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A Liberdade Contra o Estado: Análise da Crise Financeira Americana, Esquemas de Relações Internacionais

Este documento discute o papel do estado na sociedade americana, particularmente na década de 1970 a 2008, e sua influência na crise financeira. A autora examina a teoria de john stuart mill sobre a liberdade individual e o poder do estado, e como essas ideias se relacionam com a crise. O texto também aborda a história específica da crise financeira, incluindo a participação de bernie madoff, fannie may e freddie mac, e o papel do governo em manter a liquidez do mercado imobiliário.

O que você vai aprender

  • Qual é a teoria de John Stuart Mill sobre a liberdade individual e o poder do Estado?
  • Quais papéis desempenharam Bernie Madoff, Fannie May e Freddie Mac na crise financeira?
  • Como o Estado influenciou a crise financeira americana?

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tucupi
Tucupi 🇧🇷

4.6

(74)

401 documentos

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TÍTULO: OBJETIVISMO RANDIANO E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAISTÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAISÁREA:
SUBÁREA: CIÊNCIAS SOCIAISSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDASINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): RAFAEL ARAUJO BELFIOREAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): SIMONE APARECIDA JORGEORIENTADOR(ES):
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TÍTULO: OBJETIVISMO RANDIANO E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAISTÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAISÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS SOCIAISSUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDASINSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): RAFAEL ARAUJO BELFIOREAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): SIMONE APARECIDA JORGEORIENTADOR(ES):

OBJETIVISMO E O COLAPSO FINANCEIRO GLOBAL

O NOVO PARADIGMA PARA AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

RAFAEL ARAUJO BELFIORE

1. RESUMO

Diante da ascensão do capitalismo no Pós Segunda Guerra, constatou-se em caráter central das discussões político- econômico-filosóficas o uso da razão como meio para se alcançar o conhecimento e novas descobertas. Não diferente no mundo contemporâneo, o uso da razão também é conhecido, sobretudo, na lógica cientificista. No entanto, constata-se um agente no qual tem influenciado e muitas vezes interpelando tais avanços que com o seu poder e influência seja no âmbito jurídico, como físico, coíbe a liberdade e o objetivismo do indivíduo em si; o Estado. Trarei ao centro desta discussão a filosofia objetivista a partir dos conceitos criados pela filósofa-romancista russa, Ayn Rand, aplicando tais preceitos cronologicamente até o colapso financeiro global ocorrido em setembro de 2008 nos Estados Unidos. Munido pelas diversas escolhas político-econômicas, nas quais os governos não só do país em questão, mas daqueles cujas economias estão altamente atreladas, sobretudo no conceito de interdependência. Trago esta discussão em pauta, no momento em que é notado o constante avanço da vontade do indivíduo social, em âmbito pessoal e objetivo, sendo desconstruído a fim de uma causa pré-disposta por grupos detentores de poder que delimitam por meio de leis e regulamentações o fim de sua atuação pessoal.

2. INTRODUÇÃO O objetivo central desse trabalho é estudar que a história, em grande parte, mostra que as civilizações definiam seus próprios conceitos de ordem e em cada uma delas há a convicção de que o centro do mundo se dá aos seus princípios como universalmente relevantes. Hoje, as Relações Internacionais se dão em uma base global, e os diferentes conceitos históricos sobre ordem mundial estão se encontrando e, assim, gerando um grande debate. As regiões participam das questões de alta política umas das outras de forma quase instantânea, sobrepondo-se algumas vezes de suas próprias convicções de interesses nacionais. Contudo, não há consenso entre os maiores atores sobre as regras e os limites que guiam esse processo, ou sua direção principal. O resultado deste processo é uma crescente tensão. O desafio, portanto, principal do século XXI trata-se basicamente da construção de uma ordem internacional partilhada num mundo de perspectivas históricas divergentes, conflitos violentos, proliferação tecnológica e extremismo ideológico. Nesse sentido, nota-se a ausência maior da preocupação com o indivíduo como detentor de vontades particulares e individuais a fim de sacrificá-lo em prol da vontade do Estado ou ainda aos Organismos Internacionais. (KISSINGER, Henry, Ordem Mundial). Em A Revolta de Atlas, por Rand, cujos personagens são projeções de homens ideais, representações de ideais éticos e filosóficos traz a filosofia do objetivismo. Esta pode ser resumida em quatro princípios básicos: a) a realidade objetiva existe, independente da observação do homem; b) a razão é o único meio de o homem apreender o real; c) cada indivíduo é um fim em si mesmo, não devendo sacrificar suas vidas por outros, nem sacrificar os outros por si; d) o capitalismo é o único sistema moral capaz de garantir as liberdades políticas econômicas e individuais. A partir destes princípios a autora ao basear-se na sociedade americana dirá que a liberdade foi responsável por suas maiores conquistas. Partindo do século XIX, no qual inventores e empresários criaram uma onda de inovações que elevaram o padrão de vida e mudou a maneira como as pessoas vivem. Por isso, para que esse sucesso seja alcançado em âmbito global, a liberdade econômica é fundamental. Identifica-se nesse sentido a ação do indivíduo como fundamental para o sucesso e avanço nos dias de hoje. O coletivismo mostra-se enfraquecido uma vez que a razão, não a fé ou emoção, é o único meio do homem adquirir conhecimentos. A filosofia objetivista ou randiana é, portanto, individualista, afirmando que o fim do governo é proteger o direito soberano dos indivíduos, opondo-se a noção coletivista de uma sociedade. No âmbito político e econômico, o objetivismo defende o chamado Laissez Faire, um sistema de livre mercado que legalmente impede o governo de restringir as atividades produtivas do homem. Este, comporta-se como o único sistema filosófico que protege a liberdade da mente humana. A preocupação central com o indivíduo se dá no momento em que no processo histórico a civilização pode muito bem retroceder e voltar a períodos de decadência e barbárie – exemplos disto: Europa, a China e com o Islã. Invariavelmente, o discurso dos grupos detentores de poder, que por meio da insensatez moral coroem as relações humanas abdicando por completo o avanço da sociedade. Isto se dá, a partir das decisões nas mais diferentes esferas, neste caso, econômica Sendo assim, é possível afirmar que o objetivismo é o caminho a ser considerado em âmbito internacional na construção de uma nova sociedade pós-colapsada economicamente? 3. OBJETIVOS O objetivo específico desse projeto é definir a partir dos problemas especiais do monopólio e da produção de bens públicos, mostrar-se-á por que o capitalismo é economicamente superior quando comparado à sua alternativa por três razões estruturais. A primeira é que só o capitalismo pode alocar racionalmente, ou seja, de acordo com as avaliações dos consumidores, os meios de produção; a segunda é que só o capitalismo pode assegurar que, com a qualidade das pessoas e a alocação dos recursos que estão sendo dadas, a qualidade da produção realizada atinge seu nível ótimo na medida em que é novamente julgado segundo as avaliações dos consumidores; e a terceira é que, considerando uma determinada alocação dos fatores de produção e a qualidade da produção, e mais uma vez julgado de acordo com as avaliações dos consumidores, só o sistema de mercado pode garantir que o valor dos fatores de produção seja conservado de forma eficiente ao longo do tempo (HOPPES, Hans-Hermann, 2011). 4. METODOLOGIA O trabalho de pesquisa bibliográfica dar-se-á, através de livros específicos sobre os tópicos em pauta, além de artigos científicos e vídeos especializados do tópico abordado.

uma nova bolha. O governo, liderado pelo republicano, George W. Bush, em consenso com o tesouro americano estimulou a economia com um pacote de incentivos fiscais no valor de U$S 700 bilhões. Esse montante teve como principal enfoque manter os ganhos dos bancos e traduzir a recessão em estímulos para que os cidadãos mantivessem seus sonhos da casa própria, o chamado “ american dream ” e, por sua vez, adquirissem novos empréstimos. Outros governos ao redor do mundo tiveram a mesma atitude e recorreram ao tesouro como forma de manter a liquidez do mercado. Esta prática, aliada a baixa taxa de juros, culminou num aumento crescente e acelerado nos preços dos imóveis, além disso, amparados pelo governo que propositalmente estimulou estes mesmos bancos a ceder os empréstimos sob cada vez maior risco, isto é, àquelas cujas rendas ou históricos não pudessem outrora ter acesso a este capital, puderam obter empréstimos ainda maiores. Os ativos cedidos pelos bancos a cada empréstimo solicitado quando atingiam o limite comportado pela instituição às “GSCs” amparavam e compravam-nos, no entanto a fim não manter estas perdas como parte das contas públicas, no caso, sob o governo, as mesmas eram vendidas como títulos imobiliários sob alto grau de confiabilidade. Governo de todo o mundo e feeder funds adquiriam estes títulos angariando prêmios consistentes por sua solidez até que, setembro de 2008, com uma nova crise econômica estes títulos nada valiam, afinal, uma vez securitizados eram apenas grupos de títulos de alto risco de baixo valor. Governos como o da Alemanha, Itália, Canadá, Coréia do Sul e Reino Unidos tiveram que socorrer seus bancos após as fortes baixas sofridas. Em novembro de 2008, pós-novo colapso financeiro desta vez no setor imobiliário, o governo agora liderado pelo democrata Barack Obama prepara um novo pacote de estímulos no valor de U$S 787 bilhões, além disso, a taxa de juros chegou ao patamar de 0,00% ao ano. Na prerrogativa de atuação pontual da economia, muito dinheiro foi perdido, acredita-se que apenas um terço do montante total do pacote de investimentos foi, de fato, utilizado, no entanto boa parte deste capital foi perdida, pois seguiam em áreas que não necessariamente precisavam de estímulos. Mais tarde, as grandes montadoras americanas, GM e Chrysler22, recorreram ao governo, pois não conseguiriam manter-se em pleno funcionamento e, assim, muitos postos de trabalhos seriam perdidos. Um novo pacote de ajuda é feito pelo governo, neste caso, em torno de U$S 100 bilhões. Governo ao redor do mundo, sofrendo pela mesma causa tiveram que tomar as mesmas medidas a fim de socorrer as indústrias nacionais e manter a liquidez do mercado sem atingir trabalhadores e suas respectivas economias. Em 2009, a despeito de épocas anteriores de colapsos econômicos e, conforme bem-dito pelo top trend , Celente, uma nova bolha é criada, fenômeno conhecido como bail out , desta vez, uma bolha de escala global. Já a partir do ano de 2010, a soma destes pacotes de investimentos feito pelo governo norte-americano ultrapassaram em valores o que foi gasto na participação dos Estados Unidos na Primeiras e Segunda Guerra Mundial, Guerra da Coréia, do Vietnam, invasão ao Iraque, Plano Marshall4 “ New Deal” e a chegada à Lua, ou ainda, a soma de todos os governos desde George Washington à Bill Clinton. No governo de Barack Obama, os valores somados chegam a ultrapassar todos os eventos citados anteriormente, inclusive de Bush. Nesse sentido e na mesma perspectiva, outros Estados cujos problemas econômicos já assolam diretamente a população é vista uma somatória de dívidas externas que ultrapassam seus PIBs, como foi o caso da Islândia. Este Estado, um dos mais ricos até então, decreta falência e uma instabilidade política e social é vivida do país causando confrontos jamais vistos por aquela população. A Grécia, tem hoje algo em torno de 135% de seu PIB já comprometidos; Itália, Espanha, Portugal e, o próprio Reino Unidos, estão na mesma situação. Desta forma, esta bolha de escala global cujo alcance sem precedentes continue a aumentar pergunta-se quem, afinal, poderá ser o fiador em caso de falências múltiplas, desta vez, dos Estados. O conjunto apresentado até aqui não configura um sistema totalmente desregulado, como presume o laissez-faire , ao contrário, representa um sistema altamente intervencionista, no qual, políticos e burocratas determinam o comportamento do mercado. O sistema bancário, por sua vez, garantido pela implícita ajuda do governo goza de sua posição quando o sistema falhar, logo, ao ponto que um Banco Central lhe garanta dinheiro para suas expansões crescentes.

7. FONTES CONSULTADAS BELTRÃO, Helio. O maior esquema de pirâmide do século – como Bernie Madoff enganou meio-mundo durante trinta anos ,

  1. Disponível em: < https://www.mises.org.br >. Acesso em: 22 ago. 2016; DEVELL, Henry. Overdose: the next financial crisis , 2010 – Journeyman Pictures. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=4ECi6WJpbzE >. Acesso em: 07 jul 2016; FRED. Median sales price for new houses sold in the United States: 2013 Disponível em: research.stlouisfed.org. Acesso em: 28 ago. 2016; IORIO, Ubiratan Jorge. O Estado é um esquema Ponzi compulsório – e eventuais ajustes fiscais não resolverão isso , 2016. Disponível em: < https://www.mises.org.br >. Acesso em: 22 ago. 2016; KISSINGER, Henry. Ordem mundial ; tradução de Cláudio Figueiredo. - 1ed. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2015; RAND, Ayn, 1905 – 1982. A revolta de atlas ; tradução de Paulo Britto; São Paulo: Arqueiro, 2012; RAND, Ayn Institute. Introduction to Objetivism. Disponível em: < https://www.aynrand.org/ideas/philosophy#inrand'swords-1 >. Acesso em: 08 mai. 2016. ROQUE, Leandro. A recessão nos EUA acabou , 2009. Disponível em: < https://www.mises.org.br >. Acesso em: 22 ago. 2016; ROQUE, Leandro. Como ocorreu a crise financeira americana , 2013. Disponível em: < https://www.mises.org.br >. Acesso em: 22 ago. 2016; SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico , 23ed, rev. E atual. – São Paulo, Cortez, 2007; SILVA, Guilherme A. Dicionário de Relações Internacionais , Williams Gonçalves. – 2. Ed. rev. E ampl. – Barueri, SP: Manole, 2010; SOROS, George. O novo paradigma para os mercados financeiros: a crise atual e o que ela significa / George Soros; [tradução: Lucia Boldrini e Paulo Magliacci]. – Rio de Janeiro: Agir, 2008; TUCKER, Jeffrey. O filme “A grande aposta” e os mercados – os reais culpados tiveram um passe livre , 2016. Disponível em: < https://www.mises.org.br >. Acesso em: 22 ago. 2016.