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Resumo de trabalho científico 2025
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
A Relação Da Escola E A Igreja Como Organizações Sociais Estudante: Zainabo Carimo Ismail Código: Beira, Maio de 2025
Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distância A relação da escola e a igreja como organizações sociais Estudante: Zainabo Carimo Ismail Código: Curso: Licenciatura em Ensino de Português Disciplina: Práticas Pedagógicas I Ano de frequência: 1° Ano Turma: A Beira, Maio de 2025
Referênci a s Bibliográfi cas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia Rigor e coerência das citações/referênc ia s bibliográficas
Folha de Feedback dos tutores:
1.2.Objectivos 1.2.1. Objectivo geral Analisar a relação entre a escola e a igreja como organizações sociais e sua influência na formação dos valores e identidade dos indivíduos. 1.2.2. Objectivos específicos Identificar os mecanismos de socialização presentes em cada organização; Avaliar os impactos dessa interação nos processos educacionais e na construção do discurso moral na sociedade contemporânea;
1.3.Metodologias O estudo adota uma abordagem qualitativa, considerando que o objetivo central é compreender os processos de socialização e construção de valores promovidos pelas organizações em questão – a escola e a igreja. Essa abordagem permite investigar, de maneira aprofundada, as percepções, os significados simbólicos e os impactos culturais dessas instituições na sociedade. O delineamento da pesquisa é do tipo descritivo-exploratório, pois busca mapear e interpretar as interações entre os dois universos, bem como identificar convergências, tensões e desafios que emergem desse relacionamento.
Enquanto comunidade em geral, a igreja é o conjunto de todos os cristãos que tenham recebido o sacramento do baptismo (e, por conseguinte, são reconhecidos como filhos de Deus). Os membros da igreja acreditam em Cristo como salvador e messias.
A Igreja católica tem-se mantido na sucessão apostólica desde o apóstolo Pedro até ao Papa actual (Bento XVI). Os protestantes, em contrapartida, negam o valor da tradição apostólica. Portanto, as instituições sociais são reconhecidas enquanto elementos imperativos “da sociedade para a sociedade”, destacando seu exercício diante de parâmetros universais de demandas continuamente existentes que precisam ser respondidas e afirmadas. Por serem determinadas pelas necessidades sociais em cada tempo e lugar, as instituições sofrerão transformações que acompanham o contexto (cenário) político e econômico em que estão inseridas, constituindo-se como elemento de cultura e valor de um povo.
De acordo com Musgrave (1979) as escolas podem obviamente ser analisadas como organizações, embora se deva ter em mente que este conceito é, na terminologia de Weber, um tipo ideal, isto é, uma construção supostamente concreta servindo para analisar um sistema determinado de comportamento social. Nesta acepção de escola como organização social, que acompanha por isso as transformações sociais, em processos constantes de ajustamentos e resolução de conflitos, importa ter presentes as suas finalidades, fundamentalmente, transmitir um conjunto de valores. A convergência dos objectivos congregam os seus actores e dão coerência à acção, integram o conjunto de procedimentos que nela têm lugar, numa função que visa a socialização do indivíduo, na sequência de uma primeira socialização no meio familiar, que lhe permite, ainda criança, uma identificação com a generalidade, com a sociedade, através de processos de identificação pelos outros. Contudo, essas finalidades nem sempre se encontram suficientemente definidas e presentes no seu quotidiano e nos comportamentos que no seu contexto se realizam. A sua percepção - se e quando existe - é muitas vezes exterior à escola e aos professores, dificultando o sentido da sua legitimidade, fazendo com que tendam a ser preteridas em favor da objectivação nos próprios meios, que passam a constituir as finalidades do próprio acto educativo.
passar num exame ou obedecer a uma regra, por muitos considerado afinal sem significado, se torne um fim em si e não o referido meio de alcançar uma finalidade educativa" (p.157). Assim, a escola compreende-se como uma organização diferente das empresas ou das instituições sociais, espaços em que os alunos irão prosseguir o desempenho dos seus papéis adultos, a partir de um constructo fundado em culturas organizacionais distintas - "a socialização torna-se um processo de desenvolvimento das capacidades e responsabilidades indispensáveis aos futuros desempenhos funcionais" (Brandão, 1998, p.38) e a adaptação que requer constitui "um dos imperativos funcionais do sistema (...) que visa assegurar a adequação dos meios aos fins perseguidos" (Brandão, 1998, p.38). A ausência dessas finalidades educativas, expressa na inexistência de um verdadeiro projecto pedagógico, próprio, partilhado, mentor da coerência lógica das aprendizagens, torna estas coercivas, os saberes inúteis, e teremos de dar razão a Durkheim quando, distintamente de Piaget, considera basicamente a socialização como uma transmissão do “espírito de disciplina” assegurada pelo constrangimento, complementada por uma “ligação aos grupos sociais” e interiorizada livremente graças à 'autonomia da vontade. Segundo UCM (s/d) a escola desempenha um papel social na vida das comunidades. Muitas vezes este papel é atribuído ao Estado, como entidade macro da organização social, para este gerir as necessidades educativas dos cidadãos (p.17). Libâneo na sua exposição sobre a gestão da escola escreve: “Há pelo menos duas maneiras de ver a gestão centrada na escola. Conforme o ideário neoliberal, colocar a escola como centro das políticas significa liberar boa parte das responsabilidades do Estado, dentro da lógica do mercado, deixando às comnidades e às escolas a iniciativa de planejar, organizar e avaliar os serviços educacionais. Na perspectiva sócio-crítica significa valorizar as acções concretas dos profissionais na escola, decorrente de sua iniciativa, de seus interesses, de suas interacções (autonomia e participação) em funçaão dpo interesse público dos serviços educacionais prestados (…).” (2003: 20, cit. em UCM, s/d, p.17). Portanto, uma escola com fins discriminatórios não pode melhorar as vidas das
pessoas, as relações sociais justas e inscritas no quadro da participação e inclusão das massas populares. (UCM, s/d, p.17).
um forte instrumento de coesão social e cabe ao estado ofertá-la e supervisioná-la. Para Karl Marx a educação deve ser vista como um instrumento de transformação social e não uma educação reprodutora dos valores do capital,
para Marx a uma necessidade de uma escola politécnica estabelecendo três pontos principais: o ensino geral que é o estudo da literatura, ciências, letras etc. A educação física que é atividade que promova a saúde do ser e a outra é o estudo tecnológico que visa acabar com a alienação do proletariado perante a classe dominante. Para Max Weber a educação é um modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções dentro da sociedade, sendo uma educação racional, a visão de educar está vinculada enquanto formação integral do homem, uma educação para habilitar o indivíduo para a realização de uma determinada tarefa para obtenção de dinheiro dentro de uma sociedade cada vez mais racionalizada e burocrática e estratificada. Cabe à escola formar alunos com senso crítico, reflexivo, autônomo e conscientes de seus direitos e deveres tendo compreensão da realidade econômica, social e política do país, sendo aptas a construir uma sociedade mais justa, tolerante as diferenças culturais como: orientação sexual, pessoas com necessidades especiais, etnias culturais e religiosas etc. Passando a esse aluno a importância da inclusão e não só no âmbito escolar e sim em toda a sociedade. Bueno (2010) se posiciona um tanto crítico sobre a realidade da função social da escola, nestas o social é ignorado. A escola torna-se uma instituição abstrata e homogênea, quando na realidade como coloca Bueno, cada escola é ímpar, e não deve ser vista de forma genérica, uma intervenção não funciona em todas as instituições, cada meio tem que ser vista de acordo com a sua história, com a sua cultura, colocando em pauta que cada instituição é única. Atualmente existem projetos para promover cultura na escola, estes visando que os alunos ampliem sua visão de mundo, valorizando as diferentes manifestações culturais ao seu redor (...) por meio de ações que estimulem práticas culturais e educacionais nas escolas com parcerias com instituições artísticas (museus, parques arqueológicos, etc.). (Fonseca; Silva & Silva. 2010). A escola pública nos dias atuais deixa muito a desejar quando se fala de educação e de formar cidadãos para viver numa sociedade tão multicultural e pluriétnicas, como a nossa. A falta de investimentos e de capacitação de professores, escolas sem infraestrutura adequada para o recebimento desse aluno.
2.2.Os actores da organização escolar e da igreja Segundo UCM (s/d) refere que: Os aparelhos ideológicos nas escolas, não criam a ideologia, mas inculcam a ideologia dominante. Por exemplo: não é a igreja que cria a perpetuação da religião, é esta que cria e perpetua a igreja, diferente do que pensava Max Weber. A análise do fetichismo da mercadoria ultrapassa os aparelhos ideológicos. Uma escola é um aparelho, no sentido de que pela divisão social do trabalho em seu interior, por exemplo, pela organização despótica do trabalho, são elementos que definem as relações políticas e ideológicas concernentes aos lugares das classes sociais no conjunto da estrutura. Há mecanismos para reprodução de lugares e agentes, daí a unanidade em falar de ascensão social ou mobilidade social. A qualificação é uma qualificação- sujeição, não é somente qualificação técnica do trabalho. A escola é um aparelho que distribui os seus agentes no seu interior. As classes capitalistas não são castas escolares (p.22). De acordo UCM (s/d) afirma que a relação escola-aparelho econômico continua a exercer sua acção durante sua actividade econômica chamada formação permanente: Não é a escola que faz com que sejam principalmente camponeses a comporem os lugares suplementares de operários. É o êxodo dos campos, acompanhando a reprodução ampliada da classe operária, que desempenha o papel da escola; Trata-se de uma distribuição inicial dos agentes ligada à reprodução inicial dos lugares das classes sociais: é ela que designa para este ou aquele aparelho, para esta ou aquela série entre eles, e segundo as etapas e as fases da formação social, o papel respectivo que eles assumem na distribuição dos agentes; As organizações complexas controlam e domesticam as forças sociais. Elas codificam, centralizam. Essa apropriação pela organização da existência, sob todas as formas, é realizada também pela destruição e desintegração, destruindo as forças que se opõem à sua expansão (p.21) A escola tem um papel nessa mascarada organizacional, operando as variações mais amplas, a partir dos papéis de mestre, aluno, burocrata, administrador. A organização realiza um processo concomitante: destruição e unificação. O Homem
dividido na execução de suas tarefas parceladas, isolado no seio da grande metrópole, é reagrupado no interior das imagens organizacionais. (UCM, s/d, p.22). Portanto, as organizações mantêm-se pela transmissão, energia e pela sua conversão em trabalho: a reprodução da força de trabalho se dá em períodos de desequilíbrios sociais, por