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Perfil da qualidade de vida em protetizados de membros inferiores, Notas de estudo de Energia

Este estudo visa delinear um perfil da qualidade de vida em pessoas com amputação de membros inferiores e uso de prótese, atendidas em um ambulatório hospitalar. A qualidade de vida é definida como o reflexo da reação do paciente ao seu status de saúde e outros aspectos não médicos de sua vida. A melhoria da qualidade de vida é um dos resultados esperados das práticas assistenciais e políticas públicas para o setor da saúde. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 69 pacientes e utilizou o questionário whoqol-bref para avaliar a qualidade de vida.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Neilson89
Neilson89 🇧🇷

4.4

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UnB
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
VALDEMAR MEIRA DE OLIVEIRA
QUALIDADE DE VIDA DE PROTETIZADOS DE MEMBROS INFERIORES:
ESTUDO RETROSPECTIVO
Brasília (DF), 2009.
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE VALDEMAR MEIRA DE OLIVEIRA

QUALIDADE DE VIDA DE PROTETIZADOS DE MEMBROS INFERIORES:

ESTUDO RETROSPECTIVO

Brasília (DF), 2009.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE VALDEMAR MEIRA DE OLIVEIRA

QUALIDADE DE VIDA DOS PROTETIZADOS DE MEMBROS INFERIORES:

ESTUDO RETROSPECTIVO

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília.

Orientador: Profº Doutor Demóstenes Moreira.

Brasília (DF), 2009

Dedico este trabalho à minha mãe, Sebastiana, que sempre está a meu lado, e ao meu pai, Octávio, que já não está entre nós, mas que empenhou toda sua vida para a realização de momentos como este.

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo simples fato de estarmos aqui.

À minha família, pelo apoio incondicional em todos os momentos.

Aos meus pacientes, objetos de meu estudo, que se doaram sem exigir trocas.

A meu orientador, Professor Demóstenes Moreira, por ter me conduzido até o final, mesmo com todas as dificuldades.

Ao Professor Jônatas de Barros França, mesmo sem ser meu orientador, me enriqueceu com sábios conselhos e me estimulou, quando eu mesmo já esmorecia. Obrigado.

Aos demais membros da banca, Professor Ramon Fabian Alonso Lopes e Professor Paulo Henrique Azevêdo.

Aos meus amigos, verdadeiros portos seguros em horas tempestuosas, suportaram tudo comigo, calados. Obrigado a vocês.

Aos meus colegas de trabalho na Faculdade União de Goyazes, me deram suporte necessário para que eu conseguisse chegar ate aqui.

Aos meus colegas da pós-graduação, pelo privilégio do convívio. Àqueles que conseguiram e mesmo os que ainda não conseguiram, obrigado.

Ao meu amigo, Carlos Augusto de Oliveira Botelho, juntamente com minha irmã, Cida, pelo incentivo, sempre com uma palavra de apoio.

As minhas amigas Kateúscia Veríssimo e Ana Lúcia Rosiak, que nunca mediram esforços para que eu tivesse acesso aos dados alimentadores da pesquisa.

“Enquanto tu e eu tivermos lábios ou vozes que Servem para beijar e cantar Que importa que qualquer filho da mãe

Invente um instrumento para medir a primavera”.

E. E. Cummings.

Resumo:

O presente estudo tem por objetivo delinear um perfil da qualidade de vida em protetizados de membros inferiores, por meio de questionário validado, atendidos no ambulatório do Hospital da Vila São José Bento Cottolengo em um período retrospectivo de 02 (dois) anos. A pontuação dos escores da aplicação do questionário foi realizada com o programa estatístico SPSS (Statistical Package os the Social Sciences). Trata-se de estudo com características do tipo coorte retrospectivo qualitativo. Uma vez contatados, foram submetidos a um questionário específico para pesquisa de qualidade de vida, o WHOQOL – bref. Em um contexto geral, os paciente pesquisados apresentam uma Qualidade de Vida de mediana a boa, pois se consideram amparados por situação civil estável, relações interpessoais seguras, possuem renda, advinda de aposentadoria ou trabalho, apreciam seu domicilio e locomovem-se bem. Como pontos negativos, temos a não aceitação de seu aspecto físico, pouca satisfação com seu desempenho profissional, com serviço de saúde público, transportes e presença freqüente de sentimentos negativos. Com o estudo destes pacientes, em todas as suas variáveis, temos subsídios para implementar programas educativos em saúde pública e privada, utilizando centros de difusão de idéias como Universidades, Escolas, Hospitais, Postos de Saúde, Creches, Instituições Asilares objetivando a prevenção de agravos importantes, que poderão ultimar em seqüelas irreversíveis como as amputações.

Palavras-chave: Qualidade de vida; membros inferiores; protetizados; amputações.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE GRÁFICOS

1 INTRODUÇÃO

A perspectiva de aumento da média de vida do homem moderno traz em contrapartida questões importantes para se ponderar. A população mundial está envelhecendo. Com esse ganho de sobrevida temos também uma maior exposição, tanto às consequências do envelhecimento como as agressões próprias do meio.

O cotidiano nos traz a urgência de sua rotina, a necessidade de velocidade para resolver questões corriqueiras, onde vamos utilizar para o transporte máquinas cada vez mais eficientes em sua função, como motocicletas e automóveis, e que, mal utilizados, podem levar a traumas com conseqüências às vezes irreversíveis como as amputações. O processo de envelhecimento é outra faceta que, apesar do aumento de vida média do homem, é muito mal conhecido fora dos meios acadêmicos, essa falta de conhecimento aliada à ausência de medidas preventivas básicas em seu dia-a-dia deixa o homem à mercê de alterações metabólicas, que se não controladas, podem evoluir para patologias de espectro sinistro como as vasculopatias e o diabetes mellitus.

Enfim, tudo o que se buscou foi proporcionar ao ser humano, com os ganhos conseguidos com os avanços tecnológicos, melhoria em sua qualidade de vida e menos esforços em suas atividades cotidianas. Mas por autoconfiança ou ausência de conhecimento de sua própria fisiologia, o homem caminha para agravos como as amputações, que vão alterar a rotina de todos que participam de suas relações interpessoais, impondo a elas um modus vivendi especial para contornar os novos acontecimentos.

O paciente que sofre uma perda irremediável de segmentos corporais devido à multicausalidades, passa pelo processo de protetização buscando funcionalidade, fim de dores insuportáveis, estética, enfim, soluções definitivas para um quadro aflitivo.

Quando se entra no estudo da qualidade de vida de pessoas que foram profundamente marcadas pela perda, necessária ou imprevista de membros, surpresas poderão acontecer, pois ao mesmo tempo em que o indivíduo sofre com o que ele considera mutilação, acontece o ressurgimento de uma série de conceitos,

como a valorização da família, a superação das dificuldades, a alternância de sentimentos negativos e positivos a sua própria aceitação com a nova situação, pois agora está com sérias limitações se comparadas com sua vida antes do agravo.

Era um indivíduo ativo, produtivo, inserido num contexto sócio-econômico importante. Fica a indagação: como está a qualidade de vida da pessoa que sofreu amputação e consegue uma prótese? Essa protetização trouxe melhoria em sua qualidade de vida?

É necessário conhecer todos os constructos objetivos e subjetivos presentes no processo da protetização para que se possa pensar em reinserção definitiva do indivíduo.

Assim, diante das questões levantadas, visando possibilitar aos profissionais e acadêmicos envolvidos no processo de protetização, suscitar reflexões e servir de subsídios para a melhora da qualidade de vida desses indivíduos, estabelecemos como objetivo:

finalidade de promover a melhoria da qualidade de vida do paciente, com plena satisfação com sua situação atual, e o montante financeiro investido numa ação que pode acarretar em resultados ineficazes.

3 REVISÃO DA LITERATURA

O conceito de qualidade de vida foi introduzido na medicina em uma época em que os desfechos médicos tradicionais, como mortalidade e morbidade, estavam sendo criticados por terem um foco muito restrito e, por isso, não conseguir representar um grande número de outros desfechos potenciais, que, também são relevantes tanto para a medicina quanto para outras áreas. (FLECK, 2008).

O ponto de partida para várias definições da qualidade de vida relacionada à saúde foi a conhecida definição da Organização Mundial de Saúde (1958) em que saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade.

Já Gill e Feinstein (1994) fazem o diferencial de qualidade de vida e status de saúde ao afirmarem que qualidade de vida, ao invés de ser uma descrição do status de saúde, é um reflexo da maneira como o paciente reage ao seu status de saúde e a outros aspectos não médicos de sua vida.

A definição proposta pela Organização Mundial de Saúde é a que melhor traduz a abrangência do constructo qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto de sua cultura e no sistema de valores em que vive e em relação a suas expectativas, seus padrões e suas preocupações.

Considerando o conceito de qualidade de vida como um conceito bastante amplo, que incorpora de forma complexa a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a relação com os aspectos significativos do meio ambiente (The WHOQOL Group, 1995).

Fleck (2008) conclui em sua avaliação para a qualidade de vida que a introdução do conceito da qualidade de vida foi uma importante contribuição para as medidas de desfecho em saúde. Por sua natureza abrangente e por estar intrinsecamente ligado àquilo que o próprio indivíduo sente e percebe, tem um valor intrínseco e intuitivo. Está intimamente relacionado a um dos anseios básicos do ser humano, que é o de viver e de sentir-se bem.