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Este guia técnico da empresa de assistência técnica e extensão rural do distrito federal (emater-df) fornece informações detalhadas sobre várias plantas medicinais, incluindo seus nomes científicos, nomes populares, formas de preparação e uso. Algumas das plantas incluídas neste guia são manjericão, alecrim, hortelã, malva, manjericão-flor-branca, melissa, alecrim-verdadeiro, mentruz, melão-de-são-caetano, quiabo-de-angola, quiabo-roséo, quiabo-azedo, quiabo-guiné, quiabo-róseo, rosela, pampoula, arruda, ruta, arruda-fedorenta, arruda-de-jardins, rabo-de-arara, papagaio, poinsétia, flor-de-natal, estrela-de-belém, flor-de-são-joão, folha-de-sangue, euphorbia, oleandro, louro-rosa, rodendro, pinhão-roxo, pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pião, pião-roxo, mamoninho, jatropha, pipiripau e outras plantas tóxicas.
O que você vai aprender
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Governo do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg Governador
Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural José Guilherme Tollstadius Leal Secretário
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal - Emater-DF Argileu Martins da Silva Presidente
Rodrigo Marques Diretor Executivo
Esta publicação é de distribuição gratuita para capacitações da Emater-DF. Não pode ser comercializada.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Emater-DF Parque Estação Biológica - Ed. Emater-DF Sede CEP 70.770-915 - Brasília – DF - Telefone: (061) 3311- www.emater.df.gov.br | e-mail: emater@emater.df.gov.br
PLANTAS
MEDICINAIS
Selma Aparecida Tavares - Economista Doméstico Maria do Carmo dos Santos Barbosa - Economista Doméstico Carlos Alberto Camargo Campos - Médico Sanitarista Ailton Guilherme de Lucena - Raizeiro
Emater-DF Brasília DF 2015
Dedicatória
A Ricardo Ferreira Barreto ( in memorian)
Contemplar “Minas” e os seus “Gerais” era uma das suas pre- ferências. Bastava uma oportunidade e ele já estava assuntando a natureza, aqui e acolá. Vivia a observar os seus elementos e sempre agradecia por poder vivê-los na sua intensidade. Quando estava ali ele até se confundia, camuflava ou se passava por ela. Quem sabe, até tivesse um pouco de familiaridade com um Saci, um Gnomo, um Caipora ou um Pajé, pois expressava em seus atos um pouco de cada um.
Chamava sempre quem estava por perto para compartilhar a sua nova descoberta na natureza, conseguia perceber alguns ele- mentos dela que já eram invisíveis às nossas vidas atropeladas pelo “ter”. Estes achados eram privilégios somente daquele que veio com a missão maior de “ser” um grande extensionista do “Cio da Terra”.
E assim, as ironias da vida abrem novas trilhas para outros mundos. Quem sempre admirou e valorizou os elementos dos “Cios da Terra”, talvez já antevisse neles próprios a cura para o seu der- radeiro mal. Ou seja, presumia que para debelar os males da nossa civilização, tão desequilibrada pelos vícios, ainda exista a necessi- dade de preservar a natureza e perpetuar os elementos que ela nos fornece de graça: o alimento, o oxigênio e as plantas medicinais.
Dedicar essa nova versão de Plantas Medicinais a quem aju- dou a concebê-la, talvez seja algo inusitado. No entanto, a sua ver- dadeira paixão pela natureza e o seu jeito idealista de viver e realizar as suas obras pudesse justificar essa atitude.
Enfim, os colaboradores que aqui ficaram, dedicam essa publi- cação àquele que sempre fez questão de resgatar e preservar, tanto os elementos da natureza, quanto os valores da nossa cultura, que tem tudo a ver com essa obra.
Introdução
Planta medicinal é a denominação usada para determinar cer- tos tipos de plantas que possuem poderes terapêuticos^1. A utiliza- ção das plantas medicinais é a medicação mais antiga conhecida na história do mundo e é repassada de geração a geração. Porém é necessário ter cuidado quanto ao uso, porque as plantas possuem princípios ativos que são substâncias que atuam sobre determinadas células e órgãos ou em todo o organismo. O resultado é chamado de efeito farmacológico. Alguns princípios ativos são prejudiciais à saú- de humana, por isso a importância de saber se planta é realmente a que se quer usar; sua procedência e como utilizar.
A organização Mundial de Saúde define saúde como “o com- pleto estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade”. Tal conceito tem uma profunda relação com o desenvolvimento e expressa a associação entre qualidade de vida e saúde da população.
De acordo com os autores do livro Remédios Caseiros da EMA- TER-DF em 1984 2 , texto que serviu de base para essa publicação, uma boa saúde se consegue com alimentos naturais, livres de agro- tóxicos, conservantes e corantes.
O trabalho em excesso ou descanso em demasia faz mal para o corpo e para mente. Devemos equilibrar nossa vida com trabalho, alimentação, lazer e educação. É necessário manter sempre o am- biente da casa, do trabalho, de escola e do lazer limpos, iluminados, livres de pragas domésticas. O uso de remédios, mesmo sendo plan- tas medicinais, somente deve ser feito quando não se tem saúde.
c) Sementeiras em embalagens: é o ideal para pequena pro- dução. É mais econômico semear em embalagens: saquinhos plás- ticos de leite, sacos de polietileno. Esse sistema dispensa o preparo do solo do viveiro assim como a construção de sementeiras, porque a semeadura é direta nos recipiente, um a um. A terra colocada nos recipientes tem que ter os mesmos cuidados da terra de uma semen- teira. Para escoar a água, é importante fazer alguns furos na parte abaixo do saquinho, copo ou lata.
3. Semeadura direta: depois do preparo do canteiro é chega- da a hora de plantar. O mais comum é semear em sulcos. A profundi- dade deles depende do tamanho das sementes, se elas forem muito pequenas, como exemplo, a artemísia, quebra-pedra, os sulcos de- vem ter um 1 centímetro de profundidade. Para as sementes maio- res, como as do jaborandi e da espinheira-santa, os sulcos podem ter até 2,5 centímetros de profundidade.
A distância entre um sulco e outro no canteiro também varia conforme a espécie escolhida. Essa distância vai de 10 centímetros, quando se plantam espécies de pequeno porte e até 20 cm, para as maiores. As sementes são distribuídas pelos sulcos aleatoriamente. As muito pequenas, devem ser misturadas a areia para facilitar a semeadura.
Observação: esse tipo de plantio serve apenas para espécies que conseguem enfrentar campo aberto, que suportam sol, chuva, vento. A maioria das espécies precisa de um cuidado extra no come- ço de vida.
Propagação
1. Estaquia: método de reprodução assexuada dos vegetais através de estacas (galhos, ramos) ou folhas, ou seja, consiste em enterrar no solo uma parte de uma planta adulta - um galho, por exemplo. A melissa e o guaco são espécies medicinais que têm faci- lidade de enraizar por estaquia. 2. Divisão de touceiras: outro tipo de propagação vegetativa é o de touceiras. Planta como a hortelã, se reproduz sozinha. Ela solta
caules (estolhos) que formam em pouco tempo “touceiras”. O mesmo acontece com as plantas que propagam por bulbos (capim santo), e rizomas (artemísia). De uma forma geral esses tipos de plantas que tem o poder de enraizar, são mais resistentes e por isso suportam bem o campo sem precisar passar pelo viveiro. Mas se quiser pode produzir mudas no viveiro com estolhos (caules).
COLHEITA, SECAGEM E ARMAZENAMENTO
Colheita
Ao colher uma planta com o intuito de usar como remédio ca- seiro é necessário ter certeza que está colhendo a planta correta. Para preservar as plantas colhidas e diminuir a perda de princí- pios ativos, deve ter os seguintes cuidados:
secos. Colocar plantas com folhas pequenas dentro de um tecido ou saco antes de pendurar no varal. Colocar as plantas em pequenas prateleiras compostas por bandejas com peneiras. Para flores pequenas como a camomila, de- ve-se colocar um pano antes da tela para não perder as folhas. Ao colocar em peneiras, fazer camadas finas permitindo a cir- culação de ar entre as partes vegetais para evitar a formação de mofo e fermentação. Raízes, troncos e sementes duras pode ser secadas numa pe- neira de taquara em local ventilado.
Armazenamento
Para o armazenamento das plantas é melhor ter uma proteção de papel (proteger da luz) para depois serem armazenadas em vi- dros, caixas, latas ou plásticos. Não se deve armazenar diferentes ervas na mesma embala- gem. Cada planta deve ser armazenada em embalagem própria, de- vidamente identificada. O produto deve ser armazenado o menor tempo possível, por- que geralmente quanto maior o tempo armazenado, maior a perda de princípios ativos. O local de armazenagem deve ser limpo, arejado, sem insetos, roedores ou poeira. Ao colocar em peneiras, fazer camadas finas permitindo a cir- culação de ar entre as partes vegetais para evitar a formação de mofo e fermentação;
Cuidados importantes
Não substitua o medicamento que seu médico receitou por plantas indicadas por outras pessoas. O ideal é sempre conversar antes com seu médico. Antes de usar qualquer planta como remédio, procure saber se ela serve para doença que você quer tratar.
Procure conhecer a parte da planta que serve como remédio (raiz, caule, folha, flor, fruto, semente).
Conheça as plantas que são tóxicas. Saiba o modo adequado de preparar as plantas medicinais (in- fusão, maceração etc.).
Não apanhe plantas nas beiras de córregos, rios, lagos e lago- as, que tenham a água suja ou poluída.
Não colha plantas próximas de lavouras convencionais, pois podem estar contaminadas com agrotóxico.
Evite também plantas que estão à beira da estrada, podem es- tar contaminadas com óleos, graxas e fumaças que saem dos carros.
Não guarde chá de um dia para o outro. Lembre-se de que mesmo usando a planta medicinal indicada para certa doença, pode ocorrer efeitos colaterais, principalmente se tomado de forma abusiva e com concentração muito forte.
Quando for comprar qualquer planta medicinal, procure um lo- cal de confiança ou alguém que tenha experiência com plantas me- dicinais.
Antes de utilizar uma planta, verifique se foi secada adequada- mente, se não contém mofo ou inseto.
Gestantes só devem usar planta como remédio se orientadas pelo profissional de saúde.
Evite os chás para crianças que estejam em aleitamento mater- no até os seis meses de vida.
Caso esteja utilizando algum remédio alopático (medicamento convencional), não deve misturar com plantas medicinais. O ideal é conversar antes com um médico.
Cada indivíduo responde de uma maneira única diante de um alimento, chá de ervas ou medicamento. Dessa maneira, fique aten- to aos efeitos colaterais que aparecem ao consumir algum tipo de planta.
Observação: o xarope deve ser limpo. Não deve ser usado se apresentar sinal de coalhado ou cheiro azedo. De preferência guar- dar em geladeira ou em local fresco. Usar no máximo por 15 dias.
Cataplasma: preparar a decocção da erva e acrescentar fa- rinha enquanto quente, fazendo uma papa. Colocar sobre um pano limpo o suficiente para cobrir a área machucada ou ferida.
Compressa: mergulhar um pano limpo ou pedaço de algodão no chá ou suco da planta e aplicar, quente ou frio, sobre o local indi- cado. Renovar frequentemente.
Unguento: pegar o sumo da erva ou chá mais forte e misturar com banha animal ou de coco na forma líquida, Misturar até que es- frie e fique cremoso.
Maceração: amassar a erva e colocar em água. No caso de cataplasma ou compressa, fazer um chá mais forte.
Como usar as plantas
Ingestão: tomar em forma de chá, xarope, suco ou comer a planta.
Banho: dar banho na parte indicada com o chá da planta. Banho de assento: colocar o chá em uma bacia e sentar den- tro de 15 a 20 minutos.
Aplicação local: preparar a cataplasma, unguento ou com- pressa e aplicar no local machucado.
Inalação: com um pedaço de papel fazer um funil. Na parte fina do funil deve estar o nariz da pessoa, na outra o recipiente com chá bem quente (saindo vapor). Respirar fundo pelo nariz e solta o ar pela boca. Desse modo estaremos inalando (respirando) o vapor com a erva.
Observação: Cuidado! Testar aos poucos a respiração do va- por para não sofrer queimaduras nas mucosas nasais.
PLANTAS MEDICINAIS
Uso po- pular
Parte usada Modo de usar
Vermes Semente
Secar as sementes em um papel, levar ao for- no para secar ou deixar secar ao natural e consumir como petisco.
Colesterol, glicemia Semente
Deixar as sementes de molho em água de um dia para outro, secar no forno ou ao natural, torrar e triturar no liquidificador. Modo de con- sumir: Três colheres (sopa) ao dia. Prisão de ventre Fruto cru^
Suco: fazer o suco do fruto cru com água e tomar dia sim, dia não durante um mês. Queimadu- ras Erisipela
Folhas frescas
Sumo: pisar as folhas frescas e extrair o sumo e aplicar sobre o local afetado.
Uso popular Parte usada Modo de usar
Dor de dente (anestésico, alivia a dor)
Flores frescas
Mastigar sem engolir duas a três flores sobre o local dolorido. Repetir quando necessário. Extrair o suco da flor com um pouco de álcool com o auxílio de um pilão, pingar quatro gotas no dente cariado quando necessário.
Anemia, má digestão
Folhas e flores frescas
Xarope - ferve em 400 ml de água, 100g de planta e 900 g de açúcar, to- mar de 3 a 4 colheres (sopa) por dia.
Uso popular Parte usada Modo de usar
Má digestão e azia Folhas secas
Infusão: preparar o chá com uma colher de (café) de folhas picadas em uma xícara de (chá) de agua. Tomar uma xícara de chá três vezes ao dia. Hipertensão, fraqueza, falta de apetite e, cansaço físico e mental.
Folhas secas
Tintura: dez xícaras de (café) de folhas em meio litro de aguardente. Deixar descansar por oito dias. Tomar uma colher de (chá) três vezes ao dia em um pouco de água.
Uso popular Parte usada Modo de usar
Insônia
Folhas frescas
Ingerir em forma de salada, comer à vontade durante as refeições. Batidas no liquidificador com leite morno antes de deitar.
Raiz
Decocção: preparar o chá com uma xícara (café) da raiz picada em meio litro de água. Tomar uma xícara (chá) de oito em oito horas.
Tosse noturna Folhas frescas
Infusão: preparar com duas colheres de (sopa) de folhas picadas em uma xícara de agua, adoçar com mel e tomar de três a quatro vezes ao dia.
Uso popular Parte usada Modo de usar Infecções bacterianas externas
Folhas fres- cas
Sumo: passar no local quatro vezes por dia até cicatrizar. Problemas respi- ratórios, gripes, resfriados e tosse
Folhas fres- cas
Xarope: preparar meio litro de xarope e adicionar uma xícara de (chá) de sumo de alfavaca no xarope frio.
Febre Folhas secas
Infusão: preparar o chá com uma xíca- ra de (café) de folhas picadas de alfa- vaca em meio litro de agua. Tomar uma xícara de chá de três em três horas.
Gases intestinais Folhas secas
Infusão: preparar o chá com uma xí- cara de (café) de folhas picadas de al- favaca em meio litro de agua. Tomar uma xícara de chá antes das refeições.