

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Resumo TTP psicanalítica- Psicologia
Tipologia: Notas de estudo
1 / 3
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Luana Mesquita Alves - 2012232 Raysa Karine Bezerra Facundo - 2011912
Fortaleza, 2024
No Capítulo V, "Nascimento da Medicina Social", do livro "Microfísica do Poder" de Michel Foucault, é explorada a emergência da medicina social entre os séculos XVIII e XIX. Foucault argumenta que, durante este período, a medicina se transforma em uma ferramenta de controle social, com a saúde da população passando a ser uma questão de interesse estatal. A saúde deixa de ser uma preocupação meramente individual e se torna um problema coletivo, com implicações econômicas e políticas significativas. Além disso, no capítulo sobre o nascimento da medicina social, Foucault explora como a medicina se transformou de uma prática individualista em uma prática social e coletiva. Ele argumenta que a medicina moderna não se concentra apenas em indivíduos, mas também em grupos e sociedades como um todo. Foucault também analisa como a medicina social se tornou um instrumento de controle social, usado para monitorar e regular a saúde pública, bem como para manter a ordem social dos grupos dominantes. Ele destaca que a medicina social não é apenas uma prática médica, mas também uma estratégia biopolítica que serve para controlar o corpo e as consciências. O desenvolvimento da medicina social é estruturado em torno de três principais eixos: a urbanização crescente leva à concentração populacional nas cidades, exacerbando problemas de saúde pública. O Estado começa a intervir com medidas de higiene, saneamento e políticas de saúde pública para controlar epidemias e melhorar as condições de vida urbana. A Revolução Industrial traz a necessidade de manter a força de trabalho saudável. A medicina se preocupa com as condições de trabalho, acidentes laborais e doenças profissionais, visando garantir a produtividade e a eficiência dos trabalhadores. A saúde das crianças é vista como essencial para o futuro da nação. A escola se torna um espaço de intervenção médica, com políticas de vacinação, nutrição e higiene sendo implementadas. Com isto, Foucault destaca que a medicina social se desenvolveu em três etapas: a medicina de Estado, a medicina urbana e a medicina da força de trabalho. A medicina de Estado surgiu na Alemanha no século XVIII, onde a ciência do Estado se tornou um veículo de conhecimento e local de elaboração de saberes específicos. A medicina urbana se preocupava com as condições de vida e o meio ambiente, enquanto a medicina da força de trabalho controlava o corpo dos indivíduos como força de produção e trabalho. Foucault também discute como a medicina social está intrinsecamente ligada ao conceito de biopoder – o poder de gerir a vida das populações. A medicina torna-se um mecanismo de controle, regulamentando corpos e comportamentos através de normas e práticas que disciplinam e normatizam a população.