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Trabalho de sociologia dos alunos de psicologia
Tipologia: Resumos
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Volta Redonda, 2024
Trabalho do 2º período de Psicologia da Universidade Geraldo di Biase apresentado para a disciplina de Fundamentos Socioantropológicos como avaliação para a nota
Professor: Wagner Nery Copola Volta Redonda, 2024
1. Introdução Família, embora não sendo um conceito unívoco, remete à ideia de um grupo de parentes co-residentes, ou seja, um grupo doméstico, cujo parentesco pode advir de consanguinidade, aliança ou adoção. Família é a instituição social fundamental para a socialização primária. A família desempenha um papel crucial na transmissão de valores, normas e linguagem, preparando o indivíduo para viver em sociedade. 2. Família como objeto de estudo A família, uma instituição considerada uma das fundamentais e importantes para a evolução do ser humano, é caracterizada como a primeira base social que promoverá o desenvolvimento individual das pessoas. ‘’Ela é, talvez, a primeira instituição com a qual o indivíduo tem contato em sua vida e que serve de base para todas as outras’’ (LASCH, 1991). As famílias constituem como atores fundamentais no provimento de serviços de proteção social aos indivíduos frente aos riscos e vulnerabilidades em que estão expostos; é um espaço permeado de conflitos, de socialização dos seus membros; é fonte de referências morais, de vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal, bem como de mediação das relações dos seus membros com outras instituições sociais, com a comunidade e com o Estado (CAPUTI, 2011). Essa instituição proporcionará o primeiro contato com o meio social, também chamado de ‘’socialização primária’’ de acordo com Castel (1998). É a primeira fonte de socialização do indivíduo, visto que ela ensina os padrões e as normas de uma determinada cultura. Ela também fornece um manual prático dos comportamentos e pensamentos permitidos ou não ao indivíduo. Os papéis sociais são desde cedo distintamente assimilados pela criança. A percepção do que é ser pai, ser mãe, ser filho e/ou irmão vai se formando e determinando os modos de estar do infante ante ao mundo ao longo de sua infância (STEWART; GLYNN, 1978). Desta forma, a família representa uma instituição de extrema importância para a construção do caráter do indivíduo. Ela dá legitimidade às normas e papéis sociais que a criança internaliza em seu crescimento.
3. Termos Antropológicos Para o Sistema Familiar Existem diversos modelos de família em diferentes culturas, desde as patriarcais e matriarcais até as famílias nucleares e extensas. Cada uma dessas estruturas tem suas próprias dinâmicas e influências na formação dos indivíduos. Independentemente do formato, a família continua sendo um pilar essencial para o desenvolvimento humano. Segundo (DIAS, 2009) a família é uma unidade social básica e universal. Formada por aglomerados de pessoas com relações sanguíneas, de aliança, de descendência, de adoção entre outras. Nesta lógica, a família ocidental estereotipada é formada por marido, esposa e filhos. Em outras sociedades, a natureza da aliança pode ser diferente, como o autor enfatiza, variando desde relações monogâmicas ou poligâmicas. Esta, se divide em poliandria e poliginia. Além disso, há tipos de junções nomeadas como endogamia e exogamia, que diferem como se escolhe o parceiro. Se dentro do mesmo grupo, cultura ou família - Endogamia. Se fora do grupo de origem ou cultura - Exogamia (DIAS, 2009). Seguindo a mesma linha, têm-se os tipos de famílias nomeadas segundo as características de suas relações. São elas: consanguínea ou ampla e conjugal ou nuclear. Uma unidade consanguínea é composta por pessoas ligadas por laços de parentesco, formando uma linhagem comum. O marido, seus pais, irmãos, avós, tias, tios e primos formam uma unidade familiar consanguínea. Uma unidade familiar conjugal é aquela em que seus membros geralmente vivem juntos; em uma unidade consanguínea, seus membros podem ou não ocupar a mesma casa. ¹ Por fim, é necessário caracterizar as funções da instituição familiar. A família é fundamental para garantir que os filhos e os demais membros estejam protegidos, se desenvolvam plenamente e sobrevivam, independentemente da configuração familiar ou da maneira como ela está se formando. É na família que se encontra o apoio emocional e material essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar dos membros. Além disso, desempenha um papel crucial na transmissão tanto da educação formal quanto da informal, onde são absorvidos os valores éticos e humanitários e se fortalecem os laços de solidariedade. Também é dentro dela que se perpetuam as tradições entre as gerações e se preservam os valores culturais (Ferrari e Kaloustian, 1998). ¹ DIAS, Reinaldo. 2009. Introdução à Sociologia, p. 252-253.
5. Outras Considerações Do ponto de vista estritamente biológico, a família é tradicionalmente composta por pai, mãe e filhos. No entanto, percebemos que nem todas as famílias se encaixam nesse modelo. Existem famílias que adotam crianças, famílias homoafetivas, avós que criam seus netos, filhos de mães-solo ou de casais separados muitas vezes vivem sem contato com um dos pais biológicos. Esses exemplos demonstram que definir família apenas sob uma perspectiva biológica é inadequado para compreender sua complexidade social. O termo “família”, originário do Latim “famulus” (criado, servo), inicialmente referia-se ao conjunto de servidores de um senhor e mais tarde passou a ser usado para descrever o grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto, unidas por laços de parentesco e sujeitas à autoridade de um líder comum (Bruschini C. Ridenti, 1971). Aristóteles concebia a família como a comunidade que cuida das necessidades básicas e contínuas do lar. Cícero expressou a ideia de que a família é o princípio da cidade e a origem ou semente do Estado. 6. Referências DIAS, R. Introdução à Sociologia. [S.l.]: Pearson Universidades, 2009. MALINOWSKI, B. K. Introdução: Objecto, método e alcance desta investigação. In: MALINOWSKI, B. K. (Ed.). Os argonautas do Pacifico Ocidental. [S.l.: s.n.], 1976. cap. introdução, p. 17 – 38. SARTI, C. A. Contribuições da antropologia para o estudo da família. Psicologia USP, São Paulo, v. 3, n. 1 - 2, 1992. ISSN 1678-5177. Acesso em: 09.2023. CAPUTI, L. Família contemporânea: Uma instituição Social de Difícil Definição., UNESP- Franca, SP , 2011. RAMOS, D. M.NASCIMENTO, V. G., A Família como Instituição Moderna, Fractal: Revista de Psicologia v.20 - n. 2, p. 461-472, Jul/Dez. 2008.