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O Poder do Não Positivo: Teorias de William Ury, Exercícios de Contabilidade

Este documento discute as dificuldades em dizer o 'não' e as consequências negativas que isso pode trazer, baseado nas teorias de william ury. O texto aborda as razões pelas quais é difícil dizer 'não', as armadilhas que nos impedem de fazê-lo e as abordagens possíveis para lidar com essa situação. Além disso, oferece conselhos práticos para dizer 'não' de forma positiva e respeitando as necessidades de todos.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância de dizer 'não' em situações adequadas?
  • Quais são as armadilhas que nos impedem de dizer 'não'?
  • Como podemos dizer 'não' de forma positiva e respeitando as necessidades de todos?

Tipologia: Exercícios

2015

Compartilhado em 05/11/2022

marcioodor
marcioodor 🇧🇷

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O poder do não positivo – teoria de William Ury
Você se deu conta de quantos “sim” você diz quando sua vontade real é dizer
“Não”? Quando isso acontece, acabamos experimentando uma profunda sensação de
desgosto, de raiva, de frustração e de irritação conosco mesmo. Mesmo assim, é difícil
aprender: esse tipo de situação é tão comum que acaba se tornando um grande ladrão de
tempo na nossa vida. E, pior do que isso nos mantém reféns da esfera das circunstâncias.
As razões para dizer esse “sim” na hora errada são as mais variadas possíveis. Sentimos
uma espécie de necessidade de ser sempre solícitos e agradáveis. Fazemos nossa parte para
manter nossas amizades. Temos medo de decepcionar as pessoas. Outro motivo muito comum
é o medo de assumir o controle da situação: quando respondemos “sim” às demandas alheias,
nos calamos diante de nossas próprias decisões. Não importa os motivos. Cada um tem os seus
– mas quando respondemos de forma positiva a uma resposta que merecia ou deveria receber
um “não”, estamos terceirizando nossa administração pessoal. E isso é grave.
A armadilha dos três C’s:
O Não talvez seja a palavra mais importante em nosso vocabulário, mas é a mais difícil
de dizer com propriedade. William Ury, comenta em seu livro “O poder do Não positivo” o
seguinte: “quando pergunto aos participantes dos meus seminários, por que consideram um
desafio dizer Não, as respostas mais comuns são”:
Não quero perder o negócio
Não quero estragar o relacionamento
Tenho medo de retaliação
Vou perder meu emprego
Sinto culpa, não quero magoar os outros
No âmago da dificuldade para dizer Não reside a tensão entre exercer o seu poder e
cuidas do seu relacionamento. Exercer o seu poder, embora seja o fundamento do ato de dizer
Não, pode gerar estresse em seu relacionamento, enquanto cuidar desse relacionamento pode
enfraquecer seu poder. Existem três abordagens frequentes do dilema poder versus
relacionamento:
Ceder: dizemos sim quando queremos dizer NÃO - A primeira abordagem é enfatizar
o relacionamento, mesmo quando isso significa sacrificar nossos principais interesses. Essa é a
abordagem da acomodação. Dizemos sim quando queremos dizer não. A acomodação implica,
em geral, em um Sim malsão que compra uma paz temporária, mas que poderá trazer
consequências mais graves no futuro. Atualmente a metade dos nossos problemas deriva de
dizermos Sim quando deveríamos dizer Não. O preço de dizer Sim quando devemos dizer Não,
nunca foi tão alto.
Combater: dizemos Não muito mal o oposto da acomodação é combater. Usamos
nosso poder sem nos preocuparmos com o relacionamento. Se a acomodação resulta do
medo, o combate deriva da raiva. Podemos sentir raiva do outro em razão de um
comportamento que nos magoe, ou nos sentir ofendidos por uma exigência descabida, bem
como simplesmente frustrados diante da situação. Automaticamente, investimos e atacamos –
dizemos Não de uma forma que fere o outro e destrói o relacionamento. “Falar em um
momento de raiva é a maneira infalível de produzir o discurso que mais arrependimento lhe
trará no futuro” (Ambrose Bierce). No âmago de todo o conflito destrutivo, grande ou
pequeno, existe um não colocado de forma inapropriada.
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Baixe O Poder do Não Positivo: Teorias de William Ury e outras Exercícios em PDF para Contabilidade, somente na Docsity!

O poder do não positivo – teoria de William Ury

Você já se deu conta de quantos “sim” você diz quando sua vontade real é dizer “Não”? Quando isso acontece, acabamos experimentando uma profunda sensação de desgosto, de raiva, de frustração e de irritação conosco mesmo. Mesmo assim, é difícil aprender: esse tipo de situação é tão comum que acaba se tornando um grande ladrão de tempo na nossa vida. E, pior do que isso nos mantém reféns da esfera das circunstâncias. As razões para dizer esse “sim” na hora errada são as mais variadas possíveis. Sentimos uma espécie de necessidade de ser sempre solícitos e agradáveis. Fazemos nossa parte para manter nossas amizades. Temos medo de decepcionar as pessoas. Outro motivo muito comum é o medo de assumir o controle da situação: quando respondemos “sim” às demandas alheias, nos calamos diante de nossas próprias decisões. Não importa os motivos. Cada um tem os seus

  • mas quando respondemos de forma positiva a uma resposta que merecia ou deveria receber um “não”, estamos terceirizando nossa administração pessoal. E isso é grave. A armadilha dos três C’s: O Não talvez seja a palavra mais importante em nosso vocabulário, mas é a mais difícil de dizer com propriedade. William Ury, comenta em seu livro “O poder do Não positivo” o seguinte: “quando pergunto aos participantes dos meus seminários, por que consideram um desafio dizer Não, as respostas mais comuns são”:  Não quero perder o negócio  Não quero estragar o relacionamento  Tenho medo de retaliação  Vou perder meu emprego  Sinto culpa, não quero magoar os outros No âmago da dificuldade para dizer Não reside a tensão entre exercer o seu poder e cuidas do seu relacionamento. Exercer o seu poder, embora seja o fundamento do ato de dizer Não, pode gerar estresse em seu relacionamento, enquanto cuidar desse relacionamento pode enfraquecer seu poder. Existem três abordagens frequentes do dilema poder versus relacionamento: Ceder: dizemos sim quando queremos dizer NÃO - A primeira abordagem é enfatizar o relacionamento, mesmo quando isso significa sacrificar nossos principais interesses. Essa é a abordagem da acomodação. Dizemos sim quando queremos dizer não. A acomodação implica, em geral, em um Sim malsão que compra uma paz temporária, mas que poderá trazer consequências mais graves no futuro. Atualmente a metade dos nossos problemas deriva de dizermos Sim quando deveríamos dizer Não. O preço de dizer Sim quando devemos dizer Não, nunca foi tão alto. Combater: dizemos Não muito mal – o oposto da acomodação é combater. Usamos nosso poder sem nos preocuparmos com o relacionamento. Se a acomodação resulta do medo, o combate deriva da raiva. Podemos sentir raiva do outro em razão de um comportamento que nos magoe, ou nos sentir ofendidos por uma exigência descabida, bem como simplesmente frustrados diante da situação. Automaticamente, investimos e atacamos – dizemos Não de uma forma que fere o outro e destrói o relacionamento. “Falar em um momento de raiva é a maneira infalível de produzir o discurso que mais arrependimento lhe trará no futuro” (Ambrose Bierce). No âmago de todo o conflito destrutivo, grande ou pequeno, existe um não colocado de forma inapropriada.

Calar: não dizemos coisa alguma – uma terceira abordagem frequente é o silêncio. Não dizemos Sim nem dizemos Não, não dizemos coisa alguma. O silêncio é, hoje em dia, uma resposta extremamente comum aos conflitos, principalmente nas famílias e nas empresas. Por temer ofender os outros e provocar raiva ou reprovação não dizemos coisa alguma, na esperança de que o problema desapareça, mesmo sabendo que ele não vai desaparecer. Calar pode custar caro, não só à nossa própria saúde, causando pressão alta e úlceras, mas também à saúde da empresa, enquanto os problemas aumentam até se tornarem crises inevitáveis. Marthin Luther King Jr. disse “O fim das nossas vidas começa quando calamos sobre o que é importante”.

O poder do não positivo – o método

Talvez o maior equívoco que cometemos ao dizer Não, seja começar do Não. O nosso Não deriva daquilo a que nos opomos – a exigência ou o comportamento do outro. Um Não positivo demanda que façamos precisamente o oposto, baseando o nosso Não naquilo que defendemos. Ao invés de começar do Não, comece do Sim. Ancore seu não em um sim mais profundo – um sim a seus interesses vitais e àquilo que realmente importa. Desta forma você terá uma causa, um propósito, um motivo forte que te dará mais força para dizer seu Não positivamente à outra parte. Mas lembre-se, não é só dizer o Não, mas também o motivo do não. Quando damos uma justificativa forte para o nosso Não, a outra parte para analisar o contexto da situação e as possibilidades de acordo serão muito maiores. Portanto, a primeira etapa do método é desvendar o Sim que existe por trás do seu Não. Quanto mais você se aprofundar na sua motivação central, mais poderoso será sei Sim, e consequentemente, mais poderoso será o seu Não. Vamos à segunda etapa do método! Dizer “Não” não é fácil. O outro pode reagir com veemência ao seu Não. Você precisa de confiança para se impor diante da reação do outro. Precisa de poder para ser capaz de manter o seu Não se o outro se recusar a respeitá-lo. Por isso, tão crucial quanto desvendar o seu Sim é conferir poder ao seu Não. Depois de destilar seus interesses de forma que resultem numa intenção clara e firma, é hora de bancar sua intenção com um Plano B, uma estratégia pragmática que atenderá a seus interesses essenciais , caso o outro se recuse a aceitar o seu Não. O Plano B é o poder positivo. Enquanto o poder negativo é o poder de punir o outro, o poder positivo é o poder de proteger e promover seus interesses e necessidades. O Plano B é o melhor caminho para atender seus interesses caso o outro não aceite o seu não. É a sua capacidade de atender seus interesses independentemente de o outro decidir respeitá-los ou não. O Plano B é um plano alternativo. É claro que você gostaria que a outra parte respeitasse e aceitasse seu não, mas caso isso não aconteça você tem o Plano B. quanto melhor for seu plano B, mais poder você terá. Agora que você se preparou para dizer Não, vem a terceira etapa , o próximo desafio que é preparar o outro para dizer Sim ao seu Não. Como, em outras palavras, você pode tornar mais fácil para o outro aceitar o seu Não e respeitar as suas necessidades? Como abrir um canal de comunicação que possibilite ao outro ouvir e entender o seu Não como algo essencialmente positivo? O problema com a maioria dos Nãos é que eles, intencionalmente ou não, rejeitam o outro. O outro, em geral, toma o seu Não como uma rejeição pessoal. Isso pode não ser a nossa intenção, mas o outro pode muito bem identificar uma mensagem implícita no seu Não: “Você e os seus interesses não contam”. É humano se sentir envergonhado, ferido, excluído ou