas

partes que são quebradas após a solidificação do material fundido. A fundição por centrifugação

ocorre em um equipamento especial que gira enquanto o material fundido é vazado no molde,

apesar do vazamento ser mais eficiente é um processo mais caro, esse processo é utilizado na

Figura 1.1 – Amostras, Visão das Peças Deitadas

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 1.2 – Amostras, Visão da Parte Inferior

Fonte: Acervo Pessoal

Com isso, neste estudo foi aplicado o conhecimento de métodos numéricos para criar

um modelo simplificado baseado em equações diferenciais parciais e será aproximado a um

sistema de equações diferenciais ordinárias através do método das linhas (Schiesser, 1991).

Resolvendo esse sistema utilizando um algoritmo no Scilab, vai ser possível obter uma imagem

da temperatura e como ela se comporta em cada instante de tempo t. Esses resultados permitirão

ter uma noção primária de como se procede o resfriamento e começar a entender o que pode ter

gerado esse defeito. Para essa análise preliminar, foi utilizada essa geometria simplificada pois

permite uma modelagem mais acessível até por se tratar de um estudo preliminar.

Figura 1.3 – Geometria Simplificada

Fonte: Acervo Pessoal

2 Referencial Teórico

2.1 Transferência de Calor

Transferência de calor é o nome dado ao processo pelo qual ocorre a troca de energia

interna de um sistema devido a diferenças de temperatura, seja entre meios estacionários, entre

superfícies e fluidos ou até mesmo entre superfícies sem a necessidade de algum meio entre as

superfícies. Kreith ( 2003 , p. 1) diz que a entidade calor “[...]não pode ser medida ou observada

diretamente, porem os efeitos que ela produz são susceptíveis de observação e medição. O fluxo

de calor, tal qual o desempenho do trabalho, é um processo pelo qual a energia interna de um

sistema é alterada”.

Como mostrado na figura 2.1, referimo-nos aos diferentes tipos de processos de

transferência de calor por modos. Segundo Incropera (2008), havendo uma diferença de

temperatura em um meio estacionário, podendo este meio ser um solido ou um fluido, damos o

nome de condução a transferência de calor que ocorre através deste meio. Já para a transferência

de calor que ocorre entre uma superfície e um fluido em movimento, com diferentes

temperaturas, o termo que utilizamos é convecção. Para entendermos o terceiro modo de

transferência de calor, primeiro temos de entender que toda superfície de temperatura não nula

emite energia na forma de ondas eletromagnéticas. Então mesmo na ausência de um meio entre

superfícies, desde que a temperatura não seja nula, haverá uma troca de calor liquida que

caracteriza esse modo de transferência de calor chamado de radiação térmica.

Figura 2.1 – Modos de Transferência de Calor

Fonte: INCROPERA, pg. 2, 2008

2.2 Condução de Calor Transiente

A transferência de calor por condução é o processo por onde a energia interna de um

solido ou fluido sem movimento é transmitida de uma região de maior temperatura para uma

de menor temperatura. Esse processo pode ocorrer em regime estacionário, onde apesar do

fluxo de calor não há variação das temperaturas, ou em regime transiente, onde há variação nas

temperaturas ao longo do tempo. Além dos regimes a condução de calor pode ser

unidimensional ou ocorrer em várias direções e pode-se ter ou não geração de calor envolvida.

A condução de calor transiente é mais complexa em relação a em regime estacionário pois como

as temperaturas variam com o tempo e o espaço, torna necessário uma análise mais complexa

do problema. Segundo Incropera (2008, p. 163), “As propriedades finais do metal dependerão

significativamente do histórico no tempo da temperatura que resulta da transferência de calor.

O controle da transferência de calor é uma chave na produção de novos materiais com

propriedades melhoradas”. A geometria da peça pode permitir aproximações que facilitem a

obtenção de solução e existem alguns casos especiais que já tem soluções consolidadas que

permitam a obtenção de resultados de maneira mais simples.

No caso da condução transiente as condições de contorno e condições iniciais tem papel

fundamental para a compreensão do problema. Caso as condições de contorno, condição inicial

e a geometria da peça não encaixem de maneira adequada nas soluções mais simples, é

necessário o uso de métodos numéricos para se obter os resultados, um dos mais utilizados é o

método dos nós ou das diferenças finitas. Esse método permite que a temperatura em um nó

seja encontrada através dos valores dos nós ao seu redor. Com isso é possível achar os valores

de temperaturas para cada nó independente da geometria do problema.

Neste Estudo, levou-se em consideração um caso especifico de condução, a

bidimensional e transiente. A condução em regime transiente ocorre quando a temperatura varia

com relação ao tempo e espaço. Para esse estudo, deve-se partir da equação de condução de

calor com coordenadas cilíndricas:

×

2

2

2

2

2

Onde α é a difusividade térmica do material e é encontrado pela formula:

𝑝

Com isso chegou-se a equação para achar a temperatura em cada nó no instante de

tempo desejado:

𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑚,𝑛

𝑝+ 1

− 𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑚,𝑛

𝑝

∆𝑡

= 𝛼 (

𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑚− 1

− 2 𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑚

  • 𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑚+ 1

∆𝑥

2

𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑛− 1

− 2 𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑛

  • 𝑇(𝑥, 𝑦)

𝑛+ 1

∆𝑦

2

) ( 2. 3 )

Através dessa aproximação é posição simplificar problemas onde a geometria da peça

não se encaixa nos métodos mais comuns de resolução e permite que através da abordagem

deste estudo se possa discretizar o problema e transforma-lo de maneira a achar uma solução

condizente.

2.4 Método das Linhas

Ao se buscar soluções para se resolver um sistema de equações diferenciais parciais

(EDP) através de softwares de computador, percebe-se que não é algo tão simples. A maioria

dos softwares disponíveis apresentam uma variedade de soluções para buscar soluções para

sistemas de equações diferenciais ordinárias (EDO), mas dificilmente apresentam solver que

resolvem os sistemas de EDP, pois os computadores têm dificuldades de processar sistemas de

derivadas parciais. Por isso, tem-se uma necessidade de “substituir” o problema inicial por um

problema equivalente algebricamente. Segundo Schiesser (1991), ao tentar se achar uma

solução para 𝑇(𝑥, 𝑡) deve-se considerar que a variável x tem um valor no gráfico especificado

por um indexador i. Ou seja, 𝑥( 1 ) = 0 e 𝑥(𝑛) = 𝐿 onde n é o número total de pontos x no

gráfico e L o valor final assumido por x. Para conseguir determinado ponto de x a expressão

∆𝑥 , 𝑖 = 1 , 2 , … , 𝑛 ; onde ∆𝑥 =

𝐿

(𝑛− 1 )

e representa o espaçamento do x no

gráfico. Realizando o mesmo procedimento para variável t mas utilizando um indexador j se

obtêm uma aproximação da função para um valor numérico para cada indexador i e j permitindo

assim que se ache valores de 𝑇(𝑖, 𝑗). Esse procedimento de aproximação de equações

diferenciais para equações algébricas é utilizado como abordagem para diferenças finitas,

elementos finitos e até volume finito para solução de EDPs e são base também para o método

das linhas.

No método das linhas, se mantem as outras variáveis da função com valores aproximados para

cada indexador, mas se trata a variável t como continua o que vai transformar a função 𝑇(𝑥, 𝑡)

em uma EDO com uma única variável independente t. Desse jeito, é possível utilizar

qualquer solver para EDOs que os softwares têm disponíveis para achar uma solução. Na

figura 2.3, temos um exemplo de como é a representação gráfica de uma solução que utilizou

o método das linhas todas as variáveis x(i) ao longo do gráfico tem um valor algébrico

aproximado para cada instante t , formando-se linhas para cada valor de i que podem ser

plotadas em gráficos 2d que mostram a solução em cada instante de tempo.

Figura 2.3 – Representação Gráfica de uma Solução Através do Método das Linhas

Fonte: < http://www.pdecomp.net/TheCompendium/chap01.php >