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Uma introdução às características, sintomas, diagnósticos e tratamentos de transtornos mentais por uso de substâncias, com ênfase na heroína e no tramadol. O texto aborda a compreensão dos transtornos mentais devido à heroína e tramadol, descreve os transtornos mentais de uso de tramadol e da heroína, menciona os sintomas e diagnósticos de transtornos de heroína e tramadol, e discute a abordagem clínica aos transtornos mentais por uso de substâncias.
Tipologia: Exercícios
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Transtornos Mentais de Comportamentos Devido Uso de Heroina e Tramadol
Transtornos Mentais de Comportamentos Devido Uso de Heroina e Tramadol
1. Introdução Transtornos mentais de comportamento de uso de substâncias envolvem um padrão patológico de comportamentos em que os pacientes continuam a usar um entorpecente apesar de experimentarem problemas significativos relacionados ao uso. O diagnóstico do transtorno por uso abusivo de substâncias baseia-se em critérios diagnósticos para o padrão de comportamentos. Tratar o transtorno por uso de substâncias é desafiador e varia conforme a substância e as circunstâncias. Todas essas substâncias, como a Heroína e o Tramadol activam directamente o sistema de recompensa do cérebro e produzem sensações de prazer. A activação pode ser tão intensa que os pacientes cada vez mais anseiam pela substância e negligenciam as actividades normais para obtê-la e usá-la. Dependência ou abuso aos opioides ou outras substâncias, ferimentos na cabeça, choquemos (estado de profunda depressão mental ou física, consequente de lesão física grave ou distúrbio emocional), alterações do nível de consciência de origem não estabelecida, alterações da função ou do centro respiratório, pressão intracraniana (pressão dentro do crânio) aumentada, portadores de epilepsia.
1.1. Objectivos 1.1.1. Geral Compreender os Transtornos mentais de comportamentos devido ao uso de Heroína e Tramadol 1.1.2. Específicos Descrever os Transtornos mentais do comportamento de uso Tramadol e da heroína Mencionar As Consequências do Uso de Tramadol e Heroína. Descrever os sintomas e diagnósticos de transtornos de Heroína e Tramadol. 1.2. Metodologia O presente trabalho se configura como uma pesquisa bibliográfica que foi conduzida através de materiais previamente publicados por outros pesquisadores que discutem a temática em questão ou temas similares para a análise.
O uso de drogas recreativas, embora frequentemente não sancionado pela sociedade, não é um fenómeno novo e, de uma forma ou outra, existe há séculos. Pessoas usam drogas por uma variedade de razões: Para alterar ou melhorar o humor Como parte de cerimonias religiosas Para obter iluminação espiritual Para melhorar o desempenho Alguns usuários aparentemente não sofrem danos; eles tendem a usar drogas episodicamente em doses relativamente pequenas, evitando toxicidade clínica, desenvolvimento de tolerância e dependência física. Muitas drogas recreativas (p. ex., ópio bruto, álcool, maconha, cafeína, cogumelos alucinógenos, folha de coca) são “naturais”, isto é, próximas à origem vegetal; elas contêm uma mistura de concentrações relativamente pequenas de compostos psicoactivos e não são substâncias químicas psicoactivas isoladas (Ferreira R 2007). As pessoas com alguma dependência química geralmente passam da experimentação para o uso ocasional e então uso intenso e, às vezes, para a própria dependência química. Essa progressão é complexa e apenas parcialmente entendida. O processo depende da interacção entre a fármaco, o usuário e o contexto. 2.1. Diagnóstico dos transtornos por uso de substâncias 2.1.1. Critérios diagnósticos O diagnóstico do transtorno por uso de substâncias baseia-se na identificação de um padrão patológico dos comportamentos em que os pacientes continuam a usar uma substância apesar de experimentarem problemas significativos relacionados ao uso. O Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM 5-TR) fornecem 11 critérios divididos em 4 categorias. Considera- se que indivíduos que preenchem 2 ou mais desses critérios em um período de 12 meses têm transtorno por uso de substâncias.
A pessoa deseja parar ou reduzir o uso da substância; A pessoa passa tempo substancial obtendo, usando ou se recuperando dos efeitos da substância; A pessoa tem desejo intenso (fissura) para usar a substância; 2.1.3. Prejuízo social A pessoa não consegue cumprir obrigações importantes relativas ao seu papel no trabalho, na escola ou em casa; A pessoa continua a usar a substância embora ela cause (ou piore) problemas sociais ou interpessoais; A pessoa renuncia ou reduz actividades sociais, ocupacionais ou recreacionais importantes por causa do uso de substâncias; 2.1.4. Uso de risco A pessoa usa a substância em situações fisicamente perigosas (p. ex., ao dirigir ou em circunstâncias sociais perigosas) A pessoa continua a usar a substância apesar de saber que ela está piorando um problema médico ou psicológico. 2.1.5. Sintomas farmacológicos Tolerância: a pessoa precisa aumentar progressivamente a dose da droga para produzir intoxicação ou o efeito desejado, ou o efeito de uma dada dose diminui ao longo do tempo Abstinência: efeitos físicos inconvenientes ocorrem quando o fármaco é interrompido ou quando seus efeitos são contrapostos por um antagonista específico. 2.1.6. A gravidade do transtorno por uso de substâncias é determinada pelo número de sintomas: Leve: 2 a 3 critérios Moderado: 4 a 5 critérios Grave: ≥ 6 critérios Varia de acordo com as substâncias e circunstâncias , o tratamento do transtorno por dependência química é um desafio com um ou mais dos seguintes:
2.2. Sintomas do uso de Tramadol Os sintomas iniciais de uma dose excessiva de tramadol incluem depressão respiratória (dificuldade para respirar) e ou convulsões e do paracetamol, observados dentro das primeiras 24 horas, incluem: anorexia, náusea, vômito, mal-estar, palidez e diaforese (transpiração fria e pegajosa). 2.3. Consequências no uso de Tramadol As consequências potenciais sérias da superdose do componente tramadol são depressão respiratória, letargia, coma, convulsão, parada cardíaca e morte. Adicionalmente, casos de prolongamento do intervalo da quantidade de Tramadol foram relatados durante uma superdose como: 2.3.1. Depressão respiratória Pacientes com depressão respiratória significativa ou asma brônquica aguda e grave apresentam maior risco de depressão respiratória, com risco de vida, quando tratados com opioides. Cloridrato de tramadol só deve ser utilizado nesta população de pacientes num ambiente monitorado e com disponibilidade de equipamento de ressuscitação. Cloridrato de tramadol deve ser administrado com cautela em pacientes sob risco de depressão respiratória. 2.3.2. Reações anafiláticas Estas reacções ocorrem, geralmente, após a primeira dose. Outras reacções relatadas incluem prurido, urticária, broncoespasmo e angioedema, necrólise epidérmica tóxica e Síndrome de Stevens-Johnson. Pacientes com história de reacções anafiláticas à codeína e a outros opioides podem estar sob risco aumentado e, portanto, não devem ser tratados com cloridrato de tramadol. As Reacções anafiláticas sérias e raramente fatais foram relatadas em pacientes recebendo tramadol. Procure atendimento médico imediato se apresentar algum sintoma de reacção de hipersensibilidade. 2.4. Causas de Transtornos mentais de Tramadol As reacções adversas mais comummente relatadas são: náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais de 10% dos pacientes. Comum: dor de cabeça, sonolência, vómito, constipação (prisão de ventre), boca seca, transpiração, fadiga (cansaço).
Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia, hipotensão postural ou colapso cardiovascular), ânsia de vómito, irritação gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago ou de distensão abdominal (sensação de estômago cheio)), diarreia, reacções dérmicas (por ex.: prurido (coceira), rash (erupções na pele), urticária). Raro: bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), hipertensão (aumento da pressão sanguínea), alterações no apetite, parestesia (dormência e formigamento), tremores, depressão respiratória, convulsão epileptiforme, contracções musculares involuntárias, coordenação anormal, desmaio, alucinações (percepção de algo que não existe), confusão, distúrbios do sono, ansiedade, pesadelos, alteração do humor, aumento e/ou redução da actividade (hipo ou hiperatividade), alterações na capacidade cognitiva (de perceber e compreender) e sensorial (dos sentidos), dependência do medicamento, visão turva, dispneia (dificuldades para respirar), fraqueza motora, distúrbios de micção (dificuldade na passagem da urina, disúria (dificuldade ou dor ao urinar) e retenção urinária, reacções alérgicas (por ex.: dispneia, bronco espasmo – redução do calibre dos brônquios, ronco, edema angioneurótico – inchaço na pele e das mucosas), anafilaxia (reacção alérgica grave), sintomas de reacção de retirada (abstinência) do medicamento tais como agitação, ansiedade, nervosismo, insónia (dificuldade para dormir), hipercinesia (aumento dos movimentos), sintomas gastrointestinais). Não conhecido: distúrbio da fala, midríase (dilatação da pupila). Outros sintomas que foram relatados raramente após a descontinuação do tramadol incluem: ataque de pânico, ansiedade grave, alucinação, parestesia, zumbido (sensação de barulho no ouvido) e sintomas incomuns do SNC (por ex.: confusão, alucinação (ilusão), personalização, desrealização, paranoia), rubor e fogacho (sensação de calor). 2.4.1. Tratamento dos transtornos mentais de uso de tramadol Tratamento de abstinência como ansiedade, sudorese, insónia, rigidez, dor, náusea, tremores, diarreia, sintomas do trato respiratório superior e piloereção podem ocorrer se cloridrato de tramadol for descontinuado de forma abrupta. Ataque de pânico, ansiedade grave, alucinação, parestesia, zumbido e sintomas do SNC não usuais foram também raramente relatados com a descontinuação abrupta do cloridrato de tramadol. A experiência clínica sugere que os sintomas de abstinência podem ser aliviados pela redução gradual da medicação. 2.5. Transtorno mental do comportamento de uso de heroína
O uso constante da droga transforma o usuário em dependente químico. Isso quer dizer que a pessoa não consegue conter o vício, o que acaba afectando a sua rotina — vida social, carreira, estudos, e saúde mental podem ser comprometidos. 2.5.2. As consequências de longo prazo do uso da heroína O contínuo uso de heroína pode trazer grandes problemas para saúde do usuário. As injecções frequentes podem prejudicar as veias e causar infecções nos vasos sanguíneos, além do risco de AIDS e outras infecções, como é o caso do novo coronavírus, que afecta o mundo todo e já causou milhares de mortes. 2.5.3. Deterioração de algumas áreas do cérebro O uso de heroína também pode levar o indivíduo a sofrer danos permanentes em algumas partes do cérebro, o que pode afectar a sua capacidade cognitiva. Os efeitos negativos da droga no cérebro incluem perda de memória e da capacidade de tomar decisões, inabilidade no controle de impulsos e problemas de fala e visão. 2.5.4. A relação entre transtorno mental e dependência química Para explicar essa relação precisamos entender o principal efeito dessas substâncias no organismo. De maneira geral, podemos dizer que as substâncias químicas activam directamente o sistema de recompensa do cérebro e causam sensações de prazer (Faller et all, 2018). Essa activação pode ser tão forte que as pessoas sentem um desejo intenso pela substância negligenciando actividades normais para adquirir e usar a droga. Com isso, o indivíduo passa a entender que a única forma de obter prazer ou alegria é por esse caminho. Nesse cenário a pessoa passa a ignorar outras actividades para o consumo, essa relação com as drogas tende a mudar completamente a maneira de ver a vi da, lidar com os problemas e o convívio social. Porém, esse impacto gera conflitos externos e internos, levando o indivíduo a ter transtornos mentais. A depressão, compulsão, ansiedade, transtornos alimentares são apenas alguns exemplos de consequências directas relacionadas ao uso de substâncias químicas. Com o aumento das frustrações, aliadas aos iminentes problemas de relacionamento causados pela dependência, a pessoa entra em um ciclo vicioso, entendendo a droga como “aliado” no combate às frustrações.
Podemos perceber que a dependência química e transtornos mentais se retroalimentam, em um espiral que pode trazer consequências trágicas. 2.6. Psicoterapia Comportamental do Paciente A terapia precisa de tempo para apresentar resultados satisfatórios, por isso é muito importante não desistir no início, quando as coisas estiverem difíceis. Quanto mais sessões você faz, mais os conflitos vão se esclarecendo e você vai aprendendo a lidar com seus próprios sentimentos. Todos nós temos um universo secreto internamente e é preciso coragem para mergulhar nesse oceano, mas a recompensa é extraordinária! O terapeuta e o paciente decidem juntos a hora de encerrar o tratamento, por isso, se o paciente achar necessário, poderá fazer por toda a sua vida, sempre desfrutando dos benefícios desse tratamento. Também é comum, após a alta, você voltar algumas vezes ao consultório para fazer uma manutenção e saber se está tudo certo. O principal objectivo da psicoterapia é auxiliar as pessoas a lidarem com seus problemas psicológicos e emocionais, a diminuir os sintomas que estão prejudicando o funcionamento normal da nossa rotina. Quem sofre com algum transtorno como ansiedade, depressão, esquizofrenia, vícios, síndrome do pânico, entre muitos outros, têm sintomas que afectam diversas áreas da vida e podem encontrar na psicoterapia, uma maneira de lidarem com esses problemas. A psicoterapia tem a capacidade de devolver a qualidade de vida e tornar os relacionamentos afectivos e profissionais mais saudáveis, tanto para quem tem alguma doença, quanto para pessoas que só procuram uma vida melhor.
3. Conclusão
Clasta, Neffretier Cinthya. “O aconselhamento psicológico no acompanhamento de usuários de drogas: um estudo a partir da percepção dos acadêmicos do curso de Psicologia.” VIII SEMPP & I SINTEC. 2017. Faller, Mileni Fernanda dos Santos Moreira, et al. Anais da Jornada Científica e Cultural FAESA (2018): 91-93. Ferreira R. Consumo crónico de medicamentos na população de um Centro de Saúde. Rev. Port. Clin. Geral. 2007; 23:125-32. Direção-Geral da Saúde. Norma 03/2008: Utilização dos medicamentos opióides fortes na dor crónica não oncológica. Cordinhã A., Boavida J. A criança hiperativa: diagnóstico, avaliação e intervenção. Rev. Port. Clin. Geral. 2008; 24:577-89. Marques M., Matias J., Machado R. et al. Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção em Idade Pediátrica: Papel dos Cuidados de Saúde Primários. 2018. Ministério da Saúde - Dispensa de medicamentos para dependências tem vindo a crescer entre 2011 e 2015. Rev. Dependências. 2016:17.