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Guias e Dicas
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Gestão de Informação em Organizações Hospitalares: Conceitos e Desafios, Notas de aula de Comunicação

Este documento aborda os pressupostos básicos da complexidade do sistema de saúde, a diversidade de posicionamentos dos participantes, a necessidade de integração entre os setores e atividades existentes nas organizações hospitalares, a importância da gestão de informação e os conceitos refinados de dados, informações e conhecimentos. Além disso, discute as principais questões e conexões entre a tecnologia da informação e os sistemas de informações, como ferramentas e como agentes transformadores nas organizações.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Luiz_Felipe
Luiz_Felipe 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO – NPGA
JAIME NOGUEIRA DA GAMA
GESTÃO DA INFORMAÇÃO HOSPITALAR:
ESTUDO DE CASO DE UM HOSPITAL PRIVADO, DE ATUAÇÃO
GERAL E MÉDIO PORTE.
Salvador
2009
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO – NPGA

JAIME NOGUEIRA DA GAMA

GESTÃO DA INFORMAÇÃO HOSPITALAR:

ESTUDO DE CASO DE UM HOSPITAL PRIVADO, DE ATUAÇÃO

GERAL E MÉDIO PORTE.

Salvador

JAIME NOGUEIRA DA GAMA

GESTÃO DA INFORMAÇÃO HOSPITALAR:

ESTUDO DE CASO DE UM HOSPITAL PRIVADO, DE

ATUAÇÃO GERAL E MÉDIO PORTE.

Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação em Administração, Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Administração. Orientador: Prof. Dr. Claudio Guimarães Cardoso

Salvador

JAIME NOGUEIRA DA GAMA

GESTÃO DA INFORMAÇÃO HOSPITALAR:

ESTUDO DE CASO DE UM HOSPITAL PRIVADO, DE

ATUAÇÃO GERAL E MÉDIO PORTE.

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Administração, Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia.

26 de março de 2009.

Banca Examinadora

Ana Verena Almeida Mendes___________________________________________

Doutora em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade de São Paulo (USP) Hospital São Rafael

Claudio Guimarães Cardoso – Orientador_________________________________

Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) Universidade Federal da Bahia

Vera Lúcia Peixoto Santos Mendes______________________________________

Doutora em Administração Pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) Universidade Federal da Bahia

À minha esposa Jacqueline, minha alma gêmea, pelo seu profundo incentivo e amor.

Aos meus filhos Gabriel e Daniel, pelo amor, carinho, respeito e compreensão.

Ao meu pai, pelas suas mãos, agora nos meus ombros.

À minha mãe, pelo incansável incentivo aos estudos.

Aos meus irmãos, Márcia e Guilherme, com as respectivas famílias, pela rica história.

À Família Canuto e seus “mil” agregados e à casa de Itabirito, palco de minhas leituras e com suas inúmeras e alegres confraternizações.

Ao meu Orientador e Amigo, Prof. Dr. Claudio Cardoso, pela paciência e dedicação (e ao Franz Café que tanto acolheu nossas reuniões de orientação).

À Dra. Ana Verena Almeida Mendes, pela amizade e pelos grandes e prazerosos projetos que fizemos juntos, unindo a Medicina e a Tecnologia da Informação.

A Vera Canovas, pelo caminho.

À Dinâmica Energética do Psiquismo, pela caminhada.

A Hermes, Andreia, Lauro e Eliane, grandes e mineiros amigos, que sedimentam minhas origens.

A George e Ivanil, os primeiros amigos da Bahia.

Ao Dico, Daniela, Mauricio Lucas e Bianka, “casais de afilhados” e amigos de longas datas.

A Fernando e Mônica, amigos de fé, de vinho, de lua e de Nietzsche.

Aos amigos Mário e Stella, pelo apoio e dicas na reta final.

A Lora, Prado, Grace, Annia, Marcelão, Xandinha, Kleber, Patrícia, Rodrigo, Cynthia, Eugenio, Bianca, Roberto, Rosana, Rogério Peres, Silvana, Rogério Grijó e tantos outros, que muito me ajudaram como verdadeiros amigos e grandes filósofos.

Aos grandes amigos mineiros, Maia, Simone, Totonho, Guilherme, Zé Antonio, Helinho, Verinha, e tantos outros...

A todos os amigos do Grupo Família, pela intensa doação.

A Deus, por sua sabedoria incomum.

Ao amigo Adriano Miranda, grande incentivador da minha caminhada.

Ao Prof. Carlos Palma, Prof. Jairo Gomes e Prof. Nestor, amigos e verdadeiros parceiros.

Ao Prof. Nildo Leite e Prof. Rosa Helena (também em outra dimensão), que tanto reconheceram meu potencial acadêmico.

À competente e amiga Profa. Pat Moraes, pelo apoio na revisão final e inúmeras contribuições.

A Luize Meirelles, pelo apoio na leitura final.

Aos meus amigos Rodrigo Valadares e Fabíola Grijó, pela colaboração na convergência dos temas de pesquisa.

À Edileusa, com suas poderosas vitaminas de abacate e que tanto cuida de mim lá em casa.

Aos CPDs do Grupo Promédica, em especial, Eduardo (glorioso “OCP”), Leo, Orlando, Zeca, Ricardo, Maurição, Marcos Almeida e Arnaldo Diniz pela longa caminhada juntos no árduo trabalho na nossa prazerosa área de informática.

A Fernando Pessoa, pelas pedras no caminho, que me fazem construir castelos.

Ao Paciente, por sua alma.

Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço, venha me apertar Tô chegando Coisa que gosto é poder partir Sem ter planos Melhor ainda é poder voltar Quando quero Todos os dias é um vai-e-vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E assim, chegar e partir São só dois lados Da mesma viagem O trem que chega É o mesmo trem da partida A hora do encontro É também de despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar É a vida.

Milton Nascimento e Fernando Brant, 2003

GAMA, Jaime Nogueira da. Management of Hospital Information : case study of a general nature hospital, private and medium-sized. 174 pp. ill. 2009. Master Dissertation – Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, 2009.

ABSTRACT

This dissertation aims to identify and understand the effects of knowledge generated by studies of information management on promoting improvements on the management of Jorge Valente Hospital, of a general nature, private and medium-sized. The work is grounded on a theoretical framework based on information management and organizational context related to the concept of a hospital as a integral component of the health system, combined with an applied field research, where the problem was treated as a exploratory study-of-case, with a qualitative and analytical approach of the content. The adopted research instrument is based on Rezende (2002), under his approval, which proposes four constructs: information systems, information technology, human resources and organizational context. Interviews were conducted by following the constructs and responses were categorized in Bardin´s theme (1977). As a conclusion term, this study reinforces the need for management information appliances and brings contributions to the discussions that have already been carried out considering the theoretical field of a hospital as a wealth system component. It also shows that the use of qualitative strategies can contribute to the progress being made in the field of management hospital. In addition, it offers an overview of properly classified information that enable a understanding of the effects of knowledge generated by studies of information management in the promotion of improvements in hospital management In favor of further investigation and analysis on the hospital information management subject, several future work have been suggested.

Keywords: Information Management, Information Systems, Hospital Management, Hospital Jorge Valente.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

SUMÁRIO

  • Quadro 1 Dados, Informações e Conhecimentos
  • Quadro 2 Projetos e descritivos eHealth
  • Figura 1 Modelo para o equilíbrio organizacional
  • Quadro 3 Classificação das organizações hospitalares
  • Quadro 4 Processos relativos ao produto hospitalar
  • Quadro 5 Processos de apoio hospitalar
  • Quadro 6 Fases e passos da pesquisa
  • Quadro 7 Classificação do Hospital Jorge Valente
  • Quadro 8 Relação de Sistemas de Informações existentes no Hospital Jorge Valente
  • Gráfico 1 Respondentes da pesquisa (por profissão)
  • Gráfico 2 Respondentes da pesquisa (por tempo de experiência)
  • Quadro 9 Construtos e fundamentação teórica
  • Gráfico 3 Visão geral do Construto SI
  • Gráfico 4 Visão das Categorias do Construto SI
  • Figura 2 Resultado da Certificação na Acreditação Hospitalar
  • Gráfico 5 Visão geral do Construto TI
  • Gráfico 6 Visão das Categorias do Construto TI
  • Gráfico 7 Visão geral do Construto RH
  • Gráfico 8 Visão das Categorias do Construto RH
  • Gráfico 9 Visão geral do Construto CO
  • Gráfico 10 Visão das Categorias do Construto CO
  • Gráfico 11 Análise da Categoria A- ou DEPENDÊNCIA-
  • Quadro 10 Análise da Categoria A- ou DEPENDÊNCIA-
  • Gráfico 12 Análise da Categoria B- ou BUROCRÁTICO-
  • Quadro 11 Análise da Categoria B- ou BUROCRÁTICO-
  • Gráfico 13 Análise da Categoria C+ ou SEGURANÇA+
  • Quadro 12 Análise da Categoria C+ ou SEGURANÇA+
  • Gráfico 14 Análise da Categoria D+ ou PRATICIDADE+
  • Quadro 13 Análise da Categoria D+ ou PRATICIDADE+
  • Gráfico 15 Análise da Categoria E+ ou COMPLEXIDADE+
  • Quadro 14 Análise da Categoria E+ ou COMPLEXIDADE+
  • Gráfico 16 Análise da Categoria F- ou INSUFICIENTE-
  • Quadro 15 Análise da Categoria F- ou INSUFICIENTE-
  • Gráfico 17 Análise da Categoria G+ ou AGILIDADE+
  • Quadro 16 Análise da Categoria G+ ou AGILIDADE+
  • Gráfico 18 Análise da Categoria H+ ou IMPRESCINDÍVEL+
  • Quadro 17 Análise da Categoria H+ ou IMPRESCINDÍVEL+
  • Gráfico 19 Análise da Categoria I+ ou COMUNICAÇÃO+
  • Quadro 18 Análise da Categoria I+ ou COMUNICAÇÃO+
  • Gráfico 20 Análise da Categoria J- ou HETEROGENEIDADE-
  • Quadro 19 Análise da Categoria J- ou HETEROGENEIDADE-
  • Gráfico 21 Análise da Categoria K- ou MEDO DA TI-
  • Quadro 20 Análise da Categoria K- ou MEDO DA TI-
  • Gráfico 22 Análise da Categoria L- ou RESISTÊNCIA-
  • Quadro 21 Análise da Categoria L- ou RESISTÊNCIA-
  • Gráfico 23 Análise da Categoria M+ ou INTERAÇÃO+
  • Quadro 22 Análise da Categoria M+ ou INTERAÇÃO+
  • Gráfico 24 Análise da Categoria N+ ou IMPORTÂNCIA DA TI+
  • Quadro 23 Análise da Categoria N+ ou IMPORTÂNICA DA TI+
  • Gráfico 25 Análise da Categoria O+ ou CONHECIMENTO+
  • Quadro 24 Análise da Categoria O+ ou CONHECIMENTO+
  • Gráfico 26 Análise da Categoria P- ou CONFLITOS-
  • Quadro 25 Análise da Categoria P- ou CONFLITOS-
  • Gráfico 27 Análise da Categoria Q- ou COMPLEXIDADE-
  • Quadro 26 Análise da Categoria Q- ou COMPLEXIDADE-
  • Gráfico 28 Análise da Categoria R+ ou COMPLEXIDADE+
  • Quadro 27 Análise da Categoria R+ ou COMPLEXIDADE+
  • Gráfico 29 Análise da Categoria S+ ou GESTÃO+
  • Quadro 28 Análise da Categoria S+ ou GESTÃO+
  • Gráfico 30 Análise da Categoria T+ ou QUALIDADE+
  • Quadro 29 Análise da Categoria T+ ou QUALIDADE+
  • Quadro 30 Limitações da pesquisa
  • Quadro 31 Pesquisas futuras
  • Tabela 1 Foco dos sistemas eHealth : dados, informações ou conhecimentos LISTA DE TABELAS
  • Tabela 2 Classificação dos sistemas eHealth : ST, SE, SIG ou SAD
  • Tabela 3 Dados da situação brasileira – saúde
  • Tabela 4 Construto SI: Categoria A- ou Categoria DEPENDÊNCIA (-)
  • Tabela 5 Construto SI: Categoria B- ou Categoria BUROCRÁTICO (-)
  • Tabela 6 Construto SI: Categoria C+ ou Categoria SEGURANÇA (+)
  • Tabela 7 Construto SI: Categoria D+ ou Categoria PRATICIDADE (+)
  • Tabela 8 Construto SI: Categoria E+ ou Categoria COMPLEXIDADE (+)
  • Tabela 9 Construto TI: Categoria F- ou Categoria INSUFICIENTE (-)
  • Tabela 10 Construto TI: Categoria G+ ou Categoria AGILIDADE (+)
  • Tabela 11 Construto TI: Categoria H+ ou Categoria IMPRESCINDÍVEL (+)
  • Tabela 12 Construto TI: Categoria I+ ou Categoria COMUNICAÇÃO (+)
  • Tabela 13 Construto RH: Categoria J- ou Categoria HETEROGENEIDADE (-)
  • Tabela 14 Construto RH: Categoria K- ou Categoria MEDO DA TI (-)
  • Tabela 15 Construto RH: Categoria L- ou Categoria RESISTÊNCIA (-)
  • Tabela 16 Construto RH: Categoria M+ ou Categoria INTERAÇÃO (+)
  • Tabela 17 Construto RH: Categoria N+ ou Categoria IMPORTÂNCIA DA TI (+)
  • Tabela 18 Construto RH: Categoria O+ ou Categoria CONHECIMENTO (+)
  • Tabela 19 Construto CO: Categoria P- ou Categoria CONFLITOS (-)
  • Tabela 20 Construto CO: Categoria Q- ou Categoria COMPLEXIDADE (-)
  • Tabela 21 Construto CO: Categoria R+ ou Categoria COMPLEXIDADE (+)
  • Tabela 22 Construto CO: Categoria S+ ou Categoria GESTÃO (+)
  • Tabela 23 Construto CO: Categoria T+ ou Categoria QUALIDADE (+)
  • Tabela 24 Diálogo dos Construtos – visão geral
  • Tabela 25 Diálogo dos Construtos – visão das palavras/termos ordenados
  • Tabela 26 Diálogo dos Construtos – visão das categorias e pressupostos
  • 1 INTRODUÇÃO
  • 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CONCEITUAL
  • 2.1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO
  • 2.1.1 Dados, Informações e Conhecimentos
  • 2.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
  • 2.2.1 Principais Fundamentos
  • 2.2.2 Como Ferramenta
  • 2.2.3 Como Infra-estrutura
  • 2.2.4 Como Transformação
  • 2.3 CONTEXTO ORGANIZACIONAL DOS HOSPITAIS
  • 2.3.1 A Organização Hospital
  • 2.3.2 O Prontuário Médico
  • 2.3.3 O Prontuário Eletrônico
  • 2.3.4 Recursos Humanos de Organizações Hospitalares
  • 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
  • 3.1 MÉTODO DE PESQUISA
  • 3.1.1 Natureza da Pesquisa
  • 3.1.2 Abordagem do Problema da Pesquisa
  • 3.1.3 Caracterização dos Objetivos da Pesquisa
  • 3.2 TÉCNICAS DA PESQUISA
  • 3.2.1 Desenho da Pesquisa
  • 3.2.2 Fases e Passos da Pesquisa
  • 3.3 COLETA DE DADOS DA PESQUISA
  • 3.4 ABRANGÊNCIA DA PESQUISA
  • 3.4.1 Campo de Investigação da Pesquisa
  • 3.4.2 Sujeitos da Pesquisa
  • 3.5 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA
  • 3.5.1 Respondentes da Pesquisa
  • 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
  • 4.1 ORGANIZAÇÃO DOS CONSTRUTOS
  • 4.1.1 Organização dos Construtos – Visão Geral
  • 4.1.2 Organização dos Construtos – Visão de Cada Construto
  • 4.1.3 Visão do Construto SI – Sistemas de Informações
  • 4.1.4 Visão do Construto TI – Tecnologia da Informação
  • 4.1.5 Visão do Construto RH – Recursos Humanos
  • 4.1.6 Visão do Construto CO – Contexto Organizacional
  • 4.2 ANÁLISE GERAL DOS CONSTRUTOS
  • 4.2.1 Análise do Construto SI – Sistemas de Informações
  • 4.2.2 Análise do Construto TI – Tecnologia da Informação
  • 4.2.3 Análise do Construto RH – Recursos Humanos
  • 4.2.4 Análise do Construto CO – Contexto Organizacional
  • 4.3 DIÁLOGO DOS CONSTRUTOS E DISCUSSÃO DOS PRESSUPOSTOS
  • 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS
  • APÊNDICE A – E-mail de solicitação de uso de questionário
  • APÊNDICE B – Carta de apresentação do questionário
  • APÊNDICE C – Questionário (perguntas abertas)
  • APÊNDICE D – E-mail de agradecimento de participação
  • ANEXO A – Apresentação do Hospital Jorge Valente e da holding Promédica

sim no ciclo completo do atendimento, em que o valor é realmente determinado (PORTER; TEISBERGER, 2006).

Vários participantes desse sistema são conhecidos: os pacientes, que se preocupam com o custo do seguro e com a qualidade dos tratamentos; os empregadores, que arcam com apólices mais onerosas e funcionários insatisfeitos; os médicos e demais membros de um corpo funcional, com rendimentos reduzidos, sobrecarga de trabalho, vários vínculos profissionais, risco de processos judiciais e submetidos a diversas burocracias; os planos de saúde, cada vez mais regulados, sujeitos a sanções e acirradas competições com foco somente em preço; os laboratórios e fornecedores de materiais, medicamentos e equipamentos, que lançam o que há de melhor para salvar e melhorar a vida dos pacientes, mas são acusados de cartelizar o sistema e provocar a elevação de custos; o governo cujos orçamentos fogem de controle e o próprio conhecimento sobre todo o sistema é, muitas vezes, precário. Um desses participantes, a organização hospitalar, exerce um complexo papel nesse sistema e é um dos temas centrais do nosso estudo.

De acordo com Malagon, Morera e Laverde (2000), o hospital não é apenas uma organização que possui um grupo de profissionais em atitude solícita, prestando seus serviços a vários pacientes que têm a frente de seus leitos, com médicos prescrevendo medicamentos e terapias nutricionais, enfermeiros aplicando ou administrando tais itens nesses pacientes ou fazendo curativos, e fisioterapeutas trabalhando em processos de reabilitação.

Não se trata simplesmente de um lugar para colocar os pacientes sob os cuidados de profissionais de saúde, nem é apenas um lugar aonde vão os doentes que desejam se curar. A recuperação da saúde não é a única responsabilidade de um hospital. Embora a sua finalidade seja a preservação das condições físicas ideais do indivíduo e a meta fundamental seja salvaguardar a vida, o conceito de um hospital abrange uma série de recursos variados, elementos e dispositivos que, submetidos a uma ação coordenada, podem conduzir à saúde integral, isto é, promoção, prevenção, recuperação e reabilitação.

Dessa forma, um hospital vai além das suas atividades: profissionais em diversas especialidades executam o atendimento aos pacientes, assistência clínica e cirúrgica é prestada aos doentes, pesquisas científicas são realizadas, a administração ocorre em todos os níveis, a docência é praticada com estudantes de ciências da saúde, a educação continuada é desenvolvida

com os colaboradores, especialistas são formados, estratégias são traçadas, leis e normas são seguidas, novas tecnologias são pesquisadas e adquiridas, problemas trabalhistas são enfrentados, serviços religiosos são oferecidos, novos seres nascem e outros encerram sua jornada. Enfim, o hospital possui inúmeras atividades que devem funcionar de forma harmônica e coordenada, transformando esse participante do citado sistema de saúde num elemento de elevada importância.

Além desse conjunto de atividades da organização hospitalar – composta por pessoas, recursos físicos (infra-estrutura, tecnologia e insumos), recursos financeiros e normas para o desenvolvimento e a prestação de serviços de saúde, é necessário que se leve em consideração o enorme volume de dados que, tacitamente, compõe de forma fundamental um sistema de informações integrado, apoiado por uma infra-estrutura tecnológica robusta que possa proporcionar suporte aos processos operacionais, táticos e estratégicos da organização.

Tal cenário é um forte gerador de informações (série de dados processados) de apoio decisório e produtor de novos conhecimentos concernentes à dinâmica da organização e do seu entorno. Embora os hospitais tenham as suas próprias características funcionais de coleta, armazenamento, processamento e distribuição de dados e informações, também fica evidente que cada organização tem as suas particularidades de funcionamento, operação e gestão, mesmo existindo aspectos comuns aos sistemas de informações.

A sociedade industrial observada por De Masi (1999) produzia, sobretudo, bens a serem consumidos. Já a sociedade pós-industrial produz conhecimento, administração de sistemas e a capacidade de programar a mudança ou o futuro. A programação do futuro, segundo o autor, utiliza-se da mercadoria informação. Tarapanoff (2001), por sua vez, sinaliza que a informação sendo um bem, deve ser gerenciada numa visão integrada de todos os recursos envolvidos no seu ciclo, incluindo a informação propriamente dita (conteúdo), os recursos tecnológicos, as pessoas (recursos humanos) envolvidas e o contexto no qual a organização está inserida.

Dessa forma, o principal objetivo da gestão da informação é identificar e potencializar os recursos informacionais de uma organização, a fim de ensiná-la a aprender e adaptar-se tanto às mudanças internas quanto às mudanças ambientais. A criação, aquisição, armazenamento, análise e uso da informação promovem a estrutura para o suporte ao crescimento e ao desenvolvimento