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Patogênese da Autoimunidade: Mecanismos, Fatores e Implicações, Resumos de Imunologia

Resumo sobre mecanismo de autoimunidade

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 06/06/2019

thais-fontes
thais-fontes 🇧🇷

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Patogênese da autoimunidade
Quando a especificidade do sistema imunológico para antígenos estranhos
foi reconhecida, percebeu-se a possibilidade de o indivíduo responder contra
antígenos próprios, ou melhor, não reconhecer suas próprias células. Os
principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da autoimunidade são:
Susceptibilidade genética (maior contribuição é dos genes de MHC) e causas
ambientais, (Indivíduos com doenças autoimunes herdam polimorfismos
genéticos e esses genes agem com fatores ambientais causando a doença.
Genes podem interromper os mecanismos de auto tolerância, e infecção ou
necrose promove o influxo de auto reativos e ativação dessas células, resultando
em lesões teciduais. Infeccções e lesões podem também alterar a forma em
que os antígenos próprios são expostos ao sistema imunológico, levando a
falha da auto tolerância e ativação de linfócitos auto reativos) e o grande desafio
sobre ela é entender como a auto tolerância falha e como linfócitos auto
reativos são ativados.
Sabe-se que essa falha dos mecanismos das células T e B podem levar a
um desequilíbrio entre a ativação de linfócitos e os mecanismos de controle.
Isso significa que se não existem processos que regulam o amadurecimento de
linfócitos específicos para antígenos próprios, mecanismos que inativem os
linfócitos auto reativos que maturam ou se as APC são ativadas de modo
que os antígenos próprios sejam apresentados de maneira imunogênica, o
processo de tolerância a antígenos próprios pode ser perdido. Tais fenômenos
podem ocorrer devido: Defeitos na deleção de células T ou B ou edição de
receptores em células B durante amadurecimento dessas células no timo e
medula óssea.
Função defeituosa dos linfócitos T, uma vez que são os principais na
resposta imunológica a proteínas, coisa que a maioria dos antígenos próprios
são. Também pode levar a ativação de auto anticorpos, pois células T auxiliares
são necessárias à produção de anticorpos de alta afinidade contra antígenos
proteicos. (Levando à doenças órgão específicas como a miastenia gravis e
diabetes tipo 1). Apoptose defeituosa de auto reativos Ativação de Apc que
supera os mecanismo reguladores e resulta em intensa ativação de linfócitos
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Patogênese da autoimunidade

Quando a especificidade do sistema imunológico para antígenos estranhos foi reconhecida, percebeu-se a possibilidade de o indivíduo responder contra antígenos próprios, ou melhor, não reconhecer suas próprias células. Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da autoimunidade são: Susceptibilidade genética (maior contribuição é dos genes de MHC) e causas ambientais, (Indivíduos com doenças autoimunes herdam polimorfismos genéticos e esses genes agem com fatores ambientais causando a doença. Genes podem interromper os mecanismos de auto tolerância, e infecção ou necrose promove o influxo de auto reativos e ativação dessas células, resultando em lesões teciduais. Infeccções e lesões podem também alterar a forma em que os antígenos próprios são expostos ao sistema imunológico, levando a falha da auto tolerância e ativação de linfócitos auto reativos) e o grande desafio sobre ela é entender como a auto tolerância falha e como linfócitos auto reativos são ativados.

Sabe-se que essa falha dos mecanismos das células T e B podem levar a um desequilíbrio entre a ativação de linfócitos e os mecanismos de controle. Isso significa que se não existem processos que regulam o amadurecimento de linfócitos específicos para antígenos próprios, mecanismos que inativem os linfócitos auto reativos que maturam ou se as APC são ativadas de modo que os antígenos próprios sejam apresentados de maneira imunogênica, o processo de tolerância a antígenos próprios pode ser perdido. Tais fenômenos podem ocorrer devido: Defeitos na deleção de células T ou B ou edição de receptores em células B durante amadurecimento dessas células no timo e medula óssea.

Função defeituosa dos linfócitos T, uma vez que são os principais na resposta imunológica a proteínas, coisa que a maioria dos antígenos próprios são. Também pode levar a ativação de auto anticorpos, pois células T auxiliares são necessárias à produção de anticorpos de alta afinidade contra antígenos proteicos. (Levando à doenças órgão específicas como a miastenia gravis e diabetes tipo 1). Apoptose defeituosa de auto reativos Ativação de Apc que supera os mecanismo reguladores e resulta em intensa ativação de linfócitos

As doenças auto imunes: Podem ser sistêmicas se a distribuição dos antígenos ocorre por formação de complexos imunológicos circulantes ou órgão-específicas se a resposta é de auto anticorpos. Tendem a ser crônicas, progressivas e auto perpetuadora; (antígenos próprios são persistentes, uma vez iniciada a resposta, mecanismos de amplificação são ativados, além disso a exacerbação da resposta pode se dar devido a liberação de outros antígenos teciduais em decorrência da lesão de tecidos. Linfócitos específicos para esses antígenos serão ativados. FENÔMENO DE EXPANSÃO DOS EPÍTOPOS).

Infecções virais e bacterianas podem contribuir para o desenvolvimento e exacerbação da autoimunidade. Na maioria dos casos o microorganismo não está presente nas lesões e não é nem mesmo detectável no indivíduo qundo a autoimunidade se desenvolve. As lesões portanto resultam de uma série de respostas imunológicas do hospedeiro e não do agente em si.

As infecções podem promover autoimunidade por dois mecanismos: ATIVAÇÃO ESPECTADORA: Infecções de tecidos específicos podem recrutar leucócitos e resultam na ativação de APC teciduais. Essas expressam co- estimuladores e secretam citocinas ativadoras de células T não específicas para o patógeno infeccioso, resultando na falência da tolerância da célula T. MIMETISMO MOLECULAR: Microrganismos infecciosos podem conter antígenos que tem reações cruzadas com antígenos próprios, então as respostas imunológicas podem resultar em reações contra antígenos próprios. (Febre reumática é um exemplo – reação cruzada entre anticorpos estreptocócicos com proteínas miocárdicas, esses anticorpos são depositados no coração e causam miocardite). As infecções também podem reduzir a incidência de doenças autoimunes, mas não se sabe como isso acontece. Outros fatores na autoimunidade: F 0B 7Alterações anatômicas nos tecidos devido inflamação, lesão ou trauma isquêmico, podem levar a exposição de antígenos próprios que ficam naturalmente ocultos do sistema imune. Quando liberados eles podem interagir com linfócitos imune competentes e induzir respostas. EX: Proteínas intraoculares e esperma. F 0B 7Características hormonais. As doenças autoimunes estão entre os problemas clínicos e científicos mais desafiadores em imunologia. Os atuais conhecimentos dos mecanismos patogênicos continuam incompletos e, por isso,