






Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Uma análise detalhada da histologia do tecido ósseo, explorando sua estrutura, crescimento e remodelação. Aborda os diferentes tipos de tecido ósseo, os processos de ossificação, a função dos osteoblastos, osteócitos e osteoclastos, e a influência de hormônios na homeostase óssea. O documento também discute a importância da remodelação óssea e os mecanismos de reparo de fraturas.
Tipologia: Resumos
1 / 10
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo formado por células + matriz extracelular orgânica mineralizada (formada por fibras de colágeno tipo I + sal de fosfato de cálcio). ● Exercem importante função metabólica como reservatório de cálcio, fosfato e outros íons DISPOSIÇÃO DOS TECIDOS ÓSSEOS NOS OSSOS: Epífises de ossos longos: tecido ósseo no seu interior é do tipo osso esponjoso, revestido na superfície por uma delgada camada de osso compacto/cortical. Diáfise de ossos longos: quase totalmente formada por uma camada de osso compacto. Tem função de delimitar o canal medular (canal central) Ossos curtos e chatos: têm, no centro, osso esponjoso + camada de osso compacto em toda a sua periferia Osso compacto e esponjoso: refere-se aos aspectos macroscópicos dos ossos (possuem os mesmos componentes celulares, mas arranjados em diferentes disposições) ● Osso compacto: composto de tecido ósseo, com muitos espaços microscópicos. Possui espessura variável (de 1- mm), correspondendo a cerca de 80% do volume de tecido ósseo do corpo -> resiste muito melhor ao peso e à compressão ● Osso esponjoso: delgadas lâminas de tecido ósseo que se unem formando uma trama tridimensional que deixa muitos espaços. Em cortes microscópicos, as lâminas são denominadas trabéculas/traves ósseas, e sua espessura média é de 150 a 300 μm -> possui estrutura adequada para suportar cargas sem tornar o osso muito pesado Revestimento dos ossos: revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas de tecido conjuntivo (periósteo e endósteo). ● Superfícies articulares não são revestidas por periósteo. Toda medula óssea dos RN tem cor vermelha (grande quantidade de sangue e produção de células do sangue) ● MO vai sendo substituída por tecido adiposo, com diminuição da atividade hematógena -> MO amarela CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO: ● Células da linhagem osteoblástica: células osteoprogenitoras/osteogênicas, osteoblastos e osteócitos ● Células da linhagem osteoclástica: osteoclastos (formados pela fusão de precursores originados na medula hematopoética). Células osteoprogenitoras Células tronco mesenquimais (MSCs) -> células tronco do esqueleto (SSCs, uma subpopulação de células tronco) -> células osteoprogenitoras ● Células da crista neural -> ossos craniofaciais ● Células da mesoderma -> esqueleto axial e apendicular São células achatadas que revestem a superfície do tecido ósseo (se confundem com osteoblastos inativos). ● Nos períodos de formação e crescimento de ossos, dividem-se por mitoses e originam os osteoblastos. Fora desses períodos, entram em repouso, atuando como reservatórios de células ósseas, podendo entrar em atividade durante a remodelação óssea e após lesões ou inflamações nos ossos. Células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, sob influência de fatores de transcrição (fatores SOX9, RUNX2 e OSX), e das proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs). Osteoblastos Principais responsáveis pela formação de osso em decorrência de sua atividade de síntese e secreção do componente orgânico da matriz óssea (colágeno tipo I, outros colágenos, proteínas não colágenos, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas). Produzem também fatores de crescimento que influenciam a função de outras células do tecido ósseo (IGF, PDGF, bFGF e TGF-beta). São capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. ● Juntamente com as células osteoprogenitoras, revestem as superfícies do tecido ósseo de maneira semelhante a um epitélio não estratificado. ● Localização: superfície externa do osso (camada mais interna do periósteo) e revestindo as superfícies internas dos ossos (endósteo). Apresentam intensa atividade de síntese e secreção durante o processo de ossificação. Nessa atividade, são células cubóides, com núcleos esféricos e citoplasma basófilo. Terminada a etapa de ossificação, podem se tornar achadas, a quantidade de suas organelas diminui e ficam inativas. ● Podem morrer por apoptose, e os locais onde se situavam são ocupados por células osteoprogenitoras. Osteoblastos transformam-se em osteócitos Estímulo -> expressão de vários genes dos osteoblastos -> diferenciação dos osteoblastos em osteócitos ● Osteóide: matriz óssea recém formada, ainda não mineralizada, sintetizada e secretada pelos osteoblastos (depositada sobre a superfície óssea preexistente) Após continuada síntese de matriz, o osteoblasto e seus inúmeros prolongamentos, acaba sendo totalmente envolvido pela matriz e passa a ser considerado um osteócito. Esse processo termina pela mineralização da matriz óssea. Para que haja crescimento da espessura do osso, novos osteoblastos são adicionados à superfície óssea, e o processo se reinicia. Osteócitos São osteoblastos que passaram a ser inteiramente envolvidos por matriz óssea e situam-se no interior do tecido ósseo. Compõem 95% das células do tecido ósseo. São células alongadas que têm de 40 a 60 longos prolongamentos também envolvidos por matriz. Têm pequena quantidade de retículo endoplasmático granuloso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. ● São células de vida longa e sua morte ocorre, geralmente, quando o local em que se situam passa por reabsorção e remodelação ou por lesões e processos patológicos. Após o processo de mineralização, a matriz orgânica adquire uma consistência rígida, em que os osteócitos ocupam as lacunas (cada lacuna contém apenas um osteócito).
Prolongamentos dos osteócitos Envolvidos por matriz mineralizada e ocupam estreitos túneis ósseos (canalículos) que se comunicam com as lacunas. Prolongamentos de diferentes osteócitos se aproximam e estabelecem contato no interior dos canalículos (influência mútua entre si) Interconexão de osteócitos de diferentes partes do osso -> osteócitos atuando como mecanossensores -> identificação de ação de forças sobre o osso, assim como a presença de lesões -> coordenação da maturação e crescimento ósseo Mineralização da matriz óssea -> matriz impermeável à água -> nutrição dos osteócitos passa a depender da extensa rede de canalículos intercomunicantes. ● Em torno dos prolongamentos dos osteócitos circula fluido tissular (presença de nutrientes, íons e gases + citocinas e hormônios) Osteoclastos Responsáveis pela reabsorção de tecido ósseo, desfazendo a matriz óssea. São derivados de precursores originados da medula hematopoética e que circulam na corrente sanguínea, podendo ser atraídos para locais específicos dos ossos por substâncias quimiotáticas secretadas por células da medula hematopoética. ● Fator estimulador de colônias de macrófagos (M-CSF) induz a proliferação dos precursores de osteoclastos e o ligante RANKL promove a diferenciação dos precursores em osteoclastos maduros. Osteoclastos apoiam-se sobre a superfície externa ou interna do tecido ósseo ou em túneis dilatados escavados no interior do osso. Em sua atividade de reabsorção de tecido ósseo, os osteoclastos geralmente se colocam sobre pequenas depressões da matriz, escavadas pela atividade dessas células (lacunas de Howship). Mecanismo de reabsorção óssea pelos osteoclastos Superfície livre do osteoclasto tem forma de abóboda e a sua superfície apoiada sobre o osso é plana (superfície mais ativa). ● Periferia da superfície plana: zona de adesão que prende o osteoblasto à matriz óssea, por meio de integrinas -> microambiente fechado na lacuna de Howship -> reabsorção óssea sem interferência externa Superfície celular voltada para a lacuna de Howship delimitada pela zona de adesão é pregueada, com bombas de H+ e de Cl– dependentes de ATP em sua membrana, que transportam esses íons para o interior do microambiente da lacuna -> meio ácido que solubiliza os cristais de fosfato de cálcio da matriz. ● Há secreção de várias moléculas (proteases e enzimas lisossômicas) -> digestão da matriz orgânica Zona de adesão evita a saída de substâncias danosas para células e matriz vizinhas do osteoclasto. Os restos de matriz digerida e o fluido da pequena cavidade são reabsorvidos pelo osteoclasto e transportados para fora da célula. Importância dos osteoclastos na remodelação óssea e na homeostase do organismo Função de manutenção do equilíbrio do volume ósseo do corpo. Durante a remodelação de um osso em um organismo sadio, há adição de tecido ósseo em um local do osso, que costuma ser contrabalançada pela reabsorção exercida pelos osteoclastos em outro local do osso, mantendo o volume ósseo constante. ● Outras funções: colaboram na manutenção dos níveis plasmáticos de cálcio (liberação desse íon durante a reabsorção óssea). ● Atividade influenciada por moléculas liberadas por osteócitos e osteoblastos e por hormônios (calcitonina e paratormônio)
A matriz óssea é constituída de um componente orgânico e de um componente inorgânico. Componente orgânico: cerca de 95% da parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas constituídas, principalmente, de colágeno do tipo I, e o restante da matriz orgânica, por outros tipos de colágenos, por glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas. Componente inorgânico: cerca de 50% do peso da matriz óssea -> consiste em nanocristais de hidroxiapatita, formados por fosfato de cálcio (Ca10(PO4)6(OH)2) -> cristais estão apoiados na superfície de fibrilas colágenas, e esse conjunto é responsável pela rigidez e pela resistência mecânica do tecido ósseo. Um osso descalcificado mantém o componente orgânico e se torna flexível, já um osso com destruição de sua parte orgânica fica tão quebradiço que dificilmente pode ser manipulado sem partir. Mecanismo de mineralização do tecido ósseo Calcificação consiste na deposição de nanocristais de hidroxiapatita sobre as fibrilas colágenas, um processo que parece ser induzido por proteoglicanos e glicoproteínas da matriz. Liberação de vesículas da matriz, formadas pela membrana plasmática dos osteoblastos e que se acumulam na matriz extracelular -> concentração de íons cálcio e fosfato no interior da vesícula -> formação de nanocristais de hidroxiapatita -> cristais rompem a membrana da vesícula e se depositam sobre fibrilas colágenas. ● Participação da enzima fosfatase alcalina e de outras moléculas, sintetizadas pelos osteoblastos. PERIÓSTEO E ENDÓSTEO: Periósteo Camada de tecido conjuntivo denso firmemente aderida ao osso. Sua superfície externa se continua externamente com tecido conjuntivo situado em torno do osso ou é recoberta pelo revestimento de músculos sobrepostos aos ossos. ● Camada mais externa: formada principalmente por fibras colágenas e fibroblastos. Próximo à superfície óssea, feixes de fibras colágenas (fibras de Sharpey) penetram no tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. Vasos sanguíneos do periósteo se dirigem para o interior no tecido ósseo, irrigando-o. ● Camada mais interna: apoiada no tecido ósseo -> mais celularizada e contém células osteoprogenitoras e osteoblastos inativos. ○ Tecido ósseo cresce somente pelo mecanismo de aposição que ocorre no periósteo e no endósteo. Endósteo Camada delgada composta principalmente de osteoblastos inativos e células osteoprogenitoras. Reveste todas as superfícies internas do osso: ● Superfície do canal medular dos ossos longos, preenchido por tecido hematopoético ou por tecido adiposo ● Superfície das trabéculas do osso esponjoso; ● Superfície dos canais de Havers e de Volkmann TECIDO ÓSSEO LAMELAR E NÃO LAMELAR: Tecido ósseo não lamelar, imaturo ou primário Sempre o primeiro tecido ósseo a ser formado (desenvolvimento dos ossos durante a vida intrauterina, crescimento dos ossos na vida pós-natal, processos de remodelação óssea e formação de um novo tecido ósseo após uma fratura).
Condensação de células mesenquimais -> formação de estrutura laminar (membrana mesenquimal) -> diferenciação de células progenitoras a partir de precursores da membrana mesenquimal -> diferenciação de grupos de células progenitoras em osteoblastos -> síntese e secreção de osteóide (matriz ainda não mineralizada) -> mineralização do osteóide -> osteoblastos envolvidos pela matriz passam a ser osteócitos -> surgimento de novos osteoblastos na superfície do tecido ósseo recém-formado -> repetição do processo e aumento do tamanho do osso Vários grupos de osteoblastos surgem simultaneamente no centro de ossificação -> confluem formando trabéculas ósseas tridimensionais -> espaço entre as trabéculas são preenchidos por células mesenquimais, células osteoprogenitoras e vasos sanguíneos -> produção de osso esponjoso. ● Células mesenquimais dos espaços originam medula óssea hematopoética. Os vários centros de ossificação de um futuro osso crescem e acabam por se fundir e substituir quase totalmente a membrana conjuntiva preexistente (superfície externa da membrana conjuntiva se transforma em periósteo e o endósteo é formado na superfície interna). Ossificação endocondral Responsável pela formação da maior parte do esqueleto. Ocorre sobre modelos do futuro osso constituídos de cartilagem hialina (formação de um osso longo a partir de um modelo cartilaginoso). Formação de um osso longo Condensação de células mesenquimais que se organizam para formar um modelo do futuro osso construído de cartilagem hialina (parte média estreitada e extremidades dilatadas = diáfise e às epífises do futuro osso). 1ª manifestação de ossificação: vista na região média da futura diáfise (células progenitoras da camada mais interna do pericôndrio do modelo cartilaginoso se diferenciam em osteoblastos -> síntese e secreção de matriz óssea -> osteóide -> formação de cinturão de tecido ósseo em toda a volta da cartilagem da diáfise [colar ósseo] -> pericôndrio que envolve o modelo cartilaginoso se transforma em um periósteo). Enquanto o colar ósseo está se desenvolvendo, os condrócitos situados no interior do modelo de cartilagem se tornam hipertróficos, sua matriz se torna calcificada e os condrócitos entram em processo de apoptose e morrem -> restam apenas tabiques de matriz que servirão como suporte para a deposição de tecido ósseo. Cartilagem hialina é um tecido avascular, mas após a morte dos condrócitos é invadida por vasos sanguíneos que crescem a partir do periósteo (antigo pericôndrio) da região do colar ósseo + migração de células mesenquimais e células osteoprogenitoras. ● Vasos sanguíneos penetram nos espaços deixados pelos condrócitos mortos -> células que migraram com os vasos se diferenciam em osteoblastos -> deposição de matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada -> formação de pequenos segmentos de tecido ósseo do tipo não lamelar -> formação de trabéculas de osso esponjoso no interior da cartilagem -> formação de medula óssea hematopoiética nos espaços entre as trabéculas, a partir das células mesenquimais que migraram junto aos vasos sanguíneos. Processo de formação do tecido ósseo se encaminha gradativamente em direção das epífises + reabsorção simultânea do osso recém formado no centro, pelos osteoclastos -> formação de cavidade central (cavidade medular) na diáfise (será ocupada pela medula hematopoiética). Expansão da formação de tecido ósseo no interior da diáfise em direção das epífises é acompanhada pelo crescimento do colar ósseo periférico. Mais tarde, formam-se os centros secundários de ossificação na região central da cartilagem hialina de cada epífise. O processo de ossificação é semelhante ao que ocorreu na diáfise. Condrócitos passam por hipertrofia, morte por apoptose e sua matriz se torna calcificada. Vasos sanguíneos invadem a cartilagem junto a células mesenquimais e células osteoprogenitoras. Estas originam osteoblastos que se colocam sobre tabiques de matriz cartilaginosa calcificada, produzem matriz óssea, terminam por envolver-se pela matriz e se transformam em osteócitos. A formação de osso esponjoso no centro se expande gradativamente para a periferia, na qual se forma osso compacto a partir do antigo pericôndrio, transformado em periósteo. Uma parte das cartilagens hialinas das epífises é mantida e constituirá as cartilagens articulares. Além disso, entre as epífises e a diáfise, é mantido um disco de cartilagem hialina, denominado disco epifisário, cartilagem de conjugação ou metáfise, responsável pelo crescimento longitudinal dos ossos longos. Todo osso formado nesse processo de ossificação é do tipo não lamelar, imaturo, sendo gradativamente substituído por osso lamelar, maduro. CRESCIMENTO LONGITUDINAL E EM DIÂMETRO DOS OSSOS: Após a formação inicial, os ossos passam por processos de crescimento longitudinal e em diâmetro. O disco epifisário promove o crescimento longitudinal do osso Disco epifisário é um disco de cartilagem hialina situado entre a epífise e a diáfise, no qual não houve ossificação durante a formação inicial do osso. Será responsável pelo crescimento longitudinal do osso após sua histogênese inicial e se mantém durante toda a etapa de crescimento do corpo, desaparecendo e sendo substituído por tecido ósseo aproximadamente dos 18 aos 20 anos, o que determina a parada do crescimento do comprimento dos ossos longos. No disco epifisário, podem se distinguir cinco zonas com características estruturais e funcionais próprias: ● Zona de cartilagem em repouso: região do disco adjacente à epífise, formada por tecido cartilaginoso hialino regular ● Zona de cartilagem seriada: condrócitos se dividem por mitose formando pilhas de condrócitos no sentido longitudinal do osso e paralelas entre si ● Zona de cartilagem hipertrófica: condrócitos aumentam de volume e a matriz cartilaginosa nesse local fica reduzida a delgados tabiques situados entre as células hipertróficas. ○ Condrócitos entram em apoptose. ● Zona de cartilagem calcificada: ocorre a calcificação dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa. Nos espaços entre os tabiques, há restos de condrócitos. ● Zona de ossificação: nessa região, próxima à diáfise, é formado tecido ósseo ○ Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas da MO invadem os espaços deixados pelos condrócitos mortos -> diferenciação das células osteoprogenitoras em osteoblastos -> formação de uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada -> osteoblastos depositam a matriz óssea orgânica. Osteoblastos envolvidos pela matriz óssea secretaram sobre os tabiques de cartilagem -> transformação em osteócitos -> tabiques originam pequenas traves de tecido ósseo (espículas
ósseas -> formadas por uma parte central interna de matriz cartilaginosa calcificada e uma região externa de tecido ósseo não lamelar). Crescimento do osso em comprimento: resulta das mitoses de condrócitos na zona de cartilagem seriada. Pelo acréscimo contínuo de condrócitos, em consequência das mitoses, as duas epífises se afastam da diáfise ● Apesar das mitoses contínuas de condrócitos, a espessura do disco não aumenta (tecido ósseo formado na extremidade da zona de ossificação é gradativamente reabsorvido por osteoclastos e, com isso, aumenta continuamente o canal medular, que é então ocupado por medula hematopoética). Como os ossos longos aumentam seu diâmetro Ocorre simultaneamente com o seu aumento longitudinal. Crescimento ocorre no nível do periósteo por meio de osteoblastos e células osteoprogenitoras presentes na camada mais interna do periósteo -> osteoblastos secretam matriz óssea, são envolvidos pela matriz e se diferenciam em osteócitos -> adição de novas camadas de osso pelo mesmo mecanismo -> adição de tecido ósseo na superfície externa do osso -> parede da diáfise espessa e pesada (por isso a adição é acompanhada por reabsorção de osso na parede interna da diáfise por meio de osteoclastos). REMODELAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO: Quando requisitado, o tecido ósseo de certo local de um osso é reabsorvido e substituído por novo tecido ósseo. É uma maneira de modificar vários parâmetros do osso (espessura de sua camada de osso compacto e a disposição das trabéculas de um osso esponjoso) em resposta a modificações em forças aplicadas sobre o osso. Em condições normais, a quantidade de novo osso corresponde à quantidade de osso reabsorvido, mantendo o equilíbrio de tecido ósseo no organismo. METABOLISMO DE CÁLCIO E AÇÕES DE HORMÔNIOS NOS OSSOS: Concentração de cálcio no sangue = calcemia Intercâmbio contínuo entre cálcio do plasma sanguíneo e o dos ossos (cálcio absorvido na alimentação, que faria aumentar a concentração sanguínea desse íon, é eliminado pelos rins ou depositado no tecido ósseo e o cálcio dos ossos é mobilizado quando sua concentração diminui no sangue). Mecanismos de mobilização de cálcio nos ossos:
Em relação a cortical e a medular: ● Intracortical: “dentro” da cortical óssea ● Justacortical: próximo à cortical óssea, podendo ser intramedular ou extramedular ● Cêntrico: central à medula óssea ● Excêntrico: intramedular, porém não centralizado Em relação à região anatômica do osso: ● Epifisário ● Metafisário ● Diafisário Limites: ● Bem definidos: é possível ver onde começa e onde termina ● Mal definidos: não é possível delimitar seus limites
pipoca (mais clássico) -> encondroma, condrossarcoma, condroblastoma ● Fibrose: tecido com aspecto enevoado -> fibromas EPIDEMIOLOGIA DOS TUMORES: M-MM-OCE: ● “M”: metástases -> tumores ósseos malignos mais frequentes. ● “MM”: mieloma múltiplo -> 2º tumor ósseo maligno mais comum e 1º tumor ósseo maligno primário mais comum ● “O”: osteossarcoma -> 3º tumor ósseo maligno mais comum e 1º tumor ósseo maligno primário não hematogênico mais comum. ● “C”: condrossarcoma -> 4º tumor ósseo maligno mais comum (geralmente em pacientes mais velhos -> geralmente é secundário) ● “E”: sarcoma de Ewing -> 5º tumor ósseo maligno mais comum (mais comum nos pacientes corem < 10 anos e 2º mais comum nos pacientes < 20 anos) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS TUMORES ÓSSEOS: Crianças: ● Osteoma osteóide: dor noturna que melhora com AINEs ● Sarcoma de Ewing: manifesta-se, principalmente, com reação periosteal em casca de cebola e em crianças ≤ 10 anos ● Osteossarcoma: reação periosteal em raios de sol ou triângulo de Codman e em crianças ≥ 10 anos Osteomielite: diagnóstico diferencial SEMPRE importante -> sem reação periosteal -> “dor metafisária” Adultos: se não for acometimento de coluna (geralmente metástase óssea), pense em: ● Mieloma múltiplo: geralmente alterações compatíveis com mnemônico CRAB (hipercalcemia, perda de função renal, anemia e lesão óssea) ● Hemangioma: lesão hiperintensa, meio nodular, no corpo vertebral e, geralmente em múltiplos níveis Metástase óssea: ● Lesão blástica -> mama e próstata ● Lesão de aspecto misto -> pulmão ● Lesão de aspecto lítico -> rins
Acomete tipicamente jovens, com um pico na 2ª década de vida (tipo primário mais comum) e um pico em idosos (geralmente secundário à doença de Paget, mas também por radioterapia, sendo o tumor radioinduzido mais frequente) Acomete principalmente ossos de crescimento rápido -> ao redor do joelho (fêmur distal e tíbia proximal), e úmero proximal Metástase: mais comum para o pulmão e depois para outros ossos (metástase é o pior fator prognóstico). ● Outros fatores de pior prognóstico: grau de lesão, tamanho do tumor e localização (pior se proximal) APRESENTAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL: Inicialmente depende da agressividade do tumor ● Tumores menos agressivos: quadro com massa de crescimento mais lento, com dor insidiosa ● Tumores mais agressivos: massa de crescimento rápido, com dor intensa. Pode haver dor noturna (não cede com AINEs), além de febre e sinais consumptivos Laboratorial: elevação da fosfatase alcalina (2-3x o LSN) APRESENTAÇÃO RADIOGRÁFICA: Lesão metafisária, de comportamento misto com padrão permeativo, de contornos mal definidos e lesão cortical, com expansão para partes moles. ● Reação periosteal em raios de sol ( sinal de refulgência) ou triângulo de Codman A principal conduta diagnóstica é a realização de radiografia (direcionada para identificação do osteossarcoma) e em seguida: ● TC de tórax: em busca de metástases pulmonares (pior fator prognóstico); ● RM do osso acometido: avaliar a extensão de acometimento medular e de partes moles; ● Cintilografia óssea: identificar possíveis lesões salteadas (skip lesions), as metástases para o mesmo osso em outro ponto ou para outros ossos. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS E HISTOLOGIA: Sarcoma de Ewing: geralmente em crianças ≤ 10 anos e a principal característica diferencial é a reação em casca de cebola Osteoma osteóide: tumor de características noturnas, que responde ao uso de anti-inflamatórios. Sua imagem radiográfica é como o olhinho olhinho da coruja (lesão redonda, osteolítica, com um halo esclerótico em seu entorno) Osteomielite: pode simular quase qualquer tumor -> apresenta-se com febre, leucocitose e aumento de provas inflamatórias.
Biópsia: exame essencial para a definição diagnóstica e condução do caso. ● Característica clássica de produzir osteóide em laço (osteóide é a matriz óssea não mineralizada = osteossarcoma produz osso imaturo) ○ Tem aspecto permeativo -> ação mista, mas áreas predominantemente líticas. ● Parte dos tumores pode apresentar células gigantes TRATAMENTO E HUVOS: Quimioterapia neoadjuvante + cirurgia com ressecção e preservação máxima do membro + quimioterapia adjuvante. ● Não fazer radioterapia pelo risco de malignização Peça ressecada passa por avaliação histológica para análise do grau de necrose celular, gerando a classificação de HUVOS ● Pode ser usado para qualquer tumor ressecado após quimioterapia -> precisa de pelo menos 90% de necrose para haver bom prognóstico METÁSTASES ÓSSEAS……………………………………………………………………………. EPIDEMIOLOGIA E COMPORTAMENTO ÓSSEO: São o tumor ósseo mais frequente, podendo se localizar em qualquer lugar do organismo, mas com predileção por coluna vertebral, por conta do Batson (sistema de veias que liga a drenagem pélvica profunda e a torácica ao sistema vertebral interno, que permite que as células cancerígenas, assim como microrganismos instalem-se ali) Dica: paciente com lombalgia e alteração radiográfica, associada ou não a uma alteração neurológica (pode indicar compressão medular pelo tumor). Diagnósticos diferenciais de paciente idosos com lesão vertebral: ● Mieloma múltiplo: alterações no mnemônico CRAB (hipercalcemia, insuficiência renal, anemia, lesões ósseas) -> exame mais utilizado é eletroforese de proteínas. ● Osteoporose: principal apresentação será a osteopenia difusa -> exame diagnóstico mais importante é densitometria medular óssea. ● Metástase ósseas Exames importantes nas metástases ósseas:
● Dor é nessa articulação, mas pode irradiar-se pela coxa até o joelho -> quadro de dor e claudicação. TRATAMENTO: Não precisa de tratamento, apenas de acompanhamento radiográfico anual, para certificar-se de que não se trata de um osteoblastoma