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ÀGDGADU
MONUMENTO
MAÇÔNICO
A MAÇONARIA não inventou, descobriu, fabricou o triângulo como figura geométrica, nem o implementou como desenho em livros escolares de matemática, geometria, física, heráldica. Cuidou para que não o ligassem à Maçonaria como sua representação pública.
TODAVIA, a Maçonaria adotou o triângulo por representar na Tradição a Santíssima Trindade além de outras manifestações culturais religiosas e filosóficas. A escolha não foi imposição de poderosos, de seitas ou escolas desta ou daquela religião ou de correntes de pensamento emanadas de um indivíduo. Não nasceu de determinação sectária, apenas estudiosos e praticantes de ciências esotéricas, com o intuito de entender a conexão entre “ O que está em cima é como o que está embaixo”, ou “ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, ou ainda, “ Não removas os limites antigos; nem entre nos campos dos órfãos”, promoveram estudos e pesquisas metafísicas na busca da relação entre o Divino e o humano desejando, talvez, que o homem pudesse s er “ reintegrado em suas primitivas propriedades, virtudes e poderes espirituais e divinos”, no pensar de Hermes Trismegisto e Martinez de Pasquallys.
NA MAÇONARIA estudam-se os números e seus significados, em especial o número três – 3 – que está presente em muitas coisas da vida. Não por acaso, damos à tríade uma relevante importância desde a Trindade – Pai, Filho, Espírito Santo – passando por Início, Meio, Fim; Nascimento, Vida, Morte; Infância, Apogeu, Ocaso; Horus, Rá, Osíris; Buda, Darma, Sanga; Espírito, Perispírto, Corpo; Sabedoria, Força, Beleza; Fogo, Chama, Calor. Os alquimistas recorriam à tríade Sal, Enxofre e Mercúrio nas suas preparações misteriosas em busca da pedra filosofal.
O TRIÂNGULO condensa muitas lições em sua trindade específica, ou seja, três lados, três ângulos em cada lado, etc Os Maçons estudam a importante figura buscando no exotérico o mistério do esotérico, pois para muitos povos o triângulo é símbolo de água, fogo, ar, terra; harmonia e divindade; sol e fertilidade, e buscam
entender como podem ter estabelecido tais significados, o que não aconteceu com o quadrado ou o retângulo, por exemplo. No caso do círculo, bem aí é outra coisa...
FORMANDO um todo completo, indivisível, uma forma presente em outras figuras, o triângulo conciliando a unidade e o binário no ternário, resume Amor, Vontade, Inteligência.
EM SERGIPE, a unidade era o Grande Oriente do Brasil; surgiu a Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe, formando o binário. Ambos tinham força, isoladamente, e com a consolidação da Ordem Maçônica em Sergipe, podemos dizer hoje que as duas forças, formando uma terceira, constituiram a Maçonaria Sergipana, ou seja, aí estão as três pontas do triângulo maçônico em nossa terra.
MAS, O TRÊS está presente, por exemplo, na AMORC- Antiga e Mística Ordem Rosacruz que usa uma saudação em latim – Salutem puncti trianguli, ou seja “Saudações nas três pontas do triângulo”, homenageando a forma geométrica conhecida desde os egípcios e maias.
JOAQUIM GERVÁSIO de Figueiredo, em seu Dicionário de Maçonaria, ensina: “Desde remota antiguidade, o triângulo eqüilátero tem sido considerado o símbolo da Trindade Divina por excelência, e também tomado como o signo da Alma perfeita e dos altos Iniciados”. A Maçonaria não estuda o triângulo como símbolo aleatório, mas em função de se encontrarem no mesmo questionamentos místicos, religiosos, filosóficos, científicos que ultrapassaram milênios e gerações. O Maçom, em sua jornada mística, utiliza o aprendizado para seu crescimento pessoal e para apoio ao desenvolvimento moral e espiritual da Humanidade.
NO MONUMENTO maçônico exposto na região da Praia de Atalaia, aqui em Aracaju, encontramos não apenas três lados iguais, mas um vértice voltado para o Infinito, para o ignoto, destacando-se um tradicional símbolo da Maçonaria com o Esquadro, o Compasso e a letra G, simbolizando retidão e justiça sob os auspícios do Grande Arquiteto do Universo, DEUS, apoiado em três palavras que resumem os ideais da Ordem Maçônica em todo o mundo: LIBERDADE – IGUALDADE – FRATERNIDADE.
POR QUE o monumento maçônico? Beleza e exibicionismo? Comprovação da existência da Maçonaria em Sergipe? Gastos com dinheiro supérfluo? Vaidade de alguns Maçons? Certamente que nada disso, mas pode-se dizer, usando usual expressão latina nos meios jurídicos, que ali está o marco para o registro histórico “ Ad perpetuam rei memória”, da vida, atuação e permanência da Ordem Maçônica em terr as sergipanas. Não temos, os sergipanos, a “Ponte do Imperador”, marco da visita do insigne Imperador D. Pedro II e sua esposa às nossas terras?
A FRANÇA tem sua pirâmide de cristal, no Louvre; os Estados Unidos tem sua Estátua da Liberdade; o Cristo Redentor, de braços abertos, abençoa o Rio de Janeiro; o Vaticano tem sua Capela Sistina, símbolo do Renascimento; Pirâmides e
