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Trabalhos de Campo de Habilidades para Vida, Resumos de Geografia Histórica

Trabalho do Curso de Geografia

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 21/04/2025

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paulito-montenegro-5 🇧🇷

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
As causas da gravidez na adolescência e suas implicações.
Nome: Barcia Inácio Citora Docente: Sónia Deolinda Banguira Posse
Código de Estudante: 708235996
Curso: Lic. em Ensino de Geografia
Disciplina: Hab. para Vida, S. R. G e HIV-SIDA
Ano de Freq.: 2º Ano, Turma L
Nampula, Setembro de 2024
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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

As causas da gravidez na adolescência e suas implicações.

Nome: Barcia Inácio Citora Docente: Sónia Deolinda Banguira Posse

Código de Estudante: 708235996

Curso: Lic. em Ensino de Geografia

Disciplina: Hab. para Vida, S. R. G e HIV-SIDA

Ano de Freq.: 2 º Ano, Turma L

Nampula, Setembro de 2024

II

    1. Introdução Índice
  • 1.1. Objetivos
  • 1.1.1. Objetivo Geral:
  • 1.1.2. Objetivos Específicos:
  • 1.2. Metodologia
    1. Desenvolvimento
  • 2.1. Causas da Gravidez na Adolescência.
  • 2.2. Implicações da Gravidez na Adolescência
  • 2.3. Estratégias de Intervenção Baseadas em Evidências
    1. Conclusão
    1. Referências Bibliográficas

adolescentes, bem como para o desenvolvimento das crianças nascidas dessas gestações;

  • Propor estratégias de intervenção baseadas em evidências que possam ser implementadas para reduzir a taxa de gravidez na adolescência no país. 1.2.Metodologia Este estudo adota uma abordagem mista, combinando métodos qualitativos e quantitativos para analisar as causas e implicações da gravidez na adolescência em Moçambique. A pesquisa será baseada em uma revisão bibliográfica exaustiva, com o objectivo de reunir e analisar dados já existentes, tanto estatísticos quanto qualitativos, de diversas fontes acadêmicas e institucionais. A pesquisa será baseada em uma revisão bibliográfica exaustiva, com foco em artigos acadêmicos, relatórios de ONGs e políticas públicas, extraídos de bases de dados como Google Scholar, PubMed e Scielo. Para a análise quantitativa, serão utilizados dados estatísticos de fontes como o Instituto Nacional de Estatística de Moçambique e a ONU, que serão analisados para identificar correlações e padrões. Já a abordagem qualitativa envolverá a análise de estudos de caso e relatos que aprofundem a compreensão dos fatores culturais e sociais que influenciam a gravidez precoce, complementando os dados numéricos. Com esta abordagem mista, espera-se obter uma compreensão abrangente e detalhada do fenómeno da gravidez na adolescência em Moçambique, fundamentando a formulação de recomendações práticas e políticas para reduzir a prevalência deste problema e mitigar seus efeitos a longo prazo. 2. Desenvolvimento A gravidez na adolescência em Moçambique é uma questão crítica, afirma Nhapulo ( 2019 ), visto que, afecta directamente o desenvolvimento social e econômico do país. Estima-se que cerca de 40% das jovens entre 20 e 24 anos tiveram filhos antes dos 18 anos, refletindo um cenário complexo de causas e implicações. Ao analisar suas causas e implicações, é possível identificar áreas críticas que necessitam de atenção e intervenção para a redução das taxas de gravidez precoce, bem como para mitigar suas consequências. Desse modo, abaixo, está abordada a problemática, considerando os factores socioeconômicos,

educacionais, culturais e sociais, e os impactos dessa situação na vida das adolescentes moçambicanas, seguida de estratégias de intervenção e um resumo conclusivo. 2.1.Causas da Gravidez na Adolescência. A gravidez na adolescência pode ser influenciada por diversos factores interligados, incluindo sociais, económicos, educacionais e familiares. As principais causas, segundo considera Arpini e Marini (2018), são: a) Fatores Socioeconómicos A pobreza é um dos principais factores que contribuem para a gravidez precoce em Moçambique. Em comunidades onde o acesso a recursos económicos e educacionais é limitado, as adolescentes enfrentam maiores riscos de gravidez na adolescência. A falta de oportunidades educacionais, aliada à necessidade de contribuir para o sustento familiar, muitas vezes empurra jovens para relacionamentos prematuros, sem a devida preparação ou conscientização sobre as implicações de uma gravidez precoce. Além disso, as disparidades de gênero no acesso à educação e emprego agravam a vulnerabilidade das adolescentes (Arpini e Marini, 2018). b) Educação Sexual: A educação sexual é muitas vezes inadequada ou inexistente em muitas partes do país, especialmente em áreas rurais. A falta de programas abrangentes de educação sexual nas escolas significa que as adolescentes não recebem as informações necessárias para fazer escolhas informadas sobre sua saúde reprodutiva. Além disso, há uma abordagem culturalmente conservadora que dificulta discussões abertas sobre sexo e contracepção, o que contribui para a falta de conhecimento sobre métodos contraceptivos e prevenção da gravidez (Arpini e Marini, 2018). c) Normas Culturais e Sociais: Em muitas comunidades moçambicanas, práticas culturais, como o casamento precoce, ainda são comuns. As adolescentes são muitas vezes pressionadas a se casar jovens, muitas vezes com homens mais velhos, o que aumenta a probabilidade de engravidar cedo. Normas sociais que reforçam o papel da mulher como esposa e mãe desde tenra idade também contribuem para a

a) Saúde da Mãe e do Bebê: A gravidez na adolescência apresenta sérios riscos à saúde tanto para a mãe quanto para o bebê. Adolescentes grávidas têm maior probabilidade de enfrentar complicações durante a gestação e o parto, como hipertensão, pré-eclâmpsia, parto prematuro e anemia. Acontece que os seus corpos ainda estão em desenvolvimento, o que aumenta o risco de complicações durante a gestação e no parto. Além disso, bebês nascidos de mães adolescentes têm maior risco de baixo peso ao nascer problemas de desenvolvimento e problemas de saúde a longo prazo. A falta de acesso adequado a cuidados pré-natais e pós-natais em áreas rurais agrava essas complicações. b) Impacto Educacional A gravidez precoce interrompe os estudos de muitas adolescentes em Moçambique, comprometendo suas oportunidades educacionais e futuras perspectivas de carreira. A responsabilidade de cuidar de um filho, combinada com a falta de apoio institucional, faz com que muitas jovens abandonem a escola permanentemente. Essa interrupção educacional perpetua o ciclo de pobreza, limitando suas habilidades de inserção no mercado de trabalho. c) Consequências Económicas A gravidez na adolescência tem impactos econômicos profundos tanto para a jovem mãe quanto para sua família. Muitas adolescentes que engravidam cedo não conseguem completar seus estudos, o que as impede de obter qualificações para empregos formais. Isso perpetua a dependência econômica de parceiros ou familiares, aumentando a vulnerabilidade à pobreza. Além disso, o custo financeiro de criar um filho sem recursos adequados pode levar ao empobrecimento intergeracional. d) Consequências Psicológicas e Sociais Adolescentes que engravidam precocemente enfrentam estigmatização e exclusão social, especialmente em comunidades mais conservadoras. O isolamento social, combinado com a responsabilidade de cuidar de um filho, pode levar a problemas psicológicos, como depressão e ansiedade. Muitas vezes, essas jovens também enfrentam dificuldades emocionais para lidar com a

mudança abrupta de suas vidas e expectativas. e) Impacto familiar e comunitário: Muitas vezes, os pais da adolescente assumem a responsabilidade pelo cuidado da criança, o que pode sobrecarregar emocional e financeiramente a família. Por outro lado, a gravidez na adolescência pode levar a políticas públicas voltadas para educação sexual e acesso a métodos contraceptivos, além da necessidade de maior suporte social para adolescentes e suas famílias. f) Implicações psicológicas a longo prazo para o bebê: Desafios no desenvolvimento infantil, porque os filhos de mães adolescentes podem enfrentar mais desafios no desenvolvimento cognitivo e emocional, devido às condições socioeconômicas e ao menor acesso a recursos educacionais e de saúde. g) Questões culturais e sociais: Estigma e preconceito acontece em muitas sociedades, a gravidez na adolescência carrega um forte estigma, que pode prejudicar a autoestima da jovem e aumentar o isolamento social e os factores culturais em algumas culturas, a gravidez na adolescência pode ser mais comum e até incentivada, enquanto em outras é vista de maneira negativa. Essas implicações mostram a importância de intervenções voltadas à educação, saúde e suporte social para adolescentes grávidas, a fim de minimizar os impactos negativos e promover um futuro mais promissor para elas e seus filhos. 2.3.Estratégias de Intervenção Baseadas em Evidências Para reduzir a taxa de gravidez na adolescência em Moçambique, Human Rights Watch (2019), descreve várias estratégias de intervenção baseadas em evidências podem ser implementadas, a citar:

  • Melhoria da educação sexual nas escolas: Introduzir programas abrangentes de educação sexual que abordem temas como saúde reprodutiva, uso de contraceptivos e igualdade de gênero. A educação sexual deve ser adaptada ao contexto cultural, mas focada na capacitação

3. Conclusão A gravidez na adolescência em Moçambique é um problema complexo, influenciado por factores socioeconômicos, culturais e de violência sexual. Suas implicações são devastadoras para a saúde das adolescentes e seus filhos, além de perpetuar ciclos de pobreza e exclusão social. Para abordar essa questão, é essencial investir em educação sexual de qualidade, garantir o acesso à educação e emprego para as jovens, e criar um ambiente legal e social que proteja os direitos das meninas e promova a equidade de gênero. Contudo, essas medidas são fundamentais para reduzir as taxas de gravidez precoce e melhorar as perspectivas de vida das jovens moçambicanas.

4. Referências Bibliográficas

  • Arpini, D. M., & Marini, C. (2018). Gravidez na adolescência: Perspectivas psicológicas e sociais. Editora Vozes.
  • Silva, A. L. (2016). Fatores sociais na gravidez adolescente. In M. F. Gomes (Ed.), Adolescência e saúde (pp. 45-60). Artmed.
  • Human Rights Watch. (2019). Moçambique: Alunas grávidas e mães adolescentes abandonam a escola. Human Rights Watch. Disponível em https://www.hrw.org;
  • Nhapulo, A. (2019). Casamentos prematuros e gravidezes precoces preocupam autoridades da Educação em Moçambique. WLSA Moçambique. Disponível em https://www.wlsa.org.mz;
  • Organização Mundial da Saúde. (2021, 10 de março). Gravidez na adolescência: Dados e estatísticas globais. https://www.who.int/pt/news-room/fact-sheets/detail/adolescent- pregnancy;
  • UNFPA. (2013). Gravidez na adolescência - Desafios e Respostas de Moçambique. UNFPA Moçambique. Disponível em https://mozambique.unfpa.org.