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Este documento discute uma estratégia possível para reduzir o número de cintilografias realizadas em casos de citopatologia indeterminada da tireóide, baseada na cintilografia da tireóide após o fluxograma iniciado pela paaf. O texto apresenta dados sobre a prevalência de nódulos hipocaptantes e hipercaptantes em diferentes populações e os resultados de testes funcionais, incluindo o teste de supressão de t3, para avaliar a função autônoma dos nódulos. O documento também discute as limitações dos testes e as proporções de pacientes com diferentes níveis de tsh.
Tipologia: Notas de estudo
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3.3.2 tlistopatologia de Nódulos Hipercaptantes da Tireóide e sua correlação com a citopatologia. 97
3.5.1 Resultadosfrente aos diferentes encontrados exames nos bócios realizados uninodularcs
4.1 ESTIMATIVA DA PREVALf~NCIA RI~LATIVA DE NST IIIPHRCAPTANTFS lJNINODULARES SUBMHTIDOS H AI JTÔNOMOS A CJNTILOGRAFIA I~NTRL OS B()CIOS
4.2 AVALIAÇÃO IIIPI~RCAPTANTHS FUNCIONAL I~ AtrnlNOMOS DOS NST
105 108 121 123
estimulante da tireóide (TSH) (^4 ). Vários estudos demonstraram que com a adoção destas modalidades de seleção constatava-se wna baixa proporção de diagnósticos de carcinomas por cirurgias realizadas (In_
Os fluxogratnas de diagnóstico diferencial e de maneJo clínico foratn desenvolvidos como uma metodologia de potencialização de recursos, para tornar o raciocínio clínico mais linear. No caso dos nódulos solitários de tireóide, os 1luxograrnas já desenvolvidos visavarn, primariamente, di fcrcnciar os nódulos malignos ou suspeitos que deveriam se submeter à tircoidectomia, dos nódulos benignos que deveriam receber um acompanhatnento clínico t^1 ·^5 · 12 _^1 i)).
A cintilografia de tireóide con1 lodo 131 foi o prÍlneiro exame a receber maior aceitação clínica neste intento e os primeiros tluxogratnas (S,t 3 -^15 ) iniciavam pela distinção entre nódulos hipercaptantcs, ou não, pois haveria menor risco de neoplasia nos pnmetros (5,13,14,20-31)^ Na década de 70, introduziu-se na prática clínica a punção aspirativa com agulha fina (PAAF) dos nódulos tireoidianos que se apresentassem não- hipercaptantes ao estudo cintilográfico inicial (1 2 ,^11 ). Esta obteve ampla aceitação clínica já ao longo da década de 70 r\ 2 )·Ll 5 > c tal forma de avaliação seqüencial mostrou-se mais eficiente em selecionar os pacientes para cirurgia e diminuir o número de cirurgias desnecessárias rv) l.
Ao longo da década de 80, vários estudos demonstraram a capacidade da PAAF em selecionar, acuradamente, para cirurgia os pacientes com 1naior risco de neop1asia maligna rH,JCJ-'^15 ). A sensibilidade média deste proceditnento avaliada por Van
Herle et a!. (S), em 1982, foi de 92% e, segundo Gharib et a!. (l 2 ) ,em 1993, de 65 a 98%. Estes valores não diferiam muito da sensibi1idade média do exan1e de cintilografia de tireóide com lodo 131 de 96%, avaliada també1n por Van Herle et al. (S) ,etn 1982. No entanto, a especificidade média da PAAF de 74~>, segundo Van I·Ierle et a!. (S) ,ou de 72- lOOo/o, segundo Gharib et a!. (l 2 ) ,era tnuito superior aos 17% descritos por Van Herle et a!. (S) para o exame cintilográfico.
especificidade do exame cintilográfico, a grande maioria dos pacientes se submeteria aos dois proceditnentos, resultando nun1 gasto maior de recursos materiais e amnentada duração do tempo de avaliação (l-f,ll)) 7 " 16 ). Alguns estudos calcularam a econ01nia que poderia ser obtida pela supressão da cintilografia de tireóide cotno procedirnento inicial ( 37 ,"^16 ). Esta inversão objetivava melhorar a relação custo/benefício da investigação.
A PAAF, no entanto, apresenta uma limitação que pennanece, apesar do aprimoran1ento das técnicas das classificações dos resultados: o diagnóstico diferencial das lesões fo1iculares que ocorre em 20 a 30{~~> dos aspirados ( 12 ,.n) c são descritos con1o ""sugestivo de neoplasia folicular" ou indeterminados. Nesses casos, estaria recotnendada a cintilograria de tircóide c, somente na presença de nódulos hipcrcaptantes, não estaria In^.^ d.1ca a a^ d^ ttreot.^ .d cctomta.^ (1·^ ·I' ~.^ l(i^ ·17).
Outro fator que colaborou para a menor valorização da cintilografia de tireóide con1o procedimento iniciai foi os estudos de Gharih et al. (·Hn, etn 1987, c
dados de estudos produzidos no final da década de 80 e início da década de 90 nos fariam refletir novatnente em sentido contrário.
Os estudos de Papini e/ ai. (úl) ,em 1993 demonstraram que o tratamento supressivo resulta de forma significativa numa maior proporção de regressões do volmne nodular do que o uso de placebo. Baseado neste estudo e na literatura pregressa, DS Cooper (^62 ), em 1995, recomendava um curso de tratamento supressivo por utn ano, para manter o TSH <0, l miU/L nos hotnens e nas tnulhercs pretnenopáusicas, e u1n
pós-menopáusicas cujo nódulo benigno cresceu após utn ano de observação. Boguszewski et ai. <óJ) ,em 1994, den1ontraram que o uso de placebo resulta etn mna maior progressão do volmne nodular do que o tratamento supressivo. E La Rosa et ai. (M), em 1995, con1provaran1 que, no subgrupo de pacientes con1 nódulo tireoidiano 1nenor do que 3,5c1n e diagnosticado há menos de utn ano, o tratmnento supressivo protnove mna di1ninuição significativa do volmne tireoidiano médio e há uma significativa tnaior proporção de respostas favoráveis neste grupo do que a encontrada cotn o uso de placebo. Estes trabalhos sugeretn que o tratamento supressivo pode ser efetivo, en1bora apenas num subgrupo selecionado de pacientes com nódulos hipocaptantes, logo, os nódulos deveriam ser selecionados entre os hipcrcaptantcs, ou não, para evitar o tratan1ento supressivo e1n nódulos autônomos.
Embora o estudo de Liel et ai. (úSJ não tivesse detnonstrado un1 maior número de resultados citopatológicos positivos em nódulos hipercaptantes, o estudo de Wal fish et ai. (<>úl mostrou um alto percentual ( 58,3%,) de amostras citopatológicas
positivas nestes casos, e não somente do tipo folicular (25<%). Logo, a utilização da PAAF em NST hipercaptantes (NSTll) é um tetna controverso, visto que a sua hipercelularidade poderia causar um awnento dos índices de tàlso-positivos (^66 ) e, conseqüentemente, do nún1ero de cirurgias realizadas (SO). Portanto, não estaria resolvida na literatura a hipótese de Van I Ierle (S) , de que a maioria dos nódulos hipercaptantes terimn uma citopatologia sugestiva de neoplasia folicular e seria1n identificados pela cintilografia subseqüente.
Muitos pacientes e c1ínicos poderiam rejeitar a oferta de um procedÍlnento invasivo inicial como a PAAF somente com o objetivo de diminuir custos, visto que a prevalência de carcinomas em nódulos autônomos é suficientetnente pequena (1 9 ·^67 ) ou c O mpos t a por casos d e carcmomas,^ ·^ pélJJI·I:lres~· ~ ·^ <^55 -^57 ·w·- -^65 ú])^ ()Cttltos· ·^ de^ r·1·sco^ clt'nt.co reduzido (l\l)' podendo inclusive induzir a cirurgias de valor prognóstico discutível.
As PAAF com amostras repetidamente insuficientes para o diagnóstico também colocmn os clínicos diante de wn dilema terapêutico. A utilização do tratatnento supressivo como forma de distinguir entre neoplasia maligna e lesão benigna parece ser insuficientemente sensível ou específica Poder-se-ia optar entre o acompanhamento ecográfico dos pacientes de 1nenor risco ou o tratamento cirúrgico em todos os casos. Mais wna vez, seria itnportante a distinção entre nódulos hipercaptantes, ou não, nestes casos.
O trabalho de Gordon e/ a!.^16 x) , em 1992, observando que 3 nódulos etn 2
o teste estimulatório do TSH com o uso do Hormônio Liberador do TSH- TRH (Teste do TRII) e o teste de supressão da captação do lodo 131 pela tireóide com o uso de T exógeno, para que estes sejam atualmente considerados dispensáveis, em específico, na avaliação do nódulo hipercaptante (^ IXJ,7)
Da mes1na forma, pouco tem-se utilizado da avaliação funcional corno meto de decisão e1n casos de eutireoidismo (7.J)·.^ E' claro que dosagens honnonais sugestivas de hipo ou hiperfunção tireoidiana modificarão a conduta clínica, 1nas resultados dentro da normalidade não pareciam ter influência con1o um fator de decisão. Tong 05 ) ,em 1993, sugeriu que, seguindo-se o fluxogratna iniciado pela PAAF descrito
citopatologia indeterminada smnente quando o TSH fosse subnonnal, dilninuindo o número de cintilografias realizadas. Esta proposta foi rejeitada por Mazzaferri 06 ) que salientou que tal procedimento elevaria os custos, por aumentar o nútnero de indicações cirúrgicas, porque menos da metade dos casos de nódulos hipercaptantes são inicialmente tireotóxicos (^73 ). Woeber o-n, em 1995, sugeriu uma forma de tluxogra1na
limite do TSH, onde estaria indicada a cintilografia para um ponto indeterminado definido como baixo, sem especificar qual seria esse limite, pois não havia na literatura uma avaliação aproximada do ponto de corte do TSI I que abrangesse os todos nódulos
1.2.0BJETIV()S
I - Estimar a prevalência relativa de nódulos de tireóide hipercaptantes e autônomos entre os hócios uninodulares que realizaram cintilografia de tireóide em utna região considerada como relativmnente deficiente de Iodo.
2 -Comparar a medida do TSH basal e após o teste do TRH cotn o teste de supressão cotn T3 en1 NSTH na avaliação da presença de autonon1ia e correlacionar os resultados dos testes do TRH cotn a medida do TSH basal pelo tnétodo fluoroimunométrico em NSTH e controles.
3 -Avaliar os achados citopatológicos da PAAF dos NSTH c correlacioná- los os achados de histopatologia dos NSTII.
4 - Com base nos dados acima analisar as alternativas do e1nprego dos procedimentos diagnósticos uti1izados na avaliação do NST.
9
A prevalência dos nódulos de tireóide varia com a idade, o sexo e a origem da população estudada. Nos Estados Unidos, a ocorrência, especiahnente em mulheres, tem sido elevada. Etn 1959, Sokal c^8 o) estilnou que 3% da população a1nericana tivesse nódulos de tireóide ao exatne clínico. Uma década 1nais tarde, mn outro estudo relatou que apenas 0,47% da população de Tecumseh, Michigan, tinha nódulos de tireóide (SI). Em 1968, Vander (I) relatou que 4,2% da população adulta entre 30 e 59 anos, etn Fratningham, Massachusetts, possuiatn nódulos de tireóide. Cerca de tnetade dos casos era devida a NST e estes ocorriam quatro vezes mais em mulheres (6,4~~) do que etn homens ( 1 ,5°/o). Durante os 15 anos de seguimento desta população, observou-se o aparecimento de nódulos em 1,4^1 % da mesma, podendo estimar-se que, em uma população não irradiada, a taxa de aparecimento de nódulo clínicamente palpável é de 0,08 a 0,09~1>/ano {I).
pequena em crianças e bastante cotnmn e1n pessoas idosas. Nódulos de tireóide foram detectados e1n 1 ,5% de um grupo de crianças entre 11 e 18 anos no Arizona <^82 ) e etn
um grupo de crianças escolares no Rio Grande do Sul avaliadas por Lisboa (^84 ). Estudo realizado na população mais idosa demonstrou uma prevalência de 5% etn pessoas co1n
grupo de adultos com 25-75 anos c^86 l_ Esta alta freqüência foi confirmada en1 estudos amencanos^.^ c europeus (87-89).
li
Em estudos de autópsias, observa-se que, aproxin1ada1nente, n1etade das tireóides normais à palpação possuetn wn ou mais nódulos (^90 '^9 1). Utn grau de preva- lência intermediário é observado e1n pacientes avaliados por ultra-sonografia (^86 ' 92 -^97 ).