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GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
EBELIZE BARROS ROCHA SILVA
R. A. 8111751
ATIVIDADE - ESTUDO DIRIGIDO
Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, ministrada pela Tutora: Sueli Aparecida de Castro. BOA VISTA - RR
RESPONDER O ESTUDO DIRIGIDO:
1.IDENTIFICAR AS FORMAS MAIS COMUNS DE TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE.
Classificação dos transtornos de personalidade: F60.0 – Transtorno de personalidade paranoide F60.1 – Transtorno de personalidade esquizoide F60.2 – Transtorno de personalidade antissocial F60.3 – Transtorno de personalidade emocionalmente instável.
- 30 – tipo impulsivo.
- 31 – tipo borderline (limítrofe) F60.4 – Transtorno de personalidade histriônica F60.5 – Transtorno de personalidade anancástica (obsessivo-compulsivo) F60.6 – Transtorno de personalidade ansiosa (de evitação) F60.7 – Transtorno de personalidade dependente F60.8 – Outros transtornos específicos de personalidade F60.9 – Transtorno de personalidade não especificado 2. DESCREVER AS MANIFESTAÇÕES DE COMPORTAMENTO DECORRENTES DE TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE. Transtorno de personalidade paranoide (F60.0) Caracteriza-se por desconfiança persistente, atitude autorreferente com exagerada autovalorização, sensibilidade exagerada a críticas, hipervigilância, tendência a distorcer os fatos, reações de agressividade decorrentes de interpretação errônea de ações de outras pessoas com tendência persistente a guardar rancor. Os acometidos por esse transtorno questionam frequentemente a lealdade dos demais sem justificativa aparente, além de apresentarem ciúme patológico. Transtorno de personalidade esquizoide (F60.1) Caracteriza-se por retraimento social e afetivo. Os indivíduos não possuem amigos íntimos ou confidentes, são incapazes de expressar seus sentimentos e experimentam prazer em poucas atividades. Apresentam introspecção, frieza, distanciamento, indiferença a elogios ou críticas, insensibilidade às normas ou convenções sociais, entre outros. Em geral, o transtorno tem início na infância. Transtorno de personalidade antissocial (F60.2) Caracteriza-se, principalmente, pela impulsividade com incapacidade de planejar o futuro, por desprezo em relação às normas e obrigações sociais. Há busca de satisfação imediata sem considerar as consequências; manipulação; indiferença e insensibilidade aos sentimentos alheios; incapacidade para aprender com a experiência e, particularmente, com a punição; baixa tolerância às frustrações e baixo limiar para agressividade. A pessoa vive em conflito constante com a sociedade; racionaliza seus atos e sempre culpa os demais por eles. Essas
3. LISTAR OS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM MAIS COMUNS A ESSES
TRANSTORNOS.
- Percepção sensorial perturbada* relacionada, principalmente, à presença marcante de comportamento manipulador, o qual propicia a interpretação ambiental segundo os seus desejos em detrimento das necessidades do outro.
- Enfrentamento ineficaz evidenciado pelo nível inadequado de percepção de controle e suporte social inapropriado, criado pelas características dos relacionamentos familiares e sociais, consequentes da resolução inadequada de problemas, do comportamento destrutivo em relação a si e aos outros, das mudanças nos padrões habituais de comunicação e do uso abusivo de substâncias psicoativas.
- Risco de automutilação evidenciado pela manipulação para satisfazer suas necessidades por deficiência nos padrões de enfrentamento.
- Risco de violência dirigida a outros evidenciada pela intoxicação por substâncias psicoativas e impulsividade, pelo enfrentamento inadequado.
- Processos familiares interrompidos evidenciado pelo uso de substância psicoativa e à falta de habilidades para resolver problemas.
- Isolamento social evidenciado pela incapacidade de engajar-se em relacionamentos pessoais satisfatórios, valores e comportamentos sociais inaceitáveis, recursos pessoais inadequados e interesses imaturos.
- Processo de pensamento perturbado relacionado à interpretação não acurada do ambiente.
- Enfrentamento defensivo evidenciado pela hipersensibilidade ao menosprezo ou à crítica e projeção de culpa ou responsabilidade, ambos caracterizados pela racionalização de falhas e sentimento de superioridade em relação aos outros, às vezes evidenciados por riso hostil ou ridicularizarão dos demais.
- Risco de solidão evidenciado pelo isolamento social.
- Desesperança evidenciada pelo isolamento social.
- Risco de suicídio evidenciado pela depressão, quando presente. 12. Interação social prejudicada em decorrência da interação disfuncional com o grupo familiar e social.
- Manutenção ineficaz da saúde evidenciada pela não percepção de si mesmo como pessoa com transtorno de personalidade, incapaz de controlar, identificar ou buscar ajuda para a manutenção da saúde.
- Falta de adesão evidenciada pela não aceitação da necessidade de tratamento, decorrente da falta de percepção de seu estado de saúde.
- Tensão do papel do cuidador evidenciado pelas expectativas não realistas de si mesmo e em relação aos membros da família, cuidador ou equipe; comportamentos inadequados em decorrência do comportamento manipulador e de outros não aceitos socialmente. 4. DISCORRER SOBRE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM. 5. DESCREVER OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Ter em mente que o paciente apresenta comportamento que dificulta o desenvolvimento de interações interpessoais adequadas com familiares, outros pacientes e profissionais. Ao cuidar de pacientes com TP, todos os membros da equipe devem, inicialmente, analisar os próprios sentimentos, as atitudes e reações em relação ao comportamento do paciente, porque a atitude positiva do enfermeiro e dos demais integrantes da equipe perante o paciente é essencial para o cuidado adequado. O interesse pelo paciente só é possível após o insight em relação ao comportamento da pessoa. O enfermeiro deve oferecer supervisão ou orientação quando perceber que o comportamento e os sentimentos dos membros de sua equipe estão interferindo na atuação terapêutica. O enfermeiro também deve procurar supervisão quando necessário. Estabelecer com o paciente o contrato terapêutico sobre o cuidado dele, deixando claro o contexto de limites e liberdade dentro do qual ele é livre para exercer sua cidadania. Planejar a assistência em consonância com as equipes envolvidas com o paciente, incluindo os familiares. Analisar com o paciente os objetivos para o futuro, verificar se estes condizem com a realidade e orientar a família quanto a esses objetivos, sobre como apoiar o paciente e estabelecer limites. Tentar criar vínculo, estimular a expressão de sentimentos relacionados à rejeição, ao medo da solidão e do abandono; analisar as mudanças necessárias de acordo com a real necessidade do paciente. Ser autêntico diante das manifestações de comportamento que chocam os demais pacientes, profissionais e familiares. Isso significa dizer claramente ao paciente o que o seu comportamento está provocando nos demais. O enfermeiro deve expressar-se com segurança, tato e firmeza, sem conotação de julgamento. Manter o paciente em observação para prevenção do auto/heteroagressividade. Estar atento ao risco de suicídio, identificando ideias e manifestações de comportamento indicativos de sua presença. Estabelecer limites de modo claro quando o paciente violar normas e regras do local onde se encontra em tratamento ou em contrato estabelecido no início
dinâmica familiar, pois muitos dos problemas do paciente podem estar relacionados a um ambiente familiar disfuncional. Orientar a família a procurar os recursos existentes na comunidade para o seu atendimento. Orientar a família a procurar um programa psicoeducacional sobre o assunto. Caso não exista esse tipo de auxílio, analisar a possibilidade de criar o serviço.
5. DESCREVER OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. Nessa etapa do processo, é feita uma nova avaliação do comportamento do paciente para analisar as mudanças ocorridas, utilizando como parâmetros os resultados esperados.