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Trabalho de Fisiologia - Eletrocardiograma, Notas de estudo de Enfermagem

eletrocardiograma

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 19/12/2014

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marcelo-bispo-6 🇧🇷

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FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO
CURSO DE ENFERMAGEM
ELETROCARDIOGRAMA - ECG
São Luís
2014
FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO
CURSO DE ENFERMAGEM
ALDENICE RODRIGUES PEREIRA
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FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO

CURSO DE ENFERMAGEM

ELETROCARDIOGRAMA - ECG

São Luís 2014 FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO CURSO DE ENFERMAGEM ALDENICE RODRIGUES PEREIRA

MARCELO BISPO DOS SANTOS

MAYZA MORAES DE SOUSA RIOS DA SILVA

ELETROCARDIOGRAMA - ECG

Trabalho apresentado para obtenção de nota parcial do segundo bimestre do terceiro período de enfermagem. Prof. ª MsC. Flávia Cutrim

São Luís 2014 Introdução

O eletrocardiograma é um exame realizado na atenção básica de saúde, onde se é possível identificar as mudanças elétricas que acompanham os batimentos cardíacos, podendo identificar também algumas alterações comuns, que serão conhecidas no decorrer deste trabalho.

eletrocardiograma é composto basicamente por 5 elementos: onda P, intervalo PR, complexo QRS, segmento ST e onda T, onde:

  • A onda P é o traçado que corresponde à despolarização dos átrios (contração dos átrios).
  • O intervalo PR é o tempo entre o início da despolarização dos átrios e dos ventrículos.
  • O complexo QRS é a despolarização dos ventrículos (contração dos ventrículos).
  • O segmento ST é o tempo entre o fim da despolarização e o início da repolarização dos ventrículos.
  • A onda T é a repolarização dos ventrículos, que passam a ficar aptos para nova contração. Cada batimento cardíaco é composto por uma onda P, um complexo QRS e uma onda T. A repolarização dos átrios ocorre ao mesmo tempo da despolarização dos ventrículos, por isso, ela não aparece no ECG, ficando encoberta pelo complexo QRS. O complexo QRS pode ter várias aparências, dependendo da derivação em que ele é visualizado.

Histórico do Eletrocardiograma

No final do século XVIII e início do século XIX, a cardiologia teve um crescimento tecnológico sem precedentes na história, devido à invenção da eletrocardiografia. Com esse conhecimento foi possível compreender os mecanismos envolvidos nas arritmias cardíacas e desenvolver tratamentos específicos para correção deste tipo de patologia, incluindo a estimulação cardíaca artificial. O primeiro eletrocardiograma de superfície em um ser humano foi realizado em 1887 pelo fisiologista inglês Augustus Desiré Waller, do St Mary´s Medical School de Londres, que introduziu o termo eletrocardiograma em ciência. Ainda que Alexander Muirhead seja considerado o primeiro cientista a registrar um traçado eletrocardiográfico, Augustus Desiré Waller foi o primeiro

a realizar este exame em um ambiente hospitalar, com os resultados publicados, adquirindo assim, uma grande experiência clínica. O registro do traçado foi conseguido por meio da colocação de dois eletrodos: um na parte anterior do tórax e o outro nas costas. O primeiro era conectado a uma coluna de mercúrio do eletrômetro de Lippman e o segundo, ao ácido sulfúrico, a qual formava uma interface com a parte superior da coluna de mercúrio do eletrômetro. Segundo Augustus Desiré Waller, cada batimento cardíaco gerava uma atividade elétrica e seria possível medir essa propriedade eletro motora apresentada pelo coração através da superfície da pele com a colocação de eletrodos. O eletrocardiograma é um método desenvolvido pioneiramente por Willem Einthoven no século XIX, motivo pelo qual é considerado o pai da eletrocardiografia. É famoso por ter criado o histórico triângulo de Einthoven. Trata-se de um triângulo equilátero em que o coração é hipoteticamente localizado ao centro, representando assim as três derivações. Willem Einthoven registrou o primeiro eletrocardiograma na Europa, em 11 de abril de 1892, usando o eletrômetro de Lippmann. Indicou primeiramente quatro deflexões indicadas pelas letras A, B, C, D e somente mais tarde passou a adotar outras letras do alfabeto, como o P, Q, R, S e T. Em 1902, Einthoven realizou o primeiro registro eletrocardiográfico obtido diretamente de um ser humano, utilizando um galvanômetro modificado. Para a obtenção dos sinais foram utilizados eletrodos posicionados nos dois braços e na perna esquerda do paciente, derivação que atualmente denominamos D1. Com o objetivo de melhorar a condução, suas mãos e seus pés foram banhados em solução salina. No ano de 1913, descreveu o triângulo de Einthoven, que é considerado a base para a análise do eletrocardiograma. Introduziu também o sistema de eletrodos bipolar e obteve traçados dos ritmos mais clássicos. Em 1933, F. N. Wilson expandiu o sistema de derivações bipolares das extremidades e criou as derivações precordiais. Finalmente, em 1942, Golberg desenvolveu as derivações unipolares ampliadas das extremidades. Seu feito completou o desenvolvimento do eletrocardiograma de 12 derivações, tal como é conhecido atualmente.

Um eletrocardiograma normal apresenta as seguintes informações:

  • Frequência cardíaca entre 60 e 100 batimentos por minuto.
  • Onda P presente, indicando ritmo sinusal. A onda P normal costuma ter menos de 0,12 segundos de duração.
  • Intervalo PR tem duração entre entre 0,12 e 0,20 segundos.
  • (^) Complexo QRS tem duração entre 0,06 e 0,10 segundos.
  • Eixo elétrico normal situa-se entre -30º e +90º.

Principais Alterações no ECG

Bloqueios de ramo: Bloqueio de ramo esquerdo (BRE) : Significa que a condução elétrica está comprometida no ramo nervoso que conduz o impulso elétrico para o ventrículo esquerdo. O ramo esquerdo bifurca-se em ramo anterior esquerdo e ramo posterior esquerdo. Por isso, se apenas uma parte do ramo estiver comprometida, são possíveis também os diagnósticos de hemibloqueio anterior esquerdo (HBAE) ou hemibloqueio posterior esquerdo (HBPE). Bloqueio do ramo direito (BRD) : Significa que a condução elétrica está comprometida no ramo que conduz o impulso elétrico para o ventrículo direito. O ramo direito não bifurca, portanto só existe este um tipo de BRD. Hemibloqueio anterior esquerdo (HBAE) + Bloqueio do ramo direito (BRD) : É uma situação que significa que a transmissão dos impulsos elétricos para o ventrículo está sendo feita apenas por metade do ramo esquerdo (apenas pelo ramo posterior esquerdo). Este é um paciente que está próximo de perder a condução elétrica para os ventrículos. Os bloqueios de ramo são comuns em pacientes com doença isquêmica cardíaca. Geralmente ocorrem em pessoas que já tiveram um infarto e/ou que tenham insuficiência cardíaca.

Desvio do eixo elétrico

O eixo elétrico normal varia entre -30º e 90º. Se o eixo estiver entre -30º e -90º dizemos que há um desvio do eixo para esquerda. As principais causas são o BRD, hipertrofia do ventrículo esquerdo, enfisema pulmonar, síndrome de Wolff-Parkinson-White e infarto prévio. O desvio para esquerda

pode ocorrer também em pessoas sadias. Se o eixo elétrico estiver entre 90º e 180º há um desvio do eixo para direita. As principais causas são o BRE, o infarto prévio e a hipertrofia do ventrículo direito. Assim como o desvio para a esquerda, o desvio para a direita também pode surgir em pessoas sem doenças do coração.

Arritmia sinusal

A arritmia sinusal é uma condição benigna que ocorre frequentemente em jovens. Geralmente é uma alteração do ritmo cardíaco provocada pela respiração. Como é sinusal, indica que apesar do ritmo irregular, o impulso elétrico está sendo gerado corretamente pelo nodo sinusal. É uma alteração que costuma desaparecer com o tempo.

Extrassístoles

Extra-sístoles são batimentos cardíacos isolados fora do ritmo. Nestes casos o coração bate regularmente, mas de repente surge um batimento isolado inesperado. A extra-sístole é chamada supraventricular se o foco deste batimento anômalo surgir em algum ponto do átrio (fora do nodo sinusal) e extra-sístole ventricular se o foco anômalo surgir em algum ponto do ventrículo. Extra-sístoles isoladas costumam não ter nenhum significado clínico. Se forem frequentes, podem causar sensação de palpitação. Nestes casos a causa deve ser investigada.

Alterações na repolarização ventricular

Alteração da repolarização ventricular é um achado também relativamente comum. São alterações na onda T do eletrocardiograma e pode estar presentes no caso de hipertensão arterial, estenose da válvula aórtica ou na isquemia cardíaca. Porém, quando o laudo vem descrito como alterações inespecíficas na repolarização ventricular , geralmente o quadro não tem significado clínico. As alterações da onda T que sugerem doença cardíaca têm

Referências

TORTORA, Gerard J. Corpo Humano : Fundamentos de anatomia e fisiologia, 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. Disponível em: PORTAL EDUCAÇÃO <http:// www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/30351/o- eletrocardiograma#ixzz3FSocuViE> Acesso em 07/10/2014. Disponível em: <http://www.mdsaude.com/2012/07/exame- eletrocardiograma-ecg.html> Acesso em 10/10/2014. GUYTON & HALL; Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Elsevier. 2006.