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Coleta Seletiva: Reduzindo Impactos Negativos e Melhorando a Qualidade de Vida, Exercícios de Recursos Naturais

Um estudo de caso sobre a implantação da coleta seletiva em blumenau, curitiba e vespasiano, mostrando como a coleta seletiva e a reciclagem reduzem a quantidade de resíduos para disposição final, diminuindo impactos negativos ao ambiente e gerando renda e emprego. O documento também discute a importância de classificar resíduos, características biológicas e a importância de tratamentos adequados.

O que você vai aprender

  • Como a reciclagem contribui para a redução de resíduos?
  • Qual é a importância da coleta seletiva para o ambiente?
  • Quais são os impactos negativos causados pela disposição inadequada de resíduos sólidos?
  • Qual é a importância de classificar resíduos?
  • Quais são as características biológicas dos resíduos sólidos?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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usuário desconhecido 🇧🇷

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Trabalho de Conclusão de Curso
Redução dos impactos ambientais causados pelos
resíduos sólidos urbanos através de uma coleta seletiva
Raryan Rafaela Rodrigues
Curso de Ciências Biológicas
Belo Horizonte – MG
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Trabalho de Conclusão de Curso

Redução dos impactos ambientais causados pelos

resíduos sólidos urbanos através de uma coleta seletiva

Raryan Rafaela Rodrigues Curso de Ciências Biológicas

Belo Horizonte – MG

Raryan Rafaela Rodrigues

Trabalho de Conclusão de Curso

Redução dos impactos ambientais causados pelos

resíduos sólidos urbanos através de uma coleta seletiva

Trabalho de conclusão de curso apresentado junto ao Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, como requisito parcial para obtenção do tÍtulo de licenciado no curso de Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Anselma Lapertosa

Belo Horizonte – MG. 2010.

Resumo: A palavra “Lixo” tem em seu significado que tudo que se joga fora após a limpeza, entulho, coisas inúteis, sem valor, sujeira e imundice (XIMENES, SÉRGIO, 2001), atualmente usa-se a palavra resíduo sólido para desmistificar o significado tão precário que realmente esses resíduos têm em sua significância. Os resíduos sólidos urbanos diretamente não causam impacto negativo ao ambiente se forem corretamente tratados e tiverem a disposição final adequada, entretanto se isso não ocorrer eles podem ser grandes vilões para o Meio Ambiente e à saúde humana. A proposta deste trabalho é apresentar a coleta seletiva como um eficiente instrumento para diminuir o desperdício, valorizar a reciclagem e compostagem, reduzir impactos negativos ao ambiente, contribuir para redução de extração de matéria-prima na natureza, estimular a conscientização ambiental e com isso gerar emprego e renda para populações excluídas. Para se observar a implantação da coleta seletiva como necessária foi feito um estudo de caso nas cidades de Blumenau e Curitiba através de pesquisas e revisão bibliográficas, e em Vespasiano foi observação “in loco” do programa de Coleta Seletiva e foi constatado que a coleta seletiva em conjunto com a reciclagem diminui a quantidade de resíduos para a disposição final reduzindo impactos negativos que esses resíduos tendem a fazer ao ambiente, e gera inclusão social com emprego e renda se trabalhados juntamente com os catadores de recicláveis existentes.

Palavras - chave: Coleta Seletiva, Resíduos Sólidos Urbanos, Gestão de Resíduos Sólidos Impactos ambientais negativos, Reciclagem

1. INTRODUÇÃO

A escassez de recursos naturais com os atuais problemas ambientais vem salientando a necessidade de preservar nossos recursos e diminuir os impactos negativos ao ambiente, um dos principais causadores desses impactos são os resíduos sólidos urbanos que em muitos lugares não são gerenciados de forma adequada acarretando em poluição, doenças e muitos outros males.

A grande preocupação em gerenciar adequadamente esses resíduos deve-se ao fato de que ele é responsabilidade não só do Poder Público, mas de cada um de nós. A crescente urbanização, o aumento populacional, o consumo de produtos industrializados, o desperdício exacerbado são fatores que levaram um aumento significativo desses resíduos sólidos urbanos e muitas vezes a correria do dia a dia faz com que a sociedade não perceba os prejuízos à saúde que a má disposição e a ausência de tratamento desses resíduos podem causar.

Todos nós produzimos resíduos, deixar de produzi-los é impossível, mas podemos solucionar esse problema, mudando nossos hábitos e costumes. Um grande passo que se pode fazer é a implantação dos 5 Rs, no nosso trabalho e em nossa residência:

 Repensar: Repensar a real necessidade do nosso consumo e nossos hábitos, refletir sobre os processos socioambientais de produção do que consumimos.  Recusar: Evitar o consumo exagerado e desnecessário, adquirindo apenas produtos essenciais. Recusar produtos que causem danos à nossa saúde e ao ambiente  Reduzir: Diminuir a geração de resíduos.  Reutilizar: Dar nova utilidade a materiais que consideramos inúteis e descartamos.  Reciclar: É transformar algo usado, em algo novo, por meio de processos industriais. Transformar em novo produto (INSTITUTO AMBIENTAL BRASIL, 2009).

2. RESÍDUOS SÓLIDOS

Resíduos sólidos em sua definição englobam resíduos comerciais, domiciliares, resíduos de serviços de saúde dentre outras atividades. Portanto podem ser todos os materiais que restam de qualquer das atividades humanas, normalmente na forma sólida, constituindo uma massa heterogênea de descartes, em geral formada pelos mais distintos componentes físicos, como papéis, cascas e sobras de alimentos, todo tipo de embalagens, vidros e latas de refrigerantes e bebidas, pneus, carcaças de automóveis e de eletrodomésticos, espumas, ou até material radioativo (BARROS, 2000 citado por LAPERTOSA, 2008). A classificação dos resíduos sólidos gerados é um dos primeiros passos para elaborar um plano de gestão adequado, existem várias formas de classificar o tipo de resíduos, podem ser devida sua natureza, origem e sua composição química.

Tabela 1 – Classificação dos resíduos sólidos, devido á sua natureza:

Classificação Descrição

Doméstico ou Residencial

Resíduos produzidos nos domicílios, Às vezes comércio e indústrias basicamente provenientes da cozinha e da limpeza e manutenção de casas.

Comercial Resíduos provenientes de estabelecimentos comerciais em geral como escritórios, lojas, empresas, restaurantes.

Público Resíduos de varrição regular de ruas. Conservação e limpeza de zonas comerciais, limpeza de feiras-livres,etc. Domiciliar especial Entulho de obras; Pilhas, baterias, Pneus, lâmpadas.

Fontes especiais

Resíduos considerados perigosos, exigindo cuidados no manuseio e disposição final; Radioativo; Portos, aeroportos e terminais rodoferroviários; agrícola, Resíduos de serviços de saúde (refeitórios, centros cirúrgicos, ambulatórios, hospitais etc.), clínicas médicas, odontológicas e veterinárias, farmácias e similares. Fonte: Monteiro e Zveibil, 2001; citado por LAPERTOSA, 2008.

A classificação dos resíduos também pode ser feita quanto a periculosidade, segundo a norma técnica NBR 10.004/04, da seguinte maneira:

Tabela 2 - Classificação dos resíduos segundo a periculosidade NBR 10.004/

Classificação dos Resíduos quanto á periculosidade Resíduos Classe I ( Perigosos)

Apresentam riscos ao Meio Ambiente. Cracterizando-se por ter inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

Resíduos Classe II( Não - Perigosos) Não Inertes (^) Enquadram-se como Não - Inertes os Resíduos Sólidos Domiciliares

Inertes Enquadram-se como Inertes os Resíduos Sólidos que submetidos a testes de solubilização não apresentam nenhum de seus constituintes solubilizados em padrões superiores aos de potabilidade da água, executando os padrões aspecto, cor, turbidez e sabor. Principalmente os Resíduos sólidos de construção civil.

Fonte: (NBR – 10.004/04) 2.1 Caracterização dos Resíduos Segundo (Lapertosa, 2008), a técnica mais usada em caracterizar um tipo de resíduo é o “quarteamento”, neste processo uma amostra bruta homogeneizada de resíduos é dividida sucessivamente em 4 partes iguais, e a cada divisão, destas 4 partes se aproveitam dois dos quartis, diametralmente opostos entre si, para formarem nova amostra, igualmente homogeneizada, sendo o restante descartado. O processo é repetido até que se tenha uma quantidade de aproximadamente 400 kg. Os passos a seguir ilustram os procedimentos básicos do quarteamento (BARROS, 2000, Citado por LAPERTOSA, 2008):

 Descarregar o resíduo (uma massa total de pelo menos l 500 kg de resíduos, preferencialmente oriundos de diferentes áreas de coleta) em local previamente preparado;

 Geração per capita: Relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada diariamente e o número de habitantes de determinada região.

 Composição gravimétrica: Traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total da amostra de resíduo sólido analisada. Muitos técnicos tendem a simplificar, considerando apenas alguns componentes, tais como papel/papelão; plásticos; vidros; metais; matéria orgânica e outros. Levando em consideração sempre como resíduos urbanos (domiciliar +público +entulho, podendo até incluir os resíduos de serviços de saúde).

 Peso específico aparente: É o peso do resíduo sólido solto em função do volume ocupado livremente, sem qualquer compactação, expresso em kg/m 3. Sua determinação é fundamental para dimensionamento de equipamentos e instalações.

 Teor de umidade: Representa a quantidade de água presente no resíduo sólido, medida em percentual do seu peso. Este parâmetro se altera em função das estações do ano e da incidência de chuvas, podendo-se estimar um teor de umidade variando em torno de 40 a 60%.

 Compressividade: É o grau de compactação ou a redução do volume que uma massa de resíduo sólido pode sofrer quando compactada.

2.1.2 Característica Químicas As principais características químicas dos resíduos sólidos urbanos, segundo (IBAM,

  1. são citadas a seguir.

 Poder calorífico: indica a capacidade potencial de um material desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima. O poder calorífico médio do resíduo sólido domiciliar se situa na faixa de 5.000kcal/kg

 Potencial hidrogeniônico (pH): O potencial hidrogeniônico indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos. Em geral,situa-se na faixa de 5 a 7.

 Composição química: A composição química consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo,resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras.  Relação carbono/nitrogênio (C:N): A relação carbono/nitrogênio indica o grau de decomposição da matéria orgânica do resíduo sólido nos processos de tratamento/disposição final. Em geral, essa relação encontra-se na ordem de 35/1 a 20/1.

2.1.3 Características Biológicas As características biológicas do resíduo sólido são aquelas determinadas pelos agentes microbiológicos e agentes patogênicos presentes nos resíduos urbanos que, ao lado das suas características químicas, permitem que sejam selecionados os métodos de tratamento e disposição final mais adequado (IBAM, 2001) O conhecimento das características biológicas dos resíduos tem sido muito utilizado no desenvolvimento de inibidores de cheiro, retardadores e/ou aceleradores da decomposição da matéria orgânica, normalmente aplicados no interior de veículos de coleta para evitar ou minimizar problemas com a população ao longo do percurso dos veículos. As características dos resíduos urbanos podem variar de acordo com fatores climáticos, sócio-econômicos, demográficos (IBAM, 2001). Entre estes podem ser citados:

 Clima e variações temporais  Hábitos e os costumes  Padrão de desenvolvimento e o nível de vida da população  Atividades dominantes (industrial, turística, universitária, agrícola)  Localização geográfica

2.2. Constituição dos resíduos

Os resíduos sólidos urbanos são constituídos geralmente de papelão, papel, vidro, plástico e matéria orgânica; como mostra a Tabela 3 apresentada a seguir.

3. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

A quantidade de resíduos produzida por uma população é muito variável, dependendo de fatores como: classe social, época do ano, turismo, hábitos e costumes, consumo de produtos industrializados, região onde mora, entre outros. O gerenciamento dos resíduos deve-se ter como objetivo essencial de coletar a maior quantidade de resíduos gerados; quando não há nenhum tratamento que minimize a quantidade de resíduos que são enviados para a disposição final a organização são feitas em 3 etapas:

 1ª Etapa: Acondicionamento: Essa etapa é feita pela população, acondicionar os resíduos sólidos é guardá-los e prepará-los adequadamente para a coleta, pode-se fazer de várias formas como acondicioná-los em vasilhas, tambores e o mais comum que é os sacos plásticos, deve ser feito corretamente para evitar a proliferação de vetores e minimizar problemas com os odores

 2ª Etapa: Coleta: Existem várias formas de coleta, dependendo somente dos tipos de resíduos que serão coletados, e do gerenciamento por parte dos órgãos públicos que são responsáveis pela coleta, no caso as Prefeituras Municipais, dever ser feita com a freqüência adequada para evitar o acúmulo dos resíduos.

 3ª Etapa: Disposição final dos resíduos: Essa etapa constitui-se para onde os resíduos são levados após a coleta como os aterros (sanitários e controlados) e lixões.

A forma de gerenciar os resíduos sólidos depende muito das Prefeituras Municipais que podem optar por implantar uma política de tratamento e recuperação dos resíduos antes de enviá-los para a disposição final. Portanto o fluxograma de gerenciamento de resíduos com tratamento específico pode ficar, conforme apresentado na Figura 01 apresentada a seguir.

Figura 1 - Fluxograma de gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos

Fonte: (LAPERTOSA, 2008) Os procedimentos de tratamento de resíduos podem facilitar e minimizar problemas com o excesso de resíduos gerados. Segundo JUNIOR (2005) na maioria dos municípios brasileiros os resíduos sólidos domiciliares destinam-se a aterros adequados ou não, sem tratamento prévio. Existem diversas iniciativas de reciclagem de resíduos e de compostagem, que por enquanto representa uma quantidade pouco significativa de resíduos tratados na maioria dos casos. Listados abaixo estão alguns procedimento corretos que deveriam ser feitos antes de se enviar os resíduos sólidos para a destinação final.

 Triagem : É o procedimento inicial que precede qualquer processo específico de tratamento. O objetivo é separar os materiais que se deseja recuperar, ou aqueles prejudiciais à qualidade do processamento à durabilidade dos equipamentos, Pode ser executada manualmente em pátios, mesas ou esteiras rolantes. Métodos mecânicos automatizados como peneiras, separadores balísticos; o processo de triagem pode ser realizado em usinas de triagem, aterros e lixões. Nos processos manuais, quanto maior o grau de separação desejado e menor quantidade de impurezas permitida, maior será a mão-de-obra envolvida. No caso de separação de materiais a recuperar, o grau de pureza dos materiais e a limpeza do produto final influenciam no valor de mercado, após a triagem os materiais podem ser prensados a fim de baratear os custos de transporte até os locais onde serão industrializados (JUNIOR, 2005)

Geração - Segregação

Acondicionamento

  • coleta

Beneficiamento reaproveitamento

Tratamento – Disposição Final

terra ou eventualmente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente (LIXO.COM.BR, 2008).

Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC (Poli Cloreto de Vinila), esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD (Polietileno de alta densidade), encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo à proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual (LIXO.COM.BR, 2008).

As formas de tratamento e destinação final dos resíduos sólidos, consideradas ambientalmente adequadas e sanitariamente seguras, têm sido pouco utilizadas em nosso país. A Figura 02 apresenta um gráfico que ilustra a forma de disposição final dos resíduos sólidos no Brasil.

Figura 2 - Disposição final dos resíduos sólidos no Brasil em 2000

Fonte: (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2000).

4. IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS CAUSADOS PELOS RESÍDUOS

SÓLIDOS URBANOS

A geração de resíduos é inevitável, e devido a isso eles se tornaram um grande problema para a sociedade. O crescimento populacional e a expansão urbana, o consumo de produtos industrializados levou a um aumento significativo também de resíduos. O grande desafio é gerenciar adequadamente esses resíduos, acondicionar, coletar e destinar de forma adequada para diminuir os impactos negativos ao ambiente.

Segundo a resolução nº 001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 23/01/1986 em seu artigo 1º considera-se impacto ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividade humanas que direta ou indiretamente afetam:

 A saúde, a segurança e o bem- estar da população;  As atividades econômicas;  A biota e as qualidade dos recursos ambientais;  As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; O mau gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos pode afetar todos os itens citados anteriormente que estão presentes na resolução nº 001/86 do CONAMA. Os impactos oriundos deste mau gerenciamento podem ser associados a aspectos, como os listados:

 Impactos Ambientais que podem se tornar irreversíveis a exemplo da contaminação do solo, do ar e dos recursos hídricos (subterrâneos e superficiais).  Prejuízos à saúde pública, pois estes locais podem se tornar focos de proliferação de vetores transmissores de uma série de doenças, como ratos, baratas, moscas, etc.  Prejuízos na economia da região devido à desvalorização das áreas situadas no entorno do local de disposição dos resíduos.  Grande degradação ambiental devido a destinar áreas para disposição dos resíduos.

A disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos e a falta de tratamento desses resíduos geram um grande impacto negativo ao ambiente, como já citado neste trabalho, Conforme se pode observar na figura 03. Figura 3- Aterro controlado de Passa Tempo - MG

Fonte: MAURO SILVA DE MORAIS, 2010. Muitos materiais demoram muito tempo para se decompor, se houvesse uma coleta seletiva e a implantação da reciclagem diminuiria substancialmente a quantidade de resíduos enviados, por exemplo, para esse “lixão”. A Tabela 06 apresentada a seguir mostra o tempo de decomposição de alguns materiais, sendo que dependendo do tipo de material, ou seja, de sua composição química este tempo pode ser variável.

Tabela 6 - Tempo de decomposição de alguns materiais

Materiais Tempo de decomposição Papel De 3 a 6 meses Panos De 6 meses a 1 ano Filtro de cigarro Mais de 5 anos Madeira pintada Mais de 13 anos Metal Mais de 100 anos Alumínio Mais de 200 anos Plástico Mais de 400 anos Vidro Mais de 1.000 anos Borracha Indeterminado Fonte: (IDEC, 2009).

Os resíduos diretamente não causam impactos negativos ao ambiente, o grande problema é a sua destinação final, a tabela acima mostra o tempo de decomposição de resíduos e nas figuras 2 e 3 que são do lixão de São João Del Rei observa-se o quanto de material que poderia ser reciclado ou reutilizado é descartado.