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Uma abordagem para a compreensão dos mecanismos moleculares de ação dos fármacos, com foco na interação química entre os medicamentos e as proteínas reguladoras de células, como receptores, canais iônicos e enzimas. O texto também aborda a importância da comunicação química no regulamento de funções do corpo, criando uma correlação de conhecimento entre a fisiologia e a farmacologia.
Tipologia: Resumos
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Em 1692 Robert Boyle chegou a recomendar misturas de larvas, estrume, urina e fungos do crânio de um homem morto como terapêutica, isso era uma prática comum em uma época que os conhecimentos clínicos e diagnósticos eram mais eficazes que o tratamento de fato. Dessa forma, fez-se necessário a adequação dos estudos a certa do funcionamento do corpo, uma vez que, o conhecimento limitado nesse âmbito dificulta a compreensão adequada sobre os efeitos dos medicamentos. Além disso, questões relacionadas a doenças e morte, antigamente, eram frequentemente vistas sob uma lente quase religiosa, sendo mais influenciadas por dogmas do que por investigações científicas. Paul Ehrlich foi um cientista pioneiro que defendeu que os efeitos dos fármacos no corpo podem e devem ser explicados por interações químicas convencionais. Em outras palavras, ele acreditava em uma base científica para os efeitos medicamentosos. No século XX o estudo da fisiologia avançava, especialmente em relação à compreensão dos mediadores químicos como hormônios, neurotransmissores e mediadores inflamatórios. Este progresso trouxe a tona a importância da comunicação química no regulamento de funções do corpo, criando uma correlação de conhecimento entre a fisiologia e a farmacologia. O conceito de "receptor" para mediadores químicos, proposto por Langley em 1905, se tornou fundamental na farmacologia e impactou significativamente a descoberta de medicamentos. Além disso, o surgimento da bioquímica no início do século XX, com destaque para o estudo de enzimas e vias bioquímicas, ofereceu insights adicionais para entender a ação dos medicamentos no organismo (Range & Dale 2018). Mecanismos moleculares de ação dos fármacos: Alguns fármacos possam ser eficazes em concentrações extremamente baixas, essas "baixas concentrações" ainda envolvem um número muito grande de moléculas. Ou seja, não é mágica; há uma razão química por trás da potência desses fármacos. Um dos princípios básicos da farmacologia afirma que as moléculas dos fármacos precisam exercer influência química sobre um ou mais constituintes das células para produzir uma resposta farmacológica. As moléculas do medicamento precisam se conectar a componentes específicos das células ou tecidos para gerar uma resposta. Esses sítios de ligação tão importantes são referidos como "alvos farmacológicos"
Há quatro tipos principais de proteínas reguladoras que normalmente atuam como alvos farmacológicos primários: ·receptores ·enzimas ·moléculas carregadoras (transportadoras) ·canais iônicos. Há algumas exceções, principalmente entre a nova geração de biofármacos. Também existem muitos fármacos que, além de se ligarem a seus alvos primários, são conhecidos por se ligarem a proteínas do plasma e a outras proteínas do tecido. Associar a ação de um fármaco a um receptor específico ajuda na classificação do fármaco, com base em seus receptores permite uma compreensão mais profunda da farmacodinâmica.
A ligação descreve a capacidade do fármaco de se conectar ao receptor, a ativação se refere ao impacto subsequente dessa ligação na função do receptor. Um fármaco pode se ligar a um receptor sem necessariamente ativá-lo, enquanto outros podem ligar-se e ativar o receptor. Ligação do Fármaco é o processo pelo qual uma molécula se conecta a um receptor específico. Geralmente ocorre através de interações químicas entre a molécula do fármaco e o sítio de ligação no receptor. A afinidade é um termo usado para descrever quão forte um fármaco se liga a um receptor. Fármacos com alta afinidade tendem a se ligar aos seus receptores com mais facilidade e em concentrações mais baixas. Uma vez que o fármaco está ligado ao receptor, pode influenciar a atividade do receptor. Se a ligação do fármaco induz o receptor a uma ação (por exemplo, iniciando uma cascata de sinalização), diz-se que o fármaco "ativou" o receptor. Nem todos os fármacos que se ligam a um receptor o ativam. Os fármacos que se ligam a um receptor, mas não o ativam e, além disso, bloqueiam a ação de outros agentes que o ativariam, são chamados de "antagonistas". Um antagonista é uma substância que se liga a um receptor e bloqueia, impedindo que agonistas (endógenos ou exógenos) se liguem e ativem o receptor. Os antagonistas impedem a ação normal ou patológica de ligantes endógenos ou de outros fármacos.
Os canais iônicos são estruturas presentes nas membranas celulares responsáveis pela passagem seletiva de íons específicos. Eles podem ser influenciados a abrir ou fechar por diversos mecanismos. Existem canais iônicos controlados por ligantes, que só se abrem quando moléculas agonistas se ligam a eles, sendo categorizados como receptores devido à necessidade de ligação de um agonista para sua ativação. Em contraste, os canais controlados por voltagem operam baseados em mudanças no potencial transmembrana, sem a necessidade de ligação de um agonista. Fármacos têm a capacidade de influenciar a função desses canais, seja ligando-se diretamente à proteína do canal ou através de interações indiretas com outros intermediários, como proteínas G. Um exemplo notável é a ação dos anestésicos locais, que bloqueiam fisicamente o canal de sódio controlado por voltagem, impedindo a movimentação de íons (Range & Dale). Fármacos vasodilatadores do tipo di-hidropiridina que inibem a abertura dos canais de cálcio tipo L Tranquilizantes benzodiazepínicos: esses fármacos ligam-se a uma região do complexo receptor GABAA-canal de cloreto (um canal controlado por ligante; ver anteriormente) que é distinta do sítio de ligação do GABA. A maioria dos benzodiazepínicos facilita a abertura do canal efetuada pelo neurotransmissor inibitório GABA, entretanto, sabe-se que alguns agonistas inversos têm efeito oposto, causando ansiedade em vez de tranquilidade. O é utilizado em pacientes que sofrem de ansiedade odontológica aguda, pois o aumento da inibição neuronal, leva à sedação, relaxamento muscular e redução da ansiedade. Os exemplos de fármacos que se ligam a sítios acessórios (alostéricos) na proteína do canal, e assim afetam seu mecanismo de comporta, incluem: Enzimas Os fármacos podem interagir com enzimas de várias maneiras para influenciar suas atividades, e essas interações fundamentam muitas estratégias terapêuticas. Os principais mecanismos pelos quais os fármacos afetam a ação das enzimas são:
Inibidores Não-competitivos: os fármacos se ligam a um local diferente do sítio ativo, denominado sítio alostérico. Isso altera a forma ou a conformação da enzima, tornando-a menos eficaz ou inativa. Diferentemente da inibição competitiva, a inibição não-competitiva não pode ser superada aumentando-se a concentração do substrato. Inibição Irreversível: Neste caso, o fármaco se liga covalentemente à enzima, inativando-a de forma permanente. Falsos Substratos: O fármaco é processado pela enzima como se fosse um substrato normal. No entanto, o produto resultante é anormal e interfere na via metabólica em questão. Por exemplo, o antiviral AZT é um falso substrato para a transcriptase reversa do HIV, resultando na terminação da cadeia de DNA e prevenindo a replicação viral. Pró-fármacos: Estes são fármacos inativos administrados no corpo e precisam ser metabolizados por enzimas para se tornarem ativos. Um exemplo é o medicamento corticosteroide prednisona, que é metabolizado pelo fígado para formar a prednisolona ativa. Ativação de Enzimas: Embora seja menos comum, alguns fármacos podem potencializar ou acelerar a atividade enzimática, ao invés de inibir.
As proteínas transportadoras desempenham de transporte de diversas substâncias através das membranas celulares. Fármacos podem interagir com essas proteínas de várias maneiras para influenciar suas atividades, afetando assim a absorção, distribuição, metabolismo e excreção de substâncias no organismo. Como os fármacos interagem com as proteínas transportadoras: Muitos fármacos podem se ligar diretamente às proteínas transportadoras e inibir sua atividade. Ao fazer isso, eles podem interferir na absorção ou eliminação de outros fármacos ou substâncias endógenas. Alguns fármacos podem aumentar a atividade das proteínas transportadoras, facilitando o transporte de substâncias específicas. Fármacos com estruturas semelhantes podem competir pela mesma proteína transportadora. Se dois fármacos que utilizam a mesma proteína transportadora são administrados simultaneamente, eles podem competir pela ligação, alterando a cinética de absorção, distribuição ou excreção de ambos.
É a mais usada das vias enterrais, pois é a de menor valor e fácil aplicação, pode ser apresentar como cápsulas, drágeas, comprimidos, soluções, elixires e suspensões. Contendo contraindicação apenas em casos de vômito náusea ou caso paciente se encontra inconsciente.
São administrados comprimido ou soluções sublinguais, que são dissolvidos pela saliva, grande parte quando absorvido vai para veia cava superior sem ser passado pelo fígado, fazendo com que tenha um efeito mais rápido, torna-se contra indicado em casos que contém substâncias irritantes ou dificuldades por gosto ou odor. Indicado para pacientes com dificuldade de deglutir, vômito o que estejam inconscientes, o reto possui microvilosidades que absorvem o fármaco sem passar pela veia porta do fígado, assim contando um efeito mais rápidos e com maior biodisponibilidade.
Via de administração onde a medicação e absorvida mais rapidamente, precisa de um profissional capacitado para a aplicação, sempre ter o máximo de atenção pois caso tenha uma aplicação errada pode vir a gerar inúmeras sequelas podendo levar a óbito.
Estende-se desde a mucosa nasal até os pulmões, utilizada para efeito local ou sistêmico, a administração é feita em pequenas doses, ela tem rápida absorção. Utilizada na odontologia na técnica de sedação mínima. São as mais utilizadas na odontologia, para a aplicação de anestésico local. Utilizada também na aplicação local de corticosteroides.
Sua absorção depende do fluxo do local que foi aplicado, ele é indicado em caso de medicamentos oleosos, pode ocasionar dor ou hematomas no loção da aplicação.
Seu uso é exclusivamente odontológico, utilizado para tratamentos endodôntico, sua aplicação e nos canais radiculares dos dentes. Para tratamento de infecções da pele e mucosas, sua forma de apresentação e em pomadas ou cremes o efeito e local.
Concentração plasmática máxima É a maior concentração que o fármaco consegue chegar após a sua administração oral. Meia vida É o tempo que o fármaco gasta pra atingir metade da sua concentração após a sua administração.
Após a ingestão ou aplicação do fármaco ele se distribui aos diferentes tecidos do corpo, onde vão fazer sua ação farmacológica. A quantidade real de fármaco que vai chegar no seu tecido alvo depende fundamentalmente da sua ligação com as proteínas plasmática em principais a albumina e as alfa-globulina, pois apenas as que se apresentar de forma livre no plasma que vai conseguir exercer sua função, ou seja quanto mais o fármaco é atraído por essas proteínas menor irá ser seu percentual de eficácia. Depois desse trajeto posteriormente citado do fármaco ele vai ser biotransformado, grande parte pelo fígado, afinal o que significa essa biotransformação, ela nada mais é do que reações enzimáticas que atuam sobre o fármaco o tornando um composto diferente do que foi originalmente ministrado, com o intuito de facilitar a excreção do mesmo, ele também pode ser metabolizado só que em menor proporção pela mucosa intestinal, pulmões, pele, placenta e até mesmo no plasma. Alguns fármacos são tão facilmente biotransformados pelo fígado (metabolismo de primeira passagem) que altera significativamente na sua biodisponibilidade.
Após todo o trajeto do fármaco pelo organismo ele finalmente irá ser extremado, em grande maioria pelos rins, mas também podendo ter partes eliminadas pelos pulmões, bile, fezes, suor, lágrimas, alivia e lente materno. Alguns fatores podem acarretar em uma eliminação mais rápida ou mais devagar, são eles a idade do indivíduo, se possui alguma disfunção nos rins a amamentação.
Concentração plasmática máxima É a maior concentração que o fármaco consegue chegar após a sua administração oral. Meia vida É o tempo que o fármaco gasta pra atingir metade da sua concentração após a sua administração.
Após a ingestão ou aplicação do fármaco ele se distribui aos diferentes tecidos do corpo, onde vão fazer sua ação farmacológica. A quantidade real de fármaco que vai chegar no seu tecido alvo depende fundamentalmente da sua ligação com as proteínas plasmática em principais a albumina e as alfa-globulina, pois apenas as que se apresentar de forma livre no plasma que vai conseguir exercer sua função, ou seja quanto mais o fármaco é atraído por essas proteínas menor irá ser seu percentual de eficácia. Depois desse trajeto posteriormente citado do fármaco ele vai ser biotransformado, grande parte pelo fígado, afinal o que significa essa biotransformação, ela nada mais é do que reações enzimáticas que atuam sobre o fármaco o tornando um composto diferente do que foi originalmente ministrado, com o intuito de facilitar a excreção do mesmo, ele também pode ser metabolizado só que em menor proporção pela mucosa intestinal, pulmões, pele, placenta e até mesmo no plasma. Alguns fármacos são tão facilmente biotransformados pelo fígado (metabolismo de primeira passagem) que altera significativamente na sua biodisponibilidade.
Após todo o trajeto do fármaco pelo organismo ele finalmente irá ser extremado, em grande maioria pelos rins, mas também podendo ter partes eliminadas pelos pulmões, bile, fezes, suor, lágrimas, alivia e lente materno. Alguns fatores podem acarretar em uma eliminação mais rápida ou mais devagar, são eles a idade do indivíduo, se possui alguma disfunção nos rins a amamentação.
**Rang, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M.; Flower, R. J.; Henderson G. Rang & Dale. Farmacologia. 7ª edição. Rio de Janeiro, Elsevier,
RANG, H. P. et al. Rang & Dale farmacologia. 8 Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 760 p. Yaareb Mousa. Drugs acting on the Central Nervous System ( CNS) March 2019 Referências**