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Este documento discute o papel da atividade física e do esporte na interação social de alunos autistas em ambiente escolar. Apresenta desafios enfrentados por professores de educação física ao trabalhar com alunos autistas e abordagens para facilitar a interação entre eles e outros alunos. Além disso, destaca a importância da adaptação e da interatividade na educação física para pessoas com síndrome de autismo.
Tipologia: Provas
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REDE DE ENSINO DOCTUM CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Unidade Serra
Belisa Holanda Lima 1 Sidney de Carvalho Rosadas 2
O trabalho com o aluno autista é um desafio diário, entretanto este é o papel do professor de saber incluir, interagir e obter resultados positivos e satisfatórios de forma que seu aluno tenha um ensino e aprendizagem de qualidade, assim como todos os alunos. Nesse sentido nosso problema de estudo é o de saber se a atividade física e o esporte são fatores que interferem na interação do aluno autista com outros alunos, sem algum tipo de necessidades? E, para tanto, buscamos com profissionais da educação física que atuam de forma interativa com pessoas autistas auxílio para nossa interrogação.
Palavras chave: autismo, educação física, contribuições.
The work with the autistic student is a daily challenge, however this is the role of the teacher to know how to include, interact and obtain positive and satisfactory results so that his student has a quality teaching and learning as well as all
students. In this sense our study problem is to know if physical activity and sport are factors that interfere in the interaction of the autistic student with other students, without any kind of needs? And, for that, we seek with physical education professionals who work in an interactive way with autistic people help for our question.
Key Word: autistic, physical activity, contributios.
1 Acadêmica de Educação Física em Trabalho de Conclusão de Curso
2 Professor Doutor orientador do tema.
O trabalho com o aluno com TEA é um desafio diário, entretanto este é o papel do professor de saber incluir, interagir e obter resultados positivos e satisfatórios de forma que seu aluno tenha um ensino e aprendizagem de qualidade, assim como todos os alunos.
Dessa forma, nosso problema de estudo é o de saber se a atividade física e o esporte são fatores que interferem na interação do aluno autista com outros alunos, sem algum tipo de necessidades?
Para tanto, buscamos com profissionais da educação física que atuam de forma interativa com pessoas autistas, auxílio para contribuírem com este estudo, tendo em vista que esses estão no dia a dia expostos ao problema.
Trata-se de um trabalho de pesquisa que é, na conjuntura atual, o centro das atenções seja no ambiente de trabalho, seja pelos docentes que neste espaço irão atuar. Há algum tempo a Síndrome de Down era o problema que movia os estudos e graça a estes o ambiente está hoje contemplado. Estamos no momento da TEA-Transtorno do Espectro Autista, tema exigente e em sua concentração de interesses. Para o professor de educação física, que vai atuar no espaço aberto, abrem-se as cortinas para o crescimento metodológico.
O objetivo final visa identificar se a prática do esporte na vida de uma pessoa autista interfere em sua interação com outras pessoas e o mundo ao seu redor.
Quanto aos Intermediários listamos estes: (1) contextualizar as pessoas com a síndrome do autismo; (2) analisar a importância da prática do esporte no contexto geral;
(3) identificar as contribuições esportivas como intervenção educativa e (4) identifica a importância interativa da educação física e da prática esportiva efetivamente em pessoas com o transtorno autista, através abordagens exploratórias através especialistas no assunto colaboradores.
De acordo com Baptista e Bosa (2002, p.12) Por Leo Kanner, ninguém, hoje, sabe dizer ao certo e de forma indiscutível o que é autismo. Quando se adota a sempre válida recomendação de Leo Kanner sobre a necessidade de humildade e cautela diante do tema, conclui-se que compreender o autismo exige uma constante aprendizagem, uma (re) visão contínua sobre nossas crenças, valores e conhecimentos sobre o mundo e, sobretudo, sobre nós mesmo – uma “viagem para dentro ‘‘, utilizando, como analogia, a crônica de Martha Medeiros sobre os viajantes”.
Recorremos ao texto dessa escritora para ilustrar essa reivindicada postura de despojamento e espírito instigante necessário, quando percorremos terrenos pouco conhecidos, assim como para ressaltar o valor de uma atuação Inter ou mesmo transdisciplinar.
Sobretudo, buscávamos chamar a atenção sobre a nossa condição de incessante aprendiz. A autora diz-nos que:
Viajar é transportar-se sem muita bagagem para melhor receber o que as andanças têm a oferecer (...) é despedir-se de si mesmo, dos hábitos cotidianos, das realidades previsíveis, da rotina imutável, e renascer virgem e curioso, aberto ao que lhe vai ser ensinado. (...). Viajando você é reinventado. (...) Sair de casa é a oportunidade de sermos estrangeiros e independentes, e essa é a chave para aniquilar tabus. A maioria de nossos medos é herdada. Viajando é que descobrimos nossa coragem e atrevimento, nosso instinto de sobrevivência e conhecimento. Viajar minimiza preconceitos.
comprometendo principalmente sua socialização, comunicação e imaginação. Manifesta-se até os 3 anos de idade e ocorre quatro vezes mais em meninos do que em meninas”.
O autismo pode vir acompanhado de outros distúrbios, como depressão, epilepsia e hiperatividade. Apresenta-se em graus variados, desde os mais severos (em que a pessoa não fala, não olha, não mostra interesse algum no outro) até os mais leves, chamados de alto funcionamento (fala, são capazes de acompanhar estudo normal, desenvolver-se em uma profissão e criar vínculos com outras pessoas).
Esse tipo de transtorno não tem cura, porém, há métodos para proporcionar à pessoa com autismo, dentro de suas potencialidades, o desenvolvimento de independência, facilitando assim o seu convívio com o meio que o cerca. A estrutura, a organização, a previsibilidade e a comunicação visual fazem parte desses métodos.
A criança com autismo tem limitações na comunicação, na interação com o ambiente e nas relações interpessoais. Atualmente, é chamado de síndrome comportamental, compreendendo um conjunto de sintomas que pode ter mais de uma origem.
A pessoa com autismo apresenta dificuldade na interação social, raramente procura conforto em outras pessoas nos momentos de tensão ou ansiedade, tem poucas ações de imitação social, demonstra pouca flexibilidade na expressão da linguagem, ausência de resposta emocional e de gestos para enfatizar ou facilitar a compreensão na comunicação oral.
Possui ainda padrões de comportamento restritos, repetitivos e estereótipos, apegando-se de forma especifica a objetos incomuns, fidelidade aparentemente compulsiva a rotinas, hábitos motores repetitivos e ansiedade com relação a mudanças, mesmo em detalhes insignificantes do ambiente.
Reforçadores sociais, como elogios e estímulos verbais, não são suficientes para a aquisição e manutenção de habilidades. Assim sendo, uma ação positiva pode ser retribuída e/ou reforçada com um objeto de seu agrado.
Teixeira (2016, p. 18) afirma que, O Transtorno do Espectro Autista é uma síndrome de início precoce caracterizada por alterações marcantes no desenvolvimento da linguagem e da interação social. Há também a presença de comportamentos estereotipados e repetitivos, rituais, alterações sensoriais e interesses restritos. Essas características são essenciais para que ocorra o diagnostico e estão presentes em todos os indivíduos com transtorno.
Rosadas, 2020, p.20, quanto à adaptação, diz que:
Cada ser tem particularidades que, quando sujeitas aos estímulos do meio ambiente, respondem de maneira diferente. Daí reside à importância da adaptação, um conjunto de modificações que ajustam uma pessoa com necessidades às condições do meio ambiente, que facilitam a atuação do profissional de educação física e que precisam ser avaliadas e entendidas.
8- Como fazer essa ligação entre pais, escolas e professores quando se tem um aluno autista na pratica da Educação Física?
Colaboraram com este estudo:
A. L. N. (E.E.E. F Jardim Bela Vista) H. S. L. ( Americano Serra, Rede Municipal da Serra) J. N. (Emef Darcy Ribeiro- Guarapari, Cmei Maria da Penha Castro Novaes Viana, Cmei Maria de Lourdes Coutinho Passos- Viana) J. G. B. (Americano Serra) ‘L. F. C.. (Americano Serra) N. S. S. (CAEE Dr. Pedro Feu Rosa da APAE da SERRA) N. S. L. (Americano Praia da Costa) S. R. (CAEE Dr. Pedro Feu Rosa da APAE da SERRA) V B. X. (Colégio Americano Serra)
De acordo com as respostas dadas vimos que é fundamental a Educação Física para um aluno autista, pois possibilita uma melhora no seu desenvolvimento motor, social, aspectos cognitivos e socialização com seus colegas de uma maneira lúdica, através de atividades alegres promovendo seus movimentos de expressão e comportamental. Podemos perceber e afirma que, através da Educação física temos uma melhora no seu déficit de atenção, hiperatividade e saúde.
Em alguns casos percebemos que a agressividade tem uma diminuição, através da interação do aluno autista na educação física com os demais colegas na aula.
Em relação aos alunos autistas foi possível trabalhar de uma maneira bem lúdica através da educação física, pois o professor executa brincadeiras, movimentos corporais que melhora a sua habilidade motora, trabalha com regras que lida com frustações, enxergar o limite desse aluno em algumas atividades proposta em uma aula de educação física e percebemos um bloqueio a ser trabalhado, melhorando sua autoestima, saúde, interação, socialização com os colegas, ele se sente motivado, alegre, criando uma autonomia para eles.
O despertar desse interesse do aluno autista pela educação física não é fácil, porém não é impossível também, pois nós como professores temos que passar confiança, credibilidade, segurança. Temos que inovar todas as possibilidades para que ele saia do seu mundo e possibilite a nossa entrada e possamos trabalhar juntos em uma aula de educação física, conhecendo esse aluno melhor, sendo gentil e que não se sinta obrigado a participar e sim se sentindo motivado em ajudar e ser ajudado através de jogos e brincadeiras, movimentos repetitivos, e lembrando que o professor de educação física tem uma liberdade imensa para trabalhar com um aluno autista, basta conhece-lo melhor, deixar ele seguro com sua presença, esse aluno irá observar e quando se sentir seguro vai despertar o interesse de participar sem cobrança de uma aula de educação física. Lembrando que cada aluno autista tem seu tempo, trabalhando com suas descobertas e que consiga incluir esse aluno de uma maneira prazerosa, ativa.
Planejamento para uma aula de educação física vai muito além de um simples cronograma sendo ele semanal mensal ou até mesmo anual da escola a ser desenvolvimento em sua aula. Na educação especial tem o PEI que nada mais é do que o plano educacional individualizado.
O professor de educação física tem que ir além de um plano de aula, tem que conhecer melhor o seu aluno, incluir ele com os demais colegas, fazendo adaptações, buscando e inovando com novas estratégicas ao máximo para que a turma possa se sentir inserido ao mundo dele e não só o aluno autista possa se inserir aos demais alunos em sua aula, melhorando em tudo, tanto com o
O esporte no contexto escolar tem como benefício tanto dentro quanto fora da escola modificar um aluno autista quanto ao seu comportamento, autoestima, inclusão de um modo geral, qualidade de vida, seu desenvolvimento motor, cognitivo, além dele se sentir participativo em qualquer ambiente que esteja.
O esporte torna-se um facilitador e mediador para sua inclusão perante a sociedade, não que ele não seja capaz e sim que é visto com outros olhos e não como uma pessoa diferente, um coitadinho, um olhar de pena. Seus benefícios são visíveis e notórios que o esporte transforma vida sim, rompe barreiras e possibilidade a inclusão para todos.
O aluno autista irá passar por todo o processo desde a sua iniciação no esporte ate chegar se depender dele é claro se tornar profissional sempre respeitando suas limitações, irá aprender regras, superar seus limites, momentos de alegria e frustações seja em qualquer esporte que escolher, e principalmente vai aprender a respeitar seus colegas, seus adversários, se sentir motivado, confiante.
Sempre vai haver algo a aprender e a ensinar e isso vai muito além de uma aula de educação ou no esporte como contexto geral, vai trazer para a vida todos seus aprendizados que o esporte propôs a esse aluno autista, tanto com sua relação familiar, escolar, servindo ate de exemplos para muitos que por qualquer motivo desistem na sua primeira frustação. Sua contribuição e compreensão só têm a somar com todos esses valores adquiridos através do esporte.
A ligação entre a família, escola e professores é de suma importância para que o aluno autista cresça, se desenvolva, crie responsabilidades, socialização com os demais colegas de sua escola. A família sempre busca o melhor para seu filho diante suas limitações quando família e procura uma escola que tenha para oferecer uma educação adequada, professores amorosos, receptivos, alunos compreensivos e quanto a escola pode oferecer para o seu desenvolvimento quanto pessoa, sua inclusão é fundamental para a família em todas as matérias, e o papel do professor quanto a essa responsabilidade de ter um aluno autista
em aula. Nada mais é do que um conjunto de somas para que esse aluno se sinta bem com todas as suas limitações, sempre manter um diálogo direto e aberto com a família, pedagogos, professores.
Sua iniciação em uma aula de educação física sempre vai deixar seus familiares com receio e inseguros quando a sua participação a pratica de educação física, devemos criar um ambiente para esse aluno que se sinta seguro, confortável a desenvolver as atividades em aula, sua participação com os demais ira criar uma autonomia, atitudes e valores adquiridos na educação física que iram se desenvolver com o tempo, seu caráter em formação também será de suma importância para o seu desenvolvimento tanto no seu ambiente escolar como fora.
A educação física não é apenas mais uma disciplina no currículo escolar, temos que enxergar essa matéria como possiblidade de inclusão, socialização, romper barreiras, quebrar paradigmas de que a educação física é apenas um bate bola, um lazer, uma descontração entre uma aula e outra, temos e vimos que a educação física e suas contribuições para uma aluno autista vai muito além de uma quadra, possibilita esse aluno autista com todas suas limitações, independente do seu grau de autismo, que a se desenvolver um bom trabalho e conhecer seu aluno, respeitando o seu tempo, seu desempenho é notório.
A educação física tem um objetivo de compressão, destaca-se a necessidade do aprofundamento da investigação a respeito de como a participação nessas atividades pode modificar, de uma forma mais significativa, a vivência do praticante.
Optamos pelo desenvolvimento deste artigo de maneira a utilizar para a coleta de dados profissionais da educação que se inteiraram com o trabalho cotidiano com as pessoas com o TEA, motivo de desenvolver procedimentos de
Ou mesmo ‘O esporte no contexto geral para uma aluno autista é uma das ferramentas mais fabulosas a serem trabalhadas no seu desenvolvimento tanto social quando educativo, pois nos possibilita um aprendizado com várias adaptações, utilizando o corpo e a mente, de uma forma prazerosa para esse aluno e não apenas como um escape diário, o esporte transforma vidas, realiza sonhos, sentimento de ser capazes de realizar o que queremos e estamos propostos a fazer, inclusão para todos’
Assim, encerramos este, sabedores da responsabilidade em debater sobre o tema e considerando que pudemos contribuir com a realidade ouvindo o que disseram os educadores sobre o assunto.
Baptista, Claudio Roberto; Bosa, Cleonice & Colaboradores. Autismo e Educação: Reflexões e Proposta de Intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Farrell, Michael. Estratégicas Educacionais em necessidades Especiais: Dificuldades de Comunicação e autismo. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Mendonça, Débora de. Flaitt, Patricia Maura da Silva. Educação Física Adaptada. São Paulo: Ciranda Cultural, 2013.
Teixeira, Gustavo. Manual do Autismo. RJ, Bestseller, 2016.
Macedo, Lino de. Ensaios Pedagógicos: Como construir uma escola para todos? Porto Alegre: Artmed, 2007.
Rosadas, S.C. ATIVIDADE FÍSICA E SUPERAÇÃO : O DOMÍNIO PSICOMOTOR, AFETIVO SOCIAL E OS USUÁRIOS COM A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA. ES: 2020
Rosadas, S.C. Atividades Física Adaptadas e Jogos Esportivos para o Deficiente: Eu posso. Vocês Duvidam? Rio de janeiro\ São Paulo, 1989.
Integrar/Incluir: Desafio para a Escola atual, São Paulo, 1998.
PONTIFÍCIA UNIVERSDADE CATOLICA DE SP Normas para referencias bibliográficas e citações SP: PONTIFÍCIA UNIVERSDADE CATOLICA DE SP, 2017