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Tumores Periampulares: Síntese Clínica, Diagnóstico e Tratamento, Resumos de Cirurgia Geral

Uma descrição detalhada sobre tumores periampulares, sua estrutura, sintomas, diagnóstico, exames complementares, tratamento e prognóstico. Além disso, discute as principais causas genéticas associadas a esses tumores e as diferentes formas de cirurgia utilizadas no tratamento.

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 22/02/2024

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Tumores periampulares
Surgem na proximidade da ampola de Vater
Estrutura formada por:
Ducto pancreático principal ou de Wirsung em
conjunto ao ducto colédoco.
Músculo esfíncter de Oddi na junção com o duodeno.
Permite drenagem da bile e das enzimas pancreáticas
para o duodeno
Originam-se da adjacência à ampola:
Cabeça do pâncreas
Colangiocarcinoma distal
Paciente que se apresenta com uma tumoração nessa
região:
Sd colestática, icterícia (BD), perda ponderal, dor
abdominal, obstrução proximal com vômitos precoces
(andar superior), massa palpável em HD, dolorosa ou
INDOLOR, vesícula aumentada, palpável e INDOLOR a
palpação (courvoisier terrier).
Icterícia, acolia, colúria. O paciente não vai ter bile
para digerir gordura, vai ter esteatorreia, vitamina K-
alteração de coagulação, sangramento.
Tumores periampulares
Raros, aparecem em idade avançada.
Podem estar associados a síndromes
genéticas:
Risco 200 a 300x maior
Pacientes mais jovens
ABAIXO IMPORTANTE, AUMENTAM A CHANCE DE
DESENVOLVER ALTERAÇÃO PERIAMPULAR
Polipose adenomatosa familiar
Câncer colorretal não polipoide hereditário
Síndrome de Peutz-Jaghers
Fibrose cística
CLÍNICA
Icterícia obstrutiva é a principal manifestação.
Ficar atento a possibilidade de alterações benignas
como coledocolitíase, cistos de colédoco.
Colúria e acolia
Sinal de Courvoisier-Terrier (vesícula palpável,
aumentada e indolor). Diagnostico diferencial
de colecistite (mas tem Murphy positivo).
Esteatorreia
Perda ponderal importante
Astenia
1/3 dos pacientes cursa com HDA,
frequentemente oculto e anemia microcítica e
hipocrômica.
Dor abdominal
Pancreatite
Febre- colangite, colecistite aguda.
Náusea
Dispepsia
Diagnóstico 3 objetivos principais
1º- Identificar o sítio tumoral
2º -Distinção da localização do tumor
3º- Avaliação de potencial metástase
USG ABD COSTUMA SER O 1º TESTE- avaliação de
icterícia obstrutiva. O USG pode mostrar dilatação
extra-hepática, presença ou não de cálculos.
A seguir:
TC de abdome com contraste venoso- visualização do
pâncreas e estruturas adjacentes. Exclusão de
metástases. TC de tórax e ABD. Coleção expansiva na
topografia do pâncreas. Vesícula aumentada de
tamanho. Líquido perivesicular, parede espessada,
associada a lesão periampular.
Seguindo a investigação, podemos pedir uma RNM ou
uma colangiorressonancia, ajuda principalmente a
avaliar o tumor primário e identificar invasão vascular.
A EDA pode ser usada, principalmente em tumores
intraluminais, tumores de papila e duodeno.
CPRE/USG endoscópico: avalia além da via biliar,
serve para avaliar invasão local, o que está além da luz
da estrutura. Permite biopsiar lesões fora da via.
Diagnostico e estadiamento. É possível tratar.
Identificação do tumor
Identificação de invasão local
Realização da biópsia
Descompressão da via biliar.
Exames laboratoriais
Hemograma completo: anemia hipo micro,
deficiência de ferro
Eletrólitos: disabsorção e vomito. K E MG
baixo.
Função renal: Insuficiência renal aguda, a bile
é nefrotóxica.
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Tumores periampulares

Surgem na proximidade da ampola de Vater Estrutura formada por: Ducto pancreático principal ou de Wirsung em conjunto ao ducto colédoco. Músculo esfíncter de Oddi na junção com o duodeno. Permite drenagem da bile e das enzimas pancreáticas para o duodeno Originam-se da adjacência à ampola:

  • Cabeça do pâncreas
  • Colangiocarcinoma distal Paciente que se apresenta com uma tumoração nessa região: Sd colestática, icterícia (BD), perda ponderal, dor abdominal, obstrução proximal com vômitos precoces (andar superior), massa palpável em HD, dolorosa ou INDOLOR, vesícula aumentada, palpável e INDOLOR a palpação (courvoisier terrier). Icterícia, acolia, colúria. O paciente não vai ter bile para digerir gordura, vai ter esteatorreia, vitamina K- alteração de coagulação, sangramento.

Tumores periampulares

  • Raros, aparecem em idade avançada.
  • Podem estar associados a síndromes genéticas:
  • Risco 200 a 300x maior
  • Pacientes mais jovens ABAIXO IMPORTANTE, AUMENTAM A CHANCE DE DESENVOLVER ALTERAÇÃO PERIAMPULAR
  • Polipose adenomatosa familiar
  • Câncer colorretal não polipoide hereditário
  • Síndrome de Peutz-Jaghers
  • Fibrose cística

CLÍNICA

  • Icterícia obstrutiva é a principal manifestação. Ficar atento a possibilidade de alterações benignas como coledocolitíase, cistos de colédoco.
  • Colúria e acolia
  • Sinal de Courvoisier-Terrier (vesícula palpável, aumentada e indolor). Diagnostico diferencial de colecistite (mas tem Murphy positivo).
  • Esteatorreia
  • Perda ponderal importante
  • Astenia
  • 1/3 dos pacientes cursa com HDA, frequentemente oculto e anemia microcítica e hipocrômica.
  • Dor abdominal
  • Pancreatite
  • Febre- colangite, colecistite aguda.
  • Náusea
  • Dispepsia

Diagnóstico – 3 objetivos principais

1 º- Identificar o sítio tumoral 2 º - Distinção da localização do tumor 3 º- Avaliação de potencial metástase USG ABD COSTUMA SER O 1º TESTE- avaliação de icterícia obstrutiva. O USG pode mostrar dilatação extra-hepática, presença ou não de cálculos. A seguir: TC de abdome com contraste venoso - visualização do pâncreas e estruturas adjacentes. Exclusão de metástases. TC de tórax e ABD. Coleção expansiva na topografia do pâncreas. Vesícula aumentada de tamanho. Líquido perivesicular, parede espessada, associada a lesão periampular. Seguindo a investigação, podemos pedir uma RNM ou uma colangiorressonancia , ajuda principalmente a avaliar o tumor primário e identificar invasão vascular. A EDA pode ser usada, principalmente em tumores intraluminais, tumores de papila e duodeno. CPRE/USG endoscópico : avalia além da via biliar, serve para avaliar invasão local, o que está além da luz da estrutura. Permite biopsiar lesões fora da via. Diagnostico e estadiamento. É possível tratar.

  • Identificação do tumor
  • Identificação de invasão local
  • Realização da biópsia
  • Descompressão da via biliar. Exames laboratoriais
  • Hemograma completo: anemia hipo micro, deficiência de ferro
  • Eletrólitos: disabsorção e vomito. K E MG baixo.
  • Função renal: Insuficiência renal aguda, a bile é nefrotóxica.
  • Bilirrubinas: BD aumentada
  • Provas de coagulação: aumentadas
  • Transaminases: nem sempre se alteram, pode ter hepatopatia aguda pela icterícia.
  • GGT e FAL: aumentados.
  • Marcadores tumorais: acompanhamento pós- operatório espera-se que caiam. Útil na recidiva e prognostico, alguns marcadores quando aumentados sinalizam pior prognostico.

CA DE CABEÇA DE PÂNCREAS

Alta mortalidade, principal tumor periampular. Mais comum em homem. O paciente PERDE MUITO PESO. Diagnóstico em fase avançada. Acima de 60 anos. Média de diagnostico 72 anos. FATORES DE RISCO: TABAGISMO E OBESIDADE AUMENTAM EM 3X O RISCO.

  • ICTERÍCIA, PERDA DE PESO, DOR ABDOMINAL, NAUSEA, VOMITO, PRURIDO, FEBRE, SANGRAMENTO GI.
  • O prurido não responde as medicações!
  • DOSAGEM DE: CEA, CA 19.9 e ALFAFETOPROTEÍNA. Realização de exames de imagem para diagnóstico e estadiamento. Estabelecer suporte nutricional. RESSECÇÃO CIRÚRGICA CURATIVA : CIRURGIA CURATIVA Duodenopancreatectomia (WHIPPLE): Tumores confinados ao pâncreas ou tecido peripancreático e sem metástases, no caso de disseminação local e envolvimento vascular: avaliar quimioterapia neoadjuvante, para reduzir o volume tumoral e o envolvimento vascular sumir. SUPORTE PALIATIVO Para aqueles que não podem receber a cirurgia curativa. Qualidade de vida, conforto. ANALGESIA : opioide. ALIMENTAÇÃO : se obstrução = prótese duodenal por endoscopia, faz uma dilatação e permite a alimentação. Pode ser cirúrgico.

ICTERÍCIA :

Cirurgia bilio-digestiva: procedimento cirúrgico. Desvia o trânsito biliar, puxa uma alça de jejuno de baixo e anastomosa em outra alça e a bile vai para lá agora. Dá para fazer uma espécie de BYPASS com o estômago. Prótese de colédoco: drena por prótese endoscópica, cateterismo de via biliar e drena. Drenagem Percutânea: punciona a via biliar guiada por USG e insere um cateter que drena bile para fora. Complicações: infecção, sangramento.

Colangiocarcinoma distal

Mais raro que os proximais. FATORERS DE RISCO : inflamações crônicas da via biliar como colangite piogênica e esclerosante primária). Cistos congênitos de colédoco são fator de risco para colangiocarcinoma. Invasão local e disseminação linfonodal são comuns e representam pior prognóstico. CIRURGIA CURATIVA: DUODENOPANCREATECTOMIA (WHIPPLE). É PERIAMPULAR. Contraindicações para ressecção curativa:

  • Presença de metástase hepática bilobar ou doença extra-hepática.
  • Invasão do ramo principal da veia porta
  • Invasão arterial hepático bilateral CEA e CA 19-9 são importantes para avaliação de recidiva. Suporte Paliativo:
  • Analgesia: Opióide
  • Abordagem da icterícia
  • Bilio-digestiva
  • Prótese de colédoco
  • Drenagem Percutânea
  • Abordagem da obstrução duodenal
  • Prótese duodenal Sobrevida paliativa: 5 a 8 meses. Curativo x paliativo
  • Duodenopancreatectomia
  • Cirurgia Bilio-digestiva
  • Prótese (Stent) em via biliar