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O Transtorno de Aprendizagem Não-Verbal (TANV) é um tipo específico de transtorno do aprendizado com pouca divulgação, não reconhecido pelo atual critério do DSM-5 e pelo CID-10. Consequentemente, demanda-se de estudos epidemiológicos em relação ao tratamento, o quetorna complexoseu diagnóstico e intervenção.
Tipologia: Trabalhos
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¹ Graduada em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (1986), Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2000), Docente do curso de Psicologia do INESUL, 2, 3, 4, 5, 6 (^) Acadêmicos do Curso de Psicologia do INESUL- Instituto de Ensino Superior de Londrina.
Beatriz Machado^1 , Lucas de Santana de Oliveira^2 , Keila Fernanda Carlota Campos^3 , Eliziane Campos Menezes^4 , André Luís Cuani^5 , Estefani Nayara Amorim de Medeiros6.
RESUMO: O Transtorno de Aprendizagem Não-Verbal (TANV) é um tipo específico de transtorno do aprendizado com pouca divulgação, não reconhecido pelo atual critério do DSM-5 e pelo CID-10. Consequentemente, demanda-se de estudos epidemiológicos em relação ao tratamento, o quetorna complexoseu diagnóstico e intervenção. Objetivou-se com a pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa desenvolver propostas de intervenção para os comportamentos apresentados pelo indivíduo com TANV. A partir dos levantamentos realizados, conseguiu-se considerar que o TANV é um transtorno neurológico crônico, pesquisas recentesavaliam que seja resultado de alterações nas funções cognitivas do hemisfério cerebral direito em que apresenta déficits significativos nos domínios cognitivo, social, espacial, emocional, psicomotor, tátil e visual, com grandes repercussões na aprendizagem a intervenção deve ser realizada de maneira coordenada, com uma equipe interdisciplinar, englobando os aspectos psicológicos, neuropediatras, psiquiatras, pedagógicos e fonoaudiológicos, quando necessário.
Palavras-chave: Transtorno de Aprendizado Não-verbal. Transtornos de aprendizagem. Aprendizagem.Cognição.
A sociedade contemporânea atribui o bom desempenho social do indivíduo ao desempenho escolar dos indivíduos, fato no qual se relaciona com aumento da demanda de diagnósticos de transtornos de aprendizagem das crianças em idade escolar realizadas por profissionais que atuam com a identificação desses transtornos. Os transtornos de aprendizagem, cada vez mais,tem sido objeto de estudo da comunidade científica. Fator no qualcontribui para dados científicossistematizados e válidos que auxiliamno diagnóstico dos transtornos de aprendizagem, pois o respaldo científico facilita o diagnóstico correto e preciso do transtorno apresentado
pelo indivíduo, o que resulta na eficácia do tratamento. O Transtorno de Aprendizagem Não-Verbal (TANV) vem sendo estudado pelo neuropsicólogo canadense Byron Rourke, o teórico considerou TANV como um transtorno de aprendizado especifico no qualé pouco divulgado e não está presente nos manuais diagnósticos como DSM-5 – Manual Diagnóstico Estatístico dos Transtornos Mentais e CID-10– Código Internacional de Doenças. Segundo AUTOR (ANO) o TANV é um transtorno neurológico crônico, proveniente de alterações nas funções cognitivas do hemisfério cerebral direito no qual resulta em déficits significativos nos domínios cognitivos; sociais; emocionais; psicomotores e visoespaciais, tais domínios influenciam na aprendizagem e nos comportamentos apresentados pelo indivíduo que o desenvolve, em decorrência das características do transtorno serem similares a outros tipos de transtornos de aprendizagem, seu diagnóstico pode ser complexo. Moura & Haase (2010)apontam algumas manifestações clinicas do transtorno como a percepção tátil; coordenação psicomotora global; habilidade viso-espacial; dificuldades da linguagem Infantil semântica, sintaxe e pragmática; orientação temporal;dificuldade com matemática, dificuldade com compreensão de textose dificuldades nas Interações sociais. Cabe assim o interesse de desenvolver e estimular o aumento da produção cientifica sobre o TANV, oferendo arcabouço teórico aos demais profissionais que atuam com os indivíduos com o transtorno, como neurologistas, psiquiatras, psicólogos, psicopedagogos, e fonoaudiólogos. Com o intuito de proporcionar ferramentas as demais áreas para que possam atuar com soluções de problemas, formações de conceitos, testagens de hipóteses, possibilidades de convívio e melhora de aspectos envolvidos no processo de aprendizagem no qual envolve o transtorno. A presente pesquisa caracteriza-se como procedimentobibliográfico, de natureza qualitativa, com objetivo exploratório. Assim, objetivou-se a partir de estudos bibliográficos anteriores desenvolver uma proposta de intervenção dos comportamentos disfuncionais apresentados por indivíduos com TANV.
MÉTODO
Para desenvolvimentodo artigo optou-se pelo procedimento de revisão
para o diagnóstico do transtorno, no qual é realizado por uma equipe interdisciplinar formada por psicopedagogos, psiquiatras, psicólogos, neuropediatras e fonoaudiólogos, entre outros (TABAQUIM, 2016, p.157).
Assim, de acordo com Capovilla:
A avaliação psicológica deve auxiliar na diferenciação dos diversos tipos de transtornos, mapeando as áreas de dificuldade, direcionando a uma reabilitação para que se possa documentar o estado neuropsicológico atual e isto envolve as áreas de atenção, processamento visoespacial, memória, funções linguísticas e orais, escritas, calculo, funções executivas, formação de conceito, habilidades motoras e estados emocionais (2007, p. 15).
Nesse sentido, as avaliações permitem que os profissionais da psicologia possam discriminá-lo das variabilidades transtornos de aprendizagem, podendo desenvolver intervenção e a reabilitação das disfunções neuropsicológicas, cognitivas, físicas e das funções sociais e emocionais apresentadas pelo indivíduo com TANV.
As manifestações dos sintomas interpõem-se em déficits bilaterais na percepção tátil acentuado no lado esquerdo do corpo, déficits bilaterais na percepção motora, comprometendo as habilidades visoespaciais, distorções na percepção e orientação temporal, além de déficit no julgamento e percepção social com tendência ao isolamento bem como retraimento social, como exposto por Tabaquim (2016). Além desses, ainda existem indicativos do comprometimento devidos à lesão na substância branca, ocasionando uma má formação denominada como agenesia de corpo caloso, uso e abuso do álcool no período da gestação ocasionando o surgimento da síndrome alcoólica fetal e escleroses múltiplas podem ser uns dos fatores de consequência do TANV (SENNYEEY et al , 2008). Entretanto, na literatura revisada as formulações teóricas que diz respeito às causas ainda não foram comprovadas, além disso, Aprendizagem Não-Verbal não foi mencionada nos manuais internacionais, que está na quinta edição DSM-5 e na décima edição CID-10, manuais nos quais classificam doenças e transtornos mentais. Há um baixo percentual de publicações científicas relacionadasao TANV nas bases de dados brasileiras, em razão das especificidades do transtorno
assemelhar-se ao Transtorno do Espectro Autista e o Transtorno de Desenvolvimento Motor, distinguindo-se apenas nas dificuldades visoespaciais.
TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM NÃO-VERBAL
desenvolvimento de habilidades sociais, visoespaciais e aspetos cognitivos
A intervenção realizada com indivíduos que desenvolveram o TANV- Transtorno de Aprendizagem Não-Verbal pode ser realizada por uma equipe interdisciplinar, abrangendo áreas de conhecimentos psicológicas, psiquiátricas, psicopedagógicas e fonoaudiológicas, além da participação ativa dos educadores no tratamento do transtorno.
Sabe-se que o Transtorno de Aprendizagem Não-Verbal acomete a estrutura cognitiva, emocional, psicomotora, visoespacial e social, comprometendo a aprendizagem do indivíduo que desenvolve o transtorno na infância. O TANV é pouco investigado pela ciência em consequência dos baixos percentuais de diagnósticos atribuídos no que diz respeito aos transtornos de aprendizagem de modo geral, interferindo no interesse de desenvolver o tratamento do transtorno como uma totalidade, portanto, as intervenções existentes são feitas de forma que a equipe interdisciplinar realize o tratamento dos comportamentos apresentados pelo indivíduo com transtorno, ou seja, apenas as características do TANV que são apresentadas pelo indivíduo. Como proposta de intervenção o presente artigo se direcionará ao desenvolvimento de habilidades sociais, habilidades visoespaciais e com o desenvolvimento de aspetos cognitivos. Uma das características do Transtorno de Aprendizagem Não-Verbal é o isolamento social, titulado pela psicologia comportamental como baixo repertório de Habilidades Sociais (HS). O isolamento socialé uma característica do transtorno que contribui para que o TANV seja confundido com Autismo. O treino de habilidades sociais (THS)é uma das formas de intervenção com o comportamento de isolamento social. Del Prette & Del Prette (2005) apontam que o indivíduo começa desenvolver um bom desempenho social na infância e o bom repertório de habilidades sociais contribui para o ajustamento social. O desenvolvimento de habilidades sociais no Indivíduo com TANV pode acarretar
Ressalta-se, por fim, a necessidade de investigação científica e divulgação dos resultados científicos sobre o transtorno, para que os conhecimentossobre o TANV sejam constantemente construídos erevisados, para fins de diagnóstico e intervenção, com o objetivo de beneficiar a comunidadecomo um todo.
CAPOVILLA, F. C; CAPOVILLA, A. G. S. Teoria e pesquisa em avaliação neuropsicológica. São Paulo: Memnon, 2007. DEL PRETE, Z.; DEL PRETTE, A. Psicologia das habilidades sociais na infância:teoria e prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
MERCADANTE, M. T; et al. Transtorno invasivo do desenvolvimento não autistico: síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e transtorno do desenvolvimento sem outra especificação. Rev. Bras Psiquiatria. 2006; 28(Suol I): S12-20. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516- 44462006000500003&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em 27 Out. 2017
MOURA, R.; HAASE, V. G. Transtorno não-verbal da aprendizagem: aspectos neuropsicológicos. In: VALLE L. E, eds. Aprendizagem na atualidade: neuropsicologia e desenvolvimento na inclusão. Poços de Caldas: Novo Conceito;
SENNYEY, A. L., et al. Transtornos de aprendizagem: da avaliação à reabilitação. São Paulo, SP: Artes Médicas. 2008. (ISBN:978-84-367-0082-3).
TABAQUIM, M. L. M. Transtorno de aprendizagem não-verbal. Rev. psicopedag. 2016, vol.33. n 102. São Paulo. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862016000300013>. Acesso 27 Out. 2017
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