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Seminário sobre automedicação 2019
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
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Projeto de ensino apresentado à Faculdade de Ciências Biomédicas a do Estado do Espírito Santo, como método avaliativo da disciplina de Seminário Interdisciplinar III ministrado pelo Prof° Rodrigo Pratte.
Cariacica-ES
2018
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................
OBJETIVO GERAL................................................................................................................... 6
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indivíduo nãocompetente à função ou por opção própria, sem que haja qualquer
avaliação de umprofissional habilitado a tal função. Sendo função do médico e do
cirurgião dentista acapacidade cientifica em prescrever medicamentos, mediante a
necessidade observada emcada cliente/paciente. (BRASIL, 1998).
A automedicação, prática rotineira vivenciada por grande parte da população,
é conceituada como um procedimento caracterizado pela iniciativa do indivíduo
debilitado decidir qual o medicamento a ser utilizado, e a possível posologia correta.
Inclui-se nessa designação genérica a prescrição ou indicação de medicamentos por
pessoas não habilitadas, como amigos e familiares (SÁ; BARROS, 2007).
Faz-se necessário um olhar especial a todos os medicamentos, inclusive os
medicamentos não tarjados, ou seja, isentos de prescrição, pois o usuário deve ser
orientado quanto à forma correta de administração e a posologia. Evitando assim
possíveis comprometimentos da saúde do mesmo (SOUSA et. al., 2008).
As razões pelas quais as pessoas se automedicam são inúmeras. A
propaganda desenfreada de determinados medicamentos contrasta com as tímidas
campanhas que tentam esclarecer os perigos da automedicação, sugerindo assim
uma grande contribuição das propagandas que indicam fórmulas milagrosas,
mascarando assim todos os riscos que pode ocasionar o uso indevido do mesmo
(LEITE et al., 2008).
As propagandas excessivas e a facilidade de acesso a medicamentos em
farmácias e supermercados dão a impressão de que são produtos livres de riscos.
Além disso, estimula o uso indiscriminado, o que nem sempre resulta nos efeitos
prometidos, e expõem os consumidores ao perigo (CERQUEIRA et. al., 2012).
Entre os motivos que levam estudantes universitários a se automedicarem
incluem a influênciada propaganda; o uso de prescrições antigas; aorientação de
funcionários de farmácia, amigos, vizinhose familiares; o armazenamento de
medicamentos em casa; a influência de conhecimento próprio, a culturado auto
cuidado com a saúde estabelecida no país.
Este trabalho visa esclarecer e conscientizar os futuros profissionais
biomédicos e advogados sobre os riscos da automedicação, uma vez que esta
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prática realizada de forma incorreta induz a consequências negativas que interferem na qualidade de vida dos indivíduos que as praticam.
Dessa forma torna-se válido analisar o perfil dos acadêmicos da área de saúde, a fim de verificar uso de medicamentos e a automedicação, evidenciando a orientação e conscientização quanto ao assunto. O presente trabalho visa observar as práticas de automedicação de estudantes de cursos de graduação, tecnologia e técnicos da Faculdade Pio Xii, em Cariacica-ES e quanto o conhecimento adquirido ainda em curso interfere nas suas práticas casuais.
Classes farmacológicas mais utilizadas na automedicação
As classes farmacológicas mais utilizadas na automedicação são:
analgésicos, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), antiespasmódicos,
relaxantes musculares e diuréticos tiazídicos, sendo que os fármacos com
propriedades analgésicas e antitérmicas são os mais utilizados, sendo o ácido
acetilsalicílico o principio ativo mais frequente, seguido da dipirona (MUSIAL et. al,
2007).
Os analgésicos
Os analgésicos mostram-se eficazes no alivio da dor, na enxaqueca, resfriados e das gripes, dor de cabeça, dores nas costas, cólicas menstruais, e até mesmo nas dores crônicas causadas por câncer, doenças autoimunes, ou seja, é uma classe medicamentosa muito importante para os pacientes que sofrem de dor (CASTELLON; BOCK, 2001).
Anti-inflamatório não esteroidais
Os antiinflamatórios são medicamentos que tem como principal objetivo
reduzir o grau de inflamação dos tecidos. São substâncias usadas para diminuir os
efeitos indesejáveis da reação de defesa do organismo. Normalmente são prescritos
pelos médicos junto com antibióticos, pois enquanto um trata da infecção, o outro
ajuda no alivio da dor (PAIVA, 2012).
Relaxante Muscular
Os relaxantes musculares são indicados no alivio da dor, mas também tem
propriedades anti histamínicas, anti-inflamatórias e analgésicas (NOBREGA,
KARNIKOWSKI, 2005).
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▲ Analisar os medicamentos mais utilizados na prática de automedicação;
▲ Verificar o conhecimento em relação ao conceito do auto-consumo;
▲ Identificar qual período os estudantes se automedicam mais.
O presente estudo compõe-se de pesquisa de caráter transversal e descritiva, envolvendo revisão bibliográfica e aplicação de questionários junto aos graduandos do curso de Biomedicina em uma instituição de ensino superior Faculdade Pio Xii. A amostra será constituída de acadêmicos do curso de Biomedicina do segundo e quarto período. A coleta de dados foi realizada por questionários, na fase posterior da pesquisa, os resultados foram analisados e apresentados em gráficos de forma percentual.
Os critérios de inclusão adotados foram os graduandos serem pertencentes ao 2° e 4° período do curso. As respostas obtidas após a aplicação dos questionários foram compiladas e analisadas na plataforma do programa Microsoft Office Excel® 2010 e os dados apresentados na forma de gráficos.
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Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
O curso de biomedicina exige dedicação total, embora os entrevistados forem estudantes e trabalhadores isso faz com que a dedicação seja exaustiva, já que não possuem tempo integral para se dedicar somente ao curso. O fato de não terem tempo de ir ao médico, envolvidos com projetos acadêmicos, pode ser considerado um motivo relevante, tendo em vista que a justificativa abordada no gráfico acima de que 40 % diz consumir sempre que não consegue consultar um especialista e 50% afirmaram praticar a automedicação sempre que tenha dor de qualquer intensidade seja significativo para compreensão do ato que é racional.
Vale ressaltar também que 20% confirmaram consumir sempre que possuir qualquer dor de intensidade moderada ou leve. 30% dos alunos afirmaram consumir medicação sem prescrição só em últimos casos.
Com relação aos medicamentos mais consumidos, os estudantes confirmaram que 39% consomem e estocam em casa os analgésicos, seguido dos anti-inflamatórios com 20% e em terceiro lugar os antiácidos. Os dados obtidos em pesquisa reforçam dados de outras pesquisas.
Aproximadamente 0,5% da população brasileira usa analgésicos de maneira indiscriminada. Fonte: Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) — 2011. Em 2012, foram vendidos cerca de 2,5 milhões de caixas de medicamentos anti-inflamatórios no Brasil. Aumento de 25% em relação a
2010. Fonte: Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).
De acordo com os entrevistados, 39% costumam estocar medicamentos em casa com o objetivo de fazer uso em um momento de dor leve, se automedicando.
Como por exemplo dos riscos das medicações em excesso, o manejo da dor leve a moderada e febre, os adultos utilizam preferencialmente os analgésicos não opióides como o paracetamol, ácido acetilsalicílico e ibuprofeno (WANMMACHER,
2010). O paracetamol pertence ao grupo de medicamentos que, quando consumido em doses superiores às recomendadas, além do padrão terapêutico recomendado, pode ser tóxico para o fígado (MUNOZ-GARCIA, 2011).
Amoxicilina (antibiótico) quando associado com anticoncepcional oral, pode haver um risco de gravidez indesejada;
Diuréticos (usados em tratamento para pessoas que sofrem transtorno bipolar) potencializa efeitos adversos do lítio, pode causar náuseas, fraqueza muscular, tremores, vômitos, perda de função renal, alteração da função da tireoide e confusão mental; aspirina mais anticoagulantes orais, pode haver risco de sangramento podendo levar à hemorragia;
Omeprazol (antiácido) associada a varfarina (anticoagulante) onde o omeprazol aumenta a concentração sanguínea da varfarina, podendo causar uma hemorragia;
Dexametasona (oral corticóide, antiinflamatório) associado a medicamentos para o paciente diabético, pode ocasionar aumento da glicemia, ou seja, eleva o açúcar no sangue, elevando ainda mais a taxa de açúcar no sangue;
Paracetamol quando associado a diclofenaco ou nimesulida (anti- inflamatório) pode potencializar ou agravar doenças hepáticas e renais. O hábito da população brasileira em estocar medicamentos nas residências, é uma prática comum, o estoque passivo nos domicílios pode estar diretamente relacionado a fatores como o erro do dispensador ao dispensar o medicamento fornecendo quantidades maiores do que o necessário ou prescrito, a fácil aquisição através dos estabelecimentos comerciais para automedicação, o uso inadequado dos medicamentos pelo paciente e o abandono do tratamento farmacológico assim que o usuário apresentar ausência dos sinais e sintomas clínicos.
O mecanismo de ação analgésica não está totalmente determinado, o paracetamol pode atuar inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do Sistema Nervoso Central e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso ao nível periférico, sendo esta decorrente também da inibição da síntese de prostaglandinas ou da inibição da síntese ou da ação de outras substâncias que sensibilizam os nociceptores anti-estímulos mecânicos ou químicos. A ação antipirética é devido ao paracetamol atuar ao nível central sobre o centro hipotalâmico regulador da temperatura para produzir uma vasodilatação periférica que dá lugar a um aumento do fluxo de sangue na pele, de sudorese e da perda de calor e ação central provavelmente relacionada com a inibição da síntese de prostaglandinas no hipotálamo. Embora o paracetamol foi utilizado clinicamente há mais de um século, existe debates sobre o seu principal local de ação, que pode ser a inibição da síntese de prostaglandinas ou a ativação de receptores canabióides (ANDERSON, 2008).
Estudos realizados por Beckhauser et al (2010, p. 262-268) demonstraram que as principais classes envolvidas na automedicação foram os medicamentos analgésicos e antitérmicos que atuam no sistema nervoso (75%), representados pelo paracetamol (45%), pela dipirona (15%), seguidos pelo ibuprofeno (6%) e pelo ácido
CONCLUSÃO
Dentre os dados obtidos, a prática da automedicação foi parcial em ambos os gêneros, mas é importante destacar que, relacionado ao estoque de medicamentos, % armazenavam mais de um tipo de medicamento, dentre eles os mais obtidos nos resultados foram os analgésicos e antiácidos sem prescrição médica. É importante salientar que o consumo excessivo destes medicamentos pode trazer danos severos, por conta disto fica evidente uma atenção voltada para políticas de prevenção à essa prática e do cuidado aos medicamentos estocados. Com base no questionário aplicado também foi possível analisar que apesar de 100% dos entrevistados afirmarem ter consciência da validade dos produtos estocados antes de consumir, é válido questionar se os medicamentos consumidos em comércios de drogarias via oral também recebe essa atenção pelo paciente/cliente. A automedicação deve ser auxiliada por profissionais da saúde para evitar o uso irracional de medicamentos e a identificação de problemas de saúde que necessitam de avaliação de um profissional mais habilitado. No entanto, neste trabalho foi possível observar que o consumo apresentou resultados significativos por parte dos estudantes. Educar a população no uso racional de medicamentos é uma profilaxia simples de conscientização, apesar da questão de ter consciência dos riscos da automedicação ser destacado na pesquisa, os resultados foram positivos para ambos os períodos. Por conta disto, os cabe aos futuros profissionais da saúde, utilizada como estratégia para reduzir a automedicação nesta população e consequentemente muitas patologias à prática de conscientização e comunicação implementando palestras sobre a questão na instituição.OGAWA et al. (2008), destaca que é necessário alertar à população dos riscos da automedicação. Acefaleia, principal motivador de automedicação pode ser um sinal ou sintoma relacionado a outro problema de saúde mais grave e que pode requerer cuidados e/ ou tratamento específicos, como por exemplo, a hipertensão arterial.