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Transtorno do Espectro Autista (TEA): Definição, Etiologia, Sintomas, Diagnóstico e Tratam, Resumos de Psicopatologia

Este resumo introdutório sobre o transtorno do espectro autista (tea) fornece uma visão geral abrangente do tema, incluindo definição, etiologia, características, critérios diagnósticos, tratamentos indicados e diagnósticos diferenciais. O texto aborda os principais aspectos do tea de forma clara e concisa, tornando-se um recurso valioso para estudantes e profissionais da área da saúde.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 11/11/2024

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Resumo introdutório sobre o Transtorno do Espectro Autista - TEA
1. Definição
O TEA se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na
comunicação e na linguagem. Dependendo do grau, o TEA possui algumas especificidades como uma gama estreita de interesses
e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva, além de sensibilidades sensoriais.
2. Etiologia
Não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Entre os
fatores genéticos, podem estar associados: Síndrome de Rett, Síndrome do X-Frágil e Síndrome de Down. Entre as condições
médicas (epilepsia) e histórico de exposição ambiental, por exemplo, exposição ao ácido valproico, síndrome do álcool fetal e
baixo peso ao nascer.
3. Características do transtorno – sintomas
Comunicação
Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa social, comunicar-se com gestos em vez de palavras, atraso ou não
desenvolvimento da linguagem, referir-se a si mesmo de forma errada (por exemplo, dizer “você quer água” quando a criança
quer dizer “eu quero água”), repetir muitas vezes a mesma palavra ou pergunta, dificuldade em compreender figuras de
linguagem e sarcasmo e comunicação monótona.
Interação social
Dificuldade em fazer amigos, não mantém contato visual, isolamento, falta de empatia, não gosta de contatos físicos, como
beijos e abraços.
Comportamento
Acessos de raiva intensos e agressividade, fixação em um único assunto ou tarefa, dificuldade de atenção, hiperatividade, faz
movimentos corporais repetitivos, dificuldade em interagir em atividades de imaginação, visão, audição, tato, olfato ou paladar
excessivamente sensíveis, não apresentar medo em situações perigosas, irritação com mudanças na rotina e apego a objetos.
Como dito anteriormente, porém enfatizando: As características essenciais do transtorno do espectro autista são prejuízo
persistente na comunicação social recíproca e na interação social (Critério A) e padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades (Critério B). Esses sintomas estão presentes desde o início da infância e limitam ou
prejudicam o funcionamento diário (Critérios C e D).
4. Principais critérios diagnósticos segundo o DSM-5
A. Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos: 1. Déficits na reciprocidade
socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal a
compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, a dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais. 2.
Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo, de comunicação
verbal e não verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso
gestos, a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal. 3. Déficits para desenvolver, manter e compreender
relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais
diversos a dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse por pares.
B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, conforme manifestado por pelo menos dois dos
seguintes: 1. Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos (p. ex., alinhar brinquedos ou girar
objetos, ecolalia). 2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal
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Resumo introdutório sobre o Transtorno do Espectro Autista - TEA

  1. Definição O TEA se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. Dependendo do grau, o TEA possui algumas especificidades como uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva, além de sensibilidades sensoriais.
  2. Etiologia Não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Entre os fatores genéticos, podem estar associados: Síndrome de Rett, Síndrome do X-Frágil e Síndrome de Down. Entre as condições médicas (epilepsia) e histórico de exposição ambiental, por exemplo, exposição ao ácido valproico, síndrome do álcool fetal e baixo peso ao nascer.
  3. Características do transtorno – sintomas Comunicação Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa social, comunicar-se com gestos em vez de palavras, atraso ou não desenvolvimento da linguagem, referir-se a si mesmo de forma errada (por exemplo, dizer “você quer água” quando a criança quer dizer “eu quero água”), repetir muitas vezes a mesma palavra ou pergunta, dificuldade em compreender figuras de linguagem e sarcasmo e comunicação monótona. Interação social Dificuldade em fazer amigos, não mantém contato visual, isolamento, falta de empatia, não gosta de contatos físicos, como beijos e abraços. Comportamento Acessos de raiva intensos e agressividade, fixação em um único assunto ou tarefa, dificuldade de atenção, hiperatividade, faz movimentos corporais repetitivos, dificuldade em interagir em atividades de imaginação, visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente sensíveis, não apresentar medo em situações perigosas, irritação com mudanças na rotina e apego a objetos. Como dito anteriormente, porém enfatizando: As características essenciais do transtorno do espectro autista são prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social (Critério A) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades (Critério B). Esses sintomas estão presentes desde o início da infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário (Critérios C e D).
  4. Principais critérios diagnósticos segundo o DSM- A. Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos: 1. Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal a compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, a dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais. 2. Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso gestos, a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal. 3. Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais diversos a dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse por pares. B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, conforme manifestado por pelo menos dois dos seguintes: 1. Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos (p. ex., alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia). 2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal

ou não verbal. 3. Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco. 4. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente. C. Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento (mas podem não se tornar plenamente manifestos até que as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem ser mascarados por estratégias aprendidas mais tarde na vida). D. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no presente. E. Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) ou por atraso global do desenvolvimento. Deficiência intelectual ou transtorno do espectro autista costumam ser comórbidos; para fazer o diagnóstico da comorbidade de transtorno do espectro autista e deficiência intelectual, a comunicação social deve estar abaixo do esperado para o nível geral do desenvolvimento. Nota: Indivíduos com um diagnóstico do DSM-IV bem estabelecido de transtorno autista, transtorno de Asperger ou transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação devem receber o diagnóstico de transtorno do espectro autista. Indivíduos com déficits acentuados na comunicação social, cujos sintomas, porém, não atendam, de outra forma, critérios de transtorno do espectro autista, devem ser avaliados em relação a transtorno da comunicação social (pragmática). Especificar se: Com ou sem comprometimento intelectual concomitante; com ou sem comprometimento da linguagem concomitante; associado a alguma condição médica ou genética conhecida ou a fator ambiental; associado a outro transtorno do neurodesenvolvimento, mental ou comportamental; com catatonia ou não.

  1. Tratamentos indicados O tratamento do TEA é baseado em terapias de reabilitação que devem ser direcionadas de acordo com as necessidades de cada pessoa e envolvem equipe multidisciplinar. Entre elas estão: controle de raiva, terapia familiar, análise do comportamento aplicada, terapia comportamental, processamento sensorial e terapia assistida por animais. O objetivo principal é reduzir comportamentos negativos e não-funcionais, melhorando habilidades sociais e de comunicação. O tratamento precoce tem grande impacto no prognóstico.
  2. Diagnósticos diferenciais Os principais são: Síndrome de Rett: uma ruptura da interação social pode ser observada durante a fase regressiva da síndrome de Rett (em geral, entre 1 e 4 anos de idade); porém, após esse período, no entanto, a maioria dos indivíduos com síndrome de Rett melhora as habilidades de comunicação social, e as características autistas não são mais grande foco de preocupação. Consequentemente, o transtorno do espectro autista somente deve ser considerado quando preenchidos todos os critérios diagnósticos. Mutismo seletivo: a criança afetada normalmente exibe habilidades comunicacionais apropriadas em alguns contextos e locais. Mesmo nos contextos em que a criança é muda, a reciprocidade social não se mostra prejudicada, nem estão presentes padrões de comportamento restritivos ou repetitivos. Alguns outros diagnósticos diferenciais: Transtornos da linguagem e transtorno da comunicação social (pragmática), deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) sem transtorno do espectro autista, transtorno do movimento estereotipado, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, esquizofrenia. Referências bibliográficas: (APA)., American Psychiatric Association (org.). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre.: Artmed., 2014. color. Disponível em:https://www.institutopebioetica.com.br/documentos/manual-diagnostico-e-estatistico-de-transtornos-mentais-dsm-5.pdf. Acesso em: 09 nov. 2023.