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UMA ANÁLISE DO COMPONENTE EDUCAÇÃO FÍSICA NA PERSPECTIVA DA
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - BNCC
Anderson Pacheco Silva Faculdade Teológica São Paulo-FATESP Pacheco.silva302@gmail.com Orientador: Professor Especialista Paulo Eduardo S. Santos E-mail: Paulo_faa@hotmail.com RESUMO Nas últimas décadas um número cada vez maior de alunos deficientes encontram-se frequentando os primeiros anos do ensino fundamental das escolas públicas, com esse número crescendo a cada ano, existe uma grande preocupação no meio educacional, o desenvolvimento integral dessa criança paraplégica, pois como uma criança deficiente ela possui dificuldades que são inerentes a sua deficiência alterando assim a forma como ocorre o seu desenvolvimento. Dessa à educação física como uma componente base na grade curricular das escolas surge como um fator fundamental no processo de escolarização dessas crianças pois é uma matéria extremamente adaptável as capacidades e necessidades das crianças, tornando assim essencial na inclusão de crianças paraplégicas. Assim o presente estudo teve como objetivo estudar a inclusão das crianças paraplégicas nas aulas de educação física. O estudo foi realizado através de revisões bibliográficas em artigos revistas eletrônicas utilizadas as palavras chaves como fator de inclusão desses artigos. A partir das discussões realizadas no presente trabalho, chegou-se à conclusão de que a inclusão desses alunos nas práticas de educação física é fundamental, pois através do movimento corporal a criança paraplégica adquire respeito por si mesma e transpõe as barreiras do próprio corpo, estimula seu repertorio motor, se socializa e cria laços afetivos fundamentais para seu desenvolvimento geral. Palavras-chave: Educação física, Paraplegia, Desenvolvimento, Inclusão e Ensino Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
A BNCC é um documento elaborado com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – 9.394/1996) e também nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (DCNEB, 2013) e no Plano Nacional de Educação (PNE), (BRASIL, 2014).É um documento normativo, cujo intuito é determinar as competências, a habilidades e os conteúdos, dando ao professor um alicerce para determinar os conteúdos essenciais pertinentes aos componentes que formam a grade curricular das escolas, a serem ensinados durante todos os anos da da Educação Básica (MEC, 2018). A Educação Física segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996 – LDB (BRASIL, 1996)) é componente curricular obrigatório da Educação Básica, fazendo parte de todas as fases da educação desde a educação infantil até o ensino médio. A educação física tem como objetivo o trabalho corporal, por meio do que se considera a como a cultura do corpo, esse trabalho acontece por meio de praticas historicamente conhecidas, tendo em vista os cinco conteúdos estruturantes: Dança, Ginástica, Jogos e Brincadeiras, Lutas e Esporte (PARANÁ, 2008). A Educação Básica tem seus pressupostos regidos pela LDB nº 9394/ (BRASIL, 1996) e por meio da articulação entre as políticas educacionais, são elaborados documentos para direcionar o trabalho do professor buscando o desenvolvimento e melhoria da educação. O componente de Ed. Física na BNCC, trás em seu viés a pratica de atividades corporais por meio de competências cujo objetivo é direcionar as propostas dos professores. A Ed. Física como um componente de base, está presente em todas as etapas da educação básica, sendo fundamental para o desenvolvimento, principalmente em crianças. Pois busca por meio da cultural corporal, auxiliar as crianças a desenvolverem seu domínio corporal, melhorar seu repertorio motor e contribuir para o ensino aprendizagem dos demais componentes escolares. Este artigo portanto tem como objetivo geral realizar um estudo sobre a Educação Física no contexto da BNCC, buscando expor os pontos mais importantes do documento e como as praticas propostas por ele impactam na Ed. Física como disciplina. Como objetivos específicos temos o intuito de: Entender a importância da BNCC no currículo escolar; Determinar o impacto da educação física na grade currículo escola; Identificar como estão estabelecidos os parâmetros propostos pela Educação Física da BNCC; Analisar a viabilidade dos parâmetros estabelecidos pela BNCC na Educação Física. Assim, apresentamos apontamentos e análises sobre a BNCC em relação a pratica de Ed. Física. A metodologia utilizada é de cunho qualitativo ou seja se debruça no estudo do fenômeno em seu ambiente natural, analisando o problema processualmente. O delineamento metodológico é bibliográfico buscando estudar o lugar da Educação Física na proposta da BNCC.
Por meio disso a transição dos Parâmetros Curriculares Comum para o que hoje conhecemos como BNCC, aconteceu com o intuito de garantir o direito ao acesso ao conhecimentos essenciais para todos os estudantes da rede de ensino do país. Para Saviani (2016) a BNCC busca alcançar essa otimização educacional, Com currículos que pretendam conferir competências para a realização das tarefas de certo modo mecânicas e corriqueiras demandadas pela estrutura ocupacional concentrando-se na questão da qualificação profissional e secundarizando o pleno desenvolvimento da pessoa e o preparo para o exercício da cidadania, tal como se evidencia na proposta divulgada pelo MEC sobre a base nacional comum curricular (SAVIANI, 2016, p. 82). Dessa forma, o formato atual do documento além de guiar e de determinar os direitos aos conhecimentos fundamentais, o documento também proporciona um espaço para as caracteristicas de cada região (BOSCATTO; IMPOLCETTO; DARIDO, 2016, p. 106). A educação, conforme es preconizado Constituição Federal e LDB, desenvolver o aluno em todas as suas pontecialidades, desde o exercício da cidadania, evolução como ser humano, até o preparo para o trabalho. 2.1 A EDUCAÇÃO FISICA COMO COMPONENTE CURRICULAR DE BASE A compreensão do currículo pode nos levar a um entendimento de algo estático, como uma ideia de uma cultura educacional (fixa, estável, herdada) que pretende proporcionar um conhecimento (como um fato e informação) legítimo para aqueles aprendizes em formação. Nessa linha, há também uma interpretação de currículo como um documento legal que descreve o processo de ensino, uma ordenação de disciplinas e recomendações didáticas (SILVA, 2011). Por essa ideia que Silva (2011) afirma que o currículo é um documento de identidade e que produz subjetividades durante o processo educacional para nos tornar o que somos. Por isso que o autor esclarece que o currículo está envolvido por questões de poder, afinal selecionar os conhecimentos e formatar a experiência curricular para produção de determinados sujeitos é uma questão de poder, pois se privilegia determinado tipo de conhecimento e não outro e assume uma identidade/subjetividade a ser alcançada e descarta outras múltiplas possibilidades De acordo com Darido e Ladeira (2003), a proposta do documento supracitado era de prover formas de atuação para que os profissionais de Educação Física promovessem o desenvolvimento dos alunos em sua totalidade. Entretanto, apesar de representar um avanço para a Educação Física escolar, o documento foi fortemente criticado pela escassa democracia no momento de sua constituição e além disso, a inserção da Educação Física no componente curricular das linguagens e códigos foi apenas superficialmente discutido e de forma acrítica, por isso vimos um processo de questionamento de sua proposta, tanto em termos legais, quanto em relação às mudanças efetivas na prática pedagógica dos professores.
Palma e Palma (2005), consideram que a Educação Física contribui no processo de educação escolarizada para a reflexão dos educandos sobre sua corporeidade, percebendo-se corpo, corpo possível e em movimento. Ou seja, a Educação Física traz como foco central de estudo para a educação o sujeito que se movimenta. Não é qualquer movimento, que já é campo de estudo de outras áreas de conhecimento presentes na escola. A Educação Física trata de um movimento construído, elaborado e reelaborado exclusivamente por seres humanos. A BNCC (BRASIL, 2017) enfatiza que a Educação Física possibilita o enriquecimento das experiências das crianças, jovens e adultos, por meio do acesso a um vasto universo cultural, pautado com saberes corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas e agonistas. O referido documento elenca três elementos fundamentais comuns às práticas corporais, os quais são: movimento corporal como elemento essencial; organização interna, atrelada por uma lógica especifica; produto cultural vinculado ao lazer/entretenimento e/cuidado com o corpo e a saúde (BRASIL, 2017). Segundo Neira e Junior (2016) a BNCC propõe objetivos e conteúdos propostos para área da Educação Física buscam a formação do sujeito crítico, consciente e reflexivo. a BNCC sugere objetivos de aprendizagem que possibilitem a compreensão sócio histórica e política das manifestações da cultura corporal de movimento, visando o alcance de uma participação crítica, intensa e digna na esfera pública por todos os grupos que compõem a sociedade (NEIRA; SOUZA JUNIOR, 2016, p. 198) REFERENCIAS BOSCCATO, Juliano Daniel; IMPOLCETTO, Fernanda Moreto; DARIDO, Suraya Cristina. A Base Nacional Comum Curricular: uma proposição necessária para a Educação Física? Motrivivência, Florianópolis, v. 28, n. 48, p. 96-112, 2016 BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE). Plano Nacional de Educação 2014-2024. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014 . BRASIL. Base Nacional Comum Curricular/Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, 2017. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular/Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, 2018. ______. Lei nº. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º. de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº. 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº. 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de
