Tratamento da dor lombar crônica não específica: uma abordagem biopsicossocial - Prof. Bar, Esquemas de Traumatologia

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F A E S C - F A C U L D A D E D A E S C A D A

“EFEITOS DA

FISIOTERAPIA

MULTIDIMENSIONAL

NA DOR LOMBAR

CRÔNICA

INESPECÍFICA: UM

ENSAIO CLÍNICO

RANDOMIZADO”

Caio Guilherme Gabrielly Adriane

Introdução: A dor lombar crônica não específica é um problema comum que acarreta um grande ônus pessoal, social e econômico. O manejo eficaz dessa condição é uma preocupação importante devido ao aumento da incapacidade e do ônus associados. Apesar de muitas pesquisas clínicas, o tratamento ideal para dor lombar crônica não específica ainda é controverso.

Os participantes foram recrutados em hospitais, anúncios e mídias sociais em Teerã, Irã. Os critérios de inclusão incluíram idade de 18 a 50 anos, dor lombar crônica não específica por três meses ou mais, escores específicos de avaliação da dor e da incapacidade, nível de escolaridade e falantes nativos de persa. Os critérios de exclusão incluíram diagnóstico médico específico, doenças reumáticas, neuropatia, distúrbios mentais, história recente de cirurgia lombar e gravidez. Os participantes foram aleatoriamente designados para o grupo experimental ou controle ativo. MÉTODOS

A dor foi avaliada usando uma Escala Numérica de Classificação (NRS). As medidas secundárias incluíram cognições da dor, incapacidade, qualidade de vida, flexão lombar ativa e função cerebral, medida através da análise do espectro de potência do EEG. Os participantes receberam 12 sessões de tratamento ao longo de 6 semanas, com conteúdo diferenciado para cada grupo. MEDIDAS DE RESULTADO

INTERVENÇÃO NO GRUPO EXPERIMENTAL

Os participantes do grupo experimental receberam fisioterapia multidimensional, que incluiu psicoeducação, exposição gradual, correção postural e eletroterapia como aquecimento passivo. Foram realizadas doze sessões de psicoeducação de 30 minutos cada, baseadas na terapia cognitivo- comportamental (TCC). Cada sessão foi conduzida usando o método de pergunta e resposta, onde o fisioterapeuta primeiro fornecia o conteúdo desejado e depois fazia uma pergunta sobre o tópico abordado para garantir a participação ativa dos pacientes.

INTERVENÇÃO NO GRUPO EXPERIMENTAL:

Os participantes também receberam recomendações para correção postural e iniciação gradual de movimentos e atividades temidos. Foi solicitado aos participantes que repetissem a prática de cada sessão em casa uma vez ao dia. Além disso, foi realizada eletroterapia, incluindo 20 minutos de estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS) na região lombar com um pack quente, e ultrassom com uma frequência de 1 MHz e intensidade de 1,2 W/cm², aplicados no músculo paravertebral por 5 minutos.

INTERVENÇÃO NO GRUPO EXPERIMENTAL:

INTERVENÇÃO NO GRUPO CONTROLE ATIVO

Essas sessões prepararam os pacientes para uma abordagem biomedicamentosa, baseada nos sintomas, para atividades diárias e terapia de exercícios. Na quarta sessão, a terapia de exercícios gerais foi iniciada com ênfase específica no tratamento de músculos e articulações disfuncionais. Diferentes objetivos terapêuticos foram perseguidos, dependendo do raciocínio clínico emergente, como melhora da microcirculação, mobilidade, resistência e força dos músculos abdominais e paravertebrais.

INTERVENÇÃO NO GRUPO CONTROLE ATIVO

TREINAMENTO

DOS

FISIOTERAPEUTAS

E FIDELIDADE AO

TRATAMENTO:

Uma avaliação da fidelidade ao tratamento foi conduzida, na

qual os fisioterapeutas foram observados enquanto avaliavam

e tratavam pacientes reais do estudo.

Documentação detalhada do conteúdo do tratamento foi

registrada pelos fisioterapeutas a cada sessão para garantir a

consistência.

Treinamento regular, supervisão e feedback foram fornecidos

aos fisioterapeutas ao longo do estudo para facilitar a entrega

bem-sucedida de ambos os tratamentos.

Cálculo do Tamanho da Amostra:

Análise Estatística

Variáveis contínuas e categóricas foram resumidas usando média (desvio padrão), mediana (intervalo interquartil) e frequência (percentagens) para determinar estatísticas descritivas. Os dados foram analisados utilizando o Stata 14.2 (StataCorp LLC; College Station, TX, EUA) e SPSS (versão 22). Foi realizada uma análise de intenção de tratar para os participantes que saíram do estudo durante o acompanhamento. Um modelo ANOVA/ANCOVA misto foi utilizado para determinar o efeito do tempo, efeito do grupo e interação tempo × grupo entre os grupos, usando o método post hoc de Bonferroni e ajustando as diferenças nas características dos pacientes no início, quando apropriado.