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Tônus Muscular: Conceitos, Tipos e Avaliação, Notas de aula de Neurologia

O conceito de tônus muscular, seus diferentes tipos (normotonia, hipotonia, hipertonia) e suas características. Explica a diferença entre espasticidade e rigidez muscular, detalhando as causas e sintomas de cada condição. Além disso, apresenta métodos de avaliação do tônus muscular, incluindo a escala de ashworth modificada e a semiologia dos reflexos.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 09/12/2024

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maria-isabela-alves-de-almeida-silv 🇧🇷

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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA
TÔNUS MUSCULAR
Estado de tensão leve, mas permanente, que existe normalmente nos músculos;
Resistência encontrada quando uma articulação é movida passiva e rapidamente;
Tônus normal: necessário para que o indivíduo tenha um controle motor normal
e adequado no cotidiano
Atonia : ausência de tônus muscular;
Hipotonia : tônus diminuído;
Normotonia : tônus normal;
Hipertonia [elástica e plástica]: tônus aumentado
Hipotonia : diminuição da resistência muscular ao alongamento passivo, podendo
ter origem em lesões do sistema nervoso periférico, área pré-motora, distúrbios
no cerebelo, fase aguda da maioria das lesões encefálicas e, de origem muscular;
Atonia : ausência de tônus muscular, nos casos de evolução clínica das miopatias
e neuropatias;
Hipertonia : dividida em espasticidade [hipertonia elástica] e rigidez muscular
[hipertonia plástica]
ESPASTICIDADE
É um dos distúrbios que acomete doenças do sistema nervoso central, como
AVC, PC, Esclerose múltipla, Lesão medular, etc.
Definição clínica : resistência, dependente da velocidade, ao estiramento passivo
de um músculo, com reflexos tendíneos exagerados;
Hipertonia elástica : sinal de canivete
Reflexos tendíneos aumentados [afetando os músculos antigravitacionais
flexores do MMSS e extensores do MMII]
Componente da síndrome do neurônio motor superior
Sinais da espasticidade : hipertonia [aumento do tônus], clônus, hiperreflexia e
sinal de Babinski positivo
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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM NEUROLOGIA

 TÔNUS MUSCULAR

 Estado de tensão leve, mas permanente, que existe normalmente nos músculos;  Resistência encontrada quando uma articulação é movida passiva e rapidamente;  Tônus normal: necessário para que o indivíduo tenha um controle motor normal e adequado no cotidiano  Atonia: ausência de tônus muscular;  Hipotonia: tônus diminuído;  Normotonia: tônus normal;  Hipertonia [elástica e plástica]: tônus aumentado  Hipotonia: diminuição da resistência muscular ao alongamento passivo, podendo ter origem em lesões do sistema nervoso periférico, área pré-motora, distúrbios no cerebelo, fase aguda da maioria das lesões encefálicas e, de origem muscular;  Atonia: ausência de tônus muscular, nos casos de evolução clínica das miopatias e neuropatias;  Hipertonia: dividida em espasticidade [hipertonia elástica] e rigidez muscular [hipertonia plástica]  ESPASTICIDADE  É um dos distúrbios que acomete doenças do sistema nervoso central, como AVC, PC, Esclerose múltipla, Lesão medular, etc.  Definição clínica: resistência, dependente da velocidade, ao estiramento passivo de um músculo, com reflexos tendíneos exagerados;  Hipertonia elástica: sinal de canivete  Reflexos tendíneos aumentados [afetando os músculos antigravitacionais – flexores do MMSS e extensores do MMII]  Componente da síndrome do neurônio motor superior  Sinais da espasticidade: hipertonia [aumento do tônus], clônus, hiperreflexia e sinal de Babinski positivo

 Síndrome do neurônio motor superior: conjunto de sinais e sintomas que ocorrem após lesões no córtex, tronco encefálico ou os axônios que fazem conexão com os NMI ou interneurônios no tronco encefálico ou medula;  Caracterizada inicialmente pela perda do controle motor voluntário e, posteriormente, pelo aumento da atividade motora involuntária;  Quanto mais rápido o examinador movimentar o membro do paciente Espástico, maior o aumento do tônus, porque há o estiramento do músculo [reflexo de estiramento], resultando em contração reflexa vigorosa.  RIGIDEZ MUSCULAR  Características das perturbações funcionais dos núcleos da base. Ex: doença de Parkinson;  Definição: resistência a movimentos passivos lentos ou rápidos, em todo o arco de movimento; possui reflexos tendíneos normais;  Hipertonia plástica: sinal de roda denteada  Atinge flexores e extensores igualmente OBS: Espasticidade [NMS]; Hipotonia [NMI]  AVALIAR O TÔNUS  Segurar um membro relaxado do paciente e tentar mover passivamente: observar o esforço necessário para superar a resistência;  Observar como um membro responde a uma agitação ou a ser solto subitamente;  Observar o movimento ativo do paciente

  1. Reflexo estilo-radial: percutir sobre apófise estiloide do rádio, com o antebraço semifletido e a mão em semipronação; como resposta, flexão do antebraço.
  2. Reflexo tricipital: percutir sobre o tendão do tríceps com o antebraço em flexão; como resposta, extensão do antebraço [cotovelo]
  3. Reflexo cúbito-pronador: percutir sobre o estiloide do cúbito (ulna), com o antebraço em semiflexão e semipronação; como resposta, pronação da mão.
  4. Reflexo patelar: percutir o tendão patelar com a perna em semiflexão (abaixo da patela); como resposta, extensão da perna.
  5. Reflexo aquileu: percutir o tendão de aquiles com o pé em dorsiflexão; como resposta, flexão plantar.  Reflexos superficiais (cutâneos): são nociceptivos, polissinápticos, e são examinados estimulando a pele de certas regiões para se obter contrações musculares reflexas.
  6. Cutâneo abdominal: estímulo sobre a pele do abdome; em resposta tem a contração dos retos abdominais, com desvio da cicatriz umbilical para o lado estimulado. [Fora para dentro]
  7. Cutâneo plantar: estímulo na planta do pé, pela borda externa, de trás para frente, lentamente, com pressão moderada; como resposta, flexão plantar dos dedos. OBS: o contrário da resposta do reflexo plantar [hiperextensão] é o sinal de Babinski  Motilidade e Força muscular:
  8. Amplitude de movimento: passiva e ativa através da goniometria [verificar o grau de amplitude que uma articulação consegue atingir] Movimentos: flexão e extensão; abdução e adução [verificar se os movimentos estão livres ou limitados]
  9. Força Muscular: necessita da compreensão do paciente para solicitar o movimento. 0 a 5 [0 é a ausência de contração e 5 consegue realizar movimento superando uma resistência maior]

OBS: se não for possível realizar o teste, observar a movimentação espontânea. o Avaliação funcional: avaliação de movimentos voluntários, estudo da força, investigação de paralisias; solicitar ao paciente que realize os movimentos de todas as articulações e em seguida, os movimentos finos nas extremidades; avaliar a força sempre comparando simetricamente; resistir aos movimentos realizados. o Visão funcional do exame de força: observar a realização de uma determinada tarefa para determinar se há movimento anormal, compensações ou fraqueza; orientar a avaliação com tarefas funcionais relevantes o Tarefas funcionais: atividades de alcance; atividades de preensão palmar; trocas posturais; análise do tronco; transição de sentado para em pé e marcha [observar como o paciente realiza as atividades].  Sistema sensorial: a sensibilidade tem a função de defesa e conservação do indivíduo e da espécie; depende de um sistema completo e aperfeiçoado, que possibilita ao organismo conhecer e sentir as características do meio externo e suas variações, bem como do meio interno.

  1. Sensibilidade Especial: depende de órgãos e sistemas específicos [sensib. Visual, olfatória, auditiva e gustativa]
  2. Sensibilidade Geral: receptores espalhados, não estão em órgãos localizados; sensibilidade protetora e discriminativa. PROTETORA: a) Dolorosa : estímulo – objeto pontiagudo [não perfurante] e objeto de ponta plana ou arredondada para diferenciar; b) Térmica : estímulo – dois tubos, um com água quente e outro com água fria [testar um de cada vez]; c) Tátil : estímulo – mão do terapeuta, algodão, qualquer outro objeto; o paciente deve sentir o contato e identificar o local. DISCRIMINATIVA / PROFUNDA: a) Tato – pressão: fazer uma pressão com mais vigor

o DISMETRIA: falha no controle da velocidade, força e direção do movimento em relação a uma distância previamente visualizada pelo paciente, quando este tenta alcançar um alvo.

  1. Teste dedo – nariz [index – nariz]: solicitar ao paciente que estenda o MMSS e depois toque a ponta do seu indicador na ponta do seu nariz, em velocidade lenta e depois rápida [1º olhos abertos; 2º olhos fechados]; realizar nos dois membros.
  2. Teste dedo – dedo [index – index]: solicitar ao paciente abduzir os braços, estender o MMSS e fletir os cotovelos, levar as pontas dos indicadores em direção à linha média e tentar tocá – los; fazer lento e depois rápido; com olhos abertos e depois fechados.
  3. Teste dedo – dedo do examinador [index – index do examinador]: tocar a ponta do indicador na ponta do dedo do examinador [90% do alcance máximo do paciente], nas 5 tentativas, mudar a posição do dedo do examinador.
  4. Teste calcanhar – joelho: solicitar que o paciente toque com a ponta do calcanhar no joelho contralateral, deslizar ao longo da tíbia até o hálux e trazer de volta até o joelho; realizar com os olhos abertos e fechados e nos dois membros.
  5. Teste da escrita: solicitar que o paciente escreva uma frase e desenhe um espiral; realizar nos dois membros o DECOMPOSIÇÃO DO MOVIMENTO: fragmentação da sequência integrada do movimento; o movimento é decomposto em componentes individuais, apresentando pequenas pausas e tornando-se lento, irregular e desajeitado.
  6. Teste de movimentos rápidos e alternados [diadococinesia]: avaliam a disdiadococinesia [solicitar ao paciente para bater a palma e em seguida o dorso da mão na coxa de forma rápida e alternada; primeiro de um lado e depois de outro.
  7. Teste do rechaço [rebote]: avaliação do comprometimento da parada; solicita ao paciente para manter o antebraço em flexão e supinação, com o punho cerrado, contra a resistência do examinador, que de modo súbito remove a tração.

o TESTE DE COORDENAÇÃO EM SITUAÇÕES DO COTIDIANO: observar os padrões de movimento durante tarefas simples ou completas. EX: abotoar e desabotoar a camisa ou roupa externa; utilizar prendedores para pregar roupas no varal; empilhar moedas ou objetos de diferentes tamanhos [podem ser utilizadas para evoluir o desempenho funcional ao longo do tempo].  Manobras Deficitárias: avalia pequenos déficits neurológicos; definir se foi positivo e como ocorreu.

  1. Braços estendidos: solicitar que o paciente estenda os dois braços e fique nessa posição por alguns segundos; pedir para o paciente fechar os olhos e observar se há oscilações.
  2. Manobra de Raimiste: flexão de cotovelo, manter os dedos da mão bem abertos e afastados, com os punhos estendidos e ficar nessa posição por alguns segundos com os olhos fechados; observar as oscilações
  3. Manobra de Mingazzini: pedir para o paciente manter os MMII em flexão a 90% e manter nessa posição com os olhos fechados; observar oscilações.
  4. Queda do MMII em abdução: pés apoiados na maca e solicitar que o paciente fique nessa posição com os olhos fechados; os pés devem estar próximos, mas não juntos; positivo se os MMII caírem em abdução
  5. Manobra de Barré: em DV; fletir os joelhos e manter nessa posição com os olhos fechados.  Equilíbrio: pode ser considerado uma habilidade motora complexa; a orientação postural envolve todo o controle ativo do alinhamento do tônus em relação à gravidade, suporte, ambiente visual e referências internas; é o controle da posição corporal com objetivo de estabilidade e orientação; manter o centro de massa dentro da base de apoio. o A habilidade de manter, atingir e restaurar o equilíbrio deve ocorrer em qualquer postura adotada; o Não ocorre somente para manter a postura, mas também para a mobilidade, realização de AVD’s de forma segura e em reações frente a perturbação externa;

c) Apoio médio: quadril neutro; extensão de joelho; dorsiflexão d) Postura / apoio final: corpo para frente e retirada do calcanhar do chão; extensão de quadril e joelho; flexão plantar e) Pré – balanço: final da fase de apoio; flexão de joelho e flexão plantar o Fase de balanço [40%]: pé sai do chão a) Balanço inicial: após a retirada dos dedos; flexão de quadril e joelho; flexão plantar; b) Balanço médio: inércia; flexão de quadril e joelho; tornozelo neutro c) Balanço final: desaceleração; preparar para o contato; flexão de quadril; extensão de joelho e dorsiflexão. o Como avaliar a marcha: filmagem no plano frontal e lateral para depois analisar ciclos, fases e subfases; avaliar em contextos distintos. o Se o paciente não realiza a marcha: descrever como ele se locomove, grau de independência e buscar respostas as inúmeras perguntas realizadas [por que ele não anda?]