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UM RELATO SOBRE A EXPERIÊNCIA DE AULAS REMOTAS EM. UMA TURMA DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DURANTE O. PERÍODO DE PANDEMIA POR COVID-192. Trabalho de ...
Tipologia: Exercícios
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Trabalho de Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Tecnologia, Comunicação e Técnicas de Ensino, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Marisangela Pacheco Brittes CURITIBA 2020
Dedico este trabalho à todas(os/xs) que acreditaram em mim.
Certamente estes parágrafos não irão atender a todas as pessoas que fizeram parte dessa importante fase de minha vida. Portanto, desde já peço desculpas àquelas que não estão presentes entre essas palavras, mas elas podem estar certas de que fazem parte do meu pensamento e de minha gratidão. Agradeço a minha Orientadora Professora Doutora Marisangela Pacheco Brittes, pela sabedoria com que me guiou nesta trajetória. Aos meus colegas do Polo Jaraguá – SP, que foram fundamentais nas trocas e nos entendimentos das atividades. A incrível tutora presencial Professora Angela Rojo e o Professor Doutor Marcus Vinicius Santos Kucharski pelo apoio em todas as minhas dificuldades. Gostaria de deixar registrado também, o meu reconhecimento à minha família, em especial minha mãe Lidia e meu sobrinho Kauê que é estudante de graduação da UTFPR, acredito que sem o apoio deles seria muito mais difícil vencer esse desafio. As minhas amigas pedagogas Angélica, Inês e Marlene e minha amiga licenciada em Letras Josette por ceder os olhos e ouvidos nas minhas escritas e falas dos textos dos pré-projetos e do TCC. Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização desta pesquisa.
KATO, Eugenia Hatsue. Uma Vivência sobre as oito semanas de Aulas Remotas na Prefeitura de São Paulo em uma Turma de 5º ano do Ensino Fundamental 1.
KATO, Eugenia Hatsue. An Experience of the eight Weeks of Remote Classes in the City of São Paulo in a Class of 5th grade of Elementary School 1. 33 pages. Conclusion of Specialization Course in Technologies, Communication and Teaching Techniques 2019 - Federal Technology University - Paraná. Curitiba, 2020. The research presents a case study on experiences and digital objects used in the first eight weeks of remote classes at the São Paulo City Hall, in a class of the fifth year of elementary school, in times of social isolation, due to the disease pandemic COVID-
Google Sala de Aula Sistema On Line EAD TDIC COPED Ensino à Distância Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação Coordenadoria Pedagógica LISTA DE SIGLAS EBC Empresa Brasil de Comunicação UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura SMESP CGI.br ODS Secretaria Municipal de Educação de São Paulo Comitê Gestor da Internet Brasil Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
Ainda sobre o ensino remoto, a plataforma selecionada para as aulas virtuais foi o Google Class Room da empresa multinacional GOOGLE LLC, dos Estados Unidos, conhecido no Brasil como Google Sala de Aula (GSA) para que docentes pudessem organizar tarefas e permanecerem em contato com os estudantes matriculados na rede de ensino público. As matrículas dos estudantes das três mil e novecentas e noventa unidades escolares de ensino básico e médio do município de São Paulo foram para o GSA e os acessos foram liberados mediante email cadastrado de cada um destes estudantes. Segundo dados extraídos do Sistema Escola On Line (EOL), no mês dezembro de 2019, o número de estudantes matriculados no sistema público de ensino municipal era de aproximadamente oitenta e três mil crianças e adolescentes entre 6 e 1 5 anos para cerca de quarenta e nove mil docentes que lecionam no ensino fundamental I e II além do ensino médio (EOL, 2019). Diante de todo este panorama apresentado, ainda cabe ressaltar que uma das estratégias adotada pela SME foi elaborar um material impresso intitulado Cadernos Trilhas de Aprendizagens. O volume número um foi entregue às famílias dos estudantes pela empresa estatal CORREIOS. Foram produzidos quatorze cadernos com atividades e todas elas em relação direta com o Currículo da Cidade. Já no segundo volume, a estratégia adotada foi entregá-los às famílias diretamente na Unidade Escolar. Convém mencionar que até a data final desta pesquisa, a necessidade de uma segunda publicação foi editada e distribuída mediante as condições pouco favoráveis para retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares do Município de São Paulo. No tocante a este trabalho de pesquisa, o objetivo principal foi o de discorrer sobre a vivência e o uso dos recursos promovidos pela SME por uma professora e seus estudantes do quinto ano do ensino fundamental. Serão apresentadas algumas considerações sobre as atividades previstas nas oito semanas iniciais de isolamento social utilizando, como objetos de aprendizagens, o Caderno Trilhas de Aprendizagens, a plataforma GSA e outros recursos passiveis de serem adicionados a mesma plataforma. O isolamento social tem comprovado a necessidade de uma socio interação em uma sala de aula e em outros ambientes escolares, a professora Nelly Alleoti Maia (1996) “Toda a educação é aprendizagem, mas nem toda a aprendizagem é educação”. A existência do ensino remoto e da educação a distância (EAD) com maior frequência nas cargas-horárias do ensino básico ou superior (Ver Portaria 2117,
6/12/2019) põe em xeque o próprio sentido de ensino não presencial, coloca-o ‘sob suspeita’ (GABRIEL, 2008), sugere sua própria reconfiguração em articulação com o ensino presencial. Para fundamentar tais explanações sobre a experiência vivenciada nestes primeiros meses de isolamento social, algumas considerações serão feitas sobre o documento Currículo da Cidade de São Paulo tendo em vista que este recurso impresso e distribuído na rede pública especialmente aos professores e equipes gestoras, apresenta algumas indicações sobre como trabalhar com Tecnologias para Aprendizagem na sala de aula, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e os objetos de aprendizagem previstos no documento. Por ser uma pesquisa inédita em um momento atípico e distinto de tudo que a escola pública já vivenciou, acreditamos que este estudo de caso poderá ser relevante para próximas pesquisas que virão a respeito do período de isolamento social e aulas remotas além de servir de base para novos estudos. Em geral, os estudos de caso representam uma estratégia preferida quando se colocam questões do tipo “como” e “por que”. Sabendo que o pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos, o foco se encontra nos fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. (YIN, 1994). Em 2020, a Pandemia causada pelo COVID-19 aflige inúmeras figurações da sociedade. Com a crise, sofre impactos a Educação Escolar vivida por muitas pessoas em diferentes realidades e países. Por sua vez, há debates na História e Historiografia da Educação sobre a presença do passado no presente e no futuro da Educação Escolar, o que permite conhecer ou revelar continuidades, descontinuidades e diferentes realidades emergentes (HONORATO e NERY, p. 2, 2020). O cotidiano escolar totalmente modificado em decorrência da necessidade de afastamento social pode nos oferecer múltiplas possibilidades de observação direta dos fenômenos contemporâneos para assim esclarecer, de maneira continua, quais foram as estratégias de ensino utilizadas, além de nos proporcionar avaliar os pressupostos elencados no documento Orientações Curriculares do Ensino de Tecnologias para aprendizagem. O protagonismo, a cultura digital, a colaboração, a invenção e a investigação, autonomia e o pensamento reflexivo. Lembrando o enfoque processual ou prático do
como alternativa ao isolamento social; no entanto, é necessário ter em mente que a formação de qualquer estudante vai muito além da aquisição de habilidades básicas e requer interação presencial professor-estudante e estudante-estudante. Nesta pesquisa, vamos apresentar quais estratégias foram utilizadas diante dos fatores apresentados até o momento.
2. REFERENCIAL TEÓRICO Na atualidade, as instituições de ensino públicas e privadas de todo o país, em caráter emergencial, estão adotando tanto a Educação a Distância (EAD) quanto aulas remotas, ministradas, em sua maioria, no mesmo horário convencional da aula presencial e pelos próprios professores das disciplinas e ou componentes curriculares, fazendo uso principalmente de todos os recursos telemáticos (desktops, celulares, conexões, cabos, fibra óptica, etc). O ensino remoto praticado na atualidade assemelha-se a Educação à Distância (EAD) apenas no que se refere a uma educação mediada pelas novas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs). Todavia ainda seguem os mesmos princípios da educação presencial, tanto no planejamento dos conteúdos quanto nas correções diárias das atividades síncronas e assíncronas. Com o uso de internet, celular ou mesmo de orientações de acesso síncrono ou assíncrono, sempre que possível. A escola, por sua vez, poderá definir a oferta do instrumento de resposta e feedback, caso julgue necessário. Essa possibilidade pode se configurar como algo viável e possível mesmo para a rede pública em todos ou em determinados municípios ou localidades, respeitadas suas realidades locais (BRASIL, 2020, p. 10). A comunicação síncrona é realizada em tempo real, exigindo participação simultânea de todos os envolvidos, sejam eles estudantes e professores. Já a comunicação assíncrona é realizada em tempos diferentes, não exigindo a participação simultânea em tempo real dos estudantes e professores envolvidos, resultando em maior flexibilidade de interação e acompanhamento (MORAN, 2005). O professor que trabalha com atividades interdisciplinares, estimulando a criatividade, buscando a integração e cooperação dos estudantes e ainda assim decide por fazer pesquisas na educação, tem diante de si grandes desafios. Os estudantes, por seu turno, precisam participar da construção e do desenvolvimento
das ações educativas de maneira atenta, com a promoção de suas potencialidades e capacidades de criar soluções e respostas adequadas a partir de atividades desafiadoras, lúdicas e significativas. Propiciar aulas e conteúdos interdisciplinares, como afirma Fazenda “[...] faz-se imperativa neste momento da história, pois ao formar o professor deve se formar também um pesquisador”. Ensinar e aprender são ações importantes no cotidiano escolar e quando implicam no desenvolvimento de atitudes interdisciplinares, têm como objeto de conhecimento a pesquisa e a mediação para intervenção sociocultural, “[...] a interdisciplinaridade se consolida na ousadia da busca, de uma busca que é sempre pergunta, ou melhor, pesquisa” (Fazenda, 2006, 2008). As aulas remotas produzidas para uma turma do quinto ano e que são regidas no mesmo horário convencional das aulas presenciais por meio da utilização massiva de recursos tecnológicos da empresa Google LLC, exigiu uma adaptação e respostas rápidas, por parte dos docentes e da equipe gestora, na criação de um novo roteiro e um novo planejamento de aulas com base nos documentos oficiais produzidos pela SME tais como o volume um do Cadernos Trilhas de Aprendizagens, o Currículo da Cidade e as Orientações Didáticas do Currículo da Cidade e seus componentes curriculares de ciências, geografia, história, língua portuguesa, matemática, arte além do próprio currículo de tecnologias para a aprendizagem. Com o isolamento social, os estudantes estavam afastados da escola e preservar a sensação de pertencimento da turma aumentando o engajamento e permitindo que os estudantes esclareçam dúvidas entre si e com o professor continua sendo tarefa recorrente nos meses em que a unidade escolar continua fechada. Disso tudo, descobriu-se, ao longo do percurso, ser possível criar grupos em aplicativos de mensagens instantâneas, realizar aulas e reuniões por vídeo chamada e lives nas redes sociais, postar atividades dinâmicas e interativas, entre outros sempre incentivando os comentários e a cooperação entre os estudantes. Valente (2002) detalha que ensinar consiste em trabalhar práticas nos espaços de aprendizagem que permitam que os estudantes interajam com uma multiplicidade de situações, tendo desafios e problemas próximos ao cotidiano para que assim possam exercitar a interpretação de informações e, desta forma, seja possível construir novos conhecimentos. Quando um estudante interage com informações contidas em canais de comunicação e informação, mediados pelo
preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real [...]”. (YIN, 2001, p.21). Lembrando que o estudo de caso, como metodologia qualitativa, requer, além da observação dos eventos reais, certa familiarização do pesquisador com o universo a ser pesquisado e, incentivado a fazer uma breve revisão da literatura teórica. A revisão teórica, ou seja, os referenciais que embasam e possibilitam conhecer o que se quer verificar por meio da observação direta, nos faz concluir que a análise de certos materiais é imprescindível para que o pesquisador possa identificar e interpretar os fatos durante a observação para redirecionar a pesquisa que está sendo realizada, caso seja necessário. Em se tratando da coleta de dados, utilizamos, conforme sugere Yin (1994), duas das quatro fontes de evidências sendo uma delas a observação direta e, a outra, os possíveis usos dos artefatos físicos. A observação direta dos processos de ensino remoto e a análise dos artefatos físicos cooperaram para compreensão da cultura organizacional em construção neste período de afastamento social e assim, possibilitou perceber a viabilidade na utilização de meios telemáticos e a implementação de atividades para os estudantes pelos seus próprios professores em virtude da disponibilidade de recursos tais como desktops, dispositivos móveis, acesso à internet, livros impressos, etc. Ainda, de acordo com Yin, os artefatos físicos podem ser equipamentos de tecnologia, ferramentas ou instrumentos, obras de arte ou evidências físicas que podem e devem ser utilizadas na pesquisa qualitativa. (1994, p.15). As escolas e os profissionais da educação puderam perceber, diante da emergência de aulas remotas, que entrar em sintonia com a era digital tornou-se questão de continuidade. O desenvolvimento da tecnologia viabilizou que a sala de aula tradicional pudesse ser reproduzida em meio digital. Torna-se necessário um paradigma de complexidade que ao mesmo tempo disjunte e associe, que conceba os níveis de emergência da realidade sem reduzi-los às unidades elementares e às leis gerais. (MORAN, 2000, p. 56). Diante da complexidade que o trabalho com as tecnologias na sala de aula demanda, utilizá-las na atual sociedade tecnológica é tarefa desafiadora, ainda mais em contextos onde há urgência em aliar tecnologias telemáticas às aprendizagens e à distância. Estamos imersos em tantas informações e ampla comunicação em tempo
real que adotar práticas pedagógicas consistentes e específicas são imprescindíveis para que estudantes, ainda mais quando estão no ciclo de alfabetização e letramento, e professores permaneçam em contato diário. Trabalhamos num meio complexo, heterogêneo, vivo, que sofre mudanças e enfrenta problemas de natureza prática. Podem ser problemas individuais de aprendizagem, comportamentos de grupo. Cada situação requer um tratamento. Temos consciência de que a escola não é autônoma, mas é nela que acontecem as nossas experiências pessoais e profissionais. (SCUISATO, 2020, p. 9)
4. RECURSOS TECNOLÓGICOS 4.1 Recurso Impresso e transposição em meio digital A coleção de Cadernos Trilhas de Aprendizagem para crianças do Ciclo Interdisciplinar matriculados no quinto ano foi produzido exclusivamente pela Coordenadoria Pedagógica (COPED) da SME de São Paulo para o período de afastamento social. Como mencionada, ao todo, foram produzidos inicialmente quatorze volumes compreendendo desde o Ensino Básico, o Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos. Na figura 1. reproduzimos a capa do Caderno Trilhas de Aprendizagem para turmas do quinto ano do ensino fundamental, que torna visual o recurso que para os estudantes foi entregue de maneira impressa e para os professores de maneira digital. Selecionamos a seguir, figuras correspondentes às atividades de Língua Portuguesa e Matemática e apresentamos o roteiro de aprendizagens e a transposição para a sala virtual. Figura 1.- Capa do Caderno, Vol. 1.