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Análise Psicanalítica do Caso de Anna O.: Sintomas, Inconsciente e Catarse, Trabalhos de Psicanálise

Uma análise do caso de anna o., uma paciente de sigmund freud, explorando conceitos psicanalíticos como sintoma, inconsciente e catarse. O texto analisa trechos do caso, destacando a relação entre os sintomas de anna e o seu inconsciente, bem como a aplicação da catarse como método terapêutico. Útil para estudantes de psicologia e áreas afins que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre a psicanálise.

Tipologia: Trabalhos

2024

Compartilhado em 05/02/2025

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Atividade Orientada
Trabalho para a disciplina Teoria Psicanalítica
Caso Anna O.
Emanuelly Colares da Costa
Faculdade Maria Thereza
Prof. Talita Baldin
2024
1. Leia o caso a atente para os seguintes conceitos:
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Baixe Análise Psicanalítica do Caso de Anna O.: Sintomas, Inconsciente e Catarse e outras Trabalhos em PDF para Psicanálise, somente na Docsity!

Atividade Orientada Trabalho para a disciplina Teoria Psicanalítica Caso Anna O. Emanuelly Colares da Costa Faculdade Maria Thereza Prof. Talita Baldin 2024

1. Leia o caso a atente para os seguintes conceitos:

a) Inconsciente b) Catarse c) Sintoma Em seguida, defina (com suas palavras), esses três conceitos e selecione (transcreva) três trechos/fragmentos de cada um deles, de modo a ilustrá-los (com explicação de porque pensaram na relação entre os fragmentos e o conceito).

2. Definições a) Inconsciente O inconsciente é o local da nossa mente no qual não temos acesso de forma consciente, ou voluntária, mas que se expressa por meio de sonhos, atos falhos, paixões, etc. Ele é formado, em grande parte, por nossas memórias, sentimentos e desejos reprimidos. b) Catarse A Catarse é o método terapêutico de desabafar sentimentos indesejados, como ressentimento, medo, angústia etc. Ele está relacionado com a sensação de se “aliviar” depois de lidar com seus sentimentos reprimidos. c) Sintoma Os sintomas podem ser entendidos como comportamentos “histéricos” que geralmente causam a paralisação do indivíduo, como um mecanismo de defesa para não ter que lidar com a dor psíquica. 3. Trechos a) Inconsciente

TRECHO 3:

“É difícil abster-se de dizer que a doente estava fragmentada em duas personalidades, das quais uma era psiquicamente normal e a outra mentalmente enferma. Penso que a nítida divisão dos dois estados em nossa doente apenas evidenciava um comportamento que em muitos outros histéricos também é causa de vários enigmas. Em Anna O. era particularmente notável o quanto os produtos do “Eu mau”, como o denominava a própria doente, influenciavam sua atitude moral. Se não tivessem sido eliminados sucessivamente, teríamos nela uma histérica do tipo maligno, recalcitrante, indolente, desagradável, maldosa; entretanto, após a remoção desses estímulos, seu verdadeiro caráter, que era o oposto de tudo isso, sempre voltava a se manifestar.” Neste trecho, podemos ver que Anna enfrentava vários tipos de conflitos em sua própria personalidade, como se estivesse fragmentada em duas. O seu estado de “doente” e “mau” foram eliminados a partir do tratamento, provando que não era nada mais que um fruto do seu inconsciente causando os comportamentos. b) Catarse TRECHO 1: “Já descrevi o fato assombroso de que, do início ao término da doença, todos os estímulos provenientes do segundo estado e suas consequências foram permanentemente suprimidos ao serem expressos na hipnose, e a ele nada tenho a acrescentar senão a certeza de que isso não foi, de modo algum, uma invenção minha que eu teria sugerido à paciente; ao contrário, fiquei surpreso ao extremo e somente após uma série de superações espontâneas desenvolvi, a partir daí, uma técnica terapêutica.”

Neste trecho, é possível observar que Anna começou a desabafar e falar sobre seus traumas de forma voluntária, como se fosse a própria “cura pela fala”. No final, Freud acrescenta que desenvolveu uma nova técnica terapêutica que seria nada mais que a catarse ou associação livre. TRECHO 2: “Certa ocasião, despertou durante a noite, declarando ter sido levada para longe de casa mais uma vez, e ficou de tal forma excitada que todas as pessoas da casa se alarmaram. A razão foi simples. Na noite anterior, a cura pela fala havia dissipado o distúrbio da visão, e isso também se aplicava a sua condition seconde. Assim, ao acordar durante a noite, ela se viu num quarto estranho, pois a família se mudara na primavera de 1881.” Neste trecho é citado que a cura pela fala havia dissipado o distúrbio da visão. Essa melhora se deu graças ao processo catártico que Anna passou na noite anterior. TRECHO 3: “Durante duas semanas emudeceu por completo e, apesar de envidar grandes e contínuos esforços, foi incapaz de emitir uma única sílaba. E então, pela primeira vez, o mecanismo psíquico do distúrbio ficou claro. Como eu sabia, ela se sentira extremamente ofendida com alguma coisa e tomara a deliberação de não falar a esse respeito. Quando adivinhei isso e a obriguei a falar sobre o assunto, a inibição, que também tornara impossível qualquer outra forma de expressão, desapareceu. Essa mudança coincidiu com a volta da capacidade de movimento das extremidades do lado esquerdo do corpo, em março de 1881. A parafasia regrediu, mas daí por diante ela passou a falar apenas inglês - só que, aparentemente, sem saber que o estava fazendo. Tinha

paciente. A causa imediata dessa proibição foi uma tosse muito intensa, razão pela qual a examinei pela primeira vez. Era uma tussis nervosa típica. Anna logo começou a mostrar uma pronunciada necessidade de repouso durante a tarde, continuada, ao anoitecer, por um estado semelhante a sono e, a seguir, por uma condição de intensa excitação.” Neste trecho, é possível observar que Anna passa a ter sintomas como estado de debilidade, anemia, aversão por alimentos, tosse muito intensa e uma necessidade de repouso. Acredita-se que isso foi causado principalmente pela sua real exaustão física ao cuidar do pai, mas a tristeza ao vê-lo dessa maneira pode ter sido um grande potencializador. Ela adoeceu ao ponto de não conseguir cuidar mais dele e isso pode se dar ao fato que ela já estava tão exausta psiquicamente, que seu corpo começou a paralisá-la propositalmente para que ela não morresse junto a ele. Pois mesmo triste, vê-se que ela tentava se manter forte e ser a cuidadora de seu pai. TRECHO 2: “Entrou num estado de devaneio e viu, como se viesse da parede, uma cobra negra que se aproximava do enfermo para mordê-lo. (É muito provável que, no terreno situado atrás da casa, algumas cobras tivessem de fato aparecido anteriormente, assustando a moça e fornecendo agora o material para a alucinação.) Ela tentou manter a cobra a distância, mas estava como que paralisada. O braço direito, que pendia sobre o espaldar da cadeira, ficara dormente, insensível e parético; e quando ela o contemplou seus dedos se transformaram em cobrinhas cujas cabeças eram caveiras (as unhas). (É provável que ela tenha tentado afugentar a cobra com o braço direito paralisado e por isso a anestesia e a paralisia do braço se associaram com a alucinação da cobra.) Quando a cobra desapareceu, Anna, aterrorizada, tentou rezar. Mas não achou palavras em idioma algum, até que, lembrando-se de um poema infantil em inglês, pôde pensar e rezar nessa língua.”

Neste trecho é possível perceber que os sintomas que Anna demonstrava não estavam ligadas exatamente a uma “doença” ou ao seu fisiológico, porém ela era afetada por alucinações, paralisias e confusão mental. Estes sintomas são reflexo do seu inconsciente e não estão ligadas a nenhuma “doença”. TRECHO 3: “Alguns de seus sintomas, contudo, parecem não haver surgido em suas absences, mas apenas quando de algum afeto durante sua vida de vigília; se foi esse o caso, porém, eles reapareciam da mesma forma. Assim pudemos rastrear todas as suas diversas perturbações da visão até diferentes causas determinantes mais ou menos claras. Por exemplo, certa ocasião, quando, com lágrimas nos olhos, se achava sentada à cabeceira do pai, ele de repente lhe perguntou que horas eram. Ela não conseguia enxergar com nitidez; fez um grande esforço e aproximou o relógio dos olhos. O mostrador pareceu-lhe então muito grande, explicando assim sua macropsia e seu estrabismo convergente. Ou então ela se esforçou para reprimir as lágrimas para que o doente não as visse.” Neste trecho, é notável a instabilidade que Anna demonstrava ao lado de seu pai e sua tristeza pela sua situação. Mas, como um mecanismo de defesa, seus próprios sentidos pareciam falhar para que ela não tivesse que enfrentar a realidade. Poderia citar o fato de talvez ela mesma não querer saber as horas, pois saberia que o tempo estava passando e isso te causaria agonia. E até mesmo o momento em que a própria reprimiu suas lagrimas, ou tristeza, sendo outro fator conflitante que poderia estar piorando o seu caso.